9 de abril de 2011
Patrulha “cultural” contra Maria Bethania desaparece
De repente, do mesmo jeito que surgiu, a patrulha midiática e internética contra a cantora Maria Bethania desapareceu. Para alívio da poesia. Os “protestos” beiravam a raia da grosseria, irracionalidade e mentiras repetidas.
Jornais e blogs repetiram à exaustão que a cantora teria um cachê de R$ 600 mil. Na verdade pelo projeto é de R$ 302 mil, o que equivale a R$ 828,76 por cada programa de 3 minutos. Uma merreca para remunerar a cantora com o nome que tem.
Estou dando apenas um exemplo, pois não acho correto ficar discutindo o orçamento de um projeto belíssimo que conseguiu autorização pela Lei Rouanet para captar recursos na sociedade. Não há outra forma de fazer poesia a não ser com incentivos fiscais e mecenato. Que empresa ousaria investir em poesia nestes tempos de axé music e arrocha?
Um poeta baiano chegou ao ridículo de anunciar, como forma de protesto, que estava organizando um blog de poesia ao custo de um real. Infelizmente o poeta não se chama Maria Bethania.
O Brasil merece um projeto que prevê a produção de 365 vídeos de poesia, para exposição permanente na Internet, na voz de Maria Bethania. É óbvio que recursos públicos podem e devem ser usados para difusão da poesia brasileira.
Espero que a ministra autista da Cultura não se renda às pressões dos patrulheiros de plantão.
Jornais e blogs repetiram à exaustão que a cantora teria um cachê de R$ 600 mil. Na verdade pelo projeto é de R$ 302 mil, o que equivale a R$ 828,76 por cada programa de 3 minutos. Uma merreca para remunerar a cantora com o nome que tem.
Estou dando apenas um exemplo, pois não acho correto ficar discutindo o orçamento de um projeto belíssimo que conseguiu autorização pela Lei Rouanet para captar recursos na sociedade. Não há outra forma de fazer poesia a não ser com incentivos fiscais e mecenato. Que empresa ousaria investir em poesia nestes tempos de axé music e arrocha?
Um poeta baiano chegou ao ridículo de anunciar, como forma de protesto, que estava organizando um blog de poesia ao custo de um real. Infelizmente o poeta não se chama Maria Bethania.
O Brasil merece um projeto que prevê a produção de 365 vídeos de poesia, para exposição permanente na Internet, na voz de Maria Bethania. É óbvio que recursos públicos podem e devem ser usados para difusão da poesia brasileira.
Espero que a ministra autista da Cultura não se renda às pressões dos patrulheiros de plantão.