7 de maio de 2010

 

Modo petista de batizar o navio João Cândido substituiu madrinha-celebridade pela operária negra Mônica

Hoje, a Transpetro batizou o navio João Cândido, lançado ao mar no Complexo do Suape, em Pernambuco. O presidente Lula estava presente. Como madrinha, não escolheu nenhuma celebridade e sim uma operária. Mônica Roberta de França, a madrinha, é funcionária do Estaleiro Atlântico Sul. A Transpetro optou por uma pessoa comum, que fez parte da construção do primeiro navio made in Pernambuco.

Moradora da Ilha de Tatuoca, onde foi erguido o Estaleiro Atlântico Sul, Mônica Roberta de França, 24 anos, é negra, como o almirante João Cândido, líder da Revolta da Chibata, ocorrida no Rio de Janeiro em 1910, contra os castigos físicos sofridos pelos marinheiros negros na Marinha de Guerra.

Convidado da Transpetro, o filho do almirante negro, Adalberto Cândido (conhecido como Candinho), chegou em Pernambuco, junto com sua esposa, Nadir dos Santos Cândido, para acompanhar a cerimônia de batismo e lançamento ao mar do petroleiro.

A cerimônia foi acompanhada por cerca de 5.000 convidados e contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio da Silva, e dos presidentes da Transpetro, Sérgio Machado, e da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, além de uma comitiva de ministros e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

NOTA DO BLOG FATOS E DADOS

O primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) foi lançado ao mar e batizado nesta sexta-feira (7/5), no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE). O evento teve a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O navio do tipo Suezmax tem 274 metros de comprimento, capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo e foi batizado João Cândido.

Trata-se da primeira embarcação de grande porte construída no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras em 13 anos. A última foi o Livramento, cuja construção foi encomendada em 1987 e levou 10 anos para ser concluída.

A partir do Promef, um dos principais projetos estruturantes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os estaleiros nacionais se modernizaram e novas unidades de produção, como o Atlântico Sul, surgiram no País.

Após desaparecer dos radares durante os anos 80 e 90, a indústria naval brasileira já possui hoje a quarta maior carteira de navios petroleiros do mundo. “Este é o renascimento da indústria naval brasileira. E é ao mesmo tempo o nascimento, em Pernambuco, da indústria naval nordestina”, afirma o presidente da Transpetro, Sergio Machado.

O Promef já gerou 15 mil empregos diretos. Este número chegará a 40 mil. Em suas duas primeiras fases, o programa prevê a construção de 49 navios no Brasil. Destes, 46 já foram licitados e 38 contratados. Os três restantes estão em fase final de licitação. Em junho, será lançado ao mar o segundo navio do programa, desta vez no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).

Criado a partir das encomendas da Transpetro, o EAS é o maior e mais moderno estaleiro do Brasil. Ele montará 22 navios do Promef, tendo assim a maior carteira do programa. São 10 navios do tipo Suezmax (160.000 toneladas de porte bruto (TPB), capazes de transportar 1 milhão de barris de petróleo), cinco Aframax (110.000 TPB), quatro aliviadores Suezmax DP (com posicionamento dinâmico) e três aliviadores Aframax DP.

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