26 de maio de 2007
Revista IstoÉ revela envolvimento do DEM (ex-PFL). ACM Neto não sabia de nada.
LEIA MATÉRIA DA TRIBUNA DA BAHIA:
Novo escândalo pode abalar meio político baiano
A “Operação Navalha” ainda está em cena, uma nova bomba tende a incendiar o cenário político baiano. A edição da revista IstoÉ, deste final de semana, está incumbida de implodir o novo escândalo, com a publicação de uma reportagem que atinge de frente nomes ligados ao ex-PFL, atual partido Democrata na Bahia.
Trata-se de investigações da Polícia Federal denunciando o empresário do setor de serviços, Clemildo Andrade Rezende, 64 anos, que embora desconhecido pelo povo baiano, é definido como figura conhecida no território das licitações no Estado, além do ex-deputado estadual pelo PFL (atual DEM), Marcelo Guimarães. Ambos são acusados de levarem vantagem em licitações.
Conforme a matéria, as irregularidades na Bahia levaram a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, a recomendar a abertura, no dia 10 de maio, de um inquérito específico sobre o assunto. A operação passou a ser denominada de Octopus (polvo, em inglês).
Segundo a revista - o esquema, como descreve a própria ministra no despacho que cria o novo inquérito, “dedica-se à fraude em processos de licitação na área de prestação de serviços”. São contratos para serviços de limpeza, conservação, saúde e segurança.
O empresário Clemilton, apontado como o chefão, é dono de um grupo de empreiteiras e acusado de ganhar licitações suspeitas. Para isso, contava com a ajuda de autoridades.
No entanto, IstoÉ aponta Guimarães, que também é empresário do setor, como personagem que pode superar Clemilton no esquema. Em despacho do dia 29 de novembro do ano passado, quando ainda não havia o desdobramento dos casos, a ministra Eliana Calmon incluiu Marcelo “no primeiro nível da organização”. Marcelo presidiu por oito anos o Esporte Clube Bahia.
Marcelo Guimarães, não foi encontrado pela Tribuna. No seu escritório, a secretária, ao tomar conhecimento do assunto, passou a ligação para um assessor de prenome Clécio que responderia por ex-deputado. Curiosamente, ao atender Clécio prometeu manter contato com Guimarães. Entretanto, negou trabalhar com ele. “A secretária passou para mim, mas eu não trabalho aqui”, disse.
Pega de surpresa, lideranças locais do DEM, através de suas assessorias, negaram-se a falar sobre o assunto enquanto não tivessem acesso ao teor da reportagem. Segundo a assessoria de Paulo Souto, ele não pode dar nenhuma declaração sem antes tomar conhecimento da acusação. Disse ainda que a ligação de Guimarães com o governo é apenas de deputado aliado e que se não houver nenhuma conivência do governo nas supostas irregularidades, o governador é vítima.
De Nova York, o deputado federal ACM Neto, usou do mesmo discurso. “Além de estar a milhares de quilômetros do Brasil, se trata de um momento de ebulição de informações e não posso me posicionar sem ter clareza dos fatos”, explicou. Questionado se acredita de fato no envolvido do aliado ACM Neto foi enfático: prefiro não opinar. (Por Fernanda Chagas)
Novo escândalo pode abalar meio político baiano
A “Operação Navalha” ainda está em cena, uma nova bomba tende a incendiar o cenário político baiano. A edição da revista IstoÉ, deste final de semana, está incumbida de implodir o novo escândalo, com a publicação de uma reportagem que atinge de frente nomes ligados ao ex-PFL, atual partido Democrata na Bahia.
Trata-se de investigações da Polícia Federal denunciando o empresário do setor de serviços, Clemildo Andrade Rezende, 64 anos, que embora desconhecido pelo povo baiano, é definido como figura conhecida no território das licitações no Estado, além do ex-deputado estadual pelo PFL (atual DEM), Marcelo Guimarães. Ambos são acusados de levarem vantagem em licitações.
Conforme a matéria, as irregularidades na Bahia levaram a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, a recomendar a abertura, no dia 10 de maio, de um inquérito específico sobre o assunto. A operação passou a ser denominada de Octopus (polvo, em inglês).
Segundo a revista - o esquema, como descreve a própria ministra no despacho que cria o novo inquérito, “dedica-se à fraude em processos de licitação na área de prestação de serviços”. São contratos para serviços de limpeza, conservação, saúde e segurança.
O empresário Clemilton, apontado como o chefão, é dono de um grupo de empreiteiras e acusado de ganhar licitações suspeitas. Para isso, contava com a ajuda de autoridades.
No entanto, IstoÉ aponta Guimarães, que também é empresário do setor, como personagem que pode superar Clemilton no esquema. Em despacho do dia 29 de novembro do ano passado, quando ainda não havia o desdobramento dos casos, a ministra Eliana Calmon incluiu Marcelo “no primeiro nível da organização”. Marcelo presidiu por oito anos o Esporte Clube Bahia.
Marcelo Guimarães, não foi encontrado pela Tribuna. No seu escritório, a secretária, ao tomar conhecimento do assunto, passou a ligação para um assessor de prenome Clécio que responderia por ex-deputado. Curiosamente, ao atender Clécio prometeu manter contato com Guimarães. Entretanto, negou trabalhar com ele. “A secretária passou para mim, mas eu não trabalho aqui”, disse.
Pega de surpresa, lideranças locais do DEM, através de suas assessorias, negaram-se a falar sobre o assunto enquanto não tivessem acesso ao teor da reportagem. Segundo a assessoria de Paulo Souto, ele não pode dar nenhuma declaração sem antes tomar conhecimento da acusação. Disse ainda que a ligação de Guimarães com o governo é apenas de deputado aliado e que se não houver nenhuma conivência do governo nas supostas irregularidades, o governador é vítima.
De Nova York, o deputado federal ACM Neto, usou do mesmo discurso. “Além de estar a milhares de quilômetros do Brasil, se trata de um momento de ebulição de informações e não posso me posicionar sem ter clareza dos fatos”, explicou. Questionado se acredita de fato no envolvido do aliado ACM Neto foi enfático: prefiro não opinar. (Por Fernanda Chagas)