26 de outubro de 2012
Dois homens, dois projetos. Em jogo: a cidade do Salvador
Dois homens, dois projetos. Em jogo: a cidade do Salvador.
Por Emiliano José
Os indivíduos, na disputa política, por mais importantes que sejam, e o são, expressam, personificam projetos políticos. A história deles revela sua inserção num projeto de governo, numa idéia de sociedade, a opção por uma classe ou um conjunto de classes. Por mais que tentem esconder a sua concepção de mundo, aquilo que poderíamos chamar de ideologia, eles não conseguem. As palavras – estes bólidos de milhões de sentidos – e a própria história de cada um, facilmente identificável, ainda mais no mundo midiático em que vivemos, não permitem que ninguém mais esconda o seu projeto político de fundo.
Ao dizer isso, como breve introdução, estou me referindo a Salvador e ao nosso segundo turno. O que está em disputa, aqui, para além das características pessoais de cada um dos candidatos, são projetos políticos absolutamente distintos, e o esforço dessas últimas horas deveria ser para revelar que projetos são esses. Cada candidato, e não me escondo, digo logo que o meu é Nelson Pellegrino, deveria se esforçar para elucidar o seu projeto de cidade, no sentido amplo da palavra, e como esse projeto se inscreve na idéia geral de Nação e de mundo. A cidade, amplo senso, deve ser entendida assim, não pode ser vista de outro modo. O poder local não se desvincula do global.
Um projeto nascido da ditadura
O projeto de um e de outro são absolutamente distintos. Um, o de ACM Neto, se inscreve, para além de uma história oligárquica violenta, autoritária, cujo avô marcou a história da Bahia com a idéia de que para ganhar eleições, precisava de um chicote numa mão e uma sacola de dinheiro na outra, no projeto global do neoliberalismo, o que significa o privilégio dos interesses capitalistas privados contra os interesses das maiorias excluídas.
Se voltássemos ao período da ditadura, caberia lembrar que a carreira do avô foi lastreada, numa primeira fase, no apoio irrestrito que lhe davam os generais. Prefeito de Salvador e governador da Bahia duas vezes graças ao beneplácito dos militares, sem ter um único voto, isso entre 1967 a 1983.
Mas, creio que quanto ao autoritarismo, a truculência, a arrogância, o desrespeito com os cidadãos, a incapacidade de conviver com a divergência, a utilização da polícia para massacrar estudantes e operários, a perseguição a jornalistas, tudo isso, creio está relativamente claro para o nosso povo, e revela uma das matrizes do projeto político de ACM Neto, que ninguém se iluda, até porque ele faz questão de defender esse legado do avô, justiça se lhe faça.
Projeto sem compromisso com a democracia
Ele representa a idéia de restauração, a idéia da ordem, no pior sentido – o que ele pretende, como sempre pretendeu o avô, é a supressão da democracia, a supressão de direitos, sufocar a organização da população, da sociedade civil. Ninguém apóia uma ditadura com tanto fervor à toa. E ninguém defende aquele legado à toa.
Não há, da parte dele, ACM Neto, compromissos com a democracia, salvo frases de fachada. Houvesse, e ele teria que negar, com ênfase, tudo aquilo que na política foi feito por seu avô, e ele, ao contrário, reafirma tudo. A Bahia, e menos ainda Salvador, não pode ter se esquecido de tanto arbítrio, tanta perseguição, tanto absolutismo, e tudo isso amparado num rastejar permanente diante dos generais.
Para que não nos estendamos, chegado o momento da superação da ditadura, uma superação que seguiu a tradição das transições por cima a que o Brasil se acostumou ao longo da história, e passado o governo Sarney, houve o primeiro ensaio de um governo neoliberal no Brasil, com Fernando Collor, defendido apaixonadamente por ACM até o último instante. Ali firmava-se um pacto ideológico profundo entre um coronel oligárquico e o neoliberalismo que dava os seus primeiros passos no Brasil. Esse pacto nunca foi rompido.
Projeto neoliberal
Afinal, o neoliberalismo, como se sabe, foi um piores momentos da história recente do capitalismo. Não estou discutindo o socialismo, falo da história do capitalismo. O neoliberalismo, para dizer rapidamente, prega a idéia básica de que a desigualdade é profundamente saudável. Quanto maior a desigualdade, melhor para os ricos, melhor para o desempenho da economia.
A desigualdade é um motor essencial para a economia. A exclusão dos mais pobres é uma receita essencial. O Estado deve ser o menor possível – a glorificação do Estado mínimo tornou-se moda – e os pobres devem se virar por si mesmos. Em todos os países onde predominou o neoliberalismo, a privatização virou uma febre, o desemprego tornou-se mérito, e não um problema.
Desemprego, pobreza, saúde, educação não são problemas do Estado. Cada um cuide de si, é a lei de Murici. Todos se lembram, e tenho certeza que não com saudades, de Margareth Thatcher, de Ronald Reagan, de Helmut Khol, que lideraram projetos neoliberais na Inglaterra, nos EUA e na Alemanha, e se quiserem lembrar de outra triste figura, mais próxima de nós, falemos de Pinochet, que fez do Chile um laboratório inicial do neoliberalismo.
A escola de ACM Neto
É dessa escola, é desse projeto que participa ACM Neto, é a essa escola que se filiou o avô quando se vinculou com tanta paixão a Fernando Collor de Mello, que foi, de certa maneira, a antessala do neoliberalismo no Brasil, que chegará tardiamente, mas agora mais solidamente ao País sob o manto protetor de um intelectual que antes se apresentava como de esquerda, Fernando Henrique Cardoso.
Este é que colocará em prática, com muito rigor e aplicação, o projeto neoliberal, com todas as suas cores, com todo seu rigor, com sua fúria privatista, com a idéia do Estado mínimo, com o estimulo ao desemprego, com a manutenção das taxas de desigualdade social, com a subordinação aos centros do capital internacional, com a privataria tucano-demoníaca, com as seguidas idas ao FMI, com seu incrível rastejamento diante dos grandes do mundo, com uma política que quase leva o Brasil à falência.
O projeto que defende a desigualdade social como pilar do modelo brasileiro é o neoliberalismo de FHC. Se ACM sempre defendeu isso ao longo de sua história, encontrava ali a sua melhor expressão. A exclusão de milhões de baianos dos resultados do desenvolvimento, o endeusamento do crescimento sem vincular tal crescimento à distribuição de renda, era o que ACM havia feito na Bahia quando governou.
Tornou a Bahia a campeã da fome, a campeã da exclusão, a campeã nacional do analfabetismo, a campeã do desemprego, e agora aparecia um intelectual a dizer que tudo aquilo estava certo, que tudo aquilo devia continuar em escala nacional.
É a esse projeto que se vincula ACM Neto, e justiça se lhe faça, insista-se, ele defende o legado do avô, com todas as suas conseqüências.
Um adversário da igualdade
Nós, o PT e os partidos aliados, sempre nos opusemos às trágicas conseqüências do neoliberalismo. E ACM Neto, desde o primeiro momento, foi contra o nosso modelo de crescimento com distribuição de renda, sempre foi contra o Bolsa-Família, foi contra a política de cotas, contra o Prouni, contra o Pronaf, contra qualquer coisa que significasse aumento do emprego e da distribuição de renda, e maior participação dos negros na vida do País, como comprovado está.
É um adversário desse projeto de inclusão social que está em curso no Brasil, que já conseguiu melhorar efetivamente a vida de mais de 70 milhões de brasileiros pobres, projeto que nós queremos estender a Salvador, depois de tantos desastres, inclusive de governos vinculados a ele, como o de Imbassahy, para além de ter participado até o último instante do governo de João Henrique, cuja hecatombe a cidade de Salvador conhece.
Qual o projeto de cidade de ACM Neto, considerando ser inimigo visceral de um projeto que tanto tem melhorado a vida do povo brasileiro e ser um adepto tão ideologicamente consistente do projeto neoliberal de mundo?
Uma cidade entregue aos interesses privados, à especulação do capital imobiliário que andará desordenadamente. Uma cidade que não leva em conta a imensa maioria da população. Uma cidade que despreza o seu meio ambiente. Uma cidade que despreza a população negra. Uma cidade que não cuida dos transportes públicos, que não dá prioridade ao transporte coletivo, que fará o que fez Imbassahy, projetando um metrô calça curta, que deu no que deu até hoje.
Uma cidade que não cuida do emprego, tal e qual pregam os seus ideólogos, que dizem que quanto mais desemprego melhor para a economia e para o lucro dos grandes. Uma cidade cujo prefeito não dialogará com a sociedade civil. Uma cidade que persegue os camelôs e os pequenos comerciantes. Uma cidade que não cuida dos bairros pobres. Uma cidade que acentua a desigualdade. Essa seria a cidade de ACM Neto.
Uma cidade cada vez mais justa
O nosso projeto sabe o que é cuidar do povo. Sabe, tem provado que sabe. O governo Lula, o governo Dilma, o governo Wagner, todos eles, tem mostrado a prioridade com a nossa gente, especialmente com nossa gente mais pobre. São governos de inclusão. Todos os governos anteriores, de que ACM Neto e seu avô participaram, são o avesso disso. Nós queremos uma cidade que enfrente o desafio da profunda desigualdade que nos aflige.
Quando se fala em parceria, em time, é isso que se quer dizer: é a parceria de um projeto que quer um Brasil e uma cidade de Salvador cada vez mais justa, cada vez mais igual, sem que se eliminem suas extraordinárias e ricas diferenças culturais. Salvador pode e vai enfrentar suas desigualdades.
Não vai se submeter à brutalidade de um projeto que não tem a visão de que essa cidade só é viável se todos participarem da sua vida, de opinarem diariamente sobre seu destino, de contribuírem democraticamente para definir os seus rumos, marcas de nossas administrações, tanto das do PT quando dos aliados que tem compromissos com a democracia e a participação popular.
Falamos, assim, de um projeto de exclusão, de um projeto que quer o povo fora dele, o de ACM Neto, e o nosso, o de Pellegrino, que pretende, como o fez Lula, como está fazendo Dilma, como está fazendo Wagner, que o povo seja senhor de seu destino, e que participando da vida da cidade, nos anime, como tenho certeza o fará Pellegrino, a desenvolver políticas públicas cada vez mais inclusivas, a garantir que os mais pobres tenham mais acesso a serviços públicos de qualidade, saúde, educação, cultura, lazer, que haja crescimento econômico, emprego, distribuição de renda.
Tenho convicção que Pellegrino, por encarnar esse projeto, pode fazer de Salvador uma cidade feliz, uma cidade solidária, que poderá fazer na mais bela cidade do Brasil aquilo que Lula e Dilma e Wagner fizeram e estão fazendo no Brasil e na Bahia. Pellegrino, ao contrário de ACM Neto, tem uma história de luta nessa cidade, tem trajetória de luta lado a lado com seu povo.
E esse nosso projeto poderá, pela capacidade que tem Pellegrino, unir todos aqueles que tem interesse nos destinos da cidade, recuperando uma tradição ancestral, que vem dos gregos. A cidade é de todos, deve contar com a participação de todos. E mais: as políticas públicas devem privilegiar os que mais precisam do governo, sem deixar de compreender que o governo é de todos.
Repito um slogan que usei em minha campanha de vereador em 2000, vamos eleger Pellegrino para garantir um novo sonho feliz de cidade.
Por Emiliano José
Os indivíduos, na disputa política, por mais importantes que sejam, e o são, expressam, personificam projetos políticos. A história deles revela sua inserção num projeto de governo, numa idéia de sociedade, a opção por uma classe ou um conjunto de classes. Por mais que tentem esconder a sua concepção de mundo, aquilo que poderíamos chamar de ideologia, eles não conseguem. As palavras – estes bólidos de milhões de sentidos – e a própria história de cada um, facilmente identificável, ainda mais no mundo midiático em que vivemos, não permitem que ninguém mais esconda o seu projeto político de fundo.
Ao dizer isso, como breve introdução, estou me referindo a Salvador e ao nosso segundo turno. O que está em disputa, aqui, para além das características pessoais de cada um dos candidatos, são projetos políticos absolutamente distintos, e o esforço dessas últimas horas deveria ser para revelar que projetos são esses. Cada candidato, e não me escondo, digo logo que o meu é Nelson Pellegrino, deveria se esforçar para elucidar o seu projeto de cidade, no sentido amplo da palavra, e como esse projeto se inscreve na idéia geral de Nação e de mundo. A cidade, amplo senso, deve ser entendida assim, não pode ser vista de outro modo. O poder local não se desvincula do global.
Um projeto nascido da ditadura
O projeto de um e de outro são absolutamente distintos. Um, o de ACM Neto, se inscreve, para além de uma história oligárquica violenta, autoritária, cujo avô marcou a história da Bahia com a idéia de que para ganhar eleições, precisava de um chicote numa mão e uma sacola de dinheiro na outra, no projeto global do neoliberalismo, o que significa o privilégio dos interesses capitalistas privados contra os interesses das maiorias excluídas.
Se voltássemos ao período da ditadura, caberia lembrar que a carreira do avô foi lastreada, numa primeira fase, no apoio irrestrito que lhe davam os generais. Prefeito de Salvador e governador da Bahia duas vezes graças ao beneplácito dos militares, sem ter um único voto, isso entre 1967 a 1983.
Mas, creio que quanto ao autoritarismo, a truculência, a arrogância, o desrespeito com os cidadãos, a incapacidade de conviver com a divergência, a utilização da polícia para massacrar estudantes e operários, a perseguição a jornalistas, tudo isso, creio está relativamente claro para o nosso povo, e revela uma das matrizes do projeto político de ACM Neto, que ninguém se iluda, até porque ele faz questão de defender esse legado do avô, justiça se lhe faça.
Projeto sem compromisso com a democracia
Ele representa a idéia de restauração, a idéia da ordem, no pior sentido – o que ele pretende, como sempre pretendeu o avô, é a supressão da democracia, a supressão de direitos, sufocar a organização da população, da sociedade civil. Ninguém apóia uma ditadura com tanto fervor à toa. E ninguém defende aquele legado à toa.
Não há, da parte dele, ACM Neto, compromissos com a democracia, salvo frases de fachada. Houvesse, e ele teria que negar, com ênfase, tudo aquilo que na política foi feito por seu avô, e ele, ao contrário, reafirma tudo. A Bahia, e menos ainda Salvador, não pode ter se esquecido de tanto arbítrio, tanta perseguição, tanto absolutismo, e tudo isso amparado num rastejar permanente diante dos generais.
Para que não nos estendamos, chegado o momento da superação da ditadura, uma superação que seguiu a tradição das transições por cima a que o Brasil se acostumou ao longo da história, e passado o governo Sarney, houve o primeiro ensaio de um governo neoliberal no Brasil, com Fernando Collor, defendido apaixonadamente por ACM até o último instante. Ali firmava-se um pacto ideológico profundo entre um coronel oligárquico e o neoliberalismo que dava os seus primeiros passos no Brasil. Esse pacto nunca foi rompido.
Projeto neoliberal
Afinal, o neoliberalismo, como se sabe, foi um piores momentos da história recente do capitalismo. Não estou discutindo o socialismo, falo da história do capitalismo. O neoliberalismo, para dizer rapidamente, prega a idéia básica de que a desigualdade é profundamente saudável. Quanto maior a desigualdade, melhor para os ricos, melhor para o desempenho da economia.
A desigualdade é um motor essencial para a economia. A exclusão dos mais pobres é uma receita essencial. O Estado deve ser o menor possível – a glorificação do Estado mínimo tornou-se moda – e os pobres devem se virar por si mesmos. Em todos os países onde predominou o neoliberalismo, a privatização virou uma febre, o desemprego tornou-se mérito, e não um problema.
Desemprego, pobreza, saúde, educação não são problemas do Estado. Cada um cuide de si, é a lei de Murici. Todos se lembram, e tenho certeza que não com saudades, de Margareth Thatcher, de Ronald Reagan, de Helmut Khol, que lideraram projetos neoliberais na Inglaterra, nos EUA e na Alemanha, e se quiserem lembrar de outra triste figura, mais próxima de nós, falemos de Pinochet, que fez do Chile um laboratório inicial do neoliberalismo.
A escola de ACM Neto
É dessa escola, é desse projeto que participa ACM Neto, é a essa escola que se filiou o avô quando se vinculou com tanta paixão a Fernando Collor de Mello, que foi, de certa maneira, a antessala do neoliberalismo no Brasil, que chegará tardiamente, mas agora mais solidamente ao País sob o manto protetor de um intelectual que antes se apresentava como de esquerda, Fernando Henrique Cardoso.
Este é que colocará em prática, com muito rigor e aplicação, o projeto neoliberal, com todas as suas cores, com todo seu rigor, com sua fúria privatista, com a idéia do Estado mínimo, com o estimulo ao desemprego, com a manutenção das taxas de desigualdade social, com a subordinação aos centros do capital internacional, com a privataria tucano-demoníaca, com as seguidas idas ao FMI, com seu incrível rastejamento diante dos grandes do mundo, com uma política que quase leva o Brasil à falência.
O projeto que defende a desigualdade social como pilar do modelo brasileiro é o neoliberalismo de FHC. Se ACM sempre defendeu isso ao longo de sua história, encontrava ali a sua melhor expressão. A exclusão de milhões de baianos dos resultados do desenvolvimento, o endeusamento do crescimento sem vincular tal crescimento à distribuição de renda, era o que ACM havia feito na Bahia quando governou.
Tornou a Bahia a campeã da fome, a campeã da exclusão, a campeã nacional do analfabetismo, a campeã do desemprego, e agora aparecia um intelectual a dizer que tudo aquilo estava certo, que tudo aquilo devia continuar em escala nacional.
É a esse projeto que se vincula ACM Neto, e justiça se lhe faça, insista-se, ele defende o legado do avô, com todas as suas conseqüências.
Um adversário da igualdade
Nós, o PT e os partidos aliados, sempre nos opusemos às trágicas conseqüências do neoliberalismo. E ACM Neto, desde o primeiro momento, foi contra o nosso modelo de crescimento com distribuição de renda, sempre foi contra o Bolsa-Família, foi contra a política de cotas, contra o Prouni, contra o Pronaf, contra qualquer coisa que significasse aumento do emprego e da distribuição de renda, e maior participação dos negros na vida do País, como comprovado está.
É um adversário desse projeto de inclusão social que está em curso no Brasil, que já conseguiu melhorar efetivamente a vida de mais de 70 milhões de brasileiros pobres, projeto que nós queremos estender a Salvador, depois de tantos desastres, inclusive de governos vinculados a ele, como o de Imbassahy, para além de ter participado até o último instante do governo de João Henrique, cuja hecatombe a cidade de Salvador conhece.
Qual o projeto de cidade de ACM Neto, considerando ser inimigo visceral de um projeto que tanto tem melhorado a vida do povo brasileiro e ser um adepto tão ideologicamente consistente do projeto neoliberal de mundo?
Uma cidade entregue aos interesses privados, à especulação do capital imobiliário que andará desordenadamente. Uma cidade que não leva em conta a imensa maioria da população. Uma cidade que despreza o seu meio ambiente. Uma cidade que despreza a população negra. Uma cidade que não cuida dos transportes públicos, que não dá prioridade ao transporte coletivo, que fará o que fez Imbassahy, projetando um metrô calça curta, que deu no que deu até hoje.
Uma cidade que não cuida do emprego, tal e qual pregam os seus ideólogos, que dizem que quanto mais desemprego melhor para a economia e para o lucro dos grandes. Uma cidade cujo prefeito não dialogará com a sociedade civil. Uma cidade que persegue os camelôs e os pequenos comerciantes. Uma cidade que não cuida dos bairros pobres. Uma cidade que acentua a desigualdade. Essa seria a cidade de ACM Neto.
Uma cidade cada vez mais justa
O nosso projeto sabe o que é cuidar do povo. Sabe, tem provado que sabe. O governo Lula, o governo Dilma, o governo Wagner, todos eles, tem mostrado a prioridade com a nossa gente, especialmente com nossa gente mais pobre. São governos de inclusão. Todos os governos anteriores, de que ACM Neto e seu avô participaram, são o avesso disso. Nós queremos uma cidade que enfrente o desafio da profunda desigualdade que nos aflige.
Quando se fala em parceria, em time, é isso que se quer dizer: é a parceria de um projeto que quer um Brasil e uma cidade de Salvador cada vez mais justa, cada vez mais igual, sem que se eliminem suas extraordinárias e ricas diferenças culturais. Salvador pode e vai enfrentar suas desigualdades.
Não vai se submeter à brutalidade de um projeto que não tem a visão de que essa cidade só é viável se todos participarem da sua vida, de opinarem diariamente sobre seu destino, de contribuírem democraticamente para definir os seus rumos, marcas de nossas administrações, tanto das do PT quando dos aliados que tem compromissos com a democracia e a participação popular.
Falamos, assim, de um projeto de exclusão, de um projeto que quer o povo fora dele, o de ACM Neto, e o nosso, o de Pellegrino, que pretende, como o fez Lula, como está fazendo Dilma, como está fazendo Wagner, que o povo seja senhor de seu destino, e que participando da vida da cidade, nos anime, como tenho certeza o fará Pellegrino, a desenvolver políticas públicas cada vez mais inclusivas, a garantir que os mais pobres tenham mais acesso a serviços públicos de qualidade, saúde, educação, cultura, lazer, que haja crescimento econômico, emprego, distribuição de renda.
Tenho convicção que Pellegrino, por encarnar esse projeto, pode fazer de Salvador uma cidade feliz, uma cidade solidária, que poderá fazer na mais bela cidade do Brasil aquilo que Lula e Dilma e Wagner fizeram e estão fazendo no Brasil e na Bahia. Pellegrino, ao contrário de ACM Neto, tem uma história de luta nessa cidade, tem trajetória de luta lado a lado com seu povo.
E esse nosso projeto poderá, pela capacidade que tem Pellegrino, unir todos aqueles que tem interesse nos destinos da cidade, recuperando uma tradição ancestral, que vem dos gregos. A cidade é de todos, deve contar com a participação de todos. E mais: as políticas públicas devem privilegiar os que mais precisam do governo, sem deixar de compreender que o governo é de todos.
Repito um slogan que usei em minha campanha de vereador em 2000, vamos eleger Pellegrino para garantir um novo sonho feliz de cidade.