13 de abril de 2012

 

Luiz Alberto Petitinga, presidente da Desenbahia, é o novo titular da Secretaria da Fazenda

O governador Jaques Wagner anunciou, hoje, sexta-feira (13), o economista Luiz Alberto Bastos Petitinga, atual presidente da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) ,como novo titular da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Petitinga substitui o ex-secretário Carlos Martins, que ficou à frente da Sefaz por mais de cinco anos. Segunda-feira (16), às 14h30, Petitinga concede coletiva na Desenbahia, na Sala da Presidência.

A solenidade de transmissão de cargo está prevista para acontecer na próxima semana. Desde a saída de Martins para concorrer às eleições municipais deste ano, o então subsecretário da Sefaz Carlos Alberto Batista assumiu interinamente o cargo.

Luiz Petitinga, Mestre em Economia pela Universidade Federal da Bahia, é professor universitário e, ao longo dos anos, atuou como técnico especializado em planejamento, estudos econômicos e mercado no antigo Desenbanco, atual Desenbahia. Ele trabalhou ainda como técnico na Comissão de Planejamento Econômico e na Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI) da Secretaria Estadual de Planejamento, entre outros cargos.


12 de abril de 2012

 

Está em Carta Maior, de Emiliano José: "Sêneca, Demóstenes e a ética na política"

LEIA NA ÍNTEGRA EM CARTA MAIOR
http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm?alterarHomeAtual=1

 

Está no blog da revista CartaCapital: “Falta alguém em Nuremberg”, da autoria de Emiliano José (PT)

Tenho, volta e meia, escrito sobre a Comissão da Verdade. Pelejado contra o espectro do pijamato, que não se conforma com o fato, sequer, de se pretender o resgate de nossa memória histórica. E as vozes espectrais, nesses momentos, saem dos porões, emergem dos subterrâneos, e pretendem buscar argumentos que justifiquem a ditadura. Isso aconteceu recentemente, quando escrevi um artigo para o jornal A Tarde, de Salvador, sobre os militares e a democracia. Não há ditadura justificável. Todas elas, vistam a roupa que vestirem, pretendem substituir o povo, acreditam-se, cada uma a seu modo, detentoras da verdade, portadoras do saber, e acostumam-se com essa condição até que a população, de uma forma ou de outra, as substituam por formas democráticas de governar.

LEIA NA ÍNTEGRA EM CARTACAPITAL
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/falta-alguem-em-nuremberg/

 

Está no Portal Bahia247, do Chico Vasconcelos, a crítica de Emiliano José (PT) aos moralistas de conveniência


Eu me impressiono com o clima moralista dominante, com a desqualificação permanente da política, com a elevação da moral à condição de deusa suprema. Homens puros e bons se elevam, e vão limpando o ambiente de tantos seres sujos, pecaminosos, e dados à prática da corrupção. Os pregadores alevantam sua voz tonitruante e condenam todos os que estejam ao lado, e que presumivelmente tenham cometido algum pecado. Nem lhes importa investigar se verdade ou mentira, que aos pregadores basta uma notícia para que saiam a campo e, em muitos casos, a notícia é encomendada, lamentavelmente. Saem a campo cheios de pose, com seus dedos incriminadores, seu verbo incendiário, cheios de razão.

LEIA NA ÍNTEGRA AQUI NO BAHIA247
http://www.bahia247.com.br/pt/bahia247/poder/7635/Sêneca-Demóstenes-e-a-ética-na-política.htm

 

Está no CONVERSA AFIADA, do Paulo Henrique Amorim: o crime organizado se organiza, de Emiliano José

LEIA AQUI:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/04/09/emiliano-o-crime-organizado-se-organiza-no-pig/

 

Dá para comemorar tortura, seqüestros e assassinatos?

Encontro adiado - Por Miriam Leitão

Parece uma maluquice que, quase 50 anos depois do golpe militar que fechou o Congresso, suspendeu direitos constitucionais, prendeu, cassou, exilou, torturou, matou e ocultou cadáveres, ainda seja preciso explicar que isso não se comemora. Nas divergências dos últimos dias o país mostrou os equívocos nascidos do silêncio. A democracia confundiu não punir com não saber. Assim, adiou um encontro inevitável.

Não foi a Comissão da Verdade que trouxe um conflito velho de volta à mesa. Ele sempre existiu, e se nunca apareceu foi pela antiga mania nacional de achar que o melhor caminho para evitar uma fratura é fingir que ela não existe. A questão jurídica que fique entregue à Justiça; outra completamente diferente é a busca dos fatos e circunstâncias das mortes de pessoas que estavam nas mãos do Estado.

Rubens Paiva desapareceu quando estava dentro de instalações do I Exército, no Rio; Vladimir Herzog foi morto quando estava dentro do II Exército, em São Paulo. Passaram-se 41 anos do primeiro fato; 36 anos do segundo fato. A ditadura acabou há 27 anos. O país ainda não encontrou tempo para repor os fatos históricos, corrigir versões canhestras dadas à época, quando a imprensa foi silenciada, e de fazer uma reflexão madura sobre esses, e tantos outros, fatos trágicos.

Congelado pelo silêncio, o debate voltou como se o Brasil tivesse entrado num túnel do tempo. Uma discussão que não ocorre no momento certo não se desenvolve e, portanto, não pode ser superada. É espantoso que o Brasil tenha tentado contornar por tanto tempo o incontornável trabalho de entender cada um dos inúmeros eventos sobre os quais a ditadura impôs sua versão, omitiu fatos e ocultou documentos. (...)

LEIA NA ÍNTEGRA:
http://www.emilianojose.com.br/?event=Site.dspNoticiaDetalhe¬icia_id=1195



 

CULTURA: ONG mineira oferece laboratório completo sobre cerâmica

Para não dizer que só falo de política:

A ONG CONTATO – Centro de Referência da Juventude, sediada em Belo Horizonte (MG) está tornando pública uma Convocatória para Laboratório de Artes, um projeto aprovado pelo Fundo Municipal de Cultura.

O objetivo é a formação de um grupo voltado para práticas associadas ao trabalho criativo. Busca-se criar um espaço de convivência colaborativa que compartilhe a troca de conhecimentos entre os participantes, acadêmicos e artistas reconhecidos estabelecendo uma rede de pesquisa, formação, experimentação e produção em arte.

Durante quatro meses os participantes frequentarão um processo de formação envolvendo oficinas, palestras e seminário que serão ministrados por artistas e profissionais da área da arte da cidade de Belo Horizonte e de outras regiões do Brasil.

O Laboratório trabalhará a Cerâmica e suas possibilidades.

As palestras serão abertas ao público em geral, como um modo de ampliar o diálogo e a troca de conhecimentos entre os participantes do grupo e outros profissionais da área. Será disponibilizada uma plataforma digital para aprendizado à distancia, acompanhamento dos trabalhos e participação de convidados e interessados.

A ferramenta será aberta ao público em geral visando compartilhar e difundir todo o percurso formativo dos participantes, além de divulgar as ações do projeto e a publicação final. O grupo terá três consultores no decorrer dos trabalhos.

Uma orientadora prático-teórica, que auxiliará e guiará o estudo poético e a produção das obras artísticas. Um orientador técnico, que colaborará na construção de massas e esmaltes cerâmicos. Um arte-educador que acompanhará todos os trabalhos no ateliê e que assistirá os participantes no que for necessário.

O ateliê ainda contará com três monitores auxiliares e serão convidados artistas residentes para desenvolver projetos especiais junto ao grupo, além de palestras com professores educadores e artistas .

Ao longo dos quatro meses, tempo de duração da residência criativa em cerâmica, cada participante terá, em contrapartida, que dedicar quatro horas diárias, em três dias na semana, ao desenvolvimento dos estudos e trabalhos visando a elaboração de uma obra artística e/ou educacional em cerâmica que integrará a mostra e publicação final.

Um destes três dias será de presença obrigatória, junto às orientações, oficinas, aulas abertas e/ou outros. Ao longo da residência cada participante do projeto terá que desenvolver uma aula prático-teórica que ministrará ao grupo e comporá o seminário de residentes do projeto.

CALENDÁRIO:
Abril: inscrições e seleção de residentes.
Maio a julho: desenvolvimento das propostas apresentadas, palestras, aulas, oficinas e projeto especiais.
Agosto: exposição e publicações finais.
Carga horária: 3 dias da semana à combinar, sendo que 1 dia é de presença obrigatória.

Palestras (Aulas Abertas)
Benedikt Wiertz - A cerâmica na Arte Contemporânea - Tradição e Inovação.
Joaquim Chavaria - Sugestão: Fornos e queimas alternativas (a confirmar).Orientadores (Consultorias)
Adel Souki - Orientação Geral.
Bruno Amarante - Orientação Técnica.
Celso Lembi - Acompanhamento e auxílio à produção.

Artistas Residentes (Oficinas)
Marco Paulo Rolla - Proposta a ser apresentada pelo artista.
Oficina 2 - O Tema será sugerido e definido pelo grupo de participantes.
Monitoria (Ateliê)
Alex Santana - Acompanhamento dos trabalhos e interlocução do grupo.
Anderson Medina - Acompanhamento dos trabalhos e interlocução do grupo.
Jessica Martins - Acompanhamento dos trabalhos e interlocução do grupo.

LOCAL DE REALIZAÇÃO:
Sede da ONG CONTATO - Rua Pouso Alto, 175 - Bairro Serra, Belo Horizonte - MG.
Obs.: a programação de palestras, aulas e projetos especiais poderá ser alterada pela equipe do projeto.

COMO PARTICIPAR:
Público alvo: Interessados em desenvolver propostas artísticas e / ou educacionais envolvendo a cerâmica. Faixa etária: acima de 16 anos.
Inscrições: 5 de abril à 20 de abril de 2012.

Envie um email contendo: Propostas Artísticas e/ ou Educacionais em cerâmica e Currículo para o email: ongcontato@gmail.com. Cada candidato poderá inscrever de uma a três propostas a desenvolver ou a dar continuidade. Título do email: INSCRIÇÃO LABORATÓRIO DE ARTES - “Nome do Proponente”.

Resultado da seleção: 25 de abril de 2012.

Todas as atividades serão gratuitas e o custos com os materiais utilizados durante as oficinas serão de responsabilidade do projeto

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E PONTUAÇÃO:
Proposta artística e/ou educacional - 6 pontos.
Currículo - 4 pontos.

MAIS INFORMAÇÕES: (31) 3281-5326 ou pelo email ongcontato@gmail.com

11 de abril de 2012

 

Ignacy Sachs prevê a chegada do antropoceno – uma nova Era

Ignacy Sachs, professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, prevê a curto prazo uma nova era para a humanidade – o antropoceno, que chega com um atraso de dois séculos.

Essencialmente, o antropoceno implica no reconhecimento, por parte dos humanos, de sua responsabilidade pelos estragos provocados por uma economia predatória. E da necessidade que daí decorre de buscar novos rumos para as estratégias de desenvolvimento.

Segundo ele, “estas estratégias devem aliar a prudência ecológica ao imperativo social, ou seja, a prioridade a ser dada à redução drástica das desigualdades abissais que hoje separam as minorias abastadas da maioria condenada a lutar em condições difíceis pela sobrevivência”.

Ele defende que não temos o direito de sacrificar os objetivos sociais sob o pretexto de evitar impactos ambientais negativos. E também não podemos alegar urgências sociais para justificar a irresponsabilidade ambiental, sob o risco de provocar catástrofes naturais, que acarretariam, por sua vez, graves conseqüências sociais.

Trata-se de basear nossa conduta num tripé, juntando responsabilidade social, prudência ambiental e viabilidade econômica. Na verdade, sem viabilidade econômica, nada acontece, por isso temos que nos esforçar para assegurá-la em nossos planos e ações.

2012 será o ano zero do antropoceno. Não devemos ceder à ilusão de que os mercados, por si mesmos, sabem melhor. Ao contrário, são míopes e socialmente insensíveis.

Sachs propõe ainda a reabilitação do planejamento, com base num diálogo quadripartite: entre o estado desenvolvimentista e democrático, empresários, trabalhadores e a sociedade civil organizada. Há um último argumento: hoje somos mais de 7 bilhões e seremos em meados deste século 9 bilhões.

A íntegra do artigo de Ignacy Sachs está na revista Rumos (ABDE) de jan/fev/20112.

 

Salvador merece um Waldir Pires vereador

Confesso que até hoje me impacta a decisão do ex-governador Waldir Pires de se lançar candidato a vereador de Salvador. É mais que uma questão eleitoral. É um gesto de cidadania ativa de um homem que tem uma história de luta pela construção da democracia. Afinal, são 85 anos de vida. Não sei se Waldir Pires será ou não um grande puxador de votos para a chapa de Nelson Pelegrino, candidato a prefeito pelo PT. Mas, com certeza, imprimirá uma marca de seriedade, honestidade, compromisso com a política – único caminho para a construção do bem-estar na sociedade. Isso quer dizer que Waldir Pires novamente será a voz da mudança.

Salvador vive um momento difícil. O prefeito está nas mãos de empreiteiras predadoras. E há uma desarrumação em todos os setores básicos da vida das pessoas. Assim como o Senado e a Câmara dos Deputados tem um papel importante no plano federal, a Assembléia Legislativa no plano estadual, a Câmara de Vereadores tem uma grande parcela de responsabilidade no plano municipal, principalmente tratando-se de uma capital de 3 milhões de habitantes. Sobretudo, o próximo prefeito terá que manter uma interlocução saudável com os vereadores, também enredados na trama das empreiteiras que tomaram o poder.

Evidente que há um descrédito entre os cidadãos, um sentimento negativo em relação à política e aos políticos. Ministros caem, escândalos pipocam. Mas, com certeza, não será o falso moralismo o caminho a ser trilhado por um Waldir Pires, a antítese do político profissional. Não é preciso ser profeta para saber que Waldir Pires vai caminhar com transparência, um modelo que ele próprio criou ao fundar a Controladoria-Geral da União (CGU). Salvador merece isso. E acredito que o candidato Waldir Pires vai mobilizar os cidadãos que se desmobilizaram diante dos descaminhos. Bom para Salvador, bom para a Bahia, bom para o Brasil.

 

Gabrielli mostra nos EUA o que a Bahia tem

O secretário do Planejamento, José Sérgio Gabrielli, apresentou as oportunidades de investimento, negócio e parceria com o estado da Bahia no evento Nordeste do Brasil: Oportunidades de Investimento e Investindo em Oportunidades, em Washington, nos Estados Unidos. Gabrielli representa o governador Jaques Wagner.
Com duas apresentações, sendo a primeira pela manhã, o titular da pasta do Planejamento abordou o potencial agrícola e mineral do estado, tendo ressaltado que a Bahia é o maior produtor de urânio, cromo e salgema do Brasil, o segundo em cobre, grafite e prata e o terceiro em ouro.

Ainda segundo Gabrielli, as mais de 350 empresas do setor instaladas no estado preveem um plano de investimento que alcança os R$ 15 bilhões nos próximos anos.

O secretário também apresentou o segmento do agronegócio baiano, como a produção de etanol e açúcar, cultura da uva e sua transformação em vinho, até alcançar setores como a aquicultura, floricultura e apicultura, bem como a implantação de parques industriais que produzam leite em pó, iogurte e suco concentrado.

10 de abril de 2012

 

Carta a quem pensa que é possível seqüestrar a verdade

Como todos sabemos, uma edição da revista CartaCapital desapareceu das bancas de Goiânia. A manchete era muito forte: “O crime domina Goiás”. Os criminosos adotaram uma solução estúpida: seqüestraram as revistas das bancas. Uma medida inócua, na era da Internet, mas corrosiva em tempos de construção da democracia.

A revista CartaCapital não deixou por menos e publicou uma carta na edição seguinte que trazia a manchete de capa: “Abra o olho Perillo”. Segue a carta:

Carta a quem pensa que é possível seqüestrar a verdade

Desprezado seqüestrador de revistas, esta é quase uma carta de agradecimento.

Ao desaparecer com a última edição de CartaCapital das bancas de Goiânia, o senhor fez aparecer ainda mais o fato: como é incômoda a denúncia da revista.

Agradecemos pela ingênua ação que inverteu a lógica dos seqüestros: ao comprar de uma vez todas as edições que circulavam na cidade, o seqüestrador é que pagou pelo resgate da verdade.

Apenas lamentamos pelos leitores que procuraram a revista naqueles dias, e não a encontraram. A todos eles, nosso respeito e disposição de enviar um exemplar a cada um, caso ainda não o tenham lido, e lembrar que a matéria e suas repercussões também estão em nosso site.

E ao senhor, uma lembrança importante: CartaCapital está nas bancas todas as semanas, mas é distribuída principalmente aos cérebros inteligentes e autônomos dos nossos leitores. É lá que circulamos.

Sem mais, mas com um muito mais porvir nas próximas edições.

Atenciosamente (apenas aos nossos leitores)

CARTACAPITAL

 

Especial para leitores da revista (?) Veja

De: Venício A. de Lima


Demóstenes, ora veja

Numa das constrangedoras conversas entre o senador Demóstenes Torres (DEM), relator do projeto da Ficha Limpa, e o contraventor Carlinhos Cachoeira, o primeiro relata que havia recebido um bilhente do Eurípedes cobrando providências sobre um determinado assunto. A pergunta que não quer calar, e que os jornais não respondem: quem é Eurípedes? Uma pista: as gravações da Polícia Federal mostram mais de 200 telefonemas trocados entre Carlinhos Cachoeira e o jornalista Policarpo Jr., diretor da sucursal de Brasília da revista Veja. O artigo é de Jorge Furtado.

(*) Texto publicado originalmente no blog do Jorge Furtado em 31/03/2012.

Demóstenes foi eleito senador por Goiás com o número 251. Se você quiser jogar no bicho, invertido do primeiro ao quinto, lembre-se que 51 é galo.

Todos os jornais de hoje (31) reproduzem trecho das conversas gravadas, com autorização judicial, entre o Senador Demóstenes Torres (DEM) e o contraventor Carlinhos Cachoeira (no momento, preso).

Os constrangedores diálogos não deixam qualquer dúvida de que o senador – líder do DEM, relator do projeto da Ficha Limpa, autor de projeto de lei que transforma a corrupção em crime hediondo, crítico feroz dos governos Lula e Dilma, paladino da moral e dos bons costumes – nada mais era que um despachante do bicheiro de Goiás.

Um trecho da conversa:

Demóstenes - Seguinte, recebi um bilhete aqui do Eurípedes. Teve hoje aqui para tratar com o negócio e encontrou com o Dadá com o ex-presidente da Infraero José Carlos Pereira, que não resolve nada. Eles estão atrás daquele trem para ver se anda. Você podia cobrar do Dadá para ver se anda ou se não anda (...)

A pergunta que não quer calar, e que os jornais não respondem: quem é Eurípedes?

Uma rápida consulta ao Google:

Demóstenes, o primeiro citado: Demóstenes (384 a.C. - 322 a.C.) foi um proeminente orador e político grego, de Atenas.

Eurípedes, o primeiro citado: Eurípides (Salamina c. 480 a.C. - Pela, Macedônia, 406 a.C.) foi um poeta trágico grego, do século V a.C., o mais jovem dos três grandes expoentes da tragédia grega clássica, que ressaltou em suas obras as agitações da alma humana e em especial a feminina.

Demóstenes, o segundo citado: Gravações feitas pela Polícia Federal mostram indícios de que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) negociava no Congresso projetos de interesse do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e revelam o interesse do senador em interferir em contratos da Infraero, empresa estatal que administra os aeroportos brasileiros.

Eurípedes, o segundo citado: Eurípedes Alcântara é um jornalista brasileiro, atual diretor editoral da revista Veja, publicada pela editora Abril.

Uma pista: as gravações da Polícia Federal mostra mais de 200 telefonemas trocados entre Carlinhos Cachoeira e o jornalista Policarpo Jr., diretor da sucursal de Brasília da revista Veja.

A decisão da Justiça, que botou a quadrilha na cadeia, diz o seguinte, na página 3:

“Detectou-se ainda, nas investigações, os estreitos contatos da quadrilha com alguns jornalistas para a divulgação de conteúdo capaz de favorecer os interesses do crime”.

Todos os jornais de hoje trazem muitas matérias sobre a morte de Millôr Fernandes, gênio da raça, e também sobre o fim da carreira política do ex-moralista Demóstenes Torres. Nenhuma fala da revista Veja, onde Millôr escreveu por muitos anos e que, muito provavelmente, serviu de braço midiático da quadrilha de Goiás.

A primeira omissão é pelo mais justificado respeito. A segunda, pelo mais cretino corporativismo.

 

O Partido Mídia e o crime organizado no Brasil

A revista Veja se liga ao crime organizado para fazer o que chama de "jornalismo investigativo". LEIA:
http://www.fpa.org.br/artigos-e-boletins/artigos/o-partido-midia-e-o-crime-organizado

 

Revista Veja desce o pau no deputado Emiliano (PT). Que alívio!

A revista Veja tem seus testas de ferro. Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Lauro Jardim...eles fazem jornalismo em defesa dos privilégios dos que estão por cima e em cima do povo brasileiro. Não são apenas conservadores, são a fina flor do pensamento de direita. Deste time faz parte o jornalista Ricardo Setti. Em seu blog, Ele acaba de descer o pau no deputado Emiliano José (PT), com direito a foto. Parece que ele não entendeu direito a palestra do professor de comunicação e jornalista baiano. Parece mesmo que sequer ouviu in loco a fala de Emiliano no Seminário Internacional Regulação da Comunicação Pública.

Fiquei bastante aliviado quando Ricardo Setti desceu o pau em Emiliano José. Ficaria muito preocupado se tivesse elogiado. Imaginem, Emiliano José sendo elogiado pelo jornalismo bandido da revista Veja?

Somente a revista Veja e seus agentes não percebem que muitos setores sociais não tem acesso à tal liberdade de imprensa. A bem da verdade, não há plena liberdade de imprensa no mundo inteiro, não somente no Brasil. O que Emiliano defende, juntamente com a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, é que mais segmentos da sociedade tenham acesso aos meios de comunicação. Ricardo Setti não é tão estúpido para não saber do que se trata. Ele sabe, mas discorda, é um direito dele.

Mas, para combater as propostas da Frente Parlamentar de Expressão, não precisa mentir, nem distorcer nada. Regular não é censurar. Regulação tem no mundo inteiro. No Brasil é que as revistas e jornais, a mídia em geral, anda de braços dados com o crime organizado. Vide o jornalista da revista Veja, Policarpo Júnior, e seus 200 telefonemas para Carlinhos Cachoeira, o chefe da gangue que se infiltrou no aparelho de Estado.

O próprio blog do Ricardo Setti não oferece plena liberdade. A todos que fazem comentários, ele avisa: Este blog é monitorado (regulado) não há garantia de que seu comentário seja publicado. Só que aí, regular significa mesmo censurar.

9 de abril de 2012

 

PT faz homenagem a Marighella na Assembléia Legislativa da Bahia

Amanhã, terça-feira, 10 de abril, a Bancada do PT na Assembléia Legislativa da Bahia presta uma homenagem póstuma ao líder revolucionário Carlos Marighella, líder político assassinado pela repressão da ditadura militar em 1969. Estarão presentes familiares, amigos e ex-combatentes à ditadura. A Sala da Liderança do PT vai passar a se chamar Sala Carlos Marighella, em reconhecimento da luta do inimigo número um da ditadura militar.

Estarão presentes o filho, Carlinhos Marighella, os netos, Maria Marighella, Ana Rita Marighella e Pedro Marighella, além de amigos e admiradores, como Emiliano José, autor do livro Marighela - o inimigo número um da ditadura militar, além do ex-governador da Bahia, Waldir Pires.

Para o líder da bancada do PT e autor da proposta, Yulo Oiticica, a homenagem a um brilhante brasileiro e baiano que deu a vida pela construção de um Brasil livre e democrático se faz estender a todos os homens e mulheres que, “como Marighella, ousaram dar a vida para que nós, hoje, respirássemos democracia”.

Revolucionário, combatente e defensor da liberdade, Marighella foi assassinado no dia 4 de novembro de 1969, pelos agentes do DOPS, em uma emboscada coordenada pelo delegado Sérgio Fleury, na Alameda Casa Branca, em São Paulo.

 

Que se fale no golpe militar de 1964

De repente, o suplente de deputado federal, Emiliano José (PT), virou o centro de um debate entre as viúvas do golpe militar de 64 e os partidários da democracia. Leio hoje, segunda, 9, no Espaço do Leitor do jornal A Tarde, a opinião da cidadã Regina Martinelli, como se segue na íntegra:

Que se fale do golpe de 64
“Não, nunca é demais falar no golpe de 1964. Mesmo que alguns missivistas digam que o deputado Emiliano José só fala desse assunto, não é verdade. E, mesmo que fosse, seria pouco pelo tanto que representou de atraso para nosso país. Hitler também teve apoio da maioria da população da Alemanha para fazer o que fez. Portanto, este argumento não justifica absolutamente nada. E vem de uma mentalidade tacanha, servil, moralista no pior sentido da palavra, tentando defender um movimento que foi um desastre e um retrocesso para várias gerações. A educação pública no Brasil é testemunha disso. Sou da geração que presenciou a derrocada do ensino público brasileiro. Portanto, caro deputado Emiliano José, continue com seus belíssimos e esclarecedores artigos, colaborando para escrever esse período de nossa história, que se quer ignorar”. REGINA.MARTINELLI@TERRA.COM.BR

Por coincidência, na mesma página Opinião (segunda,9/04) Emiliano José assina o artigo “O Sul como Norte”, abordando o tema da relação entre países do Norte, desenvolvido e do Sul periférico. E o faz usando como ponto de partida a banca que ele integrou recentemente para examinar um aluno do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Mestrado em Sociologia, da Universidade Federal da Bahia. Emiliano José comenta então a política externa brasileira que, desde 2003 deu uma profunda guinada, voltando-se para a América Latina, África e Ásia. Como se pode ver, Emiliano não trata apenas da ditadura militar, aborda a ditadura muitas vezes, com retidão, mas também outros temas, igualmente importantes para o Brasil.

 

Repórter da revista Veja atolado no mar de lama do DEM

O Brasil toma conhecimento do mar de lama em que navegava o senador Demóstenes Torres (DEM) ligado ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. As reportagens revelam, com detalhes, como os criminosos de colarinho branco se entranharam no poder. O governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, também está atolado. O cabeludo enredo leva ao fundo do poço a revista Veja e seu Chefe da Sucursal de Brasília, jornalista Policarpo Júnior, que mantinha ligação direta com o bicheiro cachoeira. Vale lembrar que o jornalista Policarpo Júnior é o autor das fantasiosas “reportagens” da revista Veja que culpavam militantes do PT de Itabuna pela introdução da praga “vassoura de bruxa” que dizimou o cacau da Bahia. Na época, Policarpo Júnior usou como fonte um doente mental, constatou-se depois. O Editorial de Mino Carta na revista Carta Capital leva o título “Demóstenes, Marconi e Policarpo”.

O envolvimento do jornalista Policarpo Júnior abre o debate sobre a prática do “jornalismo investigativo”. Cachoeira e seus arapongas trocaram mais de 200 telefonemas com o jornalista da Veja. A revista Veja precisa publicar a íntegra das ligações entre a bandidagem e seu jornalista. Trata-se de uma promiscuidade total, métodos ilegais de apuração de “denúncias”. Aliás, numa das gravações da Polícia Federal o criminoso Carlinhos Cachoeira se vangloria: “Os grandes furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz”. Resta saber quem pagou a farsa da reportagem que culpava o PT pela “vassoura de bruxa” do cacau.


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