22 de janeiro de 2011

 

Blog desenha o perfil do TALENTOSO SERRA

De: Jussara Seixas
Blog: Por um Novo Brasil


Segundo o senador eleito Aloysio Nunes (PSDB-SP), seria um desperdício de talento se Serra não se recolocasse na vida pública. Serra é muito talentoso em fingir, mentir, inventar factóides, enganar. Serra tem imenso talento para fugir dos problemas que afetaram e afetam SP. Aquela encenação da bolinha de papel mostrou bem o talento do Serra, coisa de quem não tem um pingo de vergonha na cara, não tem o mínimo respeito pelo eleitor.

Serra é talentoso para culpar os outros pelo que ele fez, como o aborto feito pela esposa dele, revelado por ex-alunas de Mônica Serra enquanto ela esbravejava que Dilma "matava criançinhas" – e isso porque o governo iria discutir sobre a descriminalização do aborto! O talento do Serra é apenas seu mau caráter.

Serra também tem muito talento para lidar com os movimentos sociais, com o funcionalismo público, com estudantes. Ele não conversa, não negocia, só determina que a PM baixe o cassetete, use balas de borracha e impeça as manifestações pacíficas por melhores salários e condições de trabalho.

Ao invés de assumir a culpa pelas enchentes em SP, pois desviou verbas do desassoreamento do Tietê para investir em publicidade, o talentoso Serra culpa São Pedro. Ele não mostra nada que tenha feito para diminuir esse drama das enchentes em SP quando prefeito e governador porque nada fez, foi omisso e negligente.

Mas foi talentoso para gastar em publicidade: fez propaganda da Sabesp e do Rodoanel do Oiapoque ao Chuí. Reportagem da Folha de São Paulo informa que os gastos do governo tucano com publicidade e propaganda somaram R$ 247,3 milhões, enquanto o orçamento do Renda Cidadã, para atender 137.300 famílias, não passou de R$ 97,4 milhões. José Serra, segundo a reportagem, comandou o governo estadual que mais gastou com publicidade em 2009. Do total de R$ 1,69 bilhão desembolsados por todas as 27 unidades da federação, nada menos do que 20% foram gastos apenas pelo Governo Serra.

Serra é talentoso para mentir. Em 2004 disse na TV, para o jornalista Boris Casoy, que, se eleito prefeito de SP, não deixaria o cargo para concorrer à eleição para governador em 2006. Disse e depois assinou compromisso em cartório, exibido na campanha eleitoral e publicado em todos os jornais e revistas.

Mentiu com a maior cara pau, largou a prefeitura nas mãos igualmente ineptas do Kassab, do DEM, e saiu candidato a governador. Serra usou SP como trampolim para candidatar-se à presidência na eleição de 2010.

Serra também usou seu talento de mentiroso ao dizer que não conhecia o engenheiro Paulo Preto, aquele que sumiu com R$ 4 milhões do caixa-2 da campanha do PSDB. Mas Serra lembrou-se bem rápido quem era Paulo Preto e ainda fez sua defesa quando este o ameaçou, ao dizer que "não se abandona um líder ferido na estrada".

Serra é talentoso para desagregar políticos e partidos, o que ficou nítido ante a dificuldade que ele teve para arrumar um vice. Quem ele tinha escolhido, o corrupto ex-governador do DF, o Arruda do DEM (lembram-se da famosa frase "vote em um careca e leve dois"?), foi pego com a mão na massa e foi preso. Quem ele queria para ganhar votos em MG, Aécio Neves, foi taxativo em não aceitar.

Com as pesquisas mostrando que Serra não seria eleito, aumentavam as dificuldades para conseguir um vice, ninguém estava disposto a ir para o sacrifício. Em menos de 24 h ele anunciou o Álvaro Dias como vice e teve que recuar por pressão do DEM, aceitando o desconhecido Índio da Costa, deputado do DEM-RJ, ex-genro do banqueiro-ladrão Cacciola.

Serra talvez seja mesmo muito talentoso, mas seus talentos são enganar, caluniar, destruir, desfazer, desagregar. Talentos inúteis, perniciosos e perigosos. (Jussara Seixas).

 

Desorientada (e derrotada) mídia não sabe ainda como “bater” em Dilma

O jornalista Paulo Henrique Amorim, em seu blog CONVERSA AFIADA, comenta que o “estilo da presidenta confunde o PIG, que não sabe ainda como bater nela”. E dá um exemplo. A Folha deu a manchete: “Dilma tem reuniões não registradas em sua agenda oficial”. UAU. E daí? As sub-manchetes chegam a ser engraçadas (e trágicas por conta do baixo jornalismo): “Encontros com ministros, governador e empresário estão entre os compromissos NÃO divulgados pela Presidência”.

E mais: “Secretaria de Imprensa do Planalto não quis informar quais pessoas de fora do Governo foram recebidas por ela.” Que sorte a da presidenta Dilma. Ela tem funcionários leais que não se vendem à mídia.

Como diz Paulo Henrique Amorim, o motorista de táxi em frente ao Palácio do Planalto reclama: ela não sai de lá antes das dez da noite. O motorista fica lá, à espera de trabalho.

Ora, os repórteres da Falha de S. Paulo deveriam fazer o mesmo: trabalhar até as 10 da noite e descobrir quem a Presidenta recebe. O estilo reservado da presidenta incomoda o PiG, que não sabe por onde bater.

Quando ocorreram as tragédias das chuvas em São Paulo, a mídia pôs a culpa em Deus.

Quando ocorreram as tragédias do Rio de Janeiro a mídia pôs a culpa em Lula. Exceto a Rede Globo que saiu difamando: foi Dilma, foi Dilma. Foi ela.

Nada vai dar certo, é a nova senha do PIG para derrubar a presidenta.

Mas, como bater na Dilma? Lula falava, viajava, dava entrevista, se expunha. Já a mineira trabalha até as 10h da noite, calada, não dá para acusá-la de não trabalhar como fazia e faz o Estadão – aquela plataforma do ódio contra Lula.

Enquanto a mídia testa hipóteses, a presidenta Dilma trabalha.

 

Com razão, Venezuela proíbe novela anti-venezuelana

Não há censura na Venezuela, o que há é defesa da nação venezuelana contra invasão ideológica estrangeira, através de uma mídia entreguista e golpista. Eduardo Guimarães, do Blog Cidadania, explicou tudo direitinho. “Mídia censora denuncia “censura” é o título do texto que se espalha na blogosfera livre.

Segue o texto:

MÍDIA CENSORA DENUNCIA “CENSURA”

O que você acharia de uma novela argentina que tivesse um personagem chamado “Brasil”? O nome do país seria dado a um homem feioso, estúpido, malandro, preguiçoso, covarde, invejoso e arrogante que tem uma vizinha virtuosa, bela, inteligente, esforçada, leal e humilde, vítima constante das armações do vizinho. O nome da heróina seria “Argentina”.

É sob esta ótica que peço que o leitor analise notícia sobre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, amplamente veiculada nos últimos dias, por ele ter proibido, em seu país, a exibição de uma produção colombiana que faz com a Venezuela o mesmo que a novela fictícia que inventei no parágrafo anterior faria com o Brasil.

Hugo Chávez determinou à rede de TV Televen que pare de transmitir a novela colombiana “Chepe Fortuna”. A Conatel (Comissão Nacional de Telecomunicações) avaliou que o programa “subestima a inteligência dos telespectadores” devido ao tratamento dado a duas personagens, as irmãs Colômbia (bonita, correta e cheia de virtudes) e Venezuela (feia, malandra e histérica).

Em um dos episódios, Venezuela entra em desespero ao ser informada de que perdeu seu cachorrinho de estimação, Huguito. “O que será de mim sem ele?”, pergunta, desconsolada. “Você será livre, Venezuela! Porque Huguito ultimamente andava se metendo nas casas alheias, o que te deixava mal perante os outros”, foi a resposta.

Em outro momento da série, a personagem descobre que está grávida e decide que seu filho vai se chamar Fidelito.

Segundo a Conatel, há uma “manipulação descarada no roteiro para desmoralizar a população venezuelana”.

MÍDIA QUE DENUNCIA É A MESMA QUE CENSURA

A mesma mídia que acusa Chávez de promover censura se cala sobre o documentário da BBC de Londres “Beyond Citizen Kane”, proibido no Brasil desde a estréia, em 1993, por decisão judicial, por tratar das relações sombrias entre a Rede Globo e grupos políticos, dentre os quais os que promoveram a ditadura militar brasileira.

É discutível a decisão de Chávez de proibir uma obra artística, ainda que seja possível entender que qualquer povo fique ofendido com uma novela como a colombiana. Todavia, uma mídia que pede censura a fatos indiscutíveis sobre seu tentáculo mais poderoso não tem a menor moral para acusar o presidente da Venezuela de censor.

Fonte: Blog da Cidadania


21 de janeiro de 2011

 

Solidariedade a João e Janete Capiberibe perseguidos pela máfia de José Sarney

MOVIMENTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DA JUSTIÇA

Cresce o movimento de solidariedade ao casal João e Janete Capiberibe (PSB-AP). O senador e a deputada há mais de quatro anos são perseguidos e sofrem injustiças da parte de um Poder Judiciário faccioso e manipulado, a serviço das oligarquias rurais que controlam os poderes públicos. Leia-se José Sarney.

João Capiberibe foi eleito em 2002, e Janete Capiberibe em 2006. A oligarquia Sarney moveu um processo fantasioso, como se eles tivessem ganho as eleições porque teriam comprado dois votos de duas empregadas domésticas, por R$ 26 reais. Tal absurdo recebeu guarida no TSE e eles foram cassados em 2008.

O processo era fantasioso e as testemunhas falsas. Mas eles perderam dois anos de mandato, pois o tempo não volta atrás.

Em 2010 eles foram reeleitos. Janete Capiberibe a deputada federal, João Capiberibe como o senador mais votado do Amapá.

De novo a gangue Sarney moveu processo, alegando que, como foram cassados em 2008, teriam passado a ter “ficha suja”. O TSE novamente cassou os mandatos do casal Capiberibe.

Isso tudo é uma vergonha. Uma afronta à verdade. Uma ditadura contra a vontade do povo do Amapá.

Está correndo um abaixo-assinado em solidariedade ao casal Capiberibe. Não é possível que sejam cassados pela terceira vez, por um Poder Judiciário corrupto, entregue à vontade de José Sarney.

Os Capiberibe apresentaram recursos que deve ser julgado pelo STF.

Acesse www.justicaparaoscapiberibes.com.br e assine o abaixo-assinado e se informe.

A revista CartaCapital publicou detalhada matéria sobre este escândalo.

LEIA CARTA DE JOÃO CAPIBERIBE:

Caros amigos e amigas,


Eu (João Capiberibe) e minha companheira Janete estamos vivendo uma situação kafkiana, absurdamente inédita, creio que única na história republicana, três vezes cassados, uma na ditadura duas na democracia, como se não bastasse, nós que em passado recente, conjugávamos o verbo malufar, hoje temos em Maluf o "ficha limpa Nº 1" da república.

Sem esmorecer, dispostos a travar o bom combate, comunico-lhes que está na internet um portal de informação a nosso respeito, com espaço para colher assinaturas em defesa de nossos mandatos e da soberania do voto popular.

Sei que nosso problema é político, nosso adversário, José Sarney, é poderoso, usa seus tentáculos e sua força para nos esmagar, não temos a quem recorrer a não ser a opinião pública para denunciar, o que disse o professor Dallari em artigo, a utilização desonesta dos meios institucionais implantados para a promoção da justiça.

Espero contar com o apoio de vocês assinando e divulgando o site em suas redes de amigos.

Abraços.
João Capiberibe

 

“ONU Mulheres” apóia 7º Congresso Nacional das Rádios Comunitárias

Está ocorrendo em Brasília, de 20 a 22 de janeiro, no Museu Nacional, o 7º Congresso Nacional das Rádios Comunitárias. O evento é promovido pela Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias), que representa 15 mil emissoras em operação em 27 estados brasileiros. O encontro conta com o apoio da ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.

Quinta-feira (20/1), a organização “ONU Mulheres” participou do I Encontro Nacional dos Coletivos Estaduais de Mulheres Dirigentes de Rádios Comunitárias. “As rádios comunitárias provocam o debate social sobre a vida da comunidade, da cidade e de temas que envolvem a saúde, educação, segurança, moradia e direitos da população. São estratégicas pela possibilidade de discussão de temas sociais como o enfrentamento ao racismo e ao sexismo, porque é nas comunidades, especialmente nas periferias, onde as exclusões sociais se tornam mais visíveis”, disse Isabel Clavelin, assessora de Comunicação da ONU Mulheres.

A platéia de 500 pessoas levantava o coro: “Ousar, resistir e transmitir”, em alusão ao protagonismo das mulheres que deverá ser mais evidente a partir da criação do Coletivo Nacional de Mulheres Comunitárias.

Os (as) parlamentares ligados ao movimento social terão muito trabalho na próxima legislatura. Há muitas críticas à reduzida participação do Parlamento brasileiro no debate pela democratização da comunicação no país e, sobretudo, pelos obstáculos criados pelos detentores das concessões públicas de canais de TV e rádio, que impedem mudanças na legislação. Rádios comunitárias criam condições para a organização popular.

As representantes das rádios comunitárias receberam um kit multimídia da “ONU Mulheres”, composto pelos DVDs das séries “Trabalho Doméstico, Trabalho Decente”, “As Américas têm Cor: Afrodescendentes nos Censos do Século XXI”, os CD Rádios Comunitárias, com spots e programetes de rádio sobre quilombos, lei 10.639/03 (de inclusão do ensino da história e cultura da África), violência contra as mulheres; e o CD Coletânea Nações Unidas sobre HIV-Aids 2010.

 

Bahia arrecada donativos para vítimas das enchentes no estado do Rio de Janeiro

A equipe do Núcleo de Direitos Humanos (NUDH) - da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - organizou três postos de atendimentos para receber donativos que serão encaminhados aos desabrigados e desalojados da região serrana do estado do Rio de Janeiro, atingida pelos fortes temporais desde o dia 11 de janeiro.

Qualquer pessoa pode colaborar doando alimentos não perecíveis, remédios, material de limpeza e higiene pessoal e, principalmente, roupas e água mineral. Os NUDH´s estão recebendo doações desde quinta-feira (20) até o dia 10 de fevereiro, quando recolherá os donativos para encaminhar à Cruz Vermelha de Salvador, responsável pelo envio ao Rio de Janeiro.

Além das doações voluntárias, o NUDH entregará à Cruz Vermelha 1.000 (mil) camisas da campanha “62 anos da Declaração dos Direitos Humanos”.

Conheça os postos e horários de arrecadação

NUDH Cajazeiras
Rua Estrada da Paciência, nº 51, Cajazeiras VIII, Telefone: (71) 3117-2116.
Horário: 9h às 12h

NUDH CAB
4ª Avenida, nº 400, térreo, Centro Administrativo da Bahia/SJCD, Telefone: (71) 3115-8499.
Horário: 9h às 17h

NUDH Lobato
Avenida Afrânio Peixoto, nº 384, Suburbana, Telefone: (71) 3117-2510
Horário: 9h às 12h

20 de janeiro de 2011

 

Na Caros Amigos, Marilena Chauí fala sobre o jornalismo de campanha eleitoral

A entrevista que a filósofa Marilena Chaui deu à revista Caros Amigos me lembrou muito o tema do jornalismo de campanha pesquisado pelo professor, escritor, jornalista e agora deputado federal Emiliano José (PT-BA).

Apenas para lembrar, Emiliano lança dia 28 de janeiro, na Livraria Cultura do Shopping Salvador, na Bahia, seu novo livro intitulado “Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988”.

Na entrevista à Caros Amigos, Marilena Chaui, sobre a cobertura da mídia nas eleições presidenciais responde:

- Eu diria que não houve cobertura. Houve a produção midiática da campanha eleitoral e das eleições. Cobertura significaria mostrar o que afetivamente estava se passando no primeiro turno com todos os candidatos e, no segundo turno, com os dois candidatos que restaram. E não foi isso o que aconteceu.

A candidata Dilma não teve em instante nenhum a sua campanha coberta pela mídia. Ela teve sua campanha ou ignorada, ou deformada ou criminalizada. E do lado do candidato serra também não houve uma cobertura da campanha dele. Se tivesse havido, o que se teria mostrado? Essa coisa extraordinária (...) de um candidato se autodestruir.

Primeiro o vice, ele não conseguiu escolher o vice (...) em seguida começou a campanha descendo a lenha no governo Lula com quase 90% de aprovação (depois muda e diz que iria fazer o que Lula estava fazendo, mas melhor. Aí quando começou a explicar o que era melhor, fazia propostas alucinadas.

Então vem o segundo turno. Vem o caso do dossiê, o famoso dossiê que foi atribuído ao PT, mas que foi Aécio Neves quem mandou fazer. Isso destruiria qualquer candidatura em qualquer tempo e lugar, mas, o servilismo da mídia foi tal que não apareceu.

Depois entra em cena o aborto. A mídia nunca disse que quem introduziu o tema foi Marina, com seu discurso conservador dos evangélicos para os evangélicos. O Serra se apropria do tema. “Ora, uma imprensa que está defendendo a liberdade de expressão, o espaço público, a opinião pública, a liberdade de pensamento, como é que ela pode embarcar num tema que pertence ao espaço privado, como o aborto?

E o caso da Dilma guerrilheira, guerrilheira, guerrilheira. Um caminho perigoso. Em 1961, no comício dos 100 mil, no Rio de Janeiro, o discurso mais radical foi o do presidente da UNE, José Serra, não foi o do Jango, nem do Brizola, nem do Julião. O núcleo do discurso do Serra foi a revolução armada. A imprensa teria que dizer isso também, mas nada.

Lendo Marilena Chaui, volto ao jornalismo de campanha pesquisado por Emiliano. Jornalismo de campanha para desconstruir a Constituição de 1988. Nas eleições, jornalismo de campanha para eleger Serra. Jornalismo de campanha para desconstruir a imagem de Lula. E agora, jornalismo de campanha para desconstruir o governo Dilma. Jornalismo de campanha de idéias fracassadas.

 

Novo secretário de Cultura aplaude política cultural implantada por Márcio Meirelles

Não é tarefa fácil ser Secretário de Cultura na Bahia. Os recursos nunca dão para a produção cultural de um Estado tão criativo. Durante décadas, apenas teatrólogos e atores da capital recebiam os favores governamentais.

Quando Márcio Meirelles implantou a interiorização dos recursos para a cultura, foi um pega pra capar. Teatrólogos e atores, que não levavam muito a sério as notas fiscais das prestações de conta, foram às ruas e representaram uma pantomima nas ruas do Pelourinho. Com o apoio dos sócios na mídia, foi desgastante.

Márcio Meirelles completou quatro anos de administração da Cultura com muito sucesso. No interior, onde não tem teatrólogos e atores, associados a jornalistas, com interesses contrariados, ele é uma unanimidade.

Fiquei aliviado com uma reportagem assinada por Ceci Alves, no Correio. O novo secretário da Cultura, Albino Rubim, afirma que “a política de interiorização é brilhante e tem que ser continuada”. A outra preocupação – afirma o texto – é que o movimento da cultura busque, cada vez mais, incorporar o cidadão.

Mais adiante, Albino Rubim declara que a secretaria tem que manter a lógica instituída por Márcio Meirelles, que é trabalhar os territórios de identidade, uma política que cultural que seja estadual e não apenas do Pelourinho e de Salvador.

Um ator famoso fez reparos ao fato do novo secretário da Cultura ser um acadêmico, com Mestrado, Doutorado, e muitos estudos. É a primeira vez que vejo alguém fazer reparo pelo fato de alguma autoridade ser bem preparada. O normal são os Tiriricas da vida em postos de comida, digo, comando. Mas eu entendi o recado. Tem gente que prefere produtor cultural no posto, para liberar rapidamente o dinheiro, sem burocracia, e viva meu pirão primeiro.

O problema é que tem teatrólogo e teatróloga que acham que cultura é somente o teatro deles. Um bom conselho seria dar logo o mensalão deles?

 

Os crimes da ditadura militar não tinham limites

Não dá para anistiar torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres. Esses são os crimes dos militares que tomaram o poder em 1964, derrubando um governo constitucional. Muitos dos torturadores e psicopatas assassinos são generais de pijama, aposentados. Muitos deles acumularam riquezas tomadas pelo botim nas residências invadidas.

A Folha de S. Paulo, cujos proprietários apoiaram a ditadura militar, com a complacência de muitos jornalistas, de vez em quando tem uma crise de consciência e pauta reportagens reveladoras. Na edição de 17 de janeiro de 2011 li que “Homem é torturado por engano na ditadura”.

Mário Oba, militante estudantil à época, portanto suspeito para a repressão, foi preso e torturado duas vezes. Escapou vivo por milagre. Eles queriam o Mário Japa, da VPR, que era o nome de Chizuo Osava.

Por que os generais do Clube Militar do Rio de Janeiro são contra a Comissão da Verdade?

Porque à época eles eram oficiais, capitães, tenentes, muitos deles torturadores, suspeitos de assassinato e ocultação de cadáveres. No Exército Brasileiro, todo general de mais de 60 anos é suspeito. Um Exército que tem as mãos sujas de sangue.

A Folha de S. Paulo quando não suja na entrada, suja na saída. Um box da matéria afirma que a esquerda armada também cometeu erros e assassinatos. A diferença é que praticamente todos foram presos, torturados ou assassinados. Muitos cumpriram longas penas de prisão. Mas, os assassinos e torturadores fardados foram anistiados e não responderam por seus crimes. Ainda é tempo.

19 de janeiro de 2011

 

Marco Maia afirma que R$ 540 para o salário mínimo é pouco. Eu também acho.

O presidente da Câmara dos Deputados e candidato à reeleição, deputado federal Marco Maia (PT-RS), reconheceu hoje, quarta-feira (19), que o valor de R$ 540 “é pouco” para o salário mínimo. A medida provisória do governo que reajustou o salário mínimo tramita na Câmara e começa a ser debatida a partir de fevereiro, no início do ano legislativo.

Maia defendeu um valor que acompanhe os ganhos reais obtidos ao longo dos últimos oito anos sem, no entanto, comprometer os gastos públicos. “Precisamos procurar um equilíbrio. O meu papel, é tentar conduzir as negociações de forma equilibrada que permita, a cada um [Executivo, centrais sindicais e partidos], dar a sua opinião”, disse o presidente da Câmara, em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, apresentado hoje, às 22 horas.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Executivo tem caixa para elevar o valor do salário mínimo para R$ 545. No Congresso, entretanto, outras propostas são discutidas. As centrais sindicais e os aposentados querem um reajuste para R$ 580. PSDB e Democratas, da oposição, já anunciaram que defenderão o valor de R$ 600, bandeira do candidato tucano à Presidência da República em 2010, José Serra.

As centrais sindicais realizaram terça-feira (18) ato público em São Paulo em defesa do salário mínimo de R$ 580, da correção da tabela do imposto de renda e por uma elevação maior dos rendimentos de aposentados e pensionistas que recebem benefício acima do mínimo.

Um salário mínimo de R$ 580 é pouco, mas já dá para encarar!

 

Universidade afro-brasileira recebe inscrições até o fim do mês

A recém-inaugurada Universidade de Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), localizada em Redenção (CE), a 57 quilômetros de Fortaleza, receberá, até 31 de janeiro, inscrições dos estudantes residentes no Brasil.

Metade das vagas da instituição é destinada a estudantes de países africanos que falem português – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe – e do Timor Leste.

Todos os cinco mil estudantes da Unilab, brasileiros ou estrangeiros, serão bolsistas e receberão gratuitamente moradia e alimentação. “Será uma universidade-residência e esse multiculturalismo só tem a acrescentar na vida dos alunos”, afirma o reitor Paulo Speller (foto).

O reitor explica que a Unilab oferecerá cursos em áreas consideradas prioritárias para suprir demandas do desenvolvimento do Maciço do Baturité, região da universidade composta por 13 municípios. Entre os cursos oferecidos estão Enfermagem, Agronomia, Administração Pública, Engenharia de Energias, Ciências da Natureza e Matemática.

Os alunos formados na Unilab poderão exercer suas profissões em todos os países membros da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) e terão a oportunidade de se habilitar também em Física, Química, Matemática e Biologia, especificamente para darem aulas no ensino médio.

O processo seletivo terá como base as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e estudantes de escolas públicas terão um adicional na pontuação geral, bem como, aqueles que residem próximo à região da universidade.

Veja como fazer a inscrição

 

Somente maioria governista não garante avanços sociais

Em lúcida entrevista ao Portal VERMELHO, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) acerta no alvo: “maioria governista não garante avanços sociais, por si só”. Não dá para confiar apenas na ampla, amplíssima base do governo no Congresso Nacional. Na luta pela conquista dos direitos sociais e dos trabalhadores, precisa haver união e ação conjunta da bancada sindical, da presidente da República e do movimento social. Não dá para alimentar ilusões. Ainda assim ele está confiante no trabalho do futuro presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia (PT-RS).

LEIA MAIS NO VERMELHO

 

A despedida de meu tio Waldemar Dapieve

Meu irmão Nilmário Miranda foi hoje ao enterro de nosso tio Waldemar Dapieve, em Barbacena, Minas. Ele faleceu ontem (18), às 7h da manhã, aos 86 anos, de causas naturais. Era o último dos irmãos Dapieve. O primeiro a ir embora foi Artur, depois Fernando e depois D. Nelly, nossa mãe. Agora, o caçula Waldemar.

Tenho boas e gratas lembranças de meus tios. Artur e Waldemar me receberam em Barbacena em 1972. Estava cumprindo pena imposta pela ditadura militar na Penitenciária de Linhares, em Juiz de Fora. Os advogados fizeram um acordo e cumpri parte da pena em liberdade condicional em Barbacena, trabalhando na mercearia dos tios e comparecendo todo dia na delegacia de polícia. Na verdade, não comparecia porque o delegado era amigo dos tios.

Já tio Fernando de vez em quando fazia contato. Em tempos passados tinha sido dirigente do PCB em Barbacena. Os tios contavam que nas manifestações anti-italianas em Barbacena (como em todo o Brasil), na época da 2ª Guerra, populares ameaçaram invadir o hotel do meu avô Adão Dapieve, por ser italiano. Apenas a presença do tio Fernando na porta do hotel impediu a invasão. O povo respeitava os dirigentes do PCB.

Em seu blog, Nilmário lembra que esteve com Waldemar em setembro do ano passado, em sua casa à Rua Silva Jardim, nº 74, mesmo endereço em que fiquei hospedado, em liberdade condicional.

Tio Waldemar reclamou em tom de galhofa do filho Henrique, que ficou com ele, tratando-o com extraordinário carinho e afeto. "Henrique não me deixa sair sozinho mais!". Ao que Henrique me explicava: "é que ele já caiu duas vezes na rua e não enxerga quase nada, e quer ir só ao INSS". Tudo da boca para fora, porque o filho cuidou dele como poucos cuidam dos pais.

Fiquei lembrando de minha mãe. Durante a ditadura ela deve ter se lembrado muito da militância comunista do irmão Fernando. Em 1964, meu pai, Oldack Caetano Miranda, baiano radicado em Teófilo Otoni,Minas, foi preso pelos militares golpistas de 1964.

Dias de terror. Eu e Nilmário, ameaçados de prisão por causa do movimento estudantil, pouco podíamos fazer, a não ser manter a família unida. E a mãe lá firme em seu sofrimento silencioso.

Em 1974, ela teve que se desdobrar para visitar Nilmário, encarcerado no Presídio Tiradentes, em São Paulo, e eu, novamente preso, em Salvador, numa conjuntura terrível, pois os militares haviam matado José Carlos Mata Machado, colega de escola que havia se hospedado em nossa casa em Salvador. Foi uma guerreira.

A família Dapieve tem a cultura da solidariedade forjada a ferro e fogo.

 

Imprensa e neoliberalismo, segundo o novo Secretário da Cultura da Bahia

No exato dia em que foi anunciado como novo Secretário da Cultura da Bahia (15/01/2011), o professor Antonio Albino Canelas Rubim publicou, no jornal A Tarde, um artigo intitulado “Imprensa e neoliberalismo”.

Ele recorre a um texto do economista Paul Krugman (publicado no The New York Times, sob o título “Quando os zumbis vencem”) para mostrar a atualidade do livro “Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988”, da autoria de Emiliano José, prestes a ser lançado, dia 28 de janeiro próximo, em Salvador.

Ambos tratam da persistência e triunfo de idéias fracassadas. Nos EUA, as idéias do fundamentalismo de mercado defendidas pelos que se opõem a Obama. No Brasil, o pensamento único dos que se opõem a Lula e Dilma.

Segue trecho do artigo do novo Secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim:

“Emiliano José enfrenta corajosamente questões vitais da atualidade mundial e brasileira. Ele retorna a um tema caro na sua trajetória de estudioso e escritor: as preocupantes conexões entre jornalismo e política no Brasil. Desta vez, tais enlaces são perscrutados através do olhar atento à acentuada partidarização da mídia brasileira como oráculo do pensamento neoliberal.

O livro trata do jornalismo de campanha e das várias tentativas de desconstrução da Constituição de 1988, sob a ótica neoliberal, ensejadas nos governos Collor, Itamar e especialmente FHC, quando ocorrem as maiores desfigurações da Constituição Cidadã.

Para isto, Emiliano José produz amplas revisões históricas: do neoliberalismo no mundo e no Brasil; dos processos constituintes e da própria atuação da imprensa brasileira recente.

A situação do Brasil, felizmente, não se assemelha a circunstância norte-americana, mas a persistência das “idéias fracassadas” é enorme no país. Elas estão presentes cotidianamente em falas de empresários, políticos, acadêmicos; em jornais, revistas semanais, programas de rádio e de televisão e, em especial, nas colunas vigentes na mídia.

Livros como o de Emiliano José são muito bem-vindos para superar o nefasto neoliberalismo que nos ameaça. Ele assume uma atitude vital ao se posicionar e lutar a favor de novos valores sociais, que nos ajudam a imaginar e a construir outro mundo possível: mais justo, democrático, solidário e intercultural”.

LEIA TEXTO DE ALBINO RUBIM NA ÍNTEGRA

 

Globo manipula manchete sobre aumento de servidores públicos no governo Lula

O artigo de Augusto da Fonseca, no blog Festival de Besteiras na Imprensa é emblemático. O jornal O Globo fomenta o terceiro turno das eleições. Continua na oposição e já está em campanha presidencial para 2014. A manipulação da informação no jornal O Globo, CBN, TV Globo e Globo News corre solta. Não importam os fatos, há sempre uma maneira de manipular a informação via manchetes.

SEGUE O TEXTO DO FESTIVAL DE BESTEIRAS NA IMPRENSA:

Como exemplo do que digo, analisemos as manchetes do jornal O Globo de hoje (16/1/11) e o conteúdo das respectivas matérias:

Capa: "No governo Lula, mais 82 mil servidores".

Página 3 (a principal, depois da capa): "Máquina foi inchada até com serviços terceirizados".

Subtítulo dessa manchete: "Na gestão Lula, essas despesas subiram muito acima da inflação".

Como a maioria das pessoas não passa das manchetes, ou seja, não lê a matéria completa, fica a impressão de que o Lula inchou “indevidamente” a máquina pública que era tão “enxutinha” ao final do governo FHC, ainda que às custas de sucateamento da educação, saúde, segurança e infraestrutura, entre muitas outras.

Entretanto, as pessoas que se dispuserem a ler a matéria completa terão uma grata surpresa: essa é uma notícia altamente positiva para o país!

Senão, vejamos alguns trechos relevantes da matéria, elaborada pela Regina Alvarez, que não tem culpa do que o editor faz com as suas matérias (normalmente manipula).

“Maioria das contratações ocorreu na área de educação, com mais 49 mil servidores“.

Perguntei para a minha neta de quatro anos se isso era bom ou ruim e ela me respondeu na lata:

“Vô, todo mundo diz que a prioridade número um do Brasil é a educação. Logo, isso é muito bom!”


Li outro trecho da matéria para a minha neta:

Subtítulo manipulador: “Na Presidência, aumento de 148%“.

Que horror! Diriam em uníssono o Merval e a Míriam Leitão.

Mas, o que diz o texto?

“O número de servidores passou de 3.147 para 7.820. Nesse caso, pesou o fato de a Presidência ter incorporado alguns órgãos que estavam em outros ministérios no governo passado, como é o caso do IPEA“.

‘Voilá”! Não há o que criticar, portanto.

Aumentou muito o número de professores e de profissionais da educação para as Escolas Técnica e Universidades.

E vai aumentar mais, senhores e senhoras do Globo.

“É difícil viver num país onde a imprensa pode manipular a informação do jeito que for mais conveniente para ela, né vô?“, falou a minha neta

“Mas nós e o governo Dilma vamos fazer alguma coisa contra isso. Aguarde, minha neta.”

“E eu vou poder ajudar?“

Balancei a cabeça positivamente.

Politizada essa menina!

18 de janeiro de 2011

 

José Genoíno, assessor do ministro da Defesa?

O PT está virando o Brasil pelo avesso. Uma ex-guerrilheira foi eleita presidenta da República. Um ex-guerrilheiro do Araguaia, José Genoíno, é convidado para assessorar o ministro da Defesa. Pior, Genoíno está tentado a aceitar o convite. Vai dar a resposta em fevereiro.

José Genoíno vai ter muito trabalho, vai ter que reeducar os comandantes militares. Veja o caso do general José Elito Siqueira. Ele deu aquela declaração desastrada (vamos esquecer tudo, não temos do que nos envergonhar ou nos vangloriar, etc) porque acredita nela. A caserna acredita piamente nos torturadores.

Vejam o caso do general de pijama Paulo Chagas. Ele publicou artigo na Internet abaixando o nível. Ele acha que se pretende, com o convite a José Genoíno, “desmoralizar definitivamente os militares, subordinando-os a um ex-guerrilheiro, derrotado na luta armada, mensaleiro, rejeitado nas urnas e, por via de conseqüência, desempregado”.

Das duas, uma. Ou estes generais são torturadores ou eles aprendem na Academia Militar estas antigas lições.

O que o Ministério da Defesa tem que fazer é examinar e mudar o currículo de formação de oficiais das Forças Armadas. Eles acreditam em tortura. Eles chamam o golpe militar de 1964 de “revolução”. Essa gente é perigosa para a democracia.

 

A imprensa brasileira é um elemento conservador e faz parte do sistema de exclusão social

Emiliano diz em seu blog o que pensa:

“Em meu livro “Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988”, que será lançado dia 28 de janeiro, na Livraria Cultura, Shopping Salvador, eu cheguei à conclusão: a imprensa brasileira é um elemento conservador das estruturas econômico-político-sociais predominantes, à medida que desenvolve um pensamento único, o neoliberalismo e pretende que o Estado brasileiro persista neste caminho. Com isso, consolida uma estratégia que tende à exclusão social e política da maioria da população.

É até mais grave. A imprensa é parte da construção de uma política de longo prazo, já em andamento, de exclusão social. A democracia, na visão dominante e mesmo na visão dos media, resume-se ao aspecto institucional da inexistência de uma ditadura, ao regime de eleições, e não à possibilidade, de um lado, da alternância de poder, dificultada até agora, entre outras coisas, pela intervenção direta dessa mesma imprensa, e, de outro, à melhoria das condições de vida da maioria da população. Atualmente, nosso jornalismo é um jornalismo de mercado”.

LEIA BLOG DO EMILIANO

 

Eric Hobsbawn: "Lula é o verdadeiro introdutor da democracia no Brasil”

Em entrevista concedida ao jornalista Martin Granovsky, publicada no jornal Página 12, o historiador britânico Eric Hobsbawm, 92 anos, fala da crise atual e de suas possíveis implicações políticas. Para ele, o mundo está entrando em um período de depressão e os grandes riscos, diante da fragilidade da esquerda mundial, são o crescimento da xenofobia e da extrema-direita. Hobsbawm destaca o que está acontecendo na América Latina e elogia o presidente brasileiro. "É o verdadeiro introdutor da democracia no Brasil. No Brasil há muitos pobres e ninguém jamais fez tantas coisas concretas por eles".

LEIA O TEXTO ABAIXO

Eric Hobsbawm - “Sim, a América Latina é interessante. Tenho essa intuição. Pense num país maior, o Brasil. Lula manteve algumas idéias de estabilidade econômica de Fernando Henrique Cardoso, mas ampliou enormemente os serviços sociais e a distribuição. Alguns dizem que não é suficiente...

- E você, o que diz?

Eric Hobsbawm - “Que não é suficiente. Mas que Lula fez, fez. E é muito significativo. Lula é o verdadeiro introdutor da democracia no Brasil. E ninguém o havia feito nunca na história desse país. Por isso hoje tem 70% de popularidade, apesar dos problemas prévios às últimas eleições. Porque no Brasil há muitos pobres e ninguém jamais fez tantas coisas concretas por eles, desenvolvendo ao mesmo tempo a indústria e a exportação de produtos manufaturados. A desigualdade ainda assim segue sendo horrorosa. Mas ainda faltam muitos anos para mudar as coisas. Muitos”.

17 de janeiro de 2011

 

Deputado Emiliano (PT-BA) defende punição para torturadores da ditadura militar

Em matéria publicada no Correio Braziliense (17/01/2011), o deputado federal Emiliano José (PT-BA) defende punição para os torturadores da ditadura militar.

Segundo ele, que foi preso e torturado, a demora em abrir os documentos sigilosos do governo militar aumenta o risco de perdê-los, em episódios como o da suposta queima de arquivos ocorrida na Base Aérea de Salvador, em 2004. “O julgamento dos crimes contra a liberdade e a punição dos torturadores é um dever do Estado. Vivemos uma ditadura sanguinária e precisamos olhar isso com toda a sua nitidez, para não nos fadarmos a repeti-la. Uma nação não se constrói ignorando suas tragédias".

O documentarista Jorge Oliveira acredita que não há interesse dos governos brasileiros, passados e atuais, em resgatar a história. "Os crimes de tortura não deveriam estar contemplados na Anistia. O Brasil é o país da tolerância, do conformismo", critica o diretor de Perdão, mister Fiel, sobre a morte bárbara do operário Manoel Fiel Filho. "Uma nação não se constrói ignorando suas tragédias", emenda Emiliano José. No contraponto, O professor Antônio Barbosa ensina que a ideologia é uma forma de entender a realidade a partir de quem a orienta. "O que não pode acontecer é a desvirtuação dos fatos", avisa.

Enquanto não se estabelece um consenso político, o Correio elabora um guia de livros e filmes essenciais para entender o conturbado período. Afinal, a arte tem feito o seu papel de repensar a realidade.

LEIA MATÉRIA DO CORREIO BRAZILIENSE

16 de janeiro de 2011

 

PiG fez “jornalismo de campanha” para detonar a Constituição de 88

Está no Blog CONVERSA AFIADA, do jornalista Paulo Henrique Amorim. O título é esse mesmo: “PIG fez “jornalismo de campanha” para detonar a Constituição de 88”.

Paulo Henrique Amorim afirma que “com o rigor e a coragem de sempre, Emiliano disseca o papel nefando do PIG na cobertura da Constituição de 88”. A crítica era o agente para disseminar a ideologia neoliberal. O livro analisa a relação “carnal” entre o presidente FHC e a mídia. PiG fez “jornalismo de campanha” para detonar a Constituição de 88

Paulo Henrique Amorim se refere ao livro de Emiliano José intitulado“Jornalismo de Campanha e a Constituição de 88”, editado pela editora da Universidade Federal da Bahia e a Assembléia Legislativa.

O livro será lançado dia 28 de janeiro próximo, em Salvador.

Emiliano contra como o regime militar destruiu a Última Hora, de Samuel Wainer. O Grupo Frias a comprou em 1965. Emiliano conta como a revista Veja inventou o “contexto-catástrofe”.

Paulo Henrique Amorim registra: “Emiliano é também deputado federal pelo PT e será um defensor incansável da Ley de Medios”.

LEIA NA ÍNTEGRA EM CONVERSA AFIADA

 

40 ANOS DO VÔO DA LIBERDADE

Umberto Trigueiros Lima (Mazine) conta como foi o “VOO DA LIBERDADE” naquele 14 de janeiro de 1971. Sob o comando do capitão Carlos Lamarca, um grupo da VPR realizou uma ação revolucionária seqüestrando o embaixador suíço no Brasil.

O plano era trocar o embaixador por presos políticos. Uma ação audaz e vitoriosa. Depois de 38 dias de negociações, a ditadura militar cedeu. No dia 14 de janeiro, 70 revolucionários, além de três criancinhas, vindos de várias prisões, embarcaram no “Voo da liberdade” para o Chile. Era o Chile de Salvador Allende, e foram recebidos com festa. Muitos ficaram no Chile e testemunharam os horrores do golpe de 11 de setembro de 1973. Outros voltaram ao Brasil e foram assassinados.

“Na passagem dos 40 anos da nossa libertação, acho que deveríamos dedicar a memória desse encontro fraterno, em primeiro lugar aos companheiros do nosso grupo chacinados pelas ditaduras brasileira e chilena, como também aqueles que marcados por sequelas e feridas psicológicas insuportáveis não conseguiram continuar suas vidas : Daniel José de Carvalho, Edmur Péricles Camargo, João Batista Rita, Joel José de Carvalho, Wânio José de Matos, Tito de Alencar Lima, , Maria Auxiliadora Lara Barcelos, Gustavo Buarque Schiller. Em segundo lugar, com saudade, a todos os companheiros daquela viagem para a liberdade de 14 de janeiro de 1971, que já nos deixaram.

Com eterna gratidão e reconhecimento ao Comandante Carlos Lamarca e aos combatentes da VPR que realizaram aquela ação revolucionária audaz e vitoriosa. E também a todos os brasileiros da nossa geração (e aqui não falo em idade, que pode ter ido dos 12 aos 80) que não se acovardaram, que foram capazes de enfrentar aqueles duros e difíceis tempos, quando dizer não poderia significar a morte, “...quando falar em árvores era quase um crime...”.

Enfim, a todos os que OUSARAM LUTAR...!

VALE A PENA LER NA ÍNTEGRA AQUI

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