14 de novembro de 2009

 

Etapa baiana da 1ª Conferência Nacional de Comunicação acontece em Salvador

A etapa estadual da 1ª Conferência Nacional de Comunicação está acontecendo em Salvador, no auditório da Fundação Luis Eduardo Magalhães, Centro Administrativo da Bahia. A mesa de abertura contou com a participação do governador Jaques Wagner.

O governador baiano assinou na ocasião decreto criando um Grupo de Trabalho para elaborar a proposta de regulamentação do Conselho Estadual de Comunicação, que está previsto na parágrafo 2º do artigo 277 da Constituição Estadual da Bahia.

O deputado federal Emiliano José (PT-BA), professor aposentado de comunicação da UFBA, participou da mesa de abertura. Como deputado constituinte estadual, em 1989, Emiliano José participou da aprovação da Constituição da Bahia. O Conselho Estadual de Comunicação, porém, nunca foi regulamentado para funcionar efetivamente com formulador da política de comunicação social do estado. Cerca de 400 representantes da sociedade civil, empresarial e poder público estão participando do conclave.

O jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record e do Portal Conversa Afiada proferiu a primeira palestra. Ele falou sobre a democratização da comunicação.

"Produção de conteúdo", "Meios de distribuição" e "Cidadania, direitos e deveres" serão os três painéis na etapa baiana, que começam a partir das 14h30 de amanhã, domingo. Os painéis terão a participação do jornalista Altamiro Borges, do Portal Vermelho; do promotor Almiro Sena, do Ministério Público Estadual; do publicitário Nelson Cadena; do professor Albino Rubim, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); do secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro; dentre outros.

O encerramento da etapa baiana será domingo, a partir das 8h30, com a plenária final e eleição dos delegados para a conferência nacional - 40% da sociedade civil, 40% dos empresários de comunicação e 20% do poder público.

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que tem como tema "Comunicação: Meios para Construção de Direitos e de Cidadania na Era Digital", será em Brasília (DF), de 14 a 17 de dezembro. Pioneiro no País, o Governo do Estado da Bahia, junto com a sociedade civil, promoveu, em agosto de 2008, a 1ª Conferência de Comunicação Social da Bahia.

13 de novembro de 2009

 

Jornal da Metrópole e o jornalismo seletivo

O Jornal da Metrópole, da família Kertész, como em toda sexta-feira, está sendo distribuído nos principais semáforos de Salvador. A manchete da capa é sobre a falência do Liceu de Artes e Ofício, atolado em dívidas.

Interessante a entrevista com o sambista/compositor Roque Ferreira. O artista é um poço de mágoa. Para ele, a sambista Maria Rita é uma fraude, o pagode é uma fraude, o Carnaval da Bahia é uma mentira, a Bahiatursa é uma mentira, a Secretaria da Cultura outra mentira. Só o samba dele é bom. Roque Ferreira acaba de criar o fundamentalismo no samba. Quer dizer, se é que se pode confiar no jornalismo do Jornal da Metrópole.

Bem-intencionada a matéria sobre o falecimento do ex-preso político Magno Burgos. Entretanto, o jornalismo do Jornal da Metrópole conseguiu a proeza de desenhar o perfil político de Magno Burgos sem citar Waldir Pires e o deputado federal Emiliano José (PT-Ba). Uma ginástica contorcionista.

Magno Burgos era conhecido como um dos “bolacheiros” de Waldir Pires, aquela turma waldirista que varava a noite fazendo política e comendo bolacha. Engraçado é que a matéria cita Carlos Sarno, Paulo Pontes e José Carlos Zanetti, o grupo mais chegado de amigos do ex-preso político falecido juntamente com Emiliano José. Aliás, Magno Burgos, até o mês de setembro antes de cair doente, ia a todas as reuniões do comitê de Emiliano José, junto com Waldir Pires.

Estou vendo daqui a saia-justa da repórter na redação do jornal de Mário Kertész: esse aí não, esse aí não. Ou terá sido apenas desinformação?

 

A Revolta dos Búzios vai para o livro dos heróis da pátria

Ao dar seu voto favorável ao projeto do deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), como relator na Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, o deputado Emiliano José (PT-BA) produziu um excelente material sobre a Revolta dos Búzios.

O ensaio está publicado no site da revista Carta Capital. O projeto de Luiz Alberto propõe inscrever os nomes dos heróis da Revolta dos Búzios no livro dos “Heróis da Pátria”. No âmbito da Comissão de Educação e Cultura o projeto foi aprovado por unanimidade.

O deputado Emiliano José (PT-BA) descreve o ambiente naquele domingo, 12 de agosto de 1798. Muito cedo começou o alvoroço. Panfletos subversivos apareceram pregados nos principais pontos de Salvador. A agitação era grande porque Portugal proibia imprensa escrita na Colônia.

Começava a Revolução dos Búzios, a Revolta dos Alfaiates. Os líderes foram denunciados, quatro acusados condenados à morte pela forca. João de Deus mostra-se altivo e prega a liberdade. Os condenados foram esquartejados. O historiador baiano Luis Henrique Dias Tavares descreve o movimento em “História da Sedição Intentada na Bahia em 1798 (A Conspiração dos Alfaiates)”.

O enforcamento foi um espetáculo macabro. Salvador parou para ver o sacrifício dos mártires. A tropa mantém as armas voltadas contra o povo. Eles temiam a reação dos negros e mulatos, os pobres. Durante cinco dias a cidade viu os corpos esquartejados expostos.

LEIA EM CARTA CAPITAL

12 de novembro de 2009

 

O mundo se rende ao Brasil e à Petrobras, mas a rede Globo...

O Brasil é capa da edição desta semana da revista inglesa The Economist. Sob o título “ Brazil takes off ” (“Brasil decola”), a matéria diz que o país, na próxima década, poderá vir a ser a 5° economia do mundo, superando França e Inglaterra.

A Petrobras é citada como uma das multinacionais brasileiras que estão florescendo. The Economist também lembra que o Brasil já é autossuficiente em petróleo e que as novas descobertas provavelmente farão com que o país seja um grande exportador no final da próxima década.

Em entrevista à Revista Brasil Energia, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, fala sobre os resultados alcançados em 2009 e os planos da empresa para a área de refino e comercialização. Selecionamos alguns trechos:

- Estamos reestruturando a área de comercialização e aumentando a força do trading complementar, mas esse processo também envolve a logística. É uma mudança de conceito. .. Estamos saindo do grupo de compradores para o grupo de vendedores.

… a Petrobras exportou em julho cerca de 600 mil b/d, um recorde…

… Vamos ter refinaria com 60% de diesel S10, com condições de colocar no mercado interno, atendendo a legislação, e em qualquer mercado do mundo.

…A entrada das unidades de conversão (coque) no parque de refino vai aumentar a capacidade de processar somente petróleo pesado brasileiro, transformando-o em derivados de maior valor agregado, como nafta, diesel e QAV .

E com o que a Rede Globo está preocupada?

Está preocupada em saber sobre a chama que era vista durante a escuridão do apagão. Não, não, a chama piloto (flare) da Refinaria Capuava não aumentou. As chamas vistas com mais intensidade na escuridão são de empresas do Pólo Petroquímico de Capuava.

Também não houve qualquer impacto no abastecimento nem qualquer alteração na operação da unidade de Capuava. Quando faltou energia a refinaria usou, obviamente, seu sistema emergencial.

E a Folha de S. Paulo o que informa?

Na matéria em que informa que a oposição abandona o factóide da CPI da Petrobras, a Folha mais uma vez inventa que houve superfaturamento de até US$ 2 bilhões na construção da Refinaria de Pernambuco.

Não houve não. A Petrobras informa que o orçamento da refinaria sempre esteve dentro dos padrões internacionais. É matéria velha.

ENQUANTO OS JORNALÕES TENTAM DENEGRIR A PETROBRAS...

Matéria publicada no portal BBC Brasil, “Relatório prevê que Brasil será 6º maior produtor de petróleo em 2030″ repercute relatório (World Energy Outlook 2009) divulgado pela Agência Internacional de Energia – AIE, nesta terça-feira (10/11) , que prevê, graças à descoberta de petróleo no pré-sal, o Brasil passará a ser o sexto maior produtor mundial de petróleo a partir de 2030, com 3,4 milhões de barris diários – atrás de Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Irã e Canadá.

 

Hoje tem Missa de 7º dia do ex-preso político Magno Burgos

Daqui a pouco, às 19h30, no Santuário Nossa Senhora Educadora, do Instituto Social da Bahia (ISBA), em Ondina, acontece a Missa de 7º Dia do velho e sábio companheiro Magno Burgos, falecido aos 80 anos de idade.

Sobre Magno Burgos, Emiliano José escreveu o artigo LIÇÕES DA ESTRADA

 

Jaques Wagner (PT) reintegra servidores perseguidos no governo ACM

Após 17 anos, agentes penitenciários serão reintegrados aos cargos. Eis a manchete.

Cinco dos doze agentes penitenciários, exonerados em 1992 (quando o falecido ACM era governador da Bahia), pelo exercício de atividades político-sindicais serão readmitidos pelo governador do Estado, Jaques Wagner, às 10h30, desta terça-feira (17), na Governadoria - localizada no Centro Administrativo da Bahia.

A reintegração de posse aos cargos é fruto da Lei nº 11.480, sancionada em julho de 2009, que concedeu anistia aos 12 servidores.

Os servidores foram perseguidos na época por terem posição contrária à administração ACM, sendo acusados de desrespeito à hierarquia e de terem apedrejado a Casa do Albergado e Egressos – uma das unidades prisionais administradas pela Secretaria da Justiça, que não era de Cidadania e Direitos Humanos ainda.

As portarias no 34 e 37, exonerando os servidores foram publicadas no Diário Oficial de 09/10 de abril de 1992.

A concessão da anistia aos servidores foi garantida pela Lei nº 11.480/2009, resultado do Projeto de Lei encaminhado à Casa Civil do Governo do Estado em fevereiro de 2009 pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, cujo titular é Nelson Pelegrino.

Dos 12 anistiados, apenas os agentes penitenciários Adailton Conceição Silva Pinho, Hamilton Gomes dos Santos, Cleber Estevam Almeida das Neves, Gervância Maria Reis da Silva e Milson Manoel dos Santos serão reintegrados aos cargos. Quatro deles já haviam retornado às atividades por ordem judicial e três não desejaram retornar às funções exercidas, por motivos pessoais.

Esses cinco servidores se enquadravam nas condições previstas na Lei, que também criou uma Comissão Especial composta por servidores da secretaria, que analisou caso a caso. A anistia possibilitará o retorno ao serviço, exclusivamente, no cargo anteriormente ocupado e restringiu-se aos que formularam requerimento fundamentado no prazo improrrogável de 60 dias, contados a partir da data da publicação da Lei.

Assim, a ditadura do coronelismo carlista vai sendo enterrada de vez.

 

Livro sobre ditadura militar na Bahia será lançado dia 16 de novembro

Na próxima segunda-feira (16.11), será lançado, no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador, às 19 horas, o livro "Ditadura Militar na Bahia: novos olhares, novos objetos, novos horizontes". O livro é um subsídio para todos os que enfrentaram a Ditadura Militar e/ou estudam este período da história da Bahia e do Brasil.

Organizada pelo historiador Grimaldo Zachariadhes e prefaciada pelo deputado federal Emiliano José (PT-BA), a obra foi editada pela EDUFBA e contém textos de 13 autores. Nela é reconstituída a atuação da oposição legal (Ala jovem do PMDB) e revolucionária (AP, PCBR, MR8, VAR - Palmares); das igrejas católicas e protestantes; do movimento estudantil; das jornadas de cinema da Bahia, além de abordar os apoiadores e implantadores do golpe e da repressão.

O lançamento coincide com os 30 anos do "II Congresso Nacional de Anistia", ocorrido em Salvador entre 15 e 18 de novembro de 1979, que serão relembrados pelo professor Joviniano Neto, autor do texto inserido no livro sobre o mesmo e que, à época, presidiu o congresso.

11 de novembro de 2009

 

Minas e Bahia se unem na produção de vídeos de 5 minutos

Os mineiros estão chegando. O cantor/compositor Vitor Santana e Helder Quiroga, dirigentes da ONG Contato, de Belo Horizonte, estão desembarcando nos próximos dias para apresentação do projeto “Cine Aberto – Ponta de Areia”, em parceria com a ONG EletroCooperativa, do Pelourinho. Trata-se de uma iniciativa pioneira de intercâmbio cultural e reflexão sobre o fazer audiovisual, uma troca de experiências entre Bahia e Minas.

O projeto “Cine Aberto – Ponta de Areia” já foi apresentado aos mineiros e será lançado em Salvador nos dias 18 e 19 de novembro, dentro da programação do “XIII Festival Nacional 5 Minutos”. O festival é uma realização da Fundação Cultural da Bahia e visa incentivar a produção de vídeo na Bahia e no Brasil, através da produção de obras audiovisuais de até 5 minutos.

 

Fórum do Banco Central debate microfinanças em Salvador

Nos dias 16, 17 e 18 de novembro, o Banco Central do Brasil (BC) promove em Salvador, o “I Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira”. As exposições e os debates irão girar sobre dois grandes eixos temáticos: “Articulando a Indústria de Microfinanças” e “Moedas Sociais, Bancos Comunitários e Outras Iniciativas”.

Na oportunidade, a Associação Brasileira de Instituições Financeiras (ABDE), cujos associados participarão ativamente do Fórum, instalará a Comissão Temática de Inclusão Financeira, sob coordenação do Sebrae Nacional.

A programação prevê a participação do economista Paul Singer, titular da Secretaria Nacional da Economia Solidária, no dia do encerramento do Fórum.

Estima-se que o setor de microfinanças opere mundialmente um volume de crédito de US$ 25 bilhões, atendendo cerca de 100 milhões de clientes – apenas fração da demanda total de quase 1 bilhão de clientes, segundo o Deutsche Bank Research (2007).

Na mesma direção, e corroborando a percepção das dimensões do mercado, estima-se que existam 10 mil Instituições de Microfinanças (IMFs), atendendo a mais de 113 milhões de clientes (Microcredit Summit Campaign Report 2006 apud ADA; LuxFlag, 2007).

O setor é, porém, heterogêneo em termos de qualidade dessas instituições. Em cada país ou região a estruturação do setor também é diferenciada, dependendo de diversas variáveis.

 

Vox Populi aponta crescimento de 4% de Dilma e queda de candidato tucano

Pesquisa Vox Populi, divulgada pelo Jornal da Band (10.11.2009), informa que a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, subiu 4 pontos percentuais em relação a pesquisa realizada em outubro pelo instituto, ao mesmo tempo em que o pré-candidato do PSDB, José Serra, caiu 4 pontos.

Segundo o Jornal da Band, o índice de intenção de voto em Serra diminuiu de 40%, de outubro, para 36% na nova consulta feita de 31 de outubro a 6 de novembro. O índice de Dilma, no mesmo período, subiu de 15% para 19%.

O Jornal da Band informou também que Ciro Gomes obteve 13%, Heloísa Helena 6% e Marina Silva 3%.

Num segundo cenário, com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como candidato tucano, Dilma aparece em primeiro lugar, com 20% dos votos. Nessa lista, a ministra está tecnicamente empatada com Ciro Gomes, que tem 19%, e Aécio, com 18%. Heloisa Helena aparece como 8% das intenções, e Marina com 4%.

O índice de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que subiu de 65% em outubro para 68% em novembro.

Dilma lá, com Lula lá.

 

Petistas consideram “preocupante” episódio com estudante da Uniban

Deputados do PT manifestaram em plenário (10.11.2009) preocupação e indignação com o o episódio ocorrido em São Paulo envolvendo a estudante Geisy Arruda, que foi agredida por colegas da Universidade Bandeirantes (Uniban) por estar usando uma minissaia.

O deputado Emiliano José (PT-BA) classificou o fato como assustador e preocupante. "Esse episódio causa indignação, espanto e não pode e não deve ser ignorado, porque senão estaremos sendo coniventes", disse Emiliano José.

O deputado José Genoino (PT-SP) disse que é necessário uma reflexão sobre o "fato grave" ocorrido. "Houve manifestações de intolerância, preconceito, barbaridade e - por que não dizer? - de uma intolerância que beira a manifestações de conteúdo fascista", disse Genoino.

Para Emiliano, parece incompreensível que jovens se transformem numa turba enfurecida, raivosa, agressiva, numa atitude de quase linchamento, pelo simples fato de ela estar usando uma minissaia.

"Que juventude é esta que se indigna com o corpo de uma mulher? Por que a simples visão de uma mulher bonita de minissaia a excita tanto? Houve uma inversão completa de valores, porque a vítima transformou-se em ré". Para ele, a agressão feriu os direitos de uma pessoa, de escolher a roupa que quer usar. E o fato aponta ainda o indício da existência de um perigoso ingrediente naquela juventude: "algo que se aproxima do pensamento nazista", disse o parlamentar petista.

Já o deputado Genoino queixou-se da banalização com que o comportamento é tratado no seio da universidade, no seio da juventude. "As relações de pluralidade, de tolerância, de respeito mútuo, estão sendo substituídas por relações de violência, de exclusão e de banalização do comportamento humano, com uma dose de intolerância e de preconceito. Muitas vezes, perguntamos: como é que isso pode acontecer? Assusta-nos. É normal. Por que isso aconteceu com tanta repercussão? É corriqueiro?", questionou.

Fonte: PT na Câmara – site oficial da liderança do PT

10 de novembro de 2009

 

Deputados federais reforçam denúncia contra quadrilha do Metrô de Salvador

A bancada baiana de deputados federais reforçou ontem (09.11.2009) as notícias veiculadas por A TARDE dando conta do envolvimento de empresários ligados às obras do metrô em crimes de corrupção. Emiliano José (PT) lembra que em 2001 já havia apontado publicamente sua estranheza para com o fato de a empresa italiana Impregilo, vencedora da licitação, ter sido preterida pelo consórcio que ficou em segundo lugar, inclusive tendo feito, à época, discurso na Câmara de Vereadores e requerimento de informações à prefeitura.

À época, fui chamado de louco”, disse o parlamentar, que chegou a escrever um artigo para A TARDE, em março de 2004, alertando para as irregularidades da licitação e da obra.

“É indecente que, em mais de dez anos, um trecho de seis quilômetros não tenha sido concluído”, reforça Jutahy Júnior (PSDB). “É o trecho de metrô mais curto do mundo, e a maior preocupação agora é concluí-lo para que esta obra possa ter alguma utilidade para a população, porque até aqui apenas consumiu recursos. Se houve irregularidade, os responsáveis têm que ser punidos”, afirma o tucano.

Fonte: Blog Política Livre

 

Élio Gaspari comenta: duas crises financeiras, dois resultados

UM MALVADO devorador de números fez um exercício e comparou as iniciativas tomadas pelo tucanato durante a crise financeira internacional de 1997/1999 com as medidas postas em prática pelo atual governo desde o ano passado.

Fechando o foco nas mudanças tributárias, resulta que os tucanos avançaram no bolso da patuleia, enquanto Nosso Guia (presidente Lula) botou dinheiro na mão da choldra.

Entre maio de 1997 e dezembro de 1998 o governo remarcou, para cima, as alíquotas de sete impostos, além de passar a cobrar um novo tributo.

A alíquota do Imposto de Renda do andar de cima passou de 25% para 27,5%. O IOF de créditos pessoais dobrou e aumentaram-se as dentadas nas aplicações. O IPI das bebidas ficou 10% mais caro, e a alíquota do Cofins passou de 2% para 3%. Tudo isso e mais a entrada em vigor da CPMF, que arrecadou R$ 7 bilhões em 1997.

A voracidade arrecadatória elevou a carga tributária de 28,6% para 31,1% do PIB. O produto interno fechou 1998 com um crescimento de 0,03% e a taxa de desemprego pulou de 10% para 13%. Em 1999, o salário mínimo encolheu 3,5% em termos reais.

A crise financeira mundial de 2008/ 2009 foi mais severa que as dos anos 90.

Em vez de aumentar impostos, o governo desonerou setores industriais, baixou o IPI dos carros, geladeiras e fogões, deixando de arrecadar cerca de R$ 6 bilhões nos primeiros três meses do tratamento. Uma mudança na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, resolvida antes da crise, deixou cerca de R$ 5,5 bilhões na mão da choldra.

A carga tributária caiu de 35,8% do PIB para 34,5%. Em 2009 o salário mínimo teve um ganho real de 6,4%.

O desemprego deu um rugido, mas voltou aos níveis anteriores à crise. Ao que tudo indica, a crise de 2008 sairá pelo mesmo preço que a de 1997/98: um ano de crescimento perdido.

As duas situações foram diferentes, mas o fantasma do populismo cambial praticado pela ekipekonômica de 1994 a 1998 acompanhará o tucanato até o fim de seus dias. O dólar-fantasia teve uma utilidade, ajudou a reeleger Fernando Henrique Cardoso. Ele derrotou Lula em outubro, e o real foi desvalorizado em janeiro.

BAHIA DE FATO – E ainda tem gente que se engana com o tucanato.

 

Seminário discute resistência à ditadura militar no Brasil

Nos dias 12 e 13 de novembro acontece em Cachoeira, Bahia, o Seminário Nacional “Marighella: sem perder a ternura jamais”, no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras. Faz parte do projeto de extensão “Entre Memória e História, 45 anos do golpe militar de 64” que reúne pesquisadores de três universidades baianas (UFBA, UFRB, UFS) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O Seminário Nacional tem o apoio da Comissão do Projeto “Memórias Reveladas” da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH), do Comitê de Anistia vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos em âmbito nacional, e do Fórum Nacional de Comunicação.

A programação inclui mesas redondas, palestras, debates de filmes e a montagem da exposição sobre Marighella, seguida de homenagens com a participação de seu filho, o ex-deputado estadual Carlinhos Marighella.

Na mesma ocasião serão lançados dois livros, frutos de pesquisas historiográficas sobre a trajetória política de Carlos Marighella e de Virgilio Gomes, ambos militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) e assassinados em 1969 pelas forças da repressão.

 

Missa no Mosteiro de São Bento da Bahia em memória de Yolanda Pires

Bem escolhido, o Mosteiro de São Bento da Bahia, para a celebração (segunda, 9 de novembro) da missa em memória de Yolanda Pires, falecida em 2005. Tanto pela beleza e plasticidade da arquitetura medieval quanto pela profunda espiritualidade dos monges beneditinos. Dom Emanuel d´Able Amaral, Abade do Mosteiro de São Bento celebrou a missa, auxiliado por oito monges e pelo famoso coral. Uma coisa incrível para nenhum comunista botar defeito. Uma missa tão mágica e envolvente quanto as celebradas por d. Timóteo Amoroso.

Sobretudo, pela identificação do perfil libertário de Yolanda Pires com a tradição do Mosteiro de esconder perseguidos de várias épocas. Ali se esconderam abolicionistas, maçons e, com a ditadura militar de 1964, militantes e políticos perseguidos pelo regime. Não há combatente contra a ditadura que não se lembre com admiração e afeto do carismático d. Timóteo, um insistente pregador contra a ditadura militar. Escondeu muito subversivo e promoveu o ecumenismo religioso.

“Nos anos 70, dom Timóteo protegeu os perseguidos pela ditadura militar, o que representava, ao mesmo tempo, cumprir o preceito de hospitalidade da Regra de São Bento, definir uma posição política clara contra o regime de força e reafirmar o papel histórico do mosteiro como espaço de resistência na cidade. Isso o conduziu ao estudo da Teologia da Libertação. Para ele, era Deus que obrigava o homem a lutar pela igualdade social não somente a tirar o homem da favela, mas a tirar a favela de dentro do homem; a miséria era pecado o homem escravizando o próprio homem era pecado, o homem se deixando escravizar era pecado. Ou seja, centrado na plasticidade da regra, Dom Timóteo enxergava a contradição entre ação e contemplação e promovia uma renovação” (Tânia Maria Diederichs Fischer in As Lições do Mosteiro de São Bento).

De instituição fechada, voltada para o claustro físico, o Mosteiro de São Bento transformou-se numa instituição moderna, cultural, com acesso às novas tecnologias, sem perder a essência da contemplação e sua profunda espiritualidade.

A celebração da missa em memória de Yolanda Pires se insere neste contexto. Yolanda e Waldir Pires foram perseguidos, exilados, retornados, sofreram e continuaram a doar o melhor de si mesmos para a justiça social. Uma vida inteira. Daí os elogios do Abade d. Emanuel d´Able Amaral.

Assisti a missa ao lado do advogado Inácio Gomes, meu advogado na época da ditadura militar, em Salvador, e ao lado do pastor Djalma Torres, da Igreja Batista Nazaré. O ex-preso político, ao lado do advogado católico seguidor de d. Timóteo e ao lado do pastor evangélico. Do outro lado, o ex-preso político e hoje deputado federal Emiliano José (PT-Ba). Todos celebrando a memória de Yolanda Pires.

Mais atrás. Uma grande representação – 94 trabalhadores - vinda de Conceição do Jacuípe (antiga Birimbau), cidade distante 97 km de Salvador, todos integrantes da Associação Educacional e Cultural de Conceição do Jacuípe, dirigida pelo professor Alyrio Dantas de Azevedo Filho desde 1982. A ONG produz tabuleiros de xadrez e do jogo de damas para as escolas públicas do Brasil, através de projeto do Ministério dos Esportes. Vieram celebrar Iolanda e Waldir Pires, que os apoiaram desde sempre.

 

Paulo Souto (DEM) ameaça processar blogueiros. E a liberdade de expressão?

O ex-governador da Bahia, Paulo Souto (DEM), em nota divulgada pela coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde (10.11.2009) se diz chateado com o noticiário sobre o escândalo da “doação” da Ilha do Urubu, o paraíso de Trancoso, que foi parar nas mãos de mega-especuladores imobiliários. Avisou que vai processar alguns blogs.

Mas vai processar somente os blogs? E a revista Carta Capital? Semana passada, essa revista publicou duas páginas sobre a operação “Ilha do Urubu, o paraíso perdido”.

Na edição desta semana (11.11.2009) a revista publicou uma carta de Paulo Souto (DEM) se defendendo, em cinco parágrafos. Em resumo, Paulo Souto, se exime de qualquer responsabilidade na negociata baseado no registro de uma cláusula de usufruto que impedia a venda das terras num prazo de cinco anos. O fato, porém, é que Paulo Souto (DEM) ameaça processar blogueiros. E a liberdade de expressão?

A resposta do jornalista Leandro Fortes, que assinou a reportagem foi esta:

“A reportagem (de Carta Capital) não contesta a legalidade da doação da Ilha do Urubu, mas a forma como foi feita e os interesses que atendeu. Trata-se de patrimônio do estado da Bahia doado a um grupo familiar que, em seguida, e ao arrepio da lei, o repassou a um empresário ligado a esquema de arrecadação de campanha, que, por sua vez, revendeu o referido patrimônio a um investidor estrangeiro do ramo da especulação imobiliária”.

Na mesma edição carta Capital publica uma outra missiva do leitor Gabriel B. de Lima, de Bauru (SP).

Ilha do Urubu, o paraíso traído

“Paulo Souto amava os Martins, que amavam Gregório Preciato, que amava Philippe Meeus (e também José Serra), que não amava ninguém – a não ser seus 36 carros Ferrari. Paulo Souto está sendo investigado, os Martins brigam dentro da família, Gregório Preciato desnaturalizou-se brasileiro e voltou para a Espanha, Philippe Meeus passou a amar o Brasil pelos brilhantes negócios, e Antônio Carlos Magalhães Júnior, que não tinha entrado na reportagem, apareceu no final para completar a quadrilha.

Ótima matéria de Leandro Fortes, assim que li lembrei do poema de Carlos Drummond de Andrade. Mas, nesse caso, a quadrilha está mais, obviamente, para as festas do carlismo na Bahia do que para São João. O carlismo continua como uma assombração bem viva na Bahia, mas, graças a trabalhos como esse, se transformará logo, logo, num espírito caduco”.

9 de novembro de 2009

 

Waldir Pires, familiares e amigos celebram memória de Yolanda

Hoje, segunda-feira (9 de novembro), às 19h, no Mosteiro de São Bento, em Salvador, o ex-governador Waldir Pires, filhos, netos, bisnetos, seus familiares, amigos e correligionários celebram a memória de Yolanda Avena Pires, que faleceu há quatro anos.

Yolanda de Waldir, assim muitas vezes era chamada a guerreira. Yolanda Avena Pires acompanhou Waldir Pires no exílio, após o golpe militar de 1964. Yolanda de Waldir, esse foi o título de um artigo do sociólogo carioca Gilson Caroni Filho, que li um dia. Ela mesma contou em “Exílio: testemunho de Vida” sua caminhada.

“Renunciamos à nossa vida privada que poderia ser livre, disponível, aos prazeres, à convivência amorosa com nossos filhos e netos! Fomos para o Uruguai... Para o Rio de Janeiro... Viemos para a Bahia, pensando: será possível quebrar a hegemonia desse poder que no Brasil se instalou, abastardou-se na corrupção, na mentira, na manipulação da consciência?Era o desafio ao qual nos propúnhamos”, escreveu Yolanda.

O resto é história. Voltou ao Rio de Janeiro em plena ditadura Médici, retomou a militância atuando no Movimento Feminino pela Anistia. Participou ativamente da derrota histórica do carlismo, em 1986, com a eleição de Waldir ao governo da Bahia. Tornou-se vereadora em 1992. Faleceu em 9 de setembro de 2005.

“Os que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós”.

8 de novembro de 2009

 

Terá sito apenas um golpe publicitário de Caetano?

Puxa vida. Estava eu no “Boteco Ali do Lado” em pleno lançamento da nova plataforma internética do deputado federal Emiliano José (PT-Ba) e um amigo comentou: “Caetano não é tão burro para pensar assim a respeito do presidente Lula. Foi apenas um ato de “esperteza” midiática, um golpe publicitário para chamara atenção da mídia”. É que Caetano, genial cantor e compositor está relançando seu show Zii e Zie, com algumas modificações como homenagens a Neguinho do Samba, o inventor da batida do Olodum, falecido há poucos dias, e ao antropólogo Claude Lévi-Strauss, também falecido recentemente.

Se foi apenas uma baixaria desse tipo, deu certo o ataque a Lula. Ganhou a mídia. Pena que não ajudou em nada a candidata dele, Marina Silva.

 

Deputado Emiliano José (PT-Ba) inaugurou sua nova plataforma digital

Sem a tela da Internet, a política não se completa. Como dizem os professores de comunicação, praça e tela se completam. Não que a praça não mais exista, existe, mas, a presença física não basta, assim, sem a Internet a praça e a política não se completam. Admirável mundo novo.

Foi mais ou menos isso que o jornalista, escritor, professor de comunicação e deputado federal (PT-BA) disse no lançamento de seu novo site, portal, plataforma digital, melhor dizendo, já que oferece aos internautas, leitores e eleitores, novas ferramentas como o twitter, o blog, Orkut, YouTube...

“Não creio em atividade política individual, não acredito em carreira-solo. O papel da política é o de transformar o mundo”. E para tanto é preciso usar as novas tecnologias, colocá-las a serviço da democracia, da democracia direta e da participação popular.

O lançamento se deu no “Boteco Ali do Lado”, do incansável casal Hermes e Liana, bem no coração do Rio Vermelho, Salvador.

LEIA NA ÍNTEGRA NO BLOG DO EMILIANO

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