24 de maio de 2007

 

Polícia Federal "questiona" dinheiro guardado em casa por Luiz Caetano

Está na manchete do jornal A Tarde (24). A Polícia Federal apreendeu R$ 142 mil que o prefeito Luiz Caetano guardava em casa. O policial que informou à jornalista Lenilde Pacheco não se identificou porque o processo “corre em segredo de Justiça”.

Não é bem isso não. A Polícia Federal precisa justificar o espetáculo teatral, mesmo que desrespeite a lei, e o jornal precisa apresentar o “mais novo escândalo do dia”. A Polícia Federal agora “questiona” a moeda nacional. Decretou que é ilegal guardar dinheiro em espécie em casa, no mínimo suspeito. Também não se pode comprar dólares para viajar.

O dinheiro confiscado no sítio é a poupança do casal, ele é prefeito de Camaçari, ela é vereadora e presidente da Câmara Municipal. Os dólares são sobras da viagem que Caetano fez a Barcelona.

Não sei mais onde guardar meus trocados. Estou com medo.

LEIA MATÉRIA DO JORNAL A TARDE ON LINE:

Na última quinta-feira, na casa do prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT), policiais federais apreenderam R$ 142 mil, guardados em caixas de papelão, e quase US$ 3 mil. A equipe responsável pela apreensão questionou o fato de o prefeito Caetano guardar em casa tanto dinheiro. Em princípio, por uma razão: não é comum que a classe média brasileira mantenha em casa valores elevados. Quem tem quantia semelhante prefere deixá-la no banco por questões de segurança, comentou ontem fonte da Polícia Federal, com reserva do nome porque o inquérito corre em segredo de Justiça.

Aos policiais, o prefeito Caetano disse, durante a apreensão, que considerava mais “confiável“ ter o dinheiro em casa. Os reais e os dólares encontrados em Camaçari foram levados para a sede da Polícia Federal, em Brasília, onde prosseguem as investigações em busca de respostas para a seguinte pergunta: qual é a origem desse dinheiro?

Ao deflagrar a Operação Navalha, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 1 milhão com pessoas relacionadas ao esquema montado pela construtora Gautama. As investigações da PF indicam que estava na Bahia a origem do esquema de fraudes em licitações públicas. O Estado é a base de operações da construtora Gautama, citada como coordenadora do esquema.

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