4 de junho de 2011
Gilberto Prata, o maldito traidor, morreu e ninguém soube
Pelo Blog do Nilmário fiquei sabendo que Gilberto Prata Soares morreu, no Carnaval de 2010. Morreu tarde. Foi um maldito que traiu seus companheiros da Ação Popular (AP) e provocou a morte de valorosos combatentes. Aos poucos vou enterrando, sem compaixão, os malditos. Cuspi na tumba do coronel Luiz Artur de Carvalho, que era Superintendente da Polícia Federal nos anos 1970 na Bahia. Agora, senti enorme prazer ao saber da morte de Pratinha.
Em 1973, Gilberto Prata Soares, que estava morando em Goiânia, foi preso pela repressão e fez um acordo com os psicopatas de farda. Seu ato de traição provocou o tormento e a morte de José Carlos Novaes da Mata Machado, Gildo Macedo Lacerda e aos “desaparecimentos” de Paulo Stuart Wright, Honestino Guimarães, Humberto Câmara Neto, Fernando Augusto Santa Cruz e Eduardo Collier Filho, ícones e dirigentes da revolucionária Ação Popular, que lutava contra a ditadura militar.
O maldito me procurou em Salvador, em 1973. Eu o recebi em minha casa, na Baixa do Senhor do Bonfim. Eu tinha acabado de cumprir pena na Penitenciária de Linhares (Juiz de Fora - MG), estava legalizado e recomeçando a vida na Bahia. Ele estava morando numa velha pensão na Ladeira da Independência, 54, bem perto do Quartel da Mouraria. De lá, os militares o controlavam. Eu recebi em minha casa o velho companheiro José Carlos da Mata Machado, colega da Faculdade de Direito da UFMG, que era casado com sua irmã Madalena Prata. Estavam em situação difícil, sob cerco da repressão. O maldito entregou o próprio cunhado para a morte.
Eu fui a última pessoa,em Salvador, a ver com vida o companheiro Gildo Macedo Lacerda. Estávamos presos numa espécie de masmorra no Quartel do Barbalho. Eu via quando os psicopatas de farda o arrastavam, com o dedo do pé altamente inflamado, para o refeitório dos oficiais, onde praticavam as sessões de tortura. Eu passava por uma daquelas sessões, em pé, em cima de latinhas cortantes, quando me disseram, no dia 1º de novembro: “O Gildo e o Mata Machado... já era”.
Na capital de Pernambuco, para onde o tinham levado, a manchete do Jornal do Commercio alardeava: “Subversivos da Ação Popular morrem no Recife”. O Estadão publicava: “Polícia no Recife desbarata terror”. Em Belo Horizonte, o jornal Estado de Minas replicava: “Subversivos morreram no Recife”. Na versão imposta aos jornais, eles tinham morrido em tiroteio. O corpo de Gildo Lacerda nunca foi encontrado. O corpo de José Carlos foi entregue ao pai, Edgard Godói da Mata Machado, numa urna lacrada, no dia 15 de novembro de 1973.
O maldito traidor, transformado em agente do CIEX , chegou a José Carlos da Mata Machado por intermédio da própria família. A família não obedeceu à ordem militar. O corpo de José Carlos estava dilacerado, língua e orelhas cortadas, olhos vazados. Foi morto em selvagem tortura. Quem poderia suspeitar que o irmão de Madalena Prata poderia estar a serviço da repressão? Foi assim que ele chegou à minha residência. Ele sabia que eu tinha acolhido o velho companheiro, mesmo não estando mais ligado à Ação Popular.
Terminado o serviço, Gilberto Prata Soares desapareceu de circulação. Dez anos depois, em 1984, ele teve uma crise de depressão e confessou à irmã a mortal traição. O dossiê BRASIL NUNCA MAIS documentou todas as mortes e desaparecimentos. Mais tarde, o livro “DOS FILHOS DESTE SOLO”, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio documentou a história da traição.
Nunca o perdoei e espero que sua alma, nas profundezas do inferno, nunca descanse em paz!
Em 1973, Gilberto Prata Soares, que estava morando em Goiânia, foi preso pela repressão e fez um acordo com os psicopatas de farda. Seu ato de traição provocou o tormento e a morte de José Carlos Novaes da Mata Machado, Gildo Macedo Lacerda e aos “desaparecimentos” de Paulo Stuart Wright, Honestino Guimarães, Humberto Câmara Neto, Fernando Augusto Santa Cruz e Eduardo Collier Filho, ícones e dirigentes da revolucionária Ação Popular, que lutava contra a ditadura militar.
O maldito me procurou em Salvador, em 1973. Eu o recebi em minha casa, na Baixa do Senhor do Bonfim. Eu tinha acabado de cumprir pena na Penitenciária de Linhares (Juiz de Fora - MG), estava legalizado e recomeçando a vida na Bahia. Ele estava morando numa velha pensão na Ladeira da Independência, 54, bem perto do Quartel da Mouraria. De lá, os militares o controlavam. Eu recebi em minha casa o velho companheiro José Carlos da Mata Machado, colega da Faculdade de Direito da UFMG, que era casado com sua irmã Madalena Prata. Estavam em situação difícil, sob cerco da repressão. O maldito entregou o próprio cunhado para a morte.
Eu fui a última pessoa,em Salvador, a ver com vida o companheiro Gildo Macedo Lacerda. Estávamos presos numa espécie de masmorra no Quartel do Barbalho. Eu via quando os psicopatas de farda o arrastavam, com o dedo do pé altamente inflamado, para o refeitório dos oficiais, onde praticavam as sessões de tortura. Eu passava por uma daquelas sessões, em pé, em cima de latinhas cortantes, quando me disseram, no dia 1º de novembro: “O Gildo e o Mata Machado... já era”.
Na capital de Pernambuco, para onde o tinham levado, a manchete do Jornal do Commercio alardeava: “Subversivos da Ação Popular morrem no Recife”. O Estadão publicava: “Polícia no Recife desbarata terror”. Em Belo Horizonte, o jornal Estado de Minas replicava: “Subversivos morreram no Recife”. Na versão imposta aos jornais, eles tinham morrido em tiroteio. O corpo de Gildo Lacerda nunca foi encontrado. O corpo de José Carlos foi entregue ao pai, Edgard Godói da Mata Machado, numa urna lacrada, no dia 15 de novembro de 1973.
O maldito traidor, transformado em agente do CIEX , chegou a José Carlos da Mata Machado por intermédio da própria família. A família não obedeceu à ordem militar. O corpo de José Carlos estava dilacerado, língua e orelhas cortadas, olhos vazados. Foi morto em selvagem tortura. Quem poderia suspeitar que o irmão de Madalena Prata poderia estar a serviço da repressão? Foi assim que ele chegou à minha residência. Ele sabia que eu tinha acolhido o velho companheiro, mesmo não estando mais ligado à Ação Popular.
Terminado o serviço, Gilberto Prata Soares desapareceu de circulação. Dez anos depois, em 1984, ele teve uma crise de depressão e confessou à irmã a mortal traição. O dossiê BRASIL NUNCA MAIS documentou todas as mortes e desaparecimentos. Mais tarde, o livro “DOS FILHOS DESTE SOLO”, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio documentou a história da traição.
Nunca o perdoei e espero que sua alma, nas profundezas do inferno, nunca descanse em paz!
Baiana Geórgia Pinheiro afirma que PIG não vai calar o CONVERSA AFIADA
Geórgia Pinheiro, baiana formada na Faculdade de Comunicação da UFBA, ex-jornalista do Correio, ex-aluna do professor, jornalista e deputado federal Emiliano José (PT-BA) e atual diretora executiva do portal CONVERSA AFIADA fez palestra no I Encontro de Blogueiros do Ceará.
Ela falou sobre a estratégia para enfrentar as 37 ações na Justiça contra o jornalista Paulo Henrique Amorim, com quem é casada. “Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”, debochou a jornalista.
Na relação de anunciantes do CONVERSA AFIADA ela citou o Governo Democrático da Bahia. O Portal paga suas contas, os salários e os advogados de defesa. Seu público tem em média 25 anos, um milhão de acessos por dia, 50% deles acessam três vezes ao dia e permanecem por cinco minutos. O Portal fortalece as redes sociais e tem mil seguidores/mês.
Paulo Henrique Amorim já derrotou na Justiça ações de Ali Kamel, da Rede Globo e Naji Nahas, o especulador das bolsas de valores.
A palestra está no CONVERSA AFIADA
Ela falou sobre a estratégia para enfrentar as 37 ações na Justiça contra o jornalista Paulo Henrique Amorim, com quem é casada. “Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”, debochou a jornalista.
Na relação de anunciantes do CONVERSA AFIADA ela citou o Governo Democrático da Bahia. O Portal paga suas contas, os salários e os advogados de defesa. Seu público tem em média 25 anos, um milhão de acessos por dia, 50% deles acessam três vezes ao dia e permanecem por cinco minutos. O Portal fortalece as redes sociais e tem mil seguidores/mês.
Paulo Henrique Amorim já derrotou na Justiça ações de Ali Kamel, da Rede Globo e Naji Nahas, o especulador das bolsas de valores.
A palestra está no CONVERSA AFIADA
Palocci presta esclarecimentos sem ceder à chantagem dos políticos
Na entrevista de esclarecimento que concedeu ao Jornal Nacional (sexta,3), o ministro Palocci não divulgou nomes de empresas. “Não tenho o direito de fazer a divulgação de nomes de terceiros”. Pressionado pelo jornalista, ele se limitou a dizer os setores a que pertencem suas empresas clientes. Indústria, segmentos financeiros, mercado de capitais, bancos e fundos, todas empresas privadas que trabalham no mercado. Nada tem a ver com obra pública.
Pelo visto, o ministro não vai ceder às pressões da mídia e da oposição. “Os números da empresa são números que eu gostaria de deixar reservados porque não dizem respeito ao interesse público. Agora, os contratos, sim, aquilo que eu fiz, serviço que eu prestei, as empresas que eu atendi, as empresas que tinham contrato coma Projeto, posso falar perfeitamente sobre eles”, declarou. Palocci também afirmou que, enquanto presidiu a consultoria, nunca atuou com clientes que tinham negócios diretos com a administração pública.
Palocci nega qualquer irregularidade nas atividades de sua empresa. “A Projeto sempre entregou aos órgãos públicos todas as informações exigidas legalmente e pagou todos os impostos”, afirma.
O petista também dispensou ter omitido qualquer dado sobre sua atividade de consultoria. “A empresa sempre esteve registrada em meu nome e de meu sócio na Junta Comercial, com seu objeto social, sede e demais dados disponíveis para consulta de qualquer pessoa. Lembro-me, inclusive, que jornais e revistas chegaram a noticiar algumas das atividades que realizei como consultor”, esclarece.
Sobre os esclarecimentos que já deu à presidente Dilma Roussef, ele nega ter entrado em detalhes sobre os clientes. "Não entrei em detalhes sobre os nomes dos clientes ou sobre os serviços prestados para cada um deles", declara.
A mídia e a oposição terão que procurar outro discurso.
Pelo visto, o ministro não vai ceder às pressões da mídia e da oposição. “Os números da empresa são números que eu gostaria de deixar reservados porque não dizem respeito ao interesse público. Agora, os contratos, sim, aquilo que eu fiz, serviço que eu prestei, as empresas que eu atendi, as empresas que tinham contrato coma Projeto, posso falar perfeitamente sobre eles”, declarou. Palocci também afirmou que, enquanto presidiu a consultoria, nunca atuou com clientes que tinham negócios diretos com a administração pública.
Palocci nega qualquer irregularidade nas atividades de sua empresa. “A Projeto sempre entregou aos órgãos públicos todas as informações exigidas legalmente e pagou todos os impostos”, afirma.
O petista também dispensou ter omitido qualquer dado sobre sua atividade de consultoria. “A empresa sempre esteve registrada em meu nome e de meu sócio na Junta Comercial, com seu objeto social, sede e demais dados disponíveis para consulta de qualquer pessoa. Lembro-me, inclusive, que jornais e revistas chegaram a noticiar algumas das atividades que realizei como consultor”, esclarece.
Sobre os esclarecimentos que já deu à presidente Dilma Roussef, ele nega ter entrado em detalhes sobre os clientes. "Não entrei em detalhes sobre os nomes dos clientes ou sobre os serviços prestados para cada um deles", declara.
A mídia e a oposição terão que procurar outro discurso.
Não há nada de errado com os negócios de Palocci
O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, provou em entrevista ao Jornal Nacional (sexta-feira, 3) que sua atuação no comando da empresa de consultoria Projeto era regular e não descumpriu a lei. Ele comentou a evolução de seu patrimônio, embora por motivos de confidencialidade de contrato não tenha falado em valores e nomes de clientes. Os negócios de Palocci são de empresa privada para empresa privada, sem ligação com recursos públicos.
Segundo Palocci, a empresa emitia notas e recolhia impostos, e em dezembro de 2010 foi encerrada para que pudesse assumir o cargo de ministro da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff. “A atividade foi pública e os números eu gostaria de deixar reservado. Não dizem respeito ao interesse público. Os serviços, sim. Posso falar sobre eles.”
Palocci passou a ser questionado pela mídia e pela oposição pelo aumento, em 20 vezes, do seu patrimônio nos últimos quatro anos. O ministro justificou a evolução com os trabalhos realizados por sua empresa de consultoria, a Projeto, que teria faturado R$ 20 milhões em 2010.Ele revelou que seus clientes pagaram adiantado para ele fechar a empresa já que seria ministro. Daí o crescimento "repentino" do faturamento.
A mídia não prova, mas sempre “sugere” ilegalidade, caixa 2, dinheiro de arrecadação de campanha, porque em 2010 ele comandou a campanha de Dilma à presidência. A pressão da mídia e da oposição foi tanta que Palocci se viu obrigado a prestar esclarecimentos.
Os esclarecimentos já foram prestados. À mídia e à oposição cabe inventar outro factóide. É fácil.
Segundo Palocci, a empresa emitia notas e recolhia impostos, e em dezembro de 2010 foi encerrada para que pudesse assumir o cargo de ministro da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff. “A atividade foi pública e os números eu gostaria de deixar reservado. Não dizem respeito ao interesse público. Os serviços, sim. Posso falar sobre eles.”
Palocci passou a ser questionado pela mídia e pela oposição pelo aumento, em 20 vezes, do seu patrimônio nos últimos quatro anos. O ministro justificou a evolução com os trabalhos realizados por sua empresa de consultoria, a Projeto, que teria faturado R$ 20 milhões em 2010.Ele revelou que seus clientes pagaram adiantado para ele fechar a empresa já que seria ministro. Daí o crescimento "repentino" do faturamento.
A mídia não prova, mas sempre “sugere” ilegalidade, caixa 2, dinheiro de arrecadação de campanha, porque em 2010 ele comandou a campanha de Dilma à presidência. A pressão da mídia e da oposição foi tanta que Palocci se viu obrigado a prestar esclarecimentos.
Os esclarecimentos já foram prestados. À mídia e à oposição cabe inventar outro factóide. É fácil.
3 de junho de 2011
Ataques ao Ministério da Educação beiram à insensatez
“Nos últimos dias uma onda crítica se levantou contra as políticas públicas do Ministério da Educação e contra o ministro Fernando Haddad, de modo particular. Onda que seguramente beira a insensatez”, disse o deputado Emiliano José (PT-BA) em discurso na Câmara Federal, na quinta-feira (02/06). Para ele, o grau de politização que adquiriu o debate sobre o livro da coleção Viver, Aprender, da professora Heloísa Ramos, chega “próximo ao absurdo”.
“É efetivamente coisa de quem não quer sequer ler a obra ou apenas pretende pinçar partes para desenvolver a crítica. Isso vale para alguns parlamentares e para uma parte da nossa imprensa. Não quero dizer que seja uma leitura desonesta; prefiro afirmar ser uma leitura desatenta”.
Segundo Emiliano, vários integrantes da comunidade acadêmica brasileira também defendem com pertinência a postura do livro da ONG Ação Educativa. “Já ouvimos muitas manifestações enfáticas na crítica a esse livro dos defensores da norma culta da língua. Quem quiser ler o livro, no portal do MEC, verá que não há qualquer aconselhamento para que se desrespeite a norma culta ou estímulo para que ela seja contrariada”.
O deputado disse ainda que outra tentativa clara de atingir o Ministério da Educação e seu Ministro é a “incompreensível ansiedade” provocada pelo chamado kit anti-homofobia do Programa Escola sem Homofobia. “Fez-se um tremendo escarcéu em cima do kit anti-homofobia. Tudo isso, na minha opinião, é parte de uma onda direitista”.
DIREITA INCONFORMADA
“Alguns deputados e senadores estão inconformados porque alguns livros didáticos registraram o que todos já sabem. Que Lula saiu da Presidência da República com o maior indicador de aprovação da história do Brasil, ao contrário de seu antecessor, e ainda tendo elegido a sua sucessora. O que há de errado no fato de os livros registrarem isso? Nada. É da história, do ensino da história, e não há como contrariar a história”, defendeu.
Emiliano afirmou que o ministro Fernando Haddad vai continuar seu trabalho sempre disposto ao diálogo, disposto a seguir o caminho da qualidade da educação brasileira. “O objetivo é sempre caminhar rumo a uma sociedade cada vez mais igual, mais democrática, combatendo a miséria, elevando a cidadania, lutando contra o preconceito, a discriminação, a homofobia, que são tarefas de qualquer educador, além dos objetivos de uma Nação que pretende ser um modelo de convivência entre os diferentes”, concluiu.
Fonte: Portal do Emiliano
“É efetivamente coisa de quem não quer sequer ler a obra ou apenas pretende pinçar partes para desenvolver a crítica. Isso vale para alguns parlamentares e para uma parte da nossa imprensa. Não quero dizer que seja uma leitura desonesta; prefiro afirmar ser uma leitura desatenta”.
Segundo Emiliano, vários integrantes da comunidade acadêmica brasileira também defendem com pertinência a postura do livro da ONG Ação Educativa. “Já ouvimos muitas manifestações enfáticas na crítica a esse livro dos defensores da norma culta da língua. Quem quiser ler o livro, no portal do MEC, verá que não há qualquer aconselhamento para que se desrespeite a norma culta ou estímulo para que ela seja contrariada”.
O deputado disse ainda que outra tentativa clara de atingir o Ministério da Educação e seu Ministro é a “incompreensível ansiedade” provocada pelo chamado kit anti-homofobia do Programa Escola sem Homofobia. “Fez-se um tremendo escarcéu em cima do kit anti-homofobia. Tudo isso, na minha opinião, é parte de uma onda direitista”.
DIREITA INCONFORMADA
“Alguns deputados e senadores estão inconformados porque alguns livros didáticos registraram o que todos já sabem. Que Lula saiu da Presidência da República com o maior indicador de aprovação da história do Brasil, ao contrário de seu antecessor, e ainda tendo elegido a sua sucessora. O que há de errado no fato de os livros registrarem isso? Nada. É da história, do ensino da história, e não há como contrariar a história”, defendeu.
Emiliano afirmou que o ministro Fernando Haddad vai continuar seu trabalho sempre disposto ao diálogo, disposto a seguir o caminho da qualidade da educação brasileira. “O objetivo é sempre caminhar rumo a uma sociedade cada vez mais igual, mais democrática, combatendo a miséria, elevando a cidadania, lutando contra o preconceito, a discriminação, a homofobia, que são tarefas de qualquer educador, além dos objetivos de uma Nação que pretende ser um modelo de convivência entre os diferentes”, concluiu.
Fonte: Portal do Emiliano
2 de junho de 2011
Com elegância, deputado Emiliano (PT-BA) discorda da ministra da Cultura
LEIA ARTIGO EM CARTACAPITAL
Estão abertas as inscrições para I Encontro dos Blogueiros Progressistas da Bahia
Vc pode se inscrever neste endereço http://blogprogbahia.wordpress.com/
Paulo Herinque Amorim no Encontro de Blogueiros Progressistas da Bahia
O jornalista Paulo Henrique Amorim (Rede Record e blog Conversa Afiada) confirmou participação no Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas da Bahia, que acontece nos dias 10 e 11 de junho, no Hotel Fiesta, em Salvador. O evento deve reunir blogueiros, twiteiros, participantes de redes sociais e produtores de conteúdo para web de todo o estado para discutir as formas de fortalecimento da internet como alternativa para a disseminação da informação de qualidade.
Também estão confirmadas as presenças de Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e do profº do Departamento de Comunicação Social da PUC-RJ, Marcos Dantas, que vai falar sobre o Plano Nacional de Banda Larga. O jornalista, blogueiro e deputado federal Emiliano José (PT-BA) confirmou presença.
Os organizadores esperam reunir 200 blogueiros de todo o Estado. Entre os temas propostos estão a democratização da mídia e marco regulatório; políticas públicas de comunicação e democratização das verbas publicitárias.
A idéia é criar uma Associação Estadual de Blogueiros e divulgar uma Carta dos Blogueiros da Bahia.
O encontro estadual está sendo considerado como fase preparatória para a o II Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, que ocorrerá nos dias 17, 18 e 19 de junho, em Brasília, aberto a todos os blogueiros, twitteiros, internautas em geral, que se identifiquem com a luta pela democratização dos meios de comunicação e pela construção de uma nova mídia plural e colaborativa.
Os blogueiros da Bahia já contam com uma vantagem. Não precisam lutar pelo reconhecimento governamental. O Secretário de Comunicação, Robinson Almeida, apóia o encontro e vai estar presente na abertura. Vai falar sobre Políticas Públicas de Comunicação.
Também estão confirmadas as presenças de Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e do profº do Departamento de Comunicação Social da PUC-RJ, Marcos Dantas, que vai falar sobre o Plano Nacional de Banda Larga. O jornalista, blogueiro e deputado federal Emiliano José (PT-BA) confirmou presença.
Os organizadores esperam reunir 200 blogueiros de todo o Estado. Entre os temas propostos estão a democratização da mídia e marco regulatório; políticas públicas de comunicação e democratização das verbas publicitárias.
A idéia é criar uma Associação Estadual de Blogueiros e divulgar uma Carta dos Blogueiros da Bahia.
O encontro estadual está sendo considerado como fase preparatória para a o II Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, que ocorrerá nos dias 17, 18 e 19 de junho, em Brasília, aberto a todos os blogueiros, twitteiros, internautas em geral, que se identifiquem com a luta pela democratização dos meios de comunicação e pela construção de uma nova mídia plural e colaborativa.
Os blogueiros da Bahia já contam com uma vantagem. Não precisam lutar pelo reconhecimento governamental. O Secretário de Comunicação, Robinson Almeida, apóia o encontro e vai estar presente na abertura. Vai falar sobre Políticas Públicas de Comunicação.
Quanto vale a palavra do torturador coronel Ustra?
O colunista da Folha de São Paulo, Fernando de Barros e Silva, é quem fez a pergunta.
Ele escreveu:
“Depois de ler o artigo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, “O delírio de Pérsio Arida”, publicado sexta-feira (01/06/2011) por esta Folha, é possível ter a nítida sensação de que o ex-chefão do DOI quis torturar Arida pela segunda vez. Vale aqui a máxima da história que se repete, como tragédia e como farsa.
No ensaio, que escreveu para a revista Piauí, o economista relata a sua prisão em 1970, no DOI paulista, e sua transferência para o Rio, semanas depois, onde foi torturado com choques e pauladas. Ustra chefiava o DOI de SP e diz que a viagem ao Rio nunca existiu. Questiona várias passagens do texto para sustentar que Arida mentiu sobre a tortura. É este o ponto que importa.
Quanto vale a palavra de Ustra?
Entre 1970 e 1974, passaram pelo DOI que ele chefiou cerca de 2 mil presos. Contam-se mais de 700 denúncias de tortura praticadas nas dependências do prédio da rua Tutóia, onde funcionavam o DOI e a OBAN.
Ustra escreveu dois livros sobre a sua versão da ditadura. Neles, não admitiu um único caso de tortura sob sua responsabilidade.
A palavra de Ustra não vale nada.
Ou é uma espécie de escárnio, de exercício vingativo da própria impunidade, um sintoma atroz da condescendência com que o país democrático tratou os torturadores, como se nada tivesse acontecido”.
Eu encerro aqui minha transcrição da parte do texto que achei relevante. O escárnio do torturador está mesmo ligado à impunidade e também ao que pensa a própria Folha de São Paulo ao chamar a ditadura militar no Brasil de...ditabranda.
Ele escreveu:
“Depois de ler o artigo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, “O delírio de Pérsio Arida”, publicado sexta-feira (01/06/2011) por esta Folha, é possível ter a nítida sensação de que o ex-chefão do DOI quis torturar Arida pela segunda vez. Vale aqui a máxima da história que se repete, como tragédia e como farsa.
No ensaio, que escreveu para a revista Piauí, o economista relata a sua prisão em 1970, no DOI paulista, e sua transferência para o Rio, semanas depois, onde foi torturado com choques e pauladas. Ustra chefiava o DOI de SP e diz que a viagem ao Rio nunca existiu. Questiona várias passagens do texto para sustentar que Arida mentiu sobre a tortura. É este o ponto que importa.
Quanto vale a palavra de Ustra?
Entre 1970 e 1974, passaram pelo DOI que ele chefiou cerca de 2 mil presos. Contam-se mais de 700 denúncias de tortura praticadas nas dependências do prédio da rua Tutóia, onde funcionavam o DOI e a OBAN.
Ustra escreveu dois livros sobre a sua versão da ditadura. Neles, não admitiu um único caso de tortura sob sua responsabilidade.
A palavra de Ustra não vale nada.
Ou é uma espécie de escárnio, de exercício vingativo da própria impunidade, um sintoma atroz da condescendência com que o país democrático tratou os torturadores, como se nada tivesse acontecido”.
Eu encerro aqui minha transcrição da parte do texto que achei relevante. O escárnio do torturador está mesmo ligado à impunidade e também ao que pensa a própria Folha de São Paulo ao chamar a ditadura militar no Brasil de...ditabranda.
Paulo Coelho: “piratas do mundo inteiro, uni-vos e pirateiem tudo que escrevi”
Paulo Coelho, o mago, não tem nada contra ganhar dinheiro com livros. Ele próprio enriqueceu com isso. Mas o que ocorre no presente? Pergunta ele em artigo publicado na Folha de São Paulo.
E ele responde: “ A indústria se mobiliza para aprovar leis contra a “pirataria intelectual”.
Dependendo do país, o “pirata” — ou seja, aquele que está propagando arte na rede — poderá terminar na cadeia”.
“Piratas do mundo, uni-vos e pirateiem tudo que escrevi!”
Paulo Coelho mantém o “Pirate Coelho” com endereços de livros dele que estão em site de compartilhamento de arquivos. E ainda assim as vendagens só crescem. Ele acha que a pirataria é o primeiro contato com o trabalho do artista.
Como diz Paulo Coelho, “Se a ideia for boa, você gostará de tê-la em sua casa; uma ideia consistente não precisa de proteção”.
O resto é ganância ou ignorância, concluiu o escritor.
E ele responde: “ A indústria se mobiliza para aprovar leis contra a “pirataria intelectual”.
Dependendo do país, o “pirata” — ou seja, aquele que está propagando arte na rede — poderá terminar na cadeia”.
“Piratas do mundo, uni-vos e pirateiem tudo que escrevi!”
Paulo Coelho mantém o “Pirate Coelho” com endereços de livros dele que estão em site de compartilhamento de arquivos. E ainda assim as vendagens só crescem. Ele acha que a pirataria é o primeiro contato com o trabalho do artista.
Como diz Paulo Coelho, “Se a ideia for boa, você gostará de tê-la em sua casa; uma ideia consistente não precisa de proteção”.
O resto é ganância ou ignorância, concluiu o escritor.
Precisamos de uma Agência Bahia de Comunicação
O título desse artigo também poderia ser: “Jornalismo de interesse público versus jornalismo de interesse privado”. Aprendi com a vida que há dois tipos de jornalismo. O jornalismo de interesse público e o outro, o praticado pelo Partido da Imprensa Golpista, o jornalismo de interesse privado. O jornalismo de interesse privado banaliza seu contrário chamando-o de jornalismo chapa-branca, apenas um pejorativo para desmoralizar o que o ameaça. O jornalismo de interesse público abre caminho para a cidadania, o jornalismo de interesse privado abre caminho para negócios.
Como as coisas são complexas, há muita gente praticando jornalismo de interesse privado em empresas públicas de comunicação. E há muita gente praticando jornalismo de interesse público em empresas privadas de comunicação. A questão então é saber ler. O jornalismo de interesse privado encontra amplo espaço nas empresas públicas e privadas porque, basicamente, o brasileiro tem dificuldade de entender as coisas – há um alto grau de analfabetismo funcional.
Um bom debate é a discussão sobre os sistemas de comunicação público, privado e estatal, que estão previsto na Constituição Federal. Outro bom debate é a discussão sobre a forma de produção do jornalismo de interesse público versus interesse privado nos sistema de comunicação público, privado e estatal.
Desde seu surgimento, a imprensa privada, por exemplo, tem o foco voltado para notícias do eixo Rio-São Paulo. Os grandes veículos cobrem desde o planejamento estratégico das grandes metrópoles até o mais corriqueiro boteco da esquina. A classe média do centro-sul sente sua vida retratada na cobertura midiática, inclusive com seu sotaque, seu modo de falar. O mesmo não se dá com relação às demais regiões do país.
É visível que as mídias privadas regionais não conseguiram virar este jogo. Basicamente, reproduzem textos, fotos e imagens produzidos por agências de notícia controladas pela mídia privada do centro-sul. E reproduzem não somente textos, fotos e imagens, mas também a opinião pessoal de colunistas regiamente pagos que vendem suas próprias opiniões publicadas como “opinião pública”. Há também colunistas regionais que fazem o mesmo, é um meio de vida.
Penso que há muito espaço para jornalismo de interesse público praticado por empresas públicas e/ou estatais. Sem desmerecer o Instituto de Rádio Difusão da Bahia – IRDEB, que já presta importante serviço nas áreas da informação e da cultura, há um imenso espaço a ser ocupado pelo jornalismo de interesse público na TV Educativa e na Rádio Educadora.
A espetacularização da notícia, tão estudada e dissecada pelas faculdades de comunicação, não precisa ser o caminho. Os sistemas são complementares. A mídia privada anda atrás de lucro, daí o sistema de mensuração do tipo IBOPE e assemelhados. A mídia pública pode virar o jogo e mostrar a face positiva da vida comunitária dos bairros periféricos, por exemplo, onde não existe somente sangue e selvageria.
Não dá mais para engolir chavão grosseiro do tipo “jornalismo tem que ser de oposição”. Até porque governos podem representar bem os interesses públicos e oposições podem representar interesses privados. Acredito que o sistema público de informação pode praticar jornalismo de interesse público, não apenas governamental. A pauta deveria se orientar para as políticas públicas em andamento, os projetos voltados para cidadania, saúde, educação, transporte coletivo, prevenção de catástrofes naturais, infra-estrutura urbana e a qualidade de serviços públicos prestados pelo estado. Claro, a mídia privada pode fazer também tudo isso, até o limite do interesse do acionista majoritário ou da ideologia do editor-chefe.
Avalio como positivo o serviço prestado pela Agência Brasil, por exemplo. Além do noticiário sobre o que o governo federal faz – o que é um dever do estado – a Agência Brasil vai atrás do que acontece fora do eixo Rio-São Paulo, na medida de seu orçamento.
Nós estamos precisando de uma Agência Bahia.
De uma Agência Bahia de Comunicação, mais precisamente, com autonomia em relação ao próprio governo estadual, que inclua, mas, extrapole a informação governamental, com temas das áreas de educação, arte, cultura, ciência e tecnologia. Há muita coisa acontecendo na Bahia que precisa ser mostrada, sem ter que pagar espaço na mídia privada.
Como as coisas são complexas, há muita gente praticando jornalismo de interesse privado em empresas públicas de comunicação. E há muita gente praticando jornalismo de interesse público em empresas privadas de comunicação. A questão então é saber ler. O jornalismo de interesse privado encontra amplo espaço nas empresas públicas e privadas porque, basicamente, o brasileiro tem dificuldade de entender as coisas – há um alto grau de analfabetismo funcional.
Um bom debate é a discussão sobre os sistemas de comunicação público, privado e estatal, que estão previsto na Constituição Federal. Outro bom debate é a discussão sobre a forma de produção do jornalismo de interesse público versus interesse privado nos sistema de comunicação público, privado e estatal.
Desde seu surgimento, a imprensa privada, por exemplo, tem o foco voltado para notícias do eixo Rio-São Paulo. Os grandes veículos cobrem desde o planejamento estratégico das grandes metrópoles até o mais corriqueiro boteco da esquina. A classe média do centro-sul sente sua vida retratada na cobertura midiática, inclusive com seu sotaque, seu modo de falar. O mesmo não se dá com relação às demais regiões do país.
É visível que as mídias privadas regionais não conseguiram virar este jogo. Basicamente, reproduzem textos, fotos e imagens produzidos por agências de notícia controladas pela mídia privada do centro-sul. E reproduzem não somente textos, fotos e imagens, mas também a opinião pessoal de colunistas regiamente pagos que vendem suas próprias opiniões publicadas como “opinião pública”. Há também colunistas regionais que fazem o mesmo, é um meio de vida.
Penso que há muito espaço para jornalismo de interesse público praticado por empresas públicas e/ou estatais. Sem desmerecer o Instituto de Rádio Difusão da Bahia – IRDEB, que já presta importante serviço nas áreas da informação e da cultura, há um imenso espaço a ser ocupado pelo jornalismo de interesse público na TV Educativa e na Rádio Educadora.
A espetacularização da notícia, tão estudada e dissecada pelas faculdades de comunicação, não precisa ser o caminho. Os sistemas são complementares. A mídia privada anda atrás de lucro, daí o sistema de mensuração do tipo IBOPE e assemelhados. A mídia pública pode virar o jogo e mostrar a face positiva da vida comunitária dos bairros periféricos, por exemplo, onde não existe somente sangue e selvageria.
Não dá mais para engolir chavão grosseiro do tipo “jornalismo tem que ser de oposição”. Até porque governos podem representar bem os interesses públicos e oposições podem representar interesses privados. Acredito que o sistema público de informação pode praticar jornalismo de interesse público, não apenas governamental. A pauta deveria se orientar para as políticas públicas em andamento, os projetos voltados para cidadania, saúde, educação, transporte coletivo, prevenção de catástrofes naturais, infra-estrutura urbana e a qualidade de serviços públicos prestados pelo estado. Claro, a mídia privada pode fazer também tudo isso, até o limite do interesse do acionista majoritário ou da ideologia do editor-chefe.
Avalio como positivo o serviço prestado pela Agência Brasil, por exemplo. Além do noticiário sobre o que o governo federal faz – o que é um dever do estado – a Agência Brasil vai atrás do que acontece fora do eixo Rio-São Paulo, na medida de seu orçamento.
Nós estamos precisando de uma Agência Bahia.
De uma Agência Bahia de Comunicação, mais precisamente, com autonomia em relação ao próprio governo estadual, que inclua, mas, extrapole a informação governamental, com temas das áreas de educação, arte, cultura, ciência e tecnologia. Há muita coisa acontecendo na Bahia que precisa ser mostrada, sem ter que pagar espaço na mídia privada.
1 de junho de 2011
Senadora Lídice (PSB) denuncia sucateamento da Fundação Cidade Mãe
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) fez um forte pronunciamento sobre o sucateamento da Fundação Cidade Mãe na tribuna do Senado. Eu ouvi, ao vivo, pela TV Senado. A Fundação Cidade Mãe é um projeto criado quando Lídice da Mata foi prefeita de Salvador, para atender crianças e jovens de comunidades carentes e em risco social. Foi um crime inafiançável do atual prefeito João Henrique Carneiro. Em seguida, a vereadora Marta Rodrigues (PT) convocou audiência pública (30/05), com a presença da senadora. Sobrou para o presidente da Fundação Cidade Mãe, Carlos Alberto Lamoso Fráguas, que foi exonerado do cargo, nesta quarta-feira (01/06). Foi a maneira que o prefeito encontrou para escapar da responsabilidade.
A vereadora Marta Rodrigues (PT) na audiência mostrou fotos chocantes das instalações da Fundação Cidade Mãe, no bairro São Marcos. Eram imagens de total abandono, com equipamentos destruídos, saqueados, portas arrombadas. Para evitar a completa destruição do prédio, o presidente da Associação de Moradores de São Marcos, Anailton Cândido, incentivou a invasão por moradores do próprio bairro. Nada justifica o estado atual da Fundação Cidade Mãe. Crianças e adolescentes têm prioridade pela Constituição Federal. Esse prefeito de Salvador é um grande irresponsável.
Nelson Pelegrino precisa fazer este compromisso como candidato do PT a prefeito de Salvador em 2012. A Fundação Cidade Mãe tem que ser recuperada.
A vereadora Marta Rodrigues (PT) na audiência mostrou fotos chocantes das instalações da Fundação Cidade Mãe, no bairro São Marcos. Eram imagens de total abandono, com equipamentos destruídos, saqueados, portas arrombadas. Para evitar a completa destruição do prédio, o presidente da Associação de Moradores de São Marcos, Anailton Cândido, incentivou a invasão por moradores do próprio bairro. Nada justifica o estado atual da Fundação Cidade Mãe. Crianças e adolescentes têm prioridade pela Constituição Federal. Esse prefeito de Salvador é um grande irresponsável.
Nelson Pelegrino precisa fazer este compromisso como candidato do PT a prefeito de Salvador em 2012. A Fundação Cidade Mãe tem que ser recuperada.
No Dia Mundial sem Tabaco, a Souza Cruz pede liberdade para matar de câncer
A Souza Cruz publicou na Folha de São Paulo, em 31 de maio – Dia Mundial sem Tabaco - um anúncio de página inteira que, além de ser uma pegadinha de mau-gosto, é um atentado à moralidade, aos bons costumes e à lógica.
Diz o anúncio que “entre todos os valores que existem, um é inegociável: LIBERDADE.
O texto é um primor de cinismo:
“A Souza Cruz acredita na liberdade de expressão como fundamento essencial da livre-concorrência entre as empresas que trabalham com produtos legais, e na liberdade de seus consumidores adultos para fazer suas escolhas livremente. Uma grande empresa não é só medida por seus números, mas também por seus ideais. Valorizar e praticar princípios como livre-iniciativa, livre-concorrência, livre-arbítrio, livre-expressão é o que faz uma empresa ser grande. Não importa o tamanho que tenha. É nisso que acreditamos. É isso que fazemos há 108 anos”.
Ou seja, em nome da liberdade, a empresa Souza Cruz pede licença para matar de câncer. O Brasil tem um milhão de fumantes com doenças respiratórias causadas pelo tabagismo, segundo o Instituto Nacional do Câncer.
Entre dez homens que morrem, por enfisema pulmonar ou bronquite crônica, oito são fumantes.
Entre as mulheres, seis de dez mortes são causadas pelo tabagismo.
O cigarro mata por câncer e por doenças respiratórias sérias, causadas por substâncias contidas na fumaça. São doenças irreversíveis e de progressão lenta.
A verdade é que em 108 anos, o mundo tomou consciência que cigarro MATA, menos a Souza Cruz.
Diz o anúncio que “entre todos os valores que existem, um é inegociável: LIBERDADE.
O texto é um primor de cinismo:
“A Souza Cruz acredita na liberdade de expressão como fundamento essencial da livre-concorrência entre as empresas que trabalham com produtos legais, e na liberdade de seus consumidores adultos para fazer suas escolhas livremente. Uma grande empresa não é só medida por seus números, mas também por seus ideais. Valorizar e praticar princípios como livre-iniciativa, livre-concorrência, livre-arbítrio, livre-expressão é o que faz uma empresa ser grande. Não importa o tamanho que tenha. É nisso que acreditamos. É isso que fazemos há 108 anos”.
Ou seja, em nome da liberdade, a empresa Souza Cruz pede licença para matar de câncer. O Brasil tem um milhão de fumantes com doenças respiratórias causadas pelo tabagismo, segundo o Instituto Nacional do Câncer.
Entre dez homens que morrem, por enfisema pulmonar ou bronquite crônica, oito são fumantes.
Entre as mulheres, seis de dez mortes são causadas pelo tabagismo.
O cigarro mata por câncer e por doenças respiratórias sérias, causadas por substâncias contidas na fumaça. São doenças irreversíveis e de progressão lenta.
A verdade é que em 108 anos, o mundo tomou consciência que cigarro MATA, menos a Souza Cruz.
31 de maio de 2011
Folha de São Paulo dá voz aos agentes da ditadura militar
É inaceitável que a Folha de São Paulo (27 de maio) tenha dado espaço ao coronel Brilhante Ustra, um torturador confesso, estuprador, assassino de presos políticos. Isso não é liberdade de expressão, isso é crime por apologia à violência, ao golpismo e à ditadura. A Folha de São Paulo deu espaço ao militar nazista a pretexto dele se defender das graves acusações feitas por Persio Arida em depoimento à revista Piauí. De modo grosseiro, o torturador que virou colunista da Folha, tenta desmoralizar Arida. Entre Pérsio Arida, um homem sério, e Brilhante Ustra, um assassino covarde, você fica com quem?
O editor da Folha decidiu, numa só página, abrir espaço para os agentes da ditadura. Logo abaixo do artigo do militar psicopata, Eduardo Portella critica a democracia brasileira. É um paradoxo. Eduardo Portella, que foi ministro de Educação no governo do general-ditador João Figueiredo, logo em plena ditadura militar, vai à Folha de São Paulo fazer críticas à... democracia.
Não dá para ler. Coisa vergonhosa.
O editor da Folha decidiu, numa só página, abrir espaço para os agentes da ditadura. Logo abaixo do artigo do militar psicopata, Eduardo Portella critica a democracia brasileira. É um paradoxo. Eduardo Portella, que foi ministro de Educação no governo do general-ditador João Figueiredo, logo em plena ditadura militar, vai à Folha de São Paulo fazer críticas à... democracia.
Não dá para ler. Coisa vergonhosa.
Santo Amaro, da Bahia, a cidade mais contaminada por CHUMBO do mundo
O portal da Liderança do PT na Câmara Federal registrou. O deputado Emiliano José (PT-BA) aplaudiu a iniciativa dos senadores Walter Pinheiro e Paulo Paim, do PT, que entregaram à presidenta Dilma Rousseff um dossiê sobre a tragédia ambiental em Santo Amaro da Purificação, a cidade mais contaminada por chumbo do mundo. O documento foi debatido na Comissão de Direitos Humanos do Senado, com participação do deputado federal Luiz Alberto (PT-BA). Os senadores propõem uma verba de R$ 300 milhões para indenizar os trabalhadores e suas famílias.
O deputado Emiliano José (PT-BA) disse em plenário:
“Eu me associo às propostas porque, desde 1977, lá se vão mais de 30 anos, acompanho essa tragédia. Em 1977, como jornalista, escrevi uma reportagem sobre a contaminação provocada pela COBRAC, a fábrica que processava chumbo na cidade e cujos resíduos foram envenenando o sangue da população, com graves consequências, como abortos, má-formação de fetos, paralisia e dores, em conseqüência do surgimento do saturnismo. O saturnismo afina os braços, provoca dores, causa impotência sexual nos homens e aborto nas mulheres. Há registros de um índice elevado de nascituros sem cérebro”, explicou.
Emiliano afirmou que em Santo Amaro há chumbo nas ruas, resultado de uma época em que a Prefeitura aterrava as ruas com escória de chumbo. “Em dezembro de 2009, tratei do assunto na Câmara Federal, no momento em que o povo organizado pela AVICCA fazia mais uma manifestação pública pelas ruas da cidade. Como sempre relata o incansável Adailson Pereira, presidente da AVICCA, nunca conseguimos conquistar uma atitude final de parte da Justiça e dos poderes públicos”.
O deputado recordou que, em 2005, visitou a cidade com uma equipe de jornalistas franceses. “Nada havia mudado em relação ao quadro descrito por minha reportagem no jornal alternativo INVASÃO em 1977. Enquanto funcionou, por durante 33 anos a multinacional despejou 490 mil toneladas de rejeitos, envenenando pessoas e degradando o meio ambiente. Passados 50 anos, não se tinha solução. As responsabilidades foram contornadas pelo desaparecimento das empresas. A COBRAC passou a se chamar PLUMBUM Mineração e Metalurgia, depois que foi vendida ao Grupo Trevor.
A indústria foi desativada em 1993, deixando um rastro de destruição e escória de chumbo”.
LEIA DISCURSO NO SITE DO EMILIANO
O deputado Emiliano José (PT-BA) disse em plenário:
“Eu me associo às propostas porque, desde 1977, lá se vão mais de 30 anos, acompanho essa tragédia. Em 1977, como jornalista, escrevi uma reportagem sobre a contaminação provocada pela COBRAC, a fábrica que processava chumbo na cidade e cujos resíduos foram envenenando o sangue da população, com graves consequências, como abortos, má-formação de fetos, paralisia e dores, em conseqüência do surgimento do saturnismo. O saturnismo afina os braços, provoca dores, causa impotência sexual nos homens e aborto nas mulheres. Há registros de um índice elevado de nascituros sem cérebro”, explicou.
Emiliano afirmou que em Santo Amaro há chumbo nas ruas, resultado de uma época em que a Prefeitura aterrava as ruas com escória de chumbo. “Em dezembro de 2009, tratei do assunto na Câmara Federal, no momento em que o povo organizado pela AVICCA fazia mais uma manifestação pública pelas ruas da cidade. Como sempre relata o incansável Adailson Pereira, presidente da AVICCA, nunca conseguimos conquistar uma atitude final de parte da Justiça e dos poderes públicos”.
O deputado recordou que, em 2005, visitou a cidade com uma equipe de jornalistas franceses. “Nada havia mudado em relação ao quadro descrito por minha reportagem no jornal alternativo INVASÃO em 1977. Enquanto funcionou, por durante 33 anos a multinacional despejou 490 mil toneladas de rejeitos, envenenando pessoas e degradando o meio ambiente. Passados 50 anos, não se tinha solução. As responsabilidades foram contornadas pelo desaparecimento das empresas. A COBRAC passou a se chamar PLUMBUM Mineração e Metalurgia, depois que foi vendida ao Grupo Trevor.
A indústria foi desativada em 1993, deixando um rastro de destruição e escória de chumbo”.
LEIA DISCURSO NO SITE DO EMILIANO
30 de maio de 2011
Sequestrador, torturador e agora colunista da Folha: Brilhante Ustra, o homem que comandou o DOI-Codi no auge da ditadura
Que o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra é sequestrador e torturador não é uma opinião minha, é sentença do juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, 9 de outubro de 2008. A notícia, que reproduzo em parte abaixo, mostra quem é e o que fazia o coronel no período mais infame da ditadura (a tal ditabranda da Folha).
Pois não é que a Folha abriu espaço em sua página 3 de sexta-feira (27) para que Brilhante Ustra dê sua versão sobre acusações que sofre de outro que o acusa de tortura, o ex-presidente do BC no governo FHC, Pérsio Arida?
Não foi à toa que a Folha procurou a ficha de Dilma durante a campanha. Se, durante a ditadura, com o empréstimo de seus veículos para que presos fossem transportados para serem torturados pela turma de Brilhante Ustra e com o editorial de Otávio Frias pai elogiando Médici, o jornal mostrava de que lado estava, agora, com a classificação da ditadura como ditabranda , com a infame (duas vezes a palavra "infame" numa mesma postagem, deve ser recorde - só a Folha...) publicação na primeira página da ficha falsa de Dilma e com a publicação da defesa de um sequestrador e torturador (não sou eu quem diz, mas a sentença de um juiz, até hoje válida), a Folha confirma sua posição - e se ela está ao lado de Médici, da ditabranda e de Ustra, o leitor fica no pau de arara da História.
Leia a notícia da condenação de Brilhante Ustra, conforme publicada na própria Folha em 2008:
Por decisão do juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, de primeira instância, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra tornou-se o primeiro oficial condenado na Justiça brasileira em uma ação declaratória por sequestro e tortura durante o regime militar (1964-1985).
A sentença, publicada ontem, é uma resposta ao pedido de cinco pessoas da família Teles que acusaram Ustra, um dos mais destacados agentes dos órgãos de segurança dos anos 70, de sequestro e tortura em 1972 e 1973.
(...) Na decisão de ontem, o juiz Santini argumentou que a anistia refere-se só a crimes, e não a demandas de natureza civil, como é o caso da ação declaratória, que não prevê indenização nem punição, mas o reconhecimento da Justiça de que existe uma relação jurídica entre Ustra e os Teles, relação que nasceu da prática da tortura.
(...) As testemunhas, que estiveram presas junto com os Teles, disseram que Ustra comandava as sessões de tortura com espancamento, choques elétricos e tortura psicológica. Das celas, relatam que ouviam gritos e choros dos presos.
"Não é crível que os presos ouvissem os gritos dos torturados, mas não o réu [Ustra]. Se não o dolo, por condescendência criminosa, ficou caracterizada pelo menos a culpa, por omissão quanto à grave violação dos direitos humanos fundamentais dos autores", afirmou o magistrado. [Fonte: Folha, para assinantes]
O artigo de Ustra na Folha você encontra lá e nos espaços que defendem os crimes praticados pelo estado sob a ditadura civil-militar, de 1964 a 1985.
Mas, repare como a Folha o apresenta a seus leitores:
CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA, coronel reformado do Exército, foi comandante do DOI-Codi de 29.set.1970 a 23.jan.1974 e é autor dos livros "Rompendo o Silêncio" (1987) e "A Verdade Sufocada" (2006).
Sobre a sentença, nenhuma palavra.
LEIA NO BLOG DO SARAIVA
Pois não é que a Folha abriu espaço em sua página 3 de sexta-feira (27) para que Brilhante Ustra dê sua versão sobre acusações que sofre de outro que o acusa de tortura, o ex-presidente do BC no governo FHC, Pérsio Arida?
Não foi à toa que a Folha procurou a ficha de Dilma durante a campanha. Se, durante a ditadura, com o empréstimo de seus veículos para que presos fossem transportados para serem torturados pela turma de Brilhante Ustra e com o editorial de Otávio Frias pai elogiando Médici, o jornal mostrava de que lado estava, agora, com a classificação da ditadura como ditabranda , com a infame (duas vezes a palavra "infame" numa mesma postagem, deve ser recorde - só a Folha...) publicação na primeira página da ficha falsa de Dilma e com a publicação da defesa de um sequestrador e torturador (não sou eu quem diz, mas a sentença de um juiz, até hoje válida), a Folha confirma sua posição - e se ela está ao lado de Médici, da ditabranda e de Ustra, o leitor fica no pau de arara da História.
Leia a notícia da condenação de Brilhante Ustra, conforme publicada na própria Folha em 2008:
Por decisão do juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, de primeira instância, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra tornou-se o primeiro oficial condenado na Justiça brasileira em uma ação declaratória por sequestro e tortura durante o regime militar (1964-1985).
A sentença, publicada ontem, é uma resposta ao pedido de cinco pessoas da família Teles que acusaram Ustra, um dos mais destacados agentes dos órgãos de segurança dos anos 70, de sequestro e tortura em 1972 e 1973.
(...) Na decisão de ontem, o juiz Santini argumentou que a anistia refere-se só a crimes, e não a demandas de natureza civil, como é o caso da ação declaratória, que não prevê indenização nem punição, mas o reconhecimento da Justiça de que existe uma relação jurídica entre Ustra e os Teles, relação que nasceu da prática da tortura.
(...) As testemunhas, que estiveram presas junto com os Teles, disseram que Ustra comandava as sessões de tortura com espancamento, choques elétricos e tortura psicológica. Das celas, relatam que ouviam gritos e choros dos presos.
"Não é crível que os presos ouvissem os gritos dos torturados, mas não o réu [Ustra]. Se não o dolo, por condescendência criminosa, ficou caracterizada pelo menos a culpa, por omissão quanto à grave violação dos direitos humanos fundamentais dos autores", afirmou o magistrado. [Fonte: Folha, para assinantes]
O artigo de Ustra na Folha você encontra lá e nos espaços que defendem os crimes praticados pelo estado sob a ditadura civil-militar, de 1964 a 1985.
Mas, repare como a Folha o apresenta a seus leitores:
CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA, coronel reformado do Exército, foi comandante do DOI-Codi de 29.set.1970 a 23.jan.1974 e é autor dos livros "Rompendo o Silêncio" (1987) e "A Verdade Sufocada" (2006).
Sobre a sentença, nenhuma palavra.
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29 de maio de 2011
Agência CARTA MAIOR publica resenha sobre livro “Jornalismo de campanha” de Emiliano José
“A mecânica do consenso”, resenha assinada por Tiago C. Soares para a revista Teoria e Debate, da Fundação Perseu Abramo, foi publicada no site CARTA MAIOR. O texto analisa o livro “Jornalismo de campanha e a Constituição de 1988” do jornalista, escritor e deputado federal Emiliano José (PT-BA).
LEIA EM AGÊNCIA CARTA MAIOR
LEIA EM AGÊNCIA CARTA MAIOR
Empresário José Carvalho, da FERBASA: “morrer rico é muita falta de imaginação”
Desde que eu atuava como jornalista em Salvador, olhava fascinado para a Fundação José Carvalho, mantida pela Companhia Ferro Ligas da Bahia – FESBASA, que está completando 50 anos de existência. O mineiro José Gorgosinho Carvalho formou-se em Ouro Preto, trabalhou no Rio de Janeiro e mudou-se, aos 30 anos, para Campo Formoso, na Bahia, onde começou suas atividades de mineração. Em 1963, instalou em Pojuca (BA) o parque industrial da FERBASA para produzir ferro-cromo. Em 1975, criou a Fundação José Carvalho. Equipes de educadores identificavam meninos e meninas entre famílias pobres na área rural, levavam as crianças para a instituição e, de lá, elas saiam formadas em nível técnico. Muitas seguiam adiante e ingressavam na universidade. Ele deu oportunidade para milhares de pessoas.
A FERBASA se consolidou com o tempo. Em 2011, vai investir R$ 153 milhões. Em 2010, registrou lucro de R$ 133 milhões, 360% a mais que os R$ 29 milhões de lucro do ano da crise. O ferro-cromo tem sido seu principal produto. Sua produção de 200 mil toneladas/ano abastece o mercado nacional (85%) e o mercado europeu (15%). A FERBASA sofreu com a crise financeira mundial. Em 2009, foi obrigada a demitir 600 trabalhadores. Um ano depois, em 2010, o número de trabalhadores saltou para de 2.271 para 3.081, mais que o quadro da mão de obra de antes da crise.
Ao jornal A Tarde, um executivo da empresa, Geraldo Alves, explicou a razão de tão rápida recuperação. Por trás dessa demanda de ferro-cromo, em suas várias especificações, está o consumo de aço inox, que leva na composição 30% de ferro-cromo. E o crescimento do mercado está diretamente atrelado ao aumento da renda da população brasileira. Em outras palavras, o culpado foi o presidente Lula, que distribuiu renda e decretou aumento real do salário mínimo. Renda maior, consumo maior de utensílios domésticos inoxidáveis.
Paradoxalmente, ao comemorar seus 50 anos, a FERBASA convidou como palestrante para o seminário “A mineração e a metalurgia no cenário atual da economia brasileira”, o ex-ministro da Fazenda e atualmente bem remunerado consultor Mailson Nóbrega, um crítico quase irracional do Governo Lula. O empresário José Carvalho é um homem de espírito livre. No início de abril, ele foi recebido pelo governador da Bahia (PT), Jaques Wagner, que elogiou seu empreendedorismo e sua responsabilidade pelo social.
José Carvalho era dono de 94% das ações da FERBASA. Ao contrário de muitas grandes corporações, que usam suas fundações como estratégia para abater imposto de renda, ele doou suas ações para a Fundação José Carvalho que agora é proprietária da FERBASA. A Fundação José Carvalho há 36 anos sustenta um admirável trabalho de educação gratuita e de qualidade, e, atualmente, acolhe 3.500 estudantes, em estrutura de primeiro mundo. Descrever este sistema educacional é outra crônica.
Na Edição Especial que circulou junto ao jornal A Tarde (19 de maio de 2011) ele, com muito humor, declarou: “Morrer rico é muita, mas muita falta de imaginação”.
Na Câmara Federal, o deputado Emiliano José (PT-BA) aplaudiu a FERBASA, o empresário José Carvalho e sua Fundação pelo meio século de existência.
O discurso está no Site do Emiliano.
A FERBASA se consolidou com o tempo. Em 2011, vai investir R$ 153 milhões. Em 2010, registrou lucro de R$ 133 milhões, 360% a mais que os R$ 29 milhões de lucro do ano da crise. O ferro-cromo tem sido seu principal produto. Sua produção de 200 mil toneladas/ano abastece o mercado nacional (85%) e o mercado europeu (15%). A FERBASA sofreu com a crise financeira mundial. Em 2009, foi obrigada a demitir 600 trabalhadores. Um ano depois, em 2010, o número de trabalhadores saltou para de 2.271 para 3.081, mais que o quadro da mão de obra de antes da crise.
Ao jornal A Tarde, um executivo da empresa, Geraldo Alves, explicou a razão de tão rápida recuperação. Por trás dessa demanda de ferro-cromo, em suas várias especificações, está o consumo de aço inox, que leva na composição 30% de ferro-cromo. E o crescimento do mercado está diretamente atrelado ao aumento da renda da população brasileira. Em outras palavras, o culpado foi o presidente Lula, que distribuiu renda e decretou aumento real do salário mínimo. Renda maior, consumo maior de utensílios domésticos inoxidáveis.
Paradoxalmente, ao comemorar seus 50 anos, a FERBASA convidou como palestrante para o seminário “A mineração e a metalurgia no cenário atual da economia brasileira”, o ex-ministro da Fazenda e atualmente bem remunerado consultor Mailson Nóbrega, um crítico quase irracional do Governo Lula. O empresário José Carvalho é um homem de espírito livre. No início de abril, ele foi recebido pelo governador da Bahia (PT), Jaques Wagner, que elogiou seu empreendedorismo e sua responsabilidade pelo social.
José Carvalho era dono de 94% das ações da FERBASA. Ao contrário de muitas grandes corporações, que usam suas fundações como estratégia para abater imposto de renda, ele doou suas ações para a Fundação José Carvalho que agora é proprietária da FERBASA. A Fundação José Carvalho há 36 anos sustenta um admirável trabalho de educação gratuita e de qualidade, e, atualmente, acolhe 3.500 estudantes, em estrutura de primeiro mundo. Descrever este sistema educacional é outra crônica.
Na Edição Especial que circulou junto ao jornal A Tarde (19 de maio de 2011) ele, com muito humor, declarou: “Morrer rico é muita, mas muita falta de imaginação”.
Na Câmara Federal, o deputado Emiliano José (PT-BA) aplaudiu a FERBASA, o empresário José Carvalho e sua Fundação pelo meio século de existência.
O discurso está no Site do Emiliano.
É preciso deter a manipulação das mentes infantis pela publicidade
Cresce a preocupação sobre a publicidade infantil. Na Câmara Federal tramita o Projeto Lei nº 5.921/2001 que propõe a regulamentação desse tipo de publicidade dirigida ao público infantil. Falar em autorregulamentação não passa de mais uma grande empulhação. Recentemente, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTI) organizou um seminário sobre o tema. De um lado, representantes dos empresários, do outro, representantes das entidades que atuam em defesa dos direitos das crianças.
Não precisa ser nenhum especialista, basta ver televisão, para perceber que a publicidade voltada para crianças preconiza o consumismo exacerbado, estimula a obesidade infantil e escancara a erotização precoce.
Já os comerciantes e publicitários, defendendo seus interesses monetários, entendem que uma proibição seria excessiva. Eles pretendem se autorregulamentar. O que é uma grande falácia.
A legislação brasileira de defesa dos direitos das crianças tem avançado muito. Não poderia ser diferente em relação à exposição do público infantil à sanha de lucro do comércio, da indústria e das agências de publicidade. Estes setores sempre argumentam com o risco de crise no setor, nunca com a saúde mental das crianças. Só conseguem olhar para seus próprios umbigos.
Segundo o IBOPE, as crianças brasileiras assistem em édia cinco horas de TV. Pesquisas revelam que 14% do público da Internet é de crianças de 6 a 12 anos. Os maior de comunicação deseducam nossas crianças.
Os capitalistas argumentam também com a velha lorota dos proprietários dos meios de comunicação. Eles dizem que proibir a publicidade voltada para o público infantil seria uma censura à liberdade de expressão e à informação publicitária. Que seja! Essa gente, entre a saúde mental das crianças e seus lucros, fica com o dinheiro. Já usaram esse argumento quando ocorreu a proibição da propaganda dee cigarro. Blá-blá-blá. Isso causaria queda no faturamento das empresas de comunicação e aos negócios das agências de publicidade. O país não faliu, e a saúde do brasileiro melhorou, e é o que importa. Assim como o que importa é a saúde da criança.
O pior dos argumentos é conceituar propaganda como informação. Na verdade, não passa de uma relação de consumo. E relação de consumo tem que ser regulamentada para não vigorar a lei da selva no comércio.
Há um último argumento selvagem e bem irresponsável. O de que caberia aos pais e mães das crianças controlar o consumo das crianças. Na sociedade em que vivemos, isso cheira ao deboche. Proteção à infância é um dever da família, do estado e da sociedade em geral. Jogar a responsabilidade unicamente sobre os pais é jogar as crianças às feras (da publicidade na TV).
Não precisa ser nenhum especialista, basta ver televisão, para perceber que a publicidade voltada para crianças preconiza o consumismo exacerbado, estimula a obesidade infantil e escancara a erotização precoce.
Já os comerciantes e publicitários, defendendo seus interesses monetários, entendem que uma proibição seria excessiva. Eles pretendem se autorregulamentar. O que é uma grande falácia.
A legislação brasileira de defesa dos direitos das crianças tem avançado muito. Não poderia ser diferente em relação à exposição do público infantil à sanha de lucro do comércio, da indústria e das agências de publicidade. Estes setores sempre argumentam com o risco de crise no setor, nunca com a saúde mental das crianças. Só conseguem olhar para seus próprios umbigos.
Segundo o IBOPE, as crianças brasileiras assistem em édia cinco horas de TV. Pesquisas revelam que 14% do público da Internet é de crianças de 6 a 12 anos. Os maior de comunicação deseducam nossas crianças.
Os capitalistas argumentam também com a velha lorota dos proprietários dos meios de comunicação. Eles dizem que proibir a publicidade voltada para o público infantil seria uma censura à liberdade de expressão e à informação publicitária. Que seja! Essa gente, entre a saúde mental das crianças e seus lucros, fica com o dinheiro. Já usaram esse argumento quando ocorreu a proibição da propaganda dee cigarro. Blá-blá-blá. Isso causaria queda no faturamento das empresas de comunicação e aos negócios das agências de publicidade. O país não faliu, e a saúde do brasileiro melhorou, e é o que importa. Assim como o que importa é a saúde da criança.
O pior dos argumentos é conceituar propaganda como informação. Na verdade, não passa de uma relação de consumo. E relação de consumo tem que ser regulamentada para não vigorar a lei da selva no comércio.
Há um último argumento selvagem e bem irresponsável. O de que caberia aos pais e mães das crianças controlar o consumo das crianças. Na sociedade em que vivemos, isso cheira ao deboche. Proteção à infância é um dever da família, do estado e da sociedade em geral. Jogar a responsabilidade unicamente sobre os pais é jogar as crianças às feras (da publicidade na TV).