14 de maio de 2011

 

Nova tendência do PT da Bahia lança manifesto

ARTICULAÇÃO CNB – BAHIA

Manifesto de Lançamento – Carta de Salvador

No dia 14 de maio de 2011, dia importante para a comunidade negra na Bahia, militantes petistas reunidos decidiram lançar a Carta de Salvador, no intuito de contribuir para o debate partidário e constituir um campo político no PT voltado ao fortalecimento do nosso partido, ao fortalecimento do governo Dilma e ao fortalecimento do governo Wagner, ao fortalecimento de nossos deputados e lideranças estaduais, ao fortalecimento de nossos prefeitos, vereadores e lideranças regionais e municipais, ao fortalecimento dos movimentos sociais e, sobretudo ao fortalecimento de nossa militância partidária, sindical e popular.

A nova conjuntura em que estamos no governo federal, no governo estadual e em várias prefeituras na Bahia exige um esforço maior de debate, elaboração e intervenção. Elegemos os dois senadores nas últimas eleições, 10 deputados federais do PT e 14 deputados estaduais também do PT, criando uma base sólida de apoio a Dilma no Congresso Nacional e uma base ampla de apoio ao companheiro Wagner no Estado. Isso aumenta nossa responsabilidade com os destinos dos milhões de brasileiros que apostaram em nossa proposta e decidiram reafirmar e ampliar a confiança em nosso projeto.

Pela primeira vez a esquerda, construindo acertadamente um amplo leque de alianças, governa nossos destinos. As mudanças são expressivas, com a inclusão de mais de 30 milhões de pessoas na classe média brasileira e o mercado interno é a principal fonte de vitalidade de nossa economia. Estamos promovendo o crescimento econômico através da inclusão social e ampliando a geração de empregos e a criação de empresas em um patamar inédito.

Nesse sentido, nós, militantes petistas da ARTICULAÇÃO CNB, assumimos a responsabilidade histórica de avaliar nossos governos, propor políticas públicas acertadas, que aprofundem o nosso caminho de inclusão social. Assumimos a responsabilidade de defender nossos governos e fortalecer o nosso perfil petista nos governos, assim como ampliar nossa presença nos governos municipais.

Entendemos que devemos lançar o máximo de candidaturas petistas para prefeituras e câmaras de vereadores nos municípios em 2012. Precisamos fazer isso para consolidar nosso projeto e que a ampla aliança que construímos seja consolidada com uma diretriz clara de esquerda, que sempre definiu nosso programa.

O Brasil está hoje com o nível mais baixo de desigualdade em 50 anos, e esse desempenho se deu pelas políticas de distribuição de renda, geração de emprego, aumentos salariais reais e, também, pela melhoria na Educação. Os avanços da ampliação das universidades federais, dos institutos federais de Educação, a criação do FUNDEB, do Piso Salarial Nacional e do Plano de Desenvolvimento e muitas outras ações de um governo petista demonstram que nosso projeto deve ser fortalecido e estar presente nos espaços de poder.

Nosso partido sempre teve a capacidade de analisar as políticas governamentais de direita em momento anterior, até 2002, e de propor e implementar as melhores políticas a partir de 2003. A ARTICULAÇÃO CNB deve contribuir para não perdermos nossa capacidade crítica e de elaboração, e para um maior protagonismo do PT no debate interno nos governos e de permitir que muitos militantes tenham possibilidade de expressar suas opiniões e intervir nas decisões e rumos.

Nossa democracia interna é um patrimônio muito importante que deve ser defendido, as práticas de participação de nossa militância devem ser cada vez mais ampliadas e os processos democráticos cada vez mais aperfeiçoados.

A consolidação de um campo político deve se dar pela participação, pela radicalização da democracia interna e pelo debate político. A confiança e lealdade devem pautar as relações políticas partidárias. Um projeto de transformações sociais só será bem sucedido caso sua prática seja fraterna e transparente e tenha uma política orientada pela gestão pública inclusiva, democrática, que promova os direitos humanos, sociais, econômicos e culturais. A máquina pública deve ser democratizada, precisamos continuar a mudar a cultura política da sociedade, que ainda carrega traços fortes de autoritarismo, patrimonialismo e nepotismo. Os governos do PT são os instrumentos para mudar essa cultura e a ARTICULAÇÃO CNB compreende que essa transformação cultural é fundamental.

A militância é a responsável pela eleição dos nossos governantes, nossos parlamentares, e deve ter espaços de intervenção, oportunidade de criticar, elaborar e sugerir mudanças no PT e nos nossos governos. Queremos ter voz e manter canais efetivos de diálogos. O poder deve ser um meio de construir uma nova sociedade, e não apenas um fim em si mesmo. As posições do PT, dos movimentos sociais e do nosso campo precisam continuar a ser consideradas. O PT precisa continuar a ser o formulador das políticas estratégicas para a sociedade brasileira. A ARTICULAÇÃO CNB assume o desafio de lutar por este conjunto de propostas e convidamos todos os companheiros do PT a contribuírem conosco nessa trajetória.

Reafirmamos nosso compromisso com o projeto político que elegeu Lula, Wagner e Dilma. O fato de estarmos articulando um novo campo no estado tem por objetivo resgatar os princípios e as boas práticas da “antiga Articulação”, adequados aos tempos atuais. Reafirmamos também o alinhamento nacional com o projeto político Construindo Um Novo Brasil, no sentido de ampliar a hegemonia dos trabalhadores e avançar nas transformações econômicas, sociais e políticas tão urgentes para a sociedade brasileira.

Salvador, 14 de maio de 2011

Seguem assinaturas:

 

Nasce nova tendência no PT da Bahia: Articulação CNB

Cerca de 300 lideranças do PT da Bahia criaram neste sábado (14 de maio) uma nova tendência interna partidária chamada “Articulação CNB”. A nova tendência é integrada pelos deputados federais Emiliano José, Geraldo Simões e Joseph Bandeira, pelos deputados estaduais J. Carlos e Rosemberg Pinto e por dezenas de prefeitos, ex-prefeitos, candidatos a prefeito, vereadores e lideranças petistas de todas as regiões do Estado. A reunião plenária reviveu os animados tempos em que a militância do PT debatia política. A nova tendência foi imediatamente reconhecida pelo Secretário Nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, presente ao ato.

A reunião, conduzida pela vice-presidenta do PT baiano, Aldinha Sena, começou às 10h e prolongou-se até 16h. Os oradores estavam inflamados. A ausência de debates políticos na tendência “Construindo um Novo Brasil – CNB” foi uma crítica consensual. Um manifesto redigido no decorrer da plenária foi aprovado por unanimidade. No primeiro parágrafo a palavra “fortalecimento” foi repetida à exaustão. Fortalecimento do governo Dilma, do Governo Wagner, das políticas sociais, do debate político nas bases, da participação do PT nas eleições de 2012 com candidaturas no máximo de cidades.

Da mesa fizeram parte Dorinha da CUT, Elizângela Araújo, presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF), Eunice Rolf, integrante do Diretório Regional do PT do Rio Grande do Sul e liderança da tendência Ação Democrática, surgida também de um rompimento com a “Construindo um Novo Brasil” e o professor e apresentador de TV, Jorge Portugal. Por motivos óbvios, o deputado federal Nelson Pelegrino, candidato natural a prefeito de Salvador (bastante aplaudido) compareceu e saudou a nova tendência, embora seja ele próprio de outra corrente partidária. O presidente regional do PT, Jonas Paulo, fez uma breve saudação, pediu unidade, e se retirou para outra reunião. Não recebeu aplausos, o que é sintomático nas assembléias petistas.

Com algumas poucas exceções, os oradores não falaram em cargos no governo Wagner. No entanto, falaram em participação no governo, uma forma mais sutil de integrar o governo que todos eles elegeram. O deputado federal Emiliano José insistiu na busca de unidade partidária, celebrou os dois governos de Lula, defendeu as ações da presidenta Dilma Rousseff, elogiou as conquistas do Governo Wagner, analisou a conjuntura, mas, pregou fortalecimento do PT da Bahia e reconheceu uma certa desarticulação da tendência “Construindo um Novo Brasil” na Bahia, o que motivou o rompimento. “Os governos passam, o PT fica” disse ele.

O manifesto intitulado “Carta de Salvador – Articulação CNB” além de fazer referência à necessidade de resgatar o debate político perdido, dar voz às lideranças de base, menciona participação com candidaturas nas eleições municipais de 2012, como condição para vitória na sucessão estadual em 2014. O ex-secretário da Educação, Adeum Sauer, este presente, o ex-governador Waldir Pires justificou ausência por estar em viagem ao exterior. Discreto, o superintendente do Sebrae/Bahia, Edival Passos, acompanhou os debates. O vereador de Salvador, Moisés Rocha, compareceu mas não se pronunciou. Ao final, o deputado Emiliano José, com uma tirada de humor, disse que o que motivou a reunião foi a “saudade” de debates como aquele. Também citou a palavra “inércia” da CNB para explicar a ruptura.

O tom político do “racha” petista foi, entretanto, cuidadoso. Ninguém criticou nominalmente o deputado Josias Gomes, o secretário Estadual do Planejamento, Zezéu Ribeiro, e os deputados estaduais Paulo Rangel e Fátima Nunes que ficaram na antiga tendência CNB.

13 de maio de 2011

 

Ministro Aloísio Mercadante fará palestra na UFRB de Cruz das Almas

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, confirmou participação na abertura do seminário “A engenharia e a inovação da matriz industrial do Recôncavo da Bahia”, que será realizado na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) de Cruz das Almas, no dia 13 de junho, a partir das 14h.

O ministro confirmou a palestra em audiência (11/05) articulada pelo deputado federal Emiliano José (PT-BA) que contou também com a participação do reitor recém-eleito da UFRB, Paulo Gabriel, do diretor do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC) da Universidade, Celso Borges, além de assessores do ministro.

O ministro fará a palestra “A ciência, tecnologia e inovação e os desafios da indústria brasileira”. O evento contará com a participação de diversos empresários do setor industrial que irão debater a implantação de um complexo de laboratórios de engenharia no Recôncavo. O presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Robson Braga de Andrade, já confirmou presença.

Além do apoio dos governos Federal e Estadual, a idéia alimentada pelo reitor Paulo Gabriel é envolver o setor privado aproveitando o potencial do complexo industrial do Recôncavo, onde se destacam os pólos Naval, Petroquímico e Automobilístico.

12 de maio de 2011

 

Deputados federais Emiliano (PT-BA) e Alice Portugal (PCdoB) debatem mídia na Bahia

A notícia está no Informe PT na Câmara, site oficial da Liderança do PT na Câmara Federal. Os deputados federais Emiliano José (PT) e Alice Portugal (PCdoB) participarão como debatedores nesta sexta-feira (13), a partir das 9h, na Faculdade de Comunicação da UFBA, em Ondina, do seminário "200 anos de jornalismo na Bahia: transformações, atuação profissional e ensino".

O evento conta com a participação de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais da área. O objetivo é comemorar o bicentenário da imprensa, além de discutir os impactos das novas mídias no jornalismo.

O seminário discutirá ainda as transformações trazidas pela convergência tecnológica e midiática e o seu impacto nos modos de fazer jornalismo, nos métodos de trabalho, na atuação profissional, bem como os desafios que se colocam para o ensino e a formação de novos profissionais.

Emiliano José, que é jornalista e doutor em Comunicação, integra as comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e de Educação e Cultura da Câmara Federal.

Entre os debatedores estão também os jornalistas Florisvaldo Matos, ex-editor-chefe do jornal A Tarde; Marjorie Moura, presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia; Raul Monteiro, vice-presidente da Associação Baiana de Jornalismo Digital, e Sergio Matos, professor Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. (AP).

EMILIANO LAMENTA REVOGAÇÃO DE CÓDIGO AMBIENTAL

O deputado Emiliano José (PT-BA) denunciou na Câmara Federal a ação dos vereadores de Santa Maria da Vitória (BA) que, "em uma postura surpreendente", revogaram o Código Municipal de Meio Ambiente, visando retaliar as ações fiscalizatórias empreendidas pelo Poder Executivo local.

"O Código foi revogado simplesmente porque o secretário municipal de Meio Ambiente deu rigoroso cumprimento à lei municipal, exigindo estudo de impacto ambiental, licenças e demais requisitos legais para a implantação de novos empreendimentos, inclusive aplicando embargos e multas às novas construções, quando em desacordo com o interesse público e com a legislação vigente", afirmou.

Esta atitude dos vereadores, segundo Emiliano José, serve de péssimo exemplo para as demais cidades da região e de todo o país. "O exercício da função parlamentar exige ponderação, responsabilidade e compromisso com a sociedade. Fui vereador e deputado estadual e posso afirmar por experiência própria que o exercício do mandato parlamentar não pode se prestar à conveniência de interesses escusos, obscuros e lesivos à coletividade", ressaltou.

Leia no site do PT na Câmara

 

Prefeito de Santa Luz acusado de sabotar TV Itapoan

O prefeito da cidade de Santaluz, Joselito Carneiro Junior (DEM), é acusado por moradores do município e vereadores da oposição de cortar o sinal da TV Itapoan por conta de denúncias contra a sua administração.

No mês passado, uma reportagem veiculada no programa Balanço Geral, com Raimundo Varela, fazia denúncias sobre supostas irregularidades na construção da sede do INSS de Santaluz, entre outras acusações, quando o sinal da emissora oportunamente saiu do ar.

Uma equipe de Salvador foi até a região no dia 29 de abril e consertou o problema. Três dias depois, no dia 2 de maio, o sinal voltou a cair. As denúncias de moradores somaram-se a acusações dos edis da cidade que afirmam ser este o comportamento do alcaide.
De acordo com o vereador Luizão (PMDB), a prática é antiga. “Aqui não é a primeira vez não. Quando tem alguma notícia sobre o município ele vai e tira a televisão do ar. Todo mundo aqui sabe disso”, acusou, em entrevista ao Bahia Notícias. Em um dos casos, no dia 12 de agosto do ano passado, Carneiro teria invadido uma rádio comunitária após ter se irritado com informações negativas sobre seu governo.

Fonte: Portal Bahia Notícias

11 de maio de 2011

 

TSE revela quem da Bahia mamou nas tetas do fundo partidário nas eleições de 2010

O jornal Valor publicou outro dia (10/05) instigante reportagem sobre quatro partidos políticos (PP, DEM, PDT e PR) que repassaram verbas do fundo partidário a seletos candidatos, nas eleições de 2010, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O candidato a deputado federal José Carlos Araújo (PDT-BA) chama atenção porque lançou mão sozinho de R$ 300 mil. A média é de uma “ajuda” de R$ 40 mil. Maurício Trindade (PR-BA), por exemplo, levou R$ 45 mil.

Mas, o que mais chamou a atenção foram duas duplas familiares. João Leão (PP-BA) candidato a deputado federal levou R$ 40 mil e seu filho Cacá Leão (PP-BA), candidato a deputado estadual levou R$ 20 mil.

O candidato a deputado federal Mário Negromonte (PP-BA) levou R$ R$ 40 mil e seu filho Mário Negromonte Júnior (PP-BA), candidato a estadual, levou R$ 20 mil.

Mas, o dono da bola mesmo foi Roberto Britto (PP-BA), candidato a deputado federal, que levou sozinho R$ 90 mil.

João Leão, Cacá Leão, Roberto Brito, Mário Negromonte, Mário Negromonte Júnior não tinham porque financiar suas campanhas com verba pública partidária. Durante anos eles fizeram do município de Lauro de Freitas um grande balcão de negócios imobiliários. São todos ricos.

Ninguém do DEM da Bahia mamou nas tetas do Fundo Partidário, as verbas foram gastas com dirigentes em outros quatro estados.

10 de maio de 2011

 

Governo Dilma e UFMG lançam Memorial da Anistia em Belo Horizonte

Nilmário Miranda, ex-ministro de Direitos Humanos do Governo Lula, integrante do Grupo de Implantação da Associação de Amigos do Memorial da Anistia, convida para ato público, sábado, 14 de maio, das 10h às 14h, no local que será construído, em Belo Horizonte, o Memorial da Anistia. No pátio da FAFICH/UFMG. Mais exatamente, no antigo coleginho da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, que ficava na rua Carangola, 288, bairro Santo Antonio. Será um ato de caráter político e cultural, com direito a salgadinho e bebidas, que ninguém é de ferro.

Além de Nilmário Miranda, que atualmente preside a Fundação Perseu Abramo, estarão presentes Sueli Belato, vice-presidente da Comissão Nacional de Anistia e Gilney Amorim Viana, Assessor Especial da Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes. Também estarão presentes artistas e personalidades que lutaram pela redemocratização do Brasil.

Gilney Amorim fará um informe sobre a Comissão Nacional da Verdade.

O Memorial da Anistia será instalado no antigo Colégio de Aplicação, mais conhecido como coleginho, onde depois funcionou o departamento de Psicologia. Serão construídos um prédio de cinco andares e uma praça.

Trata-se de uma obra do Ministério da Justiça com a participação da Universidade Federal de Minas Gerais (responsável por sua execução) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ONU).

A oportunidade de Belo Horizonte sediar o Memorial da Anistia se prende à necessidade de resgate um período histórico importante da História de nosso país, relacionado aos tenebrosos acontecimentos do período da ditadura militar – 1964-1985. Trata-se de um dever histórico e ético para com todas as gerações de brasileiros.

O Memorial reunirá documentos, relatos e abrirá seu espaço para recolher testemunhos e dados ainda não revelados, integrando à História do Brasil um período ainda obscuro.

Será um Centro de Pesquisa permanente sobre a História recente e estará, a exemplo de outros similares já existentes no Chile e Argentina, sendo construído em uma concepção museológica inovadora facilitando o acesso, pesquisa e proposição de atividades voltadas à comunidade.

O Memorial busca resgatar a memória de uma geração que ousou sonhar por liberdade, democracia, socialismo, de ser contra todas as brutais formas de ditadura e repressão política, social, cultural ou econômica que significou o sacrifício de vários bravos brasileiros, alguns assassinados em plena juventude.

(Com informações do Grupo de Implantação da Associação de Amigos do Memorial da Anistia).

 

Festival de Curtíssima Metragem começa amanhã em Belo Horizonte

Nesta quarta-feira, 11, às 21h, a OING Contato e o Instituto Claro abrem, em Belo Horizonte, a 3ª edição do Festival Nacional de Curtíssima Metragem – Calor Curtas. O evento lança também o Circuito Oficinas Gratuitas do Projeto Laboratório de Experimentações Audiovisuais (até 14 de maio) e o Cine Aberto Laboratório de Filmes 2011. Local: Cine Humberto Mauro, do Palácio das Artes.

Estarão presentes o cineasta e educador Marco Del Fiol e a presidente do Instituto Claro, Carime Kanbour. Na ocasião, será realizada uma palestra sobre o tema AUDIOVISUAL E MÍDIAS MÓVEIS: novas fronteiras de experimentação, expressão e aprendizado. No mesmo dia será apresentada a programação do projeto Cine Aberto para o primeiro semestre, seguido de coquetel.

Os coordenadores da ONG Contato, Vitor Santana e Helder Quiroga, convidam. Tô acompanhando aqui da Bahia, sô.

9 de maio de 2011

 

Zé Dirceu recomenda artigo de Emiliano (PT) sobre regulação da mídia

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), em seu blog, recomenda a leitura do artigo do deputado federal Emiliano José (PT-BA).

Deu no Blog do Zé:

“Se no Fórum Democracia e Liberdade não há nenhuma novidade e ele se desenvolve dentro do esperado, e da velha cantilena da ameaça a liberdade de imprensa no Brasil, a revista Caros Amigos traz "Velha mídia e democracia", um artigo do jornalista e deputado Emiliano José (PT-BA) sobre a importância da regulação dos meios de comunicação no Brasil.

O texto do jornalista-deputado está bem didático, explica também a criação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação com Participação Popular - que ele integra e da qual foi um dos fundadores. Por isso, eu gostaria muito que vocês lessem e debatessem comigo Velha mídia e democracia e se engajassem nesta luta por regulação já”.

Leia “Velha Mídia e Democracia

 

O programa Bolsa Família não tem volta

Bolsa Família. Esta grande realização dos governos do presidente Lula tornou-se programa de Estado, um direito adquirido do povo brasileiro. Não existe “porta de saída”, “inclusão produtiva” ou “expansão das oportunidades” para quem foi jogado na miséria por responsabilidade da sociedade brasileira que, afinal, manteve suas elites predatórias no poder por tanto tempo. Aceito até falar de “condicionalidade”, ou seja, a obrigação de manter os filhos na escola.

Como falar em “inserção produtiva” para quem foi mantido na miséria, analfabeto, semianalfabeto, sem-terra, sem-teto? A expressão mais cínica que já ouvi e li até agora foi aquela do “dar o peixe não, ensinar a pescar sim”. A segunda expressão mais cínica, geralmente saída da boca de ruralistas estúpidos, é aquela que argumenta que quem recebe o Bolsa Família “não quer mais trabalhar, não aceita emprego, porque o que recebe do programa já está bom”.

O que os cínicos da classe média alta e do meio ruralista não entendem, ou fingem não entender, é que o programa Bolsa Família tornou o pobre mais exigente, ou, no jargão do economês, elevou o “salário de reserva” do mercado brasileiro. É simples. O preço da mão de obra antes baratíssima ficou mais caro. Este é o segundo grande efeito do Bolsa Família no Nordeste. Primeiro, tira o sujeito da extrema pobreza, garantindo sua comida. Segundo, o sujeito que saiu da extrema pobreza já não aceita trabalhar por três tostões. Aos latifundiários acostumados com trabalho semiescravo só há um caminho: aumentar o salário. O terceiro efeito é conhecido: melhora a educação e a saúde da próxima geração, a única porta de saída.

A presidenta Dilma Rousseff tem por meta erradicar a pobreza e a pobreza extrema. Então, eu apoio a presidenta Dilma Rousseff. A meta é erradicar a pobreza extrema que resta e começar a combater a pobreza, que continua alta no Brasil. O programa de inclusão produtiva não pode destruir o programa Bolsa Família. Não dá para tomar o dinheiro do sujeito que recebe o Bolsa Família porque ele começou a produzir alguma renda.

O Bolsa Família não tem mesmo “porta de saída”. O programa “Inclusão produtiva” ou “Inserção Produtiva” ou que nome lhe dêem é um novo programa, adicional ao Bolsa Família.

Senti firmeza no economista Ricardo Paes de Barros (PUC-RJ) que assumiu a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Ele pensa assim. Foi a leitura que fiz da entrevista que ele deu ao jornalista Chico Santos, no Valor – Especial Rumos da Economia (01/05/2011). Formatar um programa que desperte o desejo de o sujeito andar com as próprias pernas, sem risco de perder a justa ajuda que o governo lhe dá. É isso.

8 de maio de 2011

 

Otto Filgueiras conta a história de Soave, um militante operário da AP

O jornalista Otto Filgueiras, radicado em São Paulo, mas com uma passagem marcante no jornalismo baiano, no site do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, publica um texto sobre vida, prisão, tortura e morte do militante operário Antônio Norival Soave, ex-militante da organização revolucionária Ação Popular. Soave faleceu no dia 5 de abril de 2011, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, de câncer.

Soave é um dos muitos personagens do livro sobre a Ação Popular que Otto Filgueiras há anos pesquisa. Foi operário da Pirelli, no ABC paulista. O golpe militar de 1964 encontrou-o trabalhando na Cooperativa da Rhodia, de onde foi demitido por participar de greves salariais. Trabalhou na metalúrgica CIMA e se filiou ao Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André. Tornou-se então militante da AP. Resistiu ao AI-5 trabalhando na Chrysler do Brasil, em São Bernardo do Campo.

No famoso 1º de Maio de 1968, Soave liderava os trabalhadores da Mercedes Benz na Praça da Sé. Eles romperam o cerco da repressão e expulsaram do palanque pelegos, o governador Abre Sodré, seu secretário de Finanças Delfim Neto. Desde então passou a ser perseguido pela polícia política da ditadura militar. Em janeiro de 1969, foi demitido da Chrisler. Mesmo tendo passado nos testes da Wyllis Overland do Brasil foi recusado. Estava na “lista negra”.

Em 1973, foi preso pelo DOI-CODI. Soave foi barbaramente torturado pelo “Capitão Ubirajara”, o então major do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, o “carniceiro da rua Tutóia”. Levou choques na cadeira do dragão, despido foi dependurado no pau de arara. Eles aplicavam choques nos testículos, no pênis, no ânus, na garganta, na língua. Teve os tímpanos perfurados. Ficou três meses na tortura. Em abril, qualificado na Auditoria Militar teve forças e coragem para denunciar os assassinatos de Paulo Stuar Wright, José Carlos da Mata Machado e Gildo Macedo Lacerda. Foi condenado a dois anos de prisão. Quando foi libertado, estava praticamente surdo.

Em 1980, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores e trabalhou no jornal O Companheiro. Em 1997, voltou para Santo André. Ernesto, Bento, seus nomes na AP, teve pneumonia e sobreviveu com aposentadoria de um salário mínimo. Seu plano de saúde era o SUS. Deprimido, isolou-se. Deixou dois filhos, Semíramis e Paulo. Essa é a história do militante operário Soave, que Otto Filgueiras conta com emoção e poesia.

LEIA NA ÍNTEGRA AQUI

 

Como a mídia mentiu sobre o custo da nova carteira de identidade...

LEIA NO BLOG DA DILMA

 

Em 1898, Mark Twain já criticava o imperialismo americano

LEIA NO BLOG SALVE, CÉSAR

 

20 anos depois, Bahia cria seu Conselho de Comunicação Social

Em 1989, a Assembléia Constituinte da Bahia aprovou a criação do Conselho de Comunicação Social. Foi letra morta constitucional até 27 de abril de 2011, embora jornalistas profissionais ao longo desses anos tenham ocupado o cargo da Comunicação estadual. Coube ao atual titular, Robinson Almeida - que nem jornalista é – operar politicamente para a criação do Conselho de Comunicação Social. Claro que só foi possível no ambiente democrático do Governo Wagner (PT). Assim, a Bahia tornou-se vanguarda, e a notícia ganhou volume, pelo menos na Internet.

O deputado Emiliano José (PT-BA), que foi deputado estadual constituinte em 1989, registrou o fato em discurso na Câmara Federal. Além de estar prevista na Constituição da Bahia, a criação do Conselho de Comunicação Social era reivindicação da 1ª Conferência Estadual de Comunicação da Bahia, realizada em 2008, outra iniciativa de vanguarda que a Bahia abraçou. Salvo engano, serão sete representantes do Poder Público e 25 da sociedade civil.

O Conselho terá atribuições consultivas e deliberativas. Além do aspecto mais geral da formulação de políticas públicas para a comunicação, receberá e encaminhará denúncias sobre abusos e violações de direitos humanos nos veículos midiáticos, reforçará a comunicação comunitária, fará o acompanhamento da distribuição das verbas publicitárias de modo a que se garanta a obediência de critérios técnicos de audiência e, simultaneamente, se garanta a diversidade e a pluralidade, além de estimular a regionalização da produção cultural, artística e jornalística e a democratização dos meios de comunicação.

"Os conselhos são órgãos que ampliam a participação popular na gestão da República. São novas instituições, próprias de um tempo em se reclama a participação popular como forma de consolidar a democracia", ensina o deputado Emiliano (PT), que também é jornaista e professor de comunicação.

A Bahia é um exemplo a ser seguido pelo Congresso Nacional, que, neste quesito, tem andado para trás. Os parlamentares sabem que o artigo 224 da Constituição Federal prevê o funcionamento do Conselho de Comunicação Social, que está desativado desde 2006, em flagrante inconstitucionalidade.

Congratulo-me com o governador Wagner, com o secretário Robinson Almeida, e com a Assembléia Legislativa da Bahia.

Putz, como é bom ter passado o tempo do carlismo.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?