11 de maio de 2010

 

A mentira anda solta sobre o fechamento do Teatro Jorge Amado

Estou com um exemplar da revista Muito, do jornal A Tarde, de Salvador, que circulou domingo (9/5). A capa é o ministro da Cultura Juca Ferreira. Boa, esclarecedora entrevista. De R$ 287 milhões o orçamento do Minc saltou para R$ 2,5 bilhões, atingindo o mínimo recomendado pela ONU. Claro que há muito por fazer. O Plano Nacdional de Cultura, a nova Lei Rouanet, a regulação do direito autoral, o vale-cultura...

O nível (da revista) só mergulha no abismo com a coluna Trilhas, de Aninha Franco. Ela volta a destratar os gestores culturais e “suas políticas barrocas”. Sei que não é fácil formatar uma política pública na área de cultura.

Mas, Aninha Franco não tem isenção para julgar nada. No artigo “Teatro o ano todo na Bahia”, ela tenta comentar sobre teatros. Sobre o Teatro Jorge Amado ela afirma que ele “vive uma pendenga com o Desenbanco, que pode transformá-lo em prédio comercial ou igreja”. Obviamente, é uma afirmação leviana.

O Desenbanco foi extinto em 2000 pelo carlismo e por FHC. A herança maldita, o crédito podre ficou para a Agência de Fomento (Desenbahia) criada em 2001. O Desenbanco não pode “transformar” nada porque não existe. A Desenbahia, como instituição financeira, também não pode “transformar” nada porque é obrigada por lei a leiloar o imóvel, retomado da empresa UEC que tomou financiamento e não honrou o contrato.

O problema de Aninha Franco é que ela deixou-se arrebatar pela paixão. A paixão cega. Já é quase um Transtorno Obsessivo Compulsivo a crítica sistemática e parcial à política cultural do Governo Wagner. Movida pelo ódio, ela diz coisas difíceis de acreditar, principalmente se se levar em conta a desqualificada informação sobre o Desenbanco, UEC e Teatro Amado, que sequer existe como pessoa jurídica.

A empresa UEC é responsável pelo fechamento do Teatro Jorge Amado, parte integrante da sede própria do curso de inglês, porque a empresa ficou inadimplente, não pagou o financiamento desde 2002.

Dizer que é responsabilidade do finado Desenbanco é piração. Dizer que é responsabilidade da Desenbahia é ignorância, ou má-fé.

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