27 de novembro de 2007
Brasil entra pela primeira vez entre os países com alto desenvolvimento humano. Mais um pouco e chega ao nível de Cuba.
O ranking elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) acaba de ser divulgado em Brasília. O Brasil entrou pela primeira vez para o grupo de países de alto desenvolvimento humano. É a Era Lula. Como a imprensa vai divulgar essa grande conquista?
De acordo com o relatório da ONU, o Brasil atingiu o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,800, em uma escala de 0 a 1. Países com índice inferior a 0,800 são considerados de médio desenvolvimento humano, categoria na qual o Brasil figurava desde 1990, quando o PNUD começou a divulgar o ranking.
Os dados do relatório são referentes a 2005. No relatório do ano passado, de 2004, o IDH do Brasil foi de 0,792. Apesar de ter entrado para o grupo de países de alto desenvolvimento humano, o Brasil continua com um IDH abaixo da média latino-americana e caribenha.
Chile (40º lugar), Uruguai (46º), Costa Rica (48º), Bahamas (49º), CUBA (51º), México (52º), Trinidad e Tobago (59º) e Panamá (62º) são países que proporcionam a seus cidadãos mais qualidade de vida do que o Brasil. Será que li certo? CUBA está entre os países que proporcionam a seus cidadãos MAIS QUALIDADE DE VIDA do que o Brasil.
MELHORA GERAL
De 2004 para 2005, o Brasil melhorou em todos os itens que compõem o IDH, com exceção da alfabetização adulta - que ficou estável em 88,6% da população com mais de 15 anos.
O desempenho econômico do país também contribuiu para melhorar o PADRÃO de desenvolvimento humano. O PIB per capita anual aumentou 2,5% de 2004 para 2005, atingindo US$ 8.402 (por paridade de poder de compra).
De 1990 a 2005, o PIB per capita brasileiro cresceu em média 1,1% por ano, ritmo idêntico ao da Argentina, mas bastante inferior ao do Chile - que cresceu em média 3,8% ao ano.
O PNUD começou a divulgar o IDH desde 1990, mas traz dados para vários países retroativos a 1975. O Brasil vem melhorando o seu índice de desenvolvimento humano em um ritmo estável.
Em 1975, o IDH brasileiro era calculado em 0,649. Desde então o Brasil vem mantendo uma média de crescimento de cerca de 0,050 no índice a cada dez anos.
DESIGUALDADE
Apesar de ter tido uma pontuação maior, o país caiu uma posição no ranking e agora ocupa o 70º lugar. O Brasil também é o país com MAIOR DESIGUALDADE entre ricos e pobres, seguido por Panamá, Chile, Argentina e Costa Rica. No Brasil, os 10% mais ricos da população têm renda 51,3 vezes maior do que os 10% pobres.
Além do Brasil, países como Rússia, Macedônia, Albânia e Belarus também ingressaram no rol dos países de alto desenvolvimento humano nesta edição do ranking, que neste ano foi liderado pela Islândia, com IDH de 0,968.
REVISÃO
O IDH é um índice usado pela ONU para medir o desempenho dos países em três áreas: saúde, educação e padrão de vida. O índice é composto por estatísticas de expectativa de vida, alfabetização adulta, quantidade de alunos na escola e na universidade e o produto interno bruto (PIB) per capita.
O Brasil subiu devido a melhoras reais nos campos avaliados pelo IDH, que puderam sem melhor mensuradas com as revisões de estatísticas nos bancos de dados da Unicef e do Banco Mundial - órgãos que fornecem os números para o PNUD, normalmente baseados em dados produzidos pelos próprios países.
Por exemplo, uma recente revisão de metodologia do IBGE mostrou que em 2005 o Brasil cresceu mais do que se imaginava. Em vez de 2,9%, o IBGE declarou que a economia do Brasil cresceu 3,2% naquele ano. Revisões estatísticas do IBGE também revelaram que os padrões de educação e expectativa de vida no Brasil aumentaram em 2005. A expectativa de vida média subiu de 70,8 anos, no relatório do ano passado, para 71,7 anos, e a porcentagem de alunos matriculados em escolas e universidades aumentou de 86% para 87,5%.
OPINIÃO DE LULA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (27) acreditar que o Brasil melhorará sua posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano até 2010. Durante a cerimônia de lançamento do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Lula fez o convite para
que o estudo de 2012 também seja lançado no país.
“Gostaria que o PNUD aceitasse, eu não diria um desafio, mas um convite para que voltasse ao Brasil em 2012 para apresentar o seu relatório”, disse. “Estou convencido que a partir daí todo governo que vier vai se sentir na obrigação de o Brasil crescer um ponto a cada relatório”, completou Lula.
IMPORTÂNCIA SIMBÓLICA
Segundo o economista Flavio Comim, especialista em desenvolvimento humano e assessor especial para o PNUD, o aumento de número de alunos matriculados em escolas foi o fator que mais contribuiu para a melhora do IDH do país no longo prazo. Desde 1990, o índice subiu de 67,3% para 87,5%.
Para Comim, a importância de entrar na lista dos países de alto desenvolvimento humano é "simbólica, mas significativa, pois abre espaço para uma agenda mais ambiciosa no Brasil".
Segundo ele, um dos motivos que faz o Brasil ficar em último lugar entre as nações de "alto desenvolvimento humano" no IDH é o fato de que os indicadores sociais brasileiros estão muito abaixo do nível de renda do país.
Comim identifica cinco áreas em que o Brasil ainda precisa melhorar para subir no ranking: combate à pobreza e à desigualdade, saneamento, mortalidade infantil e mortalidade materna. Nessas áreas, segundo ele, o Brasil está muito atrás dos demais países, mesmo os latino-americanos. Ele ressalta que, baseado em dados já disponíveis sobre 2006, o Brasil deve melhorar ainda mais o seu IDH no relatório do ano que vem.
Fonte: SITE DO PT COM AGÊNCIAS
De acordo com o relatório da ONU, o Brasil atingiu o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,800, em uma escala de 0 a 1. Países com índice inferior a 0,800 são considerados de médio desenvolvimento humano, categoria na qual o Brasil figurava desde 1990, quando o PNUD começou a divulgar o ranking.
Os dados do relatório são referentes a 2005. No relatório do ano passado, de 2004, o IDH do Brasil foi de 0,792. Apesar de ter entrado para o grupo de países de alto desenvolvimento humano, o Brasil continua com um IDH abaixo da média latino-americana e caribenha.
Chile (40º lugar), Uruguai (46º), Costa Rica (48º), Bahamas (49º), CUBA (51º), México (52º), Trinidad e Tobago (59º) e Panamá (62º) são países que proporcionam a seus cidadãos mais qualidade de vida do que o Brasil. Será que li certo? CUBA está entre os países que proporcionam a seus cidadãos MAIS QUALIDADE DE VIDA do que o Brasil.
MELHORA GERAL
De 2004 para 2005, o Brasil melhorou em todos os itens que compõem o IDH, com exceção da alfabetização adulta - que ficou estável em 88,6% da população com mais de 15 anos.
O desempenho econômico do país também contribuiu para melhorar o PADRÃO de desenvolvimento humano. O PIB per capita anual aumentou 2,5% de 2004 para 2005, atingindo US$ 8.402 (por paridade de poder de compra).
De 1990 a 2005, o PIB per capita brasileiro cresceu em média 1,1% por ano, ritmo idêntico ao da Argentina, mas bastante inferior ao do Chile - que cresceu em média 3,8% ao ano.
O PNUD começou a divulgar o IDH desde 1990, mas traz dados para vários países retroativos a 1975. O Brasil vem melhorando o seu índice de desenvolvimento humano em um ritmo estável.
Em 1975, o IDH brasileiro era calculado em 0,649. Desde então o Brasil vem mantendo uma média de crescimento de cerca de 0,050 no índice a cada dez anos.
DESIGUALDADE
Apesar de ter tido uma pontuação maior, o país caiu uma posição no ranking e agora ocupa o 70º lugar. O Brasil também é o país com MAIOR DESIGUALDADE entre ricos e pobres, seguido por Panamá, Chile, Argentina e Costa Rica. No Brasil, os 10% mais ricos da população têm renda 51,3 vezes maior do que os 10% pobres.
Além do Brasil, países como Rússia, Macedônia, Albânia e Belarus também ingressaram no rol dos países de alto desenvolvimento humano nesta edição do ranking, que neste ano foi liderado pela Islândia, com IDH de 0,968.
REVISÃO
O IDH é um índice usado pela ONU para medir o desempenho dos países em três áreas: saúde, educação e padrão de vida. O índice é composto por estatísticas de expectativa de vida, alfabetização adulta, quantidade de alunos na escola e na universidade e o produto interno bruto (PIB) per capita.
O Brasil subiu devido a melhoras reais nos campos avaliados pelo IDH, que puderam sem melhor mensuradas com as revisões de estatísticas nos bancos de dados da Unicef e do Banco Mundial - órgãos que fornecem os números para o PNUD, normalmente baseados em dados produzidos pelos próprios países.
Por exemplo, uma recente revisão de metodologia do IBGE mostrou que em 2005 o Brasil cresceu mais do que se imaginava. Em vez de 2,9%, o IBGE declarou que a economia do Brasil cresceu 3,2% naquele ano. Revisões estatísticas do IBGE também revelaram que os padrões de educação e expectativa de vida no Brasil aumentaram em 2005. A expectativa de vida média subiu de 70,8 anos, no relatório do ano passado, para 71,7 anos, e a porcentagem de alunos matriculados em escolas e universidades aumentou de 86% para 87,5%.
OPINIÃO DE LULA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (27) acreditar que o Brasil melhorará sua posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano até 2010. Durante a cerimônia de lançamento do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Lula fez o convite para
que o estudo de 2012 também seja lançado no país.
“Gostaria que o PNUD aceitasse, eu não diria um desafio, mas um convite para que voltasse ao Brasil em 2012 para apresentar o seu relatório”, disse. “Estou convencido que a partir daí todo governo que vier vai se sentir na obrigação de o Brasil crescer um ponto a cada relatório”, completou Lula.
IMPORTÂNCIA SIMBÓLICA
Segundo o economista Flavio Comim, especialista em desenvolvimento humano e assessor especial para o PNUD, o aumento de número de alunos matriculados em escolas foi o fator que mais contribuiu para a melhora do IDH do país no longo prazo. Desde 1990, o índice subiu de 67,3% para 87,5%.
Para Comim, a importância de entrar na lista dos países de alto desenvolvimento humano é "simbólica, mas significativa, pois abre espaço para uma agenda mais ambiciosa no Brasil".
Segundo ele, um dos motivos que faz o Brasil ficar em último lugar entre as nações de "alto desenvolvimento humano" no IDH é o fato de que os indicadores sociais brasileiros estão muito abaixo do nível de renda do país.
Comim identifica cinco áreas em que o Brasil ainda precisa melhorar para subir no ranking: combate à pobreza e à desigualdade, saneamento, mortalidade infantil e mortalidade materna. Nessas áreas, segundo ele, o Brasil está muito atrás dos demais países, mesmo os latino-americanos. Ele ressalta que, baseado em dados já disponíveis sobre 2006, o Brasil deve melhorar ainda mais o seu IDH no relatório do ano que vem.
Fonte: SITE DO PT COM AGÊNCIAS