11 de maio de 2010
Revista Teoria e Debate analisa o “Haiti, terremoto e história”
Está na revista Teoria e Debate nº 87 (março/abril). A nação negra que desafiou o mundo para poder existir, rotulada por alguns como “ilha maldita”, carrega nos ombros o peso da discriminação e volta à cena após o terremoto que gerou mais de 200 mil mortos. Com o título “Haiti, terremoto e história”, o jornalista, escritor e ex-deputado federal Emiliano José escreve sobre o assunto.
“O pensador que sonda as profundezas do passado age como um pescador de pérolas que desce ao fundo do mar, não para escavá-lo e trazê-lo à luz, mas para extrair o rico e o estranho, as pérolas e o coral das profundezas, e trazê-los então à superfície. O pescador, então, encontra novas formas e contornos cristalizados que se mantiveram imunes aos elementos, algo “rico e estranho”, que é sempre bom e necessário recuperar.
Esse raciocínio, que gosto muito, é encontrado em Homens em Tempos Sombrios, de Hannah Arendt, e decorre do pensamento de Walter Benjamin, que desenvolveu uma originalíssima abordagem em torno da relação entre o passado e o presente. Surgiu-me no espírito ao pensar na situação do Haiti, que voltou à cena mundial com o terremoto recente, que causou mais de 200 mil mortos.
Entrevistada recentemente pela revista Carta Capital, Edwige Danticat, escritora haitiana que vive nos EUA, desafia ou elucida o preconceito e a discriminação que pesam sobre sua pátria, costumeiramente rotulada como “ilha maldita”. Ela devolve perguntas: os EUA são por acaso malditos porque tiveram o 11 de Setembro? O Japão é maldito porque sofre continuamente terremotos?”
LEIA NA ÍNTEGRA
“O pensador que sonda as profundezas do passado age como um pescador de pérolas que desce ao fundo do mar, não para escavá-lo e trazê-lo à luz, mas para extrair o rico e o estranho, as pérolas e o coral das profundezas, e trazê-los então à superfície. O pescador, então, encontra novas formas e contornos cristalizados que se mantiveram imunes aos elementos, algo “rico e estranho”, que é sempre bom e necessário recuperar.
Esse raciocínio, que gosto muito, é encontrado em Homens em Tempos Sombrios, de Hannah Arendt, e decorre do pensamento de Walter Benjamin, que desenvolveu uma originalíssima abordagem em torno da relação entre o passado e o presente. Surgiu-me no espírito ao pensar na situação do Haiti, que voltou à cena mundial com o terremoto recente, que causou mais de 200 mil mortos.
Entrevistada recentemente pela revista Carta Capital, Edwige Danticat, escritora haitiana que vive nos EUA, desafia ou elucida o preconceito e a discriminação que pesam sobre sua pátria, costumeiramente rotulada como “ilha maldita”. Ela devolve perguntas: os EUA são por acaso malditos porque tiveram o 11 de Setembro? O Japão é maldito porque sofre continuamente terremotos?”
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