5 de julho de 2006

 

Aposentadoria: Folha mente sobre posição do PT

Como na campanha presidencial de 1989, quando anunciou que Lula iria confiscar a poupança, a Folha de S. Paulo volta a praticar o jornalismo-molecagem. Na manchete de terça-feira, 4 de julho, a Folha afirma que PT e PSDB querem mudar aposentadoria. É exatamente o contrário. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, foi obrigado a divulgar nota esclarecendo que o partido NÃO defende o aumento de idade para o Regime Geral da Previdência Social, por acreditar que o sistema pode e deve ser financiado, conforme prevê a Constituição em seu artigo 195, também pela Cofins, CSLL, e CPMF. Nesta campanha o jornalismo da Folha vai arrebentar reputações.

LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DA CARTA
Ao Painel do Leitor
A matéria da Folha de S.Paulo desta terça-feira (4/7), página A8, é um exemplo de mau jornalismo, que agride o relacionamento correto entre jornalista e entrevistado e manipula a opinião pública. A manchete diz "PT e PSDB querem adiar aposentadorias", sem nada no texto que justifique, por parte do PT, tal afirmação.

Procurado pela jornalista Malu Delgado, eu disse exatamente o contrário do que diz a manchete, o que fica óbvio na citação da minha frase "Existe um fetiche de que a reforma de regras para acesso à Previdência é imprescindível e que isso produziria um milagre macroeconômico". É claro, para quem lê, que o PT não concorda com esse "fetiche".

Disse, no entanto, à repórter, que os regimes de Previdência, como quaisquer sistemas públicos, podem ser reavaliados do ponto de vista de sua eficiência alocativa e social. Mas não falei em nenhum momento em mudar as regras de concessão.

Para que fique claro: o PT NÃO defende aumento do limite de idade para o RGPS, por acreditar que o sistema pode e deve ser financiado, conforme prevê a Constituição Federal, também pela Cofins, CSLL e CPMF (Art. 195 CF). O RGPS é um sistema previdenciário público, cuja gestão vem sendo aperfeiçoada no governo Lula, depois de anos de abandono.

O crescimento do emprego formal e a gestão que priorize o combate às fraudes, à sonegação e à corrupção são as garantias de que o Regime Geral possa manter a sustentabilidade de seu financiamento. Além dos segurados urbanos, o RGPS atende aos trabalhadores rurais, tendo mais de sete milhões de aposentados nessa condição, o que tem sido fundamental para evitar pobreza nessas famílias.
Ricardo Berzoini,
presidente nacional do PT

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