27 de novembro de 2006

 

Pistoleiro da ditadura matou 492 pessoas e está solto

O Nome da Morte (Editora Planeta), livro do jornalista Klester Cavalcanti, conta a história do ex-pistoleiro profissional Júlio Santana, maranhense responsável pelo assassinato de 492 pessoas. Não é ficção. Júlio Santana é uma pessoa real, está solto e sequer é procurado pela polícia. Durante os 32 anos em que viveu como pistoleiro ele não somente executou 492 pessoas, como também anotou tudo numa caderneta, o nome da vítima, o nome do mandante, o valor recebido e a data do “serviço”.

Júlio Santana era o mateiro que orientava os militares brasileiros nas matas do Araguaia nos anos 70. Foi ele quem atirou no braço do então jovem guerrilheiro José Genoíno (hoje deputado federal reeleito do PT), capturado e torturado, e foi ele quem apertou o gatilho para executar a guerrilheira Maria Lúcia Petit da Silva, capturada viva.

Júlio Santana, assim como os demais assassinos e torturadores do Exército Brasileiro, vive na impunidade. Mora em um sítio com mulher e filhos, em endereço secreto. É mais um bandido, que serviu a ditadura militar, que escapou. O Nome da Morte vai virar filme, a ser produzido pelo ator Wagner Moura, que deve interpretar o pistoleiro na tela. Vicente Amorim será o diretor. Vamos torcer para que o cinema não transforme em herói um assassino confesso.

A revista Carta Capital de 29/11/06 trata do assunto em matéria intitulada “Crimes nas Prateleiras”.

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