11 de dezembro de 2006

 

Nomeação de Geraldo Simões é resposta aos chantagistas

O secretariado anunciado pelo governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, é de primeira linha. Mas, a nomeação do deputado federal eleito, ex-prefeito de Itabuna e ex-presidente da Codeba, Geraldo Simões, para a Secretaria da Agricultura tem um gosto especial. É uma resposta à mídia chantagista e aos chantagistas da região do cacau vinculados ao PFL. Numa estratégia de marketing do mal, envolvendo PFL, revista Veja, jornais regionais e prefeituras reféns do carlismo, os chantagistas compraram jornalistas e tentaram atingir a campanha do presidente Lula. A acusação caluniosa de que membros do PT trouxeram a praga vassoura-de-bruxa que dizimou a cultura cacaueira visava atingir a campanha de Lula e enterrar o PT na região.

Deram-se mal. Os eleitores perceberam a maracutaia, Lula ganhou na região, Wagner ganhou na Bahia e Geraldo Simões foi eleito deputado federal pelo PT. Agora será secretário da Agricultura.
A imprensa que se prestou a esse papel até hoje deve explicações ao seus leitores. Na Assembléia Legislativa a CPI do Cacau começa a descobrir mentiras e falsos testemunhos dos acusadores de aluguel. Primeiro, o jornalista da revista Veja, Policarpo de Tal, que emprestou seu nome para duas “reportagens” da desacreditada revista, recusou-se a comparecer como cidadão à CPI do Cacau. Não é sintomático? Depois, a CPI do Cacau se dá conta que o principal acusador – principal fonte da revista Veja - sofria visivelmente das faculdades mentais. Agora, um documento da Polícia Federal revela que o pesquisador Alberto Sena Gomes mentiu em seu depoimento à CPI do Cacau. O documento é de 1989 e revela outra história bem diferente que a história contada pelo ex-chefe do Centro de Pesquisas do Cacau da Ceplac. Sena Gomes não viu coisa nenhuma. Ouviu dizer. A história de um bilhete deixado junto a um saco com galhos infectados da praga vassoura-de-bruxa é pura invencionice.

Aliás, em 1996, Sena Gomes apareceu numa série de matérias feitas pelo repórter José Raimundo e veiculadas no Jornal Nacional. As reportagens acusavam o pesquisador de vender material genético e resultados de pesquisas para fazendeiros e empresas privadas. Ele chegou a ser detido quando deixava a sede da Ceplac, na rodovia Ilhéus-Itabuna e, no momento da detenção, seguranças das instituições encontraram material genético resistente à vassoura-de-bruxa. A partir daquele momento e durante um bom tempo, o órgão de pesquisa do cacau passou a revistar todos os veículos que entravam e saiam da sede. Esse fato, ignorado por integrantes da CPI, impediu que o pesquisador fosse questionado sobre o que o teria levado a contar uma história que não encontra respaldo em documentos e que é desmentida pela investigação da Polícia Federal.

Geraldo Simões com certeza voltará à prefeitura de Itabuna.

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