11 de abril de 2012
Ignacy Sachs prevê a chegada do antropoceno – uma nova Era
Ignacy Sachs, professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris, prevê a curto prazo uma nova era para a humanidade – o antropoceno, que chega com um atraso de dois séculos.
Essencialmente, o antropoceno implica no reconhecimento, por parte dos humanos, de sua responsabilidade pelos estragos provocados por uma economia predatória. E da necessidade que daí decorre de buscar novos rumos para as estratégias de desenvolvimento.
Segundo ele, “estas estratégias devem aliar a prudência ecológica ao imperativo social, ou seja, a prioridade a ser dada à redução drástica das desigualdades abissais que hoje separam as minorias abastadas da maioria condenada a lutar em condições difíceis pela sobrevivência”.
Ele defende que não temos o direito de sacrificar os objetivos sociais sob o pretexto de evitar impactos ambientais negativos. E também não podemos alegar urgências sociais para justificar a irresponsabilidade ambiental, sob o risco de provocar catástrofes naturais, que acarretariam, por sua vez, graves conseqüências sociais.
Trata-se de basear nossa conduta num tripé, juntando responsabilidade social, prudência ambiental e viabilidade econômica. Na verdade, sem viabilidade econômica, nada acontece, por isso temos que nos esforçar para assegurá-la em nossos planos e ações.
2012 será o ano zero do antropoceno. Não devemos ceder à ilusão de que os mercados, por si mesmos, sabem melhor. Ao contrário, são míopes e socialmente insensíveis.
Sachs propõe ainda a reabilitação do planejamento, com base num diálogo quadripartite: entre o estado desenvolvimentista e democrático, empresários, trabalhadores e a sociedade civil organizada. Há um último argumento: hoje somos mais de 7 bilhões e seremos em meados deste século 9 bilhões.
A íntegra do artigo de Ignacy Sachs está na revista Rumos (ABDE) de jan/fev/20112.
Essencialmente, o antropoceno implica no reconhecimento, por parte dos humanos, de sua responsabilidade pelos estragos provocados por uma economia predatória. E da necessidade que daí decorre de buscar novos rumos para as estratégias de desenvolvimento.
Segundo ele, “estas estratégias devem aliar a prudência ecológica ao imperativo social, ou seja, a prioridade a ser dada à redução drástica das desigualdades abissais que hoje separam as minorias abastadas da maioria condenada a lutar em condições difíceis pela sobrevivência”.
Ele defende que não temos o direito de sacrificar os objetivos sociais sob o pretexto de evitar impactos ambientais negativos. E também não podemos alegar urgências sociais para justificar a irresponsabilidade ambiental, sob o risco de provocar catástrofes naturais, que acarretariam, por sua vez, graves conseqüências sociais.
Trata-se de basear nossa conduta num tripé, juntando responsabilidade social, prudência ambiental e viabilidade econômica. Na verdade, sem viabilidade econômica, nada acontece, por isso temos que nos esforçar para assegurá-la em nossos planos e ações.
2012 será o ano zero do antropoceno. Não devemos ceder à ilusão de que os mercados, por si mesmos, sabem melhor. Ao contrário, são míopes e socialmente insensíveis.
Sachs propõe ainda a reabilitação do planejamento, com base num diálogo quadripartite: entre o estado desenvolvimentista e democrático, empresários, trabalhadores e a sociedade civil organizada. Há um último argumento: hoje somos mais de 7 bilhões e seremos em meados deste século 9 bilhões.
A íntegra do artigo de Ignacy Sachs está na revista Rumos (ABDE) de jan/fev/20112.