7 de julho de 2010

 

Livro conta a história dos advogados que defenderam presos políticos na ditadura militar de 1964

O livro “Advogados e a ditadura de 1964 – a defesa dos perseguidos políticos no Brasil”, publicado pela Editora Vozes em parceria com a Editora PUC (RJ), ganhou espaço na Agência Brasil. O livro foi organizado pelos historiadores da PUC (RJ), Fernando Sá e Oswaldo Munteal, e pelo professor da FGV, Paulo Emílio Martins.

A obra reúne textos sobre 15 advogados de presos políticos que atuaram na ditadura militar de 1964. Há também o depoimento de presos políticos sobre o relacionamento com seus advogados e uma iconografia. A pesquisa durou dois anos e envolveu mais de 30 pesquisadores de todo o Brasil.

O livro contém relatos sobre Sobral Pinto, Heleno Fragoso, Técio Lins e Silva, Hélio Bicudo, Marcelo Cerqueira, Antonio Modesto da Silveira, Marcello Alencar, Airton Soares, Dalmo Dallari, Eny Moreira, George Tavares, Luiz Eduardo Greenhalgh, Mário Simas, Sigmaringa Seixas e Wilson Mirna.

Eles atuaram de forma voluntária e gratuita. É o resgate da trajetória de profissionais do Direito que ajudaram a construir a democracia brasileira. Como lembra Sobral Pinto, “o advogado só é advogado quando tem coragem de se opor aos poderosos de todo gênero que se dedicam à opressão pelo poder”. O livro inverte a tendência brasileira do esquecimento por parte das novas gerações e se constitui em valioso material para estudo nas escolas de direito.

O ex-Secretário Especial dos Direitos Humanos no primeiro Governo Lula, Nilmário Miranda, candidato a deputado federal pelo PT de Minas Gerais, comentou em seu blog que, à exceção de Sigmaringa Seixas, que é do eixo Rio-São Paulo e lamentou a ausência de alguns gigantes que atuaram em Minas Gerais, como fAonso Cruz, Geraldo Magela, Fahid Taan Sab, como o paraense Egídio Sales, a extraordinária Mércia Albuquerque e Oswaldo Lima Filho, em Pernambuco. De São Paulo ele lembrou nomes como Belisário dos Santos, Rosa Carvalho e Virgílio Enei.

ADVOGADOS DA BAHIA
Na realidade, há uma lista enorme de corajosos profissionais do Direito que atuaram na defesa dos presos políticos. Na Bahia, quem mais tem se lembrado dos bravos advogados é o ex-preso político e jornalista Emiliano José, também candidato a deputado federal pelo PT. Há vários artigos e depoimentos de Emiliano José sobre os advogados Jayme Augusto de Guimarães Souza, Ronilda Maria Lima Noblat, José Borba Pedreira Lapa, todos falecidos e ainda Joaquim Inácio Santos Gomes, vivo, mas bastante esquecido diante da importância que teve na defesa dos presos políticos da ditadura. Inácio Gomes foi meu advogado. Pedreira Lapa foi advogado de Emiliano José.

“Lapa, o defensor dos presos políticos”, é o título de um artigo de Emiliano José, publicado em outubro de 2009, no jornal A Tarde, de Salvador.

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