27 de novembro de 2007
Lula quer que países ricos paguem por proteção de florestas
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira que os países ricos paguem para proteger florestas tropicais e para conter as mudanças climáticas. Ele reiterou as críticas aos Estados Unidos pela taxação ao etanol brasileiro.
"É preciso que os países ricos saibam que agora, em Bali, nós vamos discutir com muita seriedade o preço que os países ricos têm que pagar para que os países mais pobres possam preservar as suas florestas", disse Lula, referindo-se à cúpula da ONU em Bali (Indonésia) que vai iniciar as discussões sobre um novo tratado climático global.
"Porque você não vai convencer um pobre, de nenhum país do mundo, que ele não pode cortar uma árvore se não tiver como troco o direito dele trabalhar, o direito dele comer", afirmou o presidente durante o lançamento em Brasília do Relatório sobre Desenvolvimento Humano, da Organização das Nações unidas (ONU).
O Brasil se destaca na produção mundial de biocombustíveis, e 85 por cento da energia que o país usa vem de fontes renováveis. Entretanto, a devastação da Amazônia coloca o Brasil entre os líderes mundiais nas emissões de carbono, principal fator responsável pelo aquecimento.
O governo brasileiro defende habitualmente "incentivos positivos" financiados por países ricos para ajudar na proteção das florestas em países em desenvolvimento. O Brasil quer também uma convenção internacional para obrigar os grandes laboratórios farmacêuticos a pagarem por drogas derivadas de plantas descobertas nas florestas.
"Não aceitamos ser tratados nessa discussão como cidadãos de segunda classe", disse Lula, que também criticou os EUA por darem subsídios à produção de etanol de milho, que é menos eficiente que o álcool de cana, alvo de pesadas taxas no mercado norte-americano.
"Cadê o equilíbrio comercial? Cadê a vontade de despoluir o Planeta? ... Poderia começar taxando o petróleo", acrescentou.
Lula também ridicularizou os carros "beberrões" usados em países desenvolvidos.
"Tem carros produzidos em alguns países do mundo que não conseguem virar a curva numa esquina, de tão grandes que são. Um carro daqueles daria para fazer três carros populares aqui no Brasil", afirmou. (Por Raymond Colitt)
"É preciso que os países ricos saibam que agora, em Bali, nós vamos discutir com muita seriedade o preço que os países ricos têm que pagar para que os países mais pobres possam preservar as suas florestas", disse Lula, referindo-se à cúpula da ONU em Bali (Indonésia) que vai iniciar as discussões sobre um novo tratado climático global.
"Porque você não vai convencer um pobre, de nenhum país do mundo, que ele não pode cortar uma árvore se não tiver como troco o direito dele trabalhar, o direito dele comer", afirmou o presidente durante o lançamento em Brasília do Relatório sobre Desenvolvimento Humano, da Organização das Nações unidas (ONU).
O Brasil se destaca na produção mundial de biocombustíveis, e 85 por cento da energia que o país usa vem de fontes renováveis. Entretanto, a devastação da Amazônia coloca o Brasil entre os líderes mundiais nas emissões de carbono, principal fator responsável pelo aquecimento.
O governo brasileiro defende habitualmente "incentivos positivos" financiados por países ricos para ajudar na proteção das florestas em países em desenvolvimento. O Brasil quer também uma convenção internacional para obrigar os grandes laboratórios farmacêuticos a pagarem por drogas derivadas de plantas descobertas nas florestas.
"Não aceitamos ser tratados nessa discussão como cidadãos de segunda classe", disse Lula, que também criticou os EUA por darem subsídios à produção de etanol de milho, que é menos eficiente que o álcool de cana, alvo de pesadas taxas no mercado norte-americano.
"Cadê o equilíbrio comercial? Cadê a vontade de despoluir o Planeta? ... Poderia começar taxando o petróleo", acrescentou.
Lula também ridicularizou os carros "beberrões" usados em países desenvolvidos.
"Tem carros produzidos em alguns países do mundo que não conseguem virar a curva numa esquina, de tão grandes que são. Um carro daqueles daria para fazer três carros populares aqui no Brasil", afirmou. (Por Raymond Colitt)