11 de outubro de 2010

 

A mídia esconde o “homem bomba”, que fugiu com R$ 4 milhões da campanha de Serra

No debate da Band, quando a candidata Dilma tocou no assunto, Serra tremeu. A grande imprensa ignora o escândalo. Mas, a blogosfera começa a repercutir a lama. A revista Terra Magazine deu a manchete: “Homem-bomba” do PSDB é a nova arma de Dilma em campanha”. Saiu no site Vi o Mundo. Paulo Henrique Amorim escancarou.: “Paulo Pretto – quando Dilma falou nele, Serra tremeu”. Paulo Pretto é o homem que arrecadou dinheiro para a campanha de Serra e fugiu com R$ 4 milhões. SUMIU.

Segundo o jornalista Cláudio Leal, da revista Terra Magazine, “no final do primeiro bloco do debate na Rede Bandeirantes, Dilma Rousseff (PT) cobrou de Serra (PSDB) esclarecimentos sobre Paulo Vieira de Souza, ex-membro do governo tucano em São Paulo, que, segundo a petista, “fugiu com R$ 4 milhões de sua campanha”. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?

Na plateia, o questionamento deixou os petistas efusivos. Integrantes do PSDB, preocupados com o cerco da imprensa a partir deste instante, prepararam uma saída à francesa do senador eleito Aloysio Nunes, que mantinha relações estreitas com Vieira de Souza. Minutos depois, o senador eleito deixou o estúdio e não retornou.

QUEM É O “HOMEM-BOMBA”

Mais conhecido como Paulo Pretto, Paulo Vieira de Souza foi diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). Ele era o responsável direto por grande parte das obras viárias do governo de São Paulo. É um quadro político importante do tucanato.

Chamado de “homem-bomba do PSDB”, em matéria da revista Veja, publicada em maio deste ano, Paulo Vieira, vulgo Paulo Pretto, foi demitido oito dias depois de ter inaugurado o trecho sul do Rodoanel. Quando Aloysio Nunes deixou o debate, depois do questionamento sobre Paulo Preto, o correligionário Cícero Lucena ocupou o seu lugar na plateia.

SERRA OLHOU DE SOSLAIO

No instante da acusação, Serra olhou para assessores, o marqueteiro Luiz Gonzalez e o estrategista Felipe Soutello. Tempo encerrado. Nos bastidores, a denúncia agitou a plateia e as conversas de pé-de-ouvido. “Ele está desnorteado. Isso, no boxe, é nocaute”, mordiscou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT).

Mais abaixo, o coordenador de comunicação de Dilma, o deputado estadual Rui Falcão, informava: “A imprensa já noticiou: ele era diretor da Dersa e fugiu com quatro milhões”. Dinheiro que, segundo a pergunta-acusação de Dilma no debate, teria sido arrecadado para campanha tucana.

“Serra deve ter levado um susto”, comemorou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “A Dilma colocou o tema do Paulo Preto na campanha. Foi colocado e não houve qualquer reação. Está na pauta das discussões dos próximos dias”, avaliou Edinho Silva, presidente do PT paulista.

AS LIGAÇÕES PERIGOSAS

Ainda segundo a matéria da revista Veja, “Vieira de Souza e Aloysio se conhecem há mais de 20 anos. Quando, no ano passado, o tucano sonhou em ser o candidato de seu partido ao governo de São Paulo, Vieira de Souza foi apresentado como seu ‘interlocutor’ junto ao empresariado.

A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento”.

Em agosto, a revista ISTO É publicou uma matéria de capa, segundo a qual líderes do PSDB acusam Paulo Pretto “de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha”. A publicação traz também uma declaração de um diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel: “não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o ‘interlocutor’ do Aloysio junto aos empresários”.

Que máfia!

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