1 de dezembro de 2007

 

SENADORES QUEREM TIRAR O LEITE DAS CRIANÇAS

Paulo Henrique Amorim, do blog CONVERSA AFIADA, publicou uma relação de senadores que insistem em tirar o leite das crianças, acabar com o Bolsa-Família, com o programa da agricultura familiar Querem acabar com a CPMF que vai direto ao coração da pobreza. Guardem esses nomes, avisa o jornalista, sugerindo que eles não deveriam ser reeleitos. Reeleitos? O nome que encabeça a lista é o de Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). Não pode ser reeleito porque nunca foi eleito. Nunca teve um voto sequer. Apenas “herdou” do pai ACM a representação no Senado. Tudo em família.

Essa questão de senador sem voto terá que ser necessariamente tratada na reforma política que tarda. Como é que pode um suplente de senador, que nunca recebeu um voto nem para guarda de quarteirão, “herdar” um mandato parlamentar? A reforma política terá que responder a duas questões eleitorais. Uma, a questão do financiamento das campanhas, origem de crises políticas, hipocrisias e muita safadeza, outra, o fim da figura do suplente de senador, essa aberração parlamentar. Não me conformo que ACM Júnior, um senador biônico, sem voto, possa contribuir para acabar com os programas sociais e de distribuição de renda que já não são do Governo Lula, mas uma conquista do estado brasileiro.

 

Associação Luiza Mahin, da Bahia, apóia Chávez

Entidades feministas do Brasil e da América Latina assinaram manifesto de apoio ao SIM para a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez, da Venezuela. Algumas dezenas de entidades feministas manifestaram rejeição ao NÃO.

Votar SIM é votar em Chávez, votar NÃO é votar em George Bush e seus escravos venezuelanos.

Manifestaram-se a favor do SIM a Confederação de Mulheres do Brasil, a Federação Democrática de Mulheres e a União Brasileira de Mulheres. “Círculos Bolivarianos” no Brasil também se manifestaram, como os círculos Leonel Brizola e Paulo Freire.

Além da Luiza Mahin, de Salvador, a Casa Bolivariana, do Rio de Janeiro, a Escola Bolivariana de Poder Popular do Brasil e o Coletivo de Educação Popular Escolas Bolivarianas do Brasil.

Escrevam o blog BAHIA DE FATO na lista. Não que tenha alguma importância. É apenas uma manifestação de simpatia. O jornal Tribuna da Bahia, por exemplo, insiste em chamar Chávez de ditador. Nunca explica muito bem o porquê. Mas chama. O blog BAHIA DE FATO fica com o direito soberano do povo venezuelano de escolher seu próprio caminho.

 

Miguel do Rosário mete a ripa em João Ubaldo Ribeiro

E com razão. Ubaldo tá muito reaça com seu anti-lulismo obsessivo-compulsivo

LEIA O TEXTO DE MIGUEL DO ROSÁRIO

João Ubaldo está louco. Lê isso: "Paranóia ou não, delírio ou não, está na cara que o presidente quer o terceiro mandato", escreveu na sua coluna (domingo, 25/11/07). Repara na lógica surreal do pensamento dele. Delírio ou não? Pô, João, a falta de uísque está te destruindo. Se é delírio, como pode "estar na cara"?

Ele gasta o artigo todo choramingando a vitória de Lula, tentando desmerecer o próprio conceito de sufrágio universal e desfiando uma série de inverdades já desmentidas por prestigiados institutos de pesquisa. "O povo sabe votar muito bem, para as circunstâncias, e vota no que o beneficia diretamente. No caso do Brasil, os eleitores cativos do Bolsa Família vão votar certo, ou seja, em Lula".

Ora, João, Lula não é mais candidato. E as pesquisas apontaram vitória de Lula em todas as classes sociais. Mesmo que assim não fosse, o voto do pobre vale o mesmo, inclusive moralmente falando, que o voto da classe média, que também vota com o bolso (ou não?). Votar em razão da percepção de que o representante político irá beneficiar a sua classe é um motivo nobre e democrático. O problema era quando o pobre votava em razão de promessas demagogas não-cumpridas, e acabava votando em quem beneficiava somente os ricos.

Ubaldo ataca o sistema eleitoral, inclusive repetindo a ladainha (não se compara épocas e nações totalmente diversas) de que Hitler também ganhou eleição.
Agora Ubaldo quer uma democracia sem eleição, com representantes indicados por meia dúzia de colunistas e donos de jornais, alçados a condição de supremos sábios das nações. Ora, Ubaldo, democracia é isso, meu chapa. Tem que saber perder.

O que eu gostaria de saber é o motivo real para a sua histeria anti-lulista. Seja honesto, cara, e diga qual seria a alternativa. Além disso, você tá escrevendo mal pra cacete, João. "Ninguém vê nada de fascistóide no que se anda fazendo", diz João, sem maiores explicações, como se a gente fosse obrigado a saber a que ele se refere. É o que? É corrupção? Pô, você não tá vendo que a Polícia Federal tá agindo muito mais que antes? É ideologia? Você virou o quê, um Bolsonaro literato? Virou um imbecil reaça?

É puro veneno, futrica inconseqüente, birra, preconceito vulgar. Você tá dando pena, João. Não vou mais perder meu tempo contigo.

# Miguel do Rosário # Sábado, Novembro 24, 2007

30 de novembro de 2007

 

Simone de Beauvoir no SITE de Emiliano

Há mulheres cujas trajetórias me fascinam. Rosa Luxemburgo, que desafiou o seu tempo e alçou vôos inimagináveis para uma mulher naquela quadra histórica, uma delas. Agora, me vem à mente a lembrança de outra mulher que também deixou marcas profundas na história, com outro tipo de contribuição, não propriamente regada a sangue, como no caso de Rosa, assassinada por bestiais contra-revolucionários alemães. Falo de Simone de Beauvoir.

LEIA NA ÍNTEGRA

 

Zé Dirceu elogia política da Bahia para juventude

O governo Jaques Wagner quer aumentar a participação do PIB da Bahia de 3,5% para 8% no PIB nacional de TI (Tecnologia da Informação) até 2010. Para isso, está trabalhando em três frentes: num ambicioso programa de capacitação, que pretende formar 20 mil jovens como desenvolvedores de aplicações em TI até o final de sua gestão; num pólo tecnológico, em construção na capital, Salvador; e medidas de incentivo fiscal para atrair a indústria de TI para o Estado. “Queremos transformar a Bahia numa base de produção de software”, diz Adhvan Furtado, assessor de política industrial do órgão de Gestão Estratégica em TIC da Casa Civil do governo da Bahia.

LEIA MATÉRIA NA ÍNTEGRA

 

Senado presta homenagem a Teófilo Ottoni, o senador que honrou o Brasil

Senado presta homenagem a Teófilo Ottoni
PLENÁRIO / Homenagem
29/11/2007 - 17h24
Agência Senado

O Senado Federal prestou nesta quinta-feira (29) homenagem ao ex-senador Theóphilo Benedicto Ottoni (1807-1869), no bicentenário do seu nascimento. O requerimento de homenagem foi apresentado pelo presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), e pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Discursaram durante a sessão o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e os deputados federais Fábio Ramalho (PV-MG) e Ademir Camilo (PDT-MG), além de Tião Viana e Eduardo Azeredo.

Theóphilo Ottoni foi deputado provincial por Minas Gerais, deputado geral e senador do Brasil durante o Império.Liderou a Revolução Liberal mineira de 1842, mas saiu derrotado na Batalha de Santa Luzia e foi preso na cidade de Ouro Preto. Foi anistiado em 1844 pelo imperador, e se reelegeu deputado.

Em 1847, Theóphilo liderou uma expedição a fim de colonizar toda a região do Mucuri. Inaugurou a cidade da Philadélphia, em 1853, como centro das colônias do Mucuri. Posteriormente, a cidade passou a se chamar Teófilo Otoni, em homenagem ao seu fundador.

Theóphilo Ottoni assumiu a liderança do Partido Liberal em 1860, e elegeu-se senador em 1864. Morreu no Rio de Janeiro no ano de 1869, em decorrência de uma intoxicação miasmática.

Compuseram a Mesa durante a sessão o sobrinho-bisneto e o sobrinho-trineto de Theóphilo Ottoni, Benedicto e Tadeu Ottoni; o deputado federal (PMDB-MG) Saraiva Felipe e o ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos e autor do livro Theóphilo Ottoni, a República e a Utopia do Mucuri, Nilmário Miranda. (Agência Senado).


Ministro Hélio Costa encerra homenagens a Theóphilo Ottoni
PLENÁRIO / Tempo Real
29/11/2007 - 15h30
Agência Senado

O senador licenciado e ministro das Comunicações, Hélio Costa, foi o último orador da homenagem ao bicentenário de nascimento do ex-senador e ex-deputado Theóphilo Benedito Ottoni. O ministro das Comunicações elogiou a trajetória do ex-parlamentar e registrou que os Correios lançaram, há dois meses, selo postal em homenagem a Theóphilo Otoni. (Agência Senado).


Ministro Hélio Costa encerra homenagem a Theóphilo Ottoni
PLENÁRIO / Homenagem
29/11/2007 - 17h10
Agência Senado

O senador licenciado e ministro das Comunicações, Hélio Costa, encerrou nesta quinta-feira (29) a homenagem ao bicentenário de nascimento do ex-senador e ex-deputado Theóphilo Benedicto Ottoni.

Hélio Costa elogiou o livro Teófilo Ottoni, aRepública e a Utopia do Mucuri, escrito pelo ex-deputado e ex-ministro Nilmário Miranda. De acordo com o ministro, a publicação ressalta a importância de Ottoni para Minas Gerias e para o Brasil.

- A revolução feita por Theóphilo Ottoni começou na realidade na minha terra, em Barbacena, em 1842, quando José Feliciano é encarregado de liderar as 14 cidades da província e ali estabelecer a capital revoltosa - lembrou Hélio Costa referindo-se à Revolução Liberal de 1842, em Minas Gerais, da qual Ottoni foi líder.

O ministro das Comunicações disse que até os dias de hoje a Câmara de Vereadores de Barbacena (MG) é chamada de Palácio da Revolução Liberal, pois foi em Barbacena (sede do governo revolucionário) que Ottoni entregou o comando da revolução a José Feliciano Pinto Coelho da Cunha. Para Hélio Costa, Ottoni foi um visionário que "trouxe os caminhos de um Brasil melhor".

O ministro também registrou o lançamento, há dois meses, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), de selo postal comemorativo em homenagem a Ottoni.

- Para nós, do Ministério das Comunicações, e certamente para os Correios, é uma honra muito grande colocar, na galeria dos vultos nacionais, como estampa comemorativa, esse homem que entra para nossa história pelo seu trabalho e pela sua extraordinária vocação liberal e democrática - afirmou Hélio Costa. (Augusto Castro / Agência Senado).

29 de novembro de 2007

 

Enfim um senador que honrou o País

Publicado no Jornal A Tarde, 29 de nov Página Opinião

Um senador que honrou o país
Oldack Miranda

Um selo comemorativo foi lançado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Sessão solene está programada no Senado e na Câmara dos Deputados. Sessões especiais estão na agenda das assembléias legislativas do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Dezenas de câmaras e prefeituras programaram eventos festivos. Universidades organizam seminários. Tudo para homenagear um senador que honrou a República. Trata-se de Teófilo Benedito Ottoni, cujo bicentenário de nascimento (27 de novembro) está sendo comemorado.

Embora a História Oficial o tenha sonegado dos livros escolares, foi um dos políticos mais importantes do Brasil Império. Um liberal, democrata e empreendedor que esteve à frente de seu tempo.
Ao morrer, no Rio de Janeiro, era um personagem quase mitológico, o homem mais popular do Brasil. Inspirou-se no ideário da revolução norte-americana. Republicano, combateu a monarquia.

Ottoni defendeu as liberdades civis, os direitos humanos, a idéia federativa, a igualdade, a abolição da escravatura e até o direito à revolução dos povos quando os governos se inclinam para a tirania.

Rejeitou a guerra de extermínio decretada pelo Império contra os indígenas e colonizou o Vale do Mucuri com mão-de-obra livre importada da Europa. Pacifista, ousou pegar em armas na Revolução Liberal de 1842 contra o Império, e foi preso pelo então Barão de Caxias.

Da prisão, editou o jornal “Itacolomi” de crítica frontal ao Reinado e, na tradição libertária de Cipriano Barata, fundou o “Sentinella do Serro”.

Era radicalmente contra o “beija-mão” imperial que até outro dia mesmo era costume aqui na Bahia.

Incorruptível, recusou fazer parte da corte de parasitas. Sonhava com a industrialização, ferrovias, estradas de rodagem, navegação fluvial integrada à navegação de cabotagem.

É um personagem cuja história deve ser resgatada e apresentada às novas gerações. Nem sempre senadores foram venais. O resgate de Teófilo Ottoni ganha importância nestes tempos de descrédito do Senado e da Câmara dos Deputados.

Em Minas, foi vereador, deputado provincial, deputado geral e senador.

Eleito seis vezes ao Senado, por cinco vezes foi preterido pelo “Poder Moderador” do déspota D. Pedro II. Em 1860, com sua famosa “Circular aos Leitores Mineiros” incendeia o imaginário, lidera a maré democrática, questiona o poder, a censura à imprensa e o sistema eleitoral corrompido.

Contribuindo para esse resgate, o ex-ministro dos Direitos Humanos, jornalista Nilmário Miranda, atual vice-presidente da Editora Fundação Perseu Abramo, acaba de lançar o livro “Teófilo Ottoni, a República e a Utopia do Mucuri”, pela Editora Caros Amigos. Resgatar a saga de Teófilo Ottoni é resgatar a esperança na política e no homem público.

* Oldack Miranda é jornalista

28 de novembro de 2007

 

Folha também está no esquema de blindagem de Aécio Neves?

Já é público e notório o esquema milionário que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) montou com grande parte da mídia. Com a mídia mineira o resultado é a mais completa blindagem, proteção, omissão no noticiário, em alguns casos defesa aberta nos editoriais.

Não sei se a Folha de S. Paulo faz parte do “esquema”, mas, é no mínimo suspeito a forma discreta como noticia o valerioduto tucano mineiro. Nesta quarta-feira, 28, reserva uma discretíssima manchete na página A-10 para o cada vez mais evidente envolvimento de Aécio Neves no esquema: “Sócia de irmã de Aécio recebeu de Valério, diz a PF”.

Se fosse o amigo do amigo do cocô do cavalo do bandido do presidente Lula estaria na primeira página da Folha de S. Paulo. Mas é a sócia da irmã de Aécio, o blindado. Não merece primeira página, não é?

 

Patrus afirma que 87% do Bolsa-Família saem da CPMF

O Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira, que 87% dos recursos do Bolsa Família saem da CPMF. Os números revelam quem está contra os pobres no Brasil. Acabar com a CPMF é acabar com os programas sociais.

"O fim da CPMF implicaria em mudanças profundas nas políticas sociais. Em alguma área ou setor nós teríamos que retirar", disse Patrus Ananias.

O Ministro Patrus Ananias disse que "se o Brasil continuar nesse rumo, dentro de uns 15 ou 20 anos será um país com outra face, do ponto de vista social e humano. E também do ponto de vista dos valores éticos".

O Ministro Patrus Ananias disse que se a CPMF não for prorrogada pode haver alterações nos programas sociais responsáveis pela promoção do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil).

"Daí a importância de nós termos a CPMF, em nome dos mais pobres, em nome da justiça e da inclusão social. Nós temos uma dívida no Brasil histórica, nós todos sabemos disso. O Brasil é socialmente um país brutalizado. Tem 500 anos de dominação".

Segundo Patrus Ananias, a CPMF constitui um fator muito importante no Fundo de Combate à Pobreza. O Ministro citou a importância da CPMF em programas como o programa de aquisição de alimentos, da agricultura familiar, o programa da construção de cisternas na região do Nordeste, do semi-árido.

"Uma questão importante, que a gente está debatendo com a sociedade brasileira, é que nós precisamos de impostos. (Sem impostos), uma sociedade não tem segurança pública, não tem educação de boa qualidade, como estamos fazendo no Brasil, saúde, políticas rigorosas de assistência social, de segurança alimentar e nutricional, além de outros estratégicos fundamentais para o desenvolvimento e para a vida das pessoas, inclusive da classe média, infra-estrutura, melhoria de estradas...", disse Patrus Ananias.

O Ministro Patrus Ananias, disse que "os pobres custaram muito a entrar na agenda nacional". E, segundo Patrus Ananias, os pobres entraram na agenda nacional por meio dos programas sociais do Governo Lula.

Patrus Ananias disse também que pela primeira vez o Brasil tem um Ministério voltado para proteger e promover os pobres. Ele disse que o orçamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome este ano foi de R$ 25 bilhões e em 2008 vai ser de R$ 28 bilhões.

LEIA ENTREVISTA NA ÍNTEGRA
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/467501-468000/467694/467694_1.html

27 de novembro de 2007

 

Deputados sem-memória atiram no próprio pé

Parlamentares baianos desmemoriados forçam a barra para jogar sobre os ombros do governo Wagner o peso da tragédia da Fonte Nova. Trata-se de um tiro no próprio pé. Relatório técnico de engenheiros revela que há dez anos as estruturas do estádio já estavam comprometidas. O ex-governador Antônio Imbassahy mostra-se “consternado”. O silêncio de Paulo Souto é revelador. César Borges ninguém leva mesmo a sério.

Há pelo menos 20 anos providências deveriam ser tomadas em relação à degradação da Fonte Nova. Os governos da Bahia falharam. Agora vem deputados sem-memória com espaço garantido em jornais e blogs de direita falar em desgaste do governo do estado. Jaques Wagner, ao contrário de seus antecessores, não fugiu às suas responsabilidades, visitou o local da tragédia, foi ao sepultamento das vítimas do desabamento, anuncia que vai apurar as responsabilidades e até indenizar as famílias tão duramente atingidas.

Mas é preciso por um freio na boca de deputados desmemoriados

 

Lula quer que países ricos paguem por proteção de florestas

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira que os países ricos paguem para proteger florestas tropicais e para conter as mudanças climáticas. Ele reiterou as críticas aos Estados Unidos pela taxação ao etanol brasileiro.

"É preciso que os países ricos saibam que agora, em Bali, nós vamos discutir com muita seriedade o preço que os países ricos têm que pagar para que os países mais pobres possam preservar as suas florestas", disse Lula, referindo-se à cúpula da ONU em Bali (Indonésia) que vai iniciar as discussões sobre um novo tratado climático global.

"Porque você não vai convencer um pobre, de nenhum país do mundo, que ele não pode cortar uma árvore se não tiver como troco o direito dele trabalhar, o direito dele comer", afirmou o presidente durante o lançamento em Brasília do Relatório sobre Desenvolvimento Humano, da Organização das Nações unidas (ONU).

O Brasil se destaca na produção mundial de biocombustíveis, e 85 por cento da energia que o país usa vem de fontes renováveis. Entretanto, a devastação da Amazônia coloca o Brasil entre os líderes mundiais nas emissões de carbono, principal fator responsável pelo aquecimento.

O governo brasileiro defende habitualmente "incentivos positivos" financiados por países ricos para ajudar na proteção das florestas em países em desenvolvimento. O Brasil quer também uma convenção internacional para obrigar os grandes laboratórios farmacêuticos a pagarem por drogas derivadas de plantas descobertas nas florestas.

"Não aceitamos ser tratados nessa discussão como cidadãos de segunda classe", disse Lula, que também criticou os EUA por darem subsídios à produção de etanol de milho, que é menos eficiente que o álcool de cana, alvo de pesadas taxas no mercado norte-americano.

"Cadê o equilíbrio comercial? Cadê a vontade de despoluir o Planeta? ... Poderia começar taxando o petróleo", acrescentou.

Lula também ridicularizou os carros "beberrões" usados em países desenvolvidos.

"Tem carros produzidos em alguns países do mundo que não conseguem virar a curva numa esquina, de tão grandes que são. Um carro daqueles daria para fazer três carros populares aqui no Brasil", afirmou. (Por Raymond Colitt)

 

Em artigo no PNUD, Lula defende 'ação nacional para desafio global'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em artigo divulgado nesta terça-feira (27), que a luta contra as mudanças climáticas deve ser vencida com os países do mundo "agindo nacionalmente e trabalhando em conjunto globalmente".

O artigo "Ação nacional para enfrentar um desafio global", de uma página, faz parte das 300 páginas do Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que neste ano teve como principal tema as mudanças climáticas.

No texto, Lula afirma que ações nacionais, como a experiência brasileira com os biocombustíveis no setor de transportes, devem estimular a redução das emissões de carbono nas atividades de uso intensivo de energia.

O presidente também diz que é responsabilidade dos países desenvolvidos de demonstrar que estão comprometidos com esta causa.

"Como o relatório nos lembra, se cada pessoa no mundo desenvolvido tivesse a mesma média de emissão de carbono que um americano comum, nós precisaríamos de nove planetas para lidar com as conseqüências."

Além de Lula, também assinam artigos no relatório da ONU o bispo sul-africano Desmond Tutu, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, o economista indiano Amartya Sen e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

O artigo de Lula está na parte do relatório que analisa o impacto das mudanças climáticas no desenvolvimento dos países.

O presidente não faz referência ao ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado no mesmo relatório nem a situação brasileira.

Neste ano, o Brasil atingiu o índice de 0,800, em uma escala de 0 a 1, patamar considerado pelo PNUD de "alto desenvolvimento humano".

 

Brasil entra pela primeira vez entre os países com alto desenvolvimento humano. Mais um pouco e chega ao nível de Cuba.

O ranking elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) acaba de ser divulgado em Brasília. O Brasil entrou pela primeira vez para o grupo de países de alto desenvolvimento humano. É a Era Lula. Como a imprensa vai divulgar essa grande conquista?

De acordo com o relatório da ONU, o Brasil atingiu o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,800, em uma escala de 0 a 1. Países com índice inferior a 0,800 são considerados de médio desenvolvimento humano, categoria na qual o Brasil figurava desde 1990, quando o PNUD começou a divulgar o ranking.

Os dados do relatório são referentes a 2005. No relatório do ano passado, de 2004, o IDH do Brasil foi de 0,792. Apesar de ter entrado para o grupo de países de alto desenvolvimento humano, o Brasil continua com um IDH abaixo da média latino-americana e caribenha.

Chile (40º lugar), Uruguai (46º), Costa Rica (48º), Bahamas (49º), CUBA (51º), México (52º), Trinidad e Tobago (59º) e Panamá (62º) são países que proporcionam a seus cidadãos mais qualidade de vida do que o Brasil. Será que li certo? CUBA está entre os países que proporcionam a seus cidadãos MAIS QUALIDADE DE VIDA do que o Brasil.

MELHORA GERAL

De 2004 para 2005, o Brasil melhorou em todos os itens que compõem o IDH, com exceção da alfabetização adulta - que ficou estável em 88,6% da população com mais de 15 anos.

O desempenho econômico do país também contribuiu para melhorar o PADRÃO de desenvolvimento humano. O PIB per capita anual aumentou 2,5% de 2004 para 2005, atingindo US$ 8.402 (por paridade de poder de compra).
De 1990 a 2005, o PIB per capita brasileiro cresceu em média 1,1% por ano, ritmo idêntico ao da Argentina, mas bastante inferior ao do Chile - que cresceu em média 3,8% ao ano.

O PNUD começou a divulgar o IDH desde 1990, mas traz dados para vários países retroativos a 1975. O Brasil vem melhorando o seu índice de desenvolvimento humano em um ritmo estável.

Em 1975, o IDH brasileiro era calculado em 0,649. Desde então o Brasil vem mantendo uma média de crescimento de cerca de 0,050 no índice a cada dez anos.

DESIGUALDADE

Apesar de ter tido uma pontuação maior, o país caiu uma posição no ranking e agora ocupa o 70º lugar. O Brasil também é o país com MAIOR DESIGUALDADE entre ricos e pobres, seguido por Panamá, Chile, Argentina e Costa Rica. No Brasil, os 10% mais ricos da população têm renda 51,3 vezes maior do que os 10% pobres.
Além do Brasil, países como Rússia, Macedônia, Albânia e Belarus também ingressaram no rol dos países de alto desenvolvimento humano nesta edição do ranking, que neste ano foi liderado pela Islândia, com IDH de 0,968.

REVISÃO

O IDH é um índice usado pela ONU para medir o desempenho dos países em três áreas: saúde, educação e padrão de vida. O índice é composto por estatísticas de expectativa de vida, alfabetização adulta, quantidade de alunos na escola e na universidade e o produto interno bruto (PIB) per capita.

O Brasil subiu devido a melhoras reais nos campos avaliados pelo IDH, que puderam sem melhor mensuradas com as revisões de estatísticas nos bancos de dados da Unicef e do Banco Mundial - órgãos que fornecem os números para o PNUD, normalmente baseados em dados produzidos pelos próprios países.

Por exemplo, uma recente revisão de metodologia do IBGE mostrou que em 2005 o Brasil cresceu mais do que se imaginava. Em vez de 2,9%, o IBGE declarou que a economia do Brasil cresceu 3,2% naquele ano. Revisões estatísticas do IBGE também revelaram que os padrões de educação e expectativa de vida no Brasil aumentaram em 2005. A expectativa de vida média subiu de 70,8 anos, no relatório do ano passado, para 71,7 anos, e a porcentagem de alunos matriculados em escolas e universidades aumentou de 86% para 87,5%.

OPINIÃO DE LULA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (27) acreditar que o Brasil melhorará sua posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano até 2010. Durante a cerimônia de lançamento do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Lula fez o convite para
que o estudo de 2012 também seja lançado no país.

“Gostaria que o PNUD aceitasse, eu não diria um desafio, mas um convite para que voltasse ao Brasil em 2012 para apresentar o seu relatório”, disse. “Estou convencido que a partir daí todo governo que vier vai se sentir na obrigação de o Brasil crescer um ponto a cada relatório”, completou Lula.

IMPORTÂNCIA SIMBÓLICA

Segundo o economista Flavio Comim, especialista em desenvolvimento humano e assessor especial para o PNUD, o aumento de número de alunos matriculados em escolas foi o fator que mais contribuiu para a melhora do IDH do país no longo prazo. Desde 1990, o índice subiu de 67,3% para 87,5%.

Para Comim, a importância de entrar na lista dos países de alto desenvolvimento humano é "simbólica, mas significativa, pois abre espaço para uma agenda mais ambiciosa no Brasil".

Segundo ele, um dos motivos que faz o Brasil ficar em último lugar entre as nações de "alto desenvolvimento humano" no IDH é o fato de que os indicadores sociais brasileiros estão muito abaixo do nível de renda do país.

Comim identifica cinco áreas em que o Brasil ainda precisa melhorar para subir no ranking: combate à pobreza e à desigualdade, saneamento, mortalidade infantil e mortalidade materna. Nessas áreas, segundo ele, o Brasil está muito atrás dos demais países, mesmo os latino-americanos. Ele ressalta que, baseado em dados já disponíveis sobre 2006, o Brasil deve melhorar ainda mais o seu IDH no relatório do ano que vem.

Fonte: SITE DO PT COM AGÊNCIAS

26 de novembro de 2007

 

Jaques Wagner fortaleceu campanha de Jonas Paulo à presidência do PT da Bahia

Depois que o governador Jaques Wagner, manifestou “simpatia” pela candidatura de Jonas Paulo à presidência do PT da Bahia, o candidato da chapa Reconstruindo o Novo Brasil decolou. Lideranças importantes articularam o nome de Jonas Paulo para comandar o PT baiano, entre eles o ex-deputado Emiliano José, o deputado Zezéu Ribeiro, o dirigente partidário Zé Maria e também o ex-deputado Josias Gomes.

Jonas Paulo no momento é o candidato mais forte no chamado Processo de Eleição Direta (PED), marcado para dezembro. Marcelino Gallo, atual presidente e candidato à reeleição, anda meio desgastado. A “simpatia” de Jaques Wagner, manifestada num almoço com 15 jornalistas em São Paulo, está fazendo a balança pesar a favor de Jonas Paulo.

Jonas tem a cara do PT. Passou oito anos exilado durante a ditadura militar, na Argentina, França, Portugal e Angola, onde ficou mais tempo e trabalhou pela reforma agrária, além de ajudar a preparar o governo departamento de Reconstrução Nacional do Movimento Popular de Libertação. Antes de voltar para o Brasil, formou-se em Sociologia do Desenvolvimento, na França. Há 25 anos mora na Bahia.

Para comandar o PT da Bahia Jonas Paulo deixa o importante cargo de Diretor da Área de Produção da Codevasf. Antes, ele exerceu o cargo de Superintendente Regional da Codevasf em Bom Jesus da Lapa.

 

Ex-ministro lança livro em Mucuri, Bahia

No próximo dia 4 de dezembro, às 15h, o ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, lança na Câmara Municipal de Mucuri, extremo-sul da Bahia, seu novo livro intitulado “Teófilo Benedito Ottoni, a República e a utopia do Mucuri”. O convite é dos estudantes do curso de graduação da EADCON/CBI, uma universidade de ensino à distância.

O livro de Nilmário Miranda resgata a história de Teófilo Benedito Ottoni, um líder republicano que lutou contra o Império, contra a escravatura de negros, rejeitou a guerra de extermínio contra os indígenas e fundou a Cia de Colonização do Vale do Mucuri, explorando a região a partir da foz do rio, onde hoje está a sede da cidade baiana Mucuri.

Segundo Nilmário Miranda, presidente do PT de Minas Gerais e atual vice-presidente da Fundação Perseu Abramo, resgatar a história de Teófilo Ottoni é um estímulo à cidadania ativa, à ética na política. Coisa rara hoje em dia. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Brasília estão comemorando o bicentenário de nascimento do líder político que foi um exemplo de vida pública.

Na Bahia, os estudantes de Mucuri saíram na frente.

25 de novembro de 2007

 

Cinco mulheres que lutaram contra a ditadura e pagaram caro

Artionka Capiberibe é antropóloga. Ela acaba de lançar no Rio de Janeiro o livro “Batismo de Fogo”. No lançamento, na Livraria do Conde, Leblon, ocorreu um reencontro histórico. Cinco mulheres, todas ex-exiladas. Artionka, Iza, Janete, Lavínia, Maria do Carmo. Essas cinco mulheres um dia quiseram salvar o mundo, combater a ditadura militar, foram à luta e pagaram caro. Prisão, tortura e exílio. Sonharam com a democracia, a liberdade e o socialismo.

Iza foi a primeira a escapulir. Militante da organização revolucionária Ação Popular, antes do golpe militar de 1964, militava no Movimento de Cultura Popular da UNE. Até que a luta pela sobrevivência a levou ao Quebec, no Canadá.

Maria do Carmo foi um pouco depois. Militava no movimento estudantil e seguia as orientações de Betinho, dirigente da Ação Popular. Quando o cerco apertou foi para o Chile de Allende. Lavínia também foi para o Chile. Janete engajou-se na luta armada ao lado de Carlos Marighella. Artionka é filha de João Alberto Capiberibe, ex-preso e exilado político, ex-prefeito, ex-governador e ex-senador de Macapá.

O PSB bem que poderia patrocinar o lançamento de Batismo de Fogo na Bahia.

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