1 de junho de 2011

 

No Dia Mundial sem Tabaco, a Souza Cruz pede liberdade para matar de câncer

A Souza Cruz publicou na Folha de São Paulo, em 31 de maio – Dia Mundial sem Tabaco - um anúncio de página inteira que, além de ser uma pegadinha de mau-gosto, é um atentado à moralidade, aos bons costumes e à lógica.

Diz o anúncio que “entre todos os valores que existem, um é inegociável: LIBERDADE.

O texto é um primor de cinismo:

“A Souza Cruz acredita na liberdade de expressão como fundamento essencial da livre-concorrência entre as empresas que trabalham com produtos legais, e na liberdade de seus consumidores adultos para fazer suas escolhas livremente. Uma grande empresa não é só medida por seus números, mas também por seus ideais. Valorizar e praticar princípios como livre-iniciativa, livre-concorrência, livre-arbítrio, livre-expressão é o que faz uma empresa ser grande. Não importa o tamanho que tenha. É nisso que acreditamos. É isso que fazemos há 108 anos”.

Ou seja, em nome da liberdade, a empresa Souza Cruz pede licença para matar de câncer. O Brasil tem um milhão de fumantes com doenças respiratórias causadas pelo tabagismo, segundo o Instituto Nacional do Câncer.

Entre dez homens que morrem, por enfisema pulmonar ou bronquite crônica, oito são fumantes.

Entre as mulheres, seis de dez mortes são causadas pelo tabagismo.

O cigarro mata por câncer e por doenças respiratórias sérias, causadas por substâncias contidas na fumaça. São doenças irreversíveis e de progressão lenta.

A verdade é que em 108 anos, o mundo tomou consciência que cigarro MATA, menos a Souza Cruz.

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