14 de março de 2009
Venezuela inspirou criação dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia
O governador Jaques Wagner (PT) está em Caracas. De sua agenda com o presidente Hugo Chávez faz parte o projeto Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia – Neojibá, inspirado no Sistema Nacional de Orquestras e Coros Juvenis e Infantis da Venezuela, lançado na Bahia em 2007 pelo Secretário de Cultura Márcio Meirelles.
Coordenado pelo Gestor Artístico da Orquestra Sinfônica da Bahia, Ricardo Castro, o Neojibá tem o objetivo de tornar a prática orquestral uma atividade fundamental na formação da cidadania, contribuindo na construção ética e cultural das crianças e dos jovens dos bairros populares da Bahia.
O que irá propor o governador Wagner a Hugo Chávez? Ele não anunciou. O Neojibá já vem colhendo excelentes frutos. É uma grande vitória do secretário da Cultura. Quando”formadores de opinião” servem de correia de transmissão para a choradeira da elite branca baiana eles se esquecem das realizações da Secult.
O primeiro núcleo do Neojibá deu origem à Orquestra Sinfônica Juvenil “2 de Julho”, com mais de 80 integrantes de 12 a 25 anos. Os jovens já realizaram diversas apresentações públicas, na sala principal do TCA, na Câmara dos Vereadores, Faculdade de Direito, Pelourinho, Alagoinhas, Costa do Sauípe, Camaçari, entre outros. Além de Ricardo Castro, eles já atuaram sob a regência dos venezuelanos Manuel Lopes, Paul Rodrigues e Carlos Izcaray, enviados pelo Fesnojiv.
O primeiro núcleo foi formado por instrumentistas de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta, oboé, clarineta, fagote, trompa, trompete, trombone, tuba e percussão. Desde seu primeiro dia de atividade musical, o Neojibá procura o desenvolvimento social e urbano, oferecendo às crianças noções de responsabilidade, trabalho, respeito e cidadania.
Agora, a meta é expandir os trabalhos com a criação de núcleos de orquestras, reunindo crianças a partir de oito anos de idade, sem nenhum conhecimento musical. No início de 2008 foi realizada uma inscrição para mapear as crianças e jovens de Salvador interessadas em aprender um instrumento de orquestra. Em pouco tempo, o projeto recebeu 530 inscritos.
Daí pode surgir uma novíssima geração de músicos baianos.
A Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) de forma pioneira tem encaminhado seu imposto de renda, através da Lei Rouanet, para o Projeto Neojibá. Não é uma ajuda milionária, mas é uma ajuda. O pessoal da Desenbahia acompanha de perto o desenvolvimento das orquestras juvenis. Eu sou macaco de auditório da meninada.
Quem sabe Jaques Wagner traga de Caracas um reforço para Márcio Meirelles...
Coordenado pelo Gestor Artístico da Orquestra Sinfônica da Bahia, Ricardo Castro, o Neojibá tem o objetivo de tornar a prática orquestral uma atividade fundamental na formação da cidadania, contribuindo na construção ética e cultural das crianças e dos jovens dos bairros populares da Bahia.
O que irá propor o governador Wagner a Hugo Chávez? Ele não anunciou. O Neojibá já vem colhendo excelentes frutos. É uma grande vitória do secretário da Cultura. Quando”formadores de opinião” servem de correia de transmissão para a choradeira da elite branca baiana eles se esquecem das realizações da Secult.
O primeiro núcleo do Neojibá deu origem à Orquestra Sinfônica Juvenil “2 de Julho”, com mais de 80 integrantes de 12 a 25 anos. Os jovens já realizaram diversas apresentações públicas, na sala principal do TCA, na Câmara dos Vereadores, Faculdade de Direito, Pelourinho, Alagoinhas, Costa do Sauípe, Camaçari, entre outros. Além de Ricardo Castro, eles já atuaram sob a regência dos venezuelanos Manuel Lopes, Paul Rodrigues e Carlos Izcaray, enviados pelo Fesnojiv.
O primeiro núcleo foi formado por instrumentistas de violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta, oboé, clarineta, fagote, trompa, trompete, trombone, tuba e percussão. Desde seu primeiro dia de atividade musical, o Neojibá procura o desenvolvimento social e urbano, oferecendo às crianças noções de responsabilidade, trabalho, respeito e cidadania.
Agora, a meta é expandir os trabalhos com a criação de núcleos de orquestras, reunindo crianças a partir de oito anos de idade, sem nenhum conhecimento musical. No início de 2008 foi realizada uma inscrição para mapear as crianças e jovens de Salvador interessadas em aprender um instrumento de orquestra. Em pouco tempo, o projeto recebeu 530 inscritos.
Daí pode surgir uma novíssima geração de músicos baianos.
A Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) de forma pioneira tem encaminhado seu imposto de renda, através da Lei Rouanet, para o Projeto Neojibá. Não é uma ajuda milionária, mas é uma ajuda. O pessoal da Desenbahia acompanha de perto o desenvolvimento das orquestras juvenis. Eu sou macaco de auditório da meninada.
Quem sabe Jaques Wagner traga de Caracas um reforço para Márcio Meirelles...
Walter Pinheiro com força total
Samuel Celestino postou em seu blog Bahia Notícias
O novo secretário de Planejamento do governo baiano, Walter Pinheiro (PT), com grande experiência no parlamento em questões de orçamento e em realizar relacionamentos para executar programas, revela que é esta a linha que pretende colocar em prática na sua secretaria.
Primeiro, entende que só pode avançar a partir de projetos estruturantes, que não sejam exclusivamente para realizações imediatas mas, também e principalmente, projetem o futuro do Estado. Portanto, projetos a longo prazo. Ele cita, entre outros, o Parque Tecnológico baiano, que contou com a sua participação na Câmara Federal, assim como parques semelhantes aos de outros estados que pretende integrá-los.
Trabalha nesta área desde a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Cita a ferrovia Oeste-Leste e diz que outras tarefas que tem em mente é acompanhar os trabalhos de outras secretarias, porque assim deve ser a missão do Planejamento que ele e o governador Jaques Wagner pretendem: uma secretaria que tenha capacidade de se relacionar, harmonicamente, com as demais. Enfim, assume o posto com muitas idéias e força total.
O novo secretário de Planejamento do governo baiano, Walter Pinheiro (PT), com grande experiência no parlamento em questões de orçamento e em realizar relacionamentos para executar programas, revela que é esta a linha que pretende colocar em prática na sua secretaria.
Primeiro, entende que só pode avançar a partir de projetos estruturantes, que não sejam exclusivamente para realizações imediatas mas, também e principalmente, projetem o futuro do Estado. Portanto, projetos a longo prazo. Ele cita, entre outros, o Parque Tecnológico baiano, que contou com a sua participação na Câmara Federal, assim como parques semelhantes aos de outros estados que pretende integrá-los.
Trabalha nesta área desde a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Cita a ferrovia Oeste-Leste e diz que outras tarefas que tem em mente é acompanhar os trabalhos de outras secretarias, porque assim deve ser a missão do Planejamento que ele e o governador Jaques Wagner pretendem: uma secretaria que tenha capacidade de se relacionar, harmonicamente, com as demais. Enfim, assume o posto com muitas idéias e força total.
2ª Conferência de Igualdade Racial marcada para junho
A 2ª Conferência de Igualdade Racial será realizada entre os dias 25 e 28 de junho com o tema “Os avanços, os desafios e as perspectivas da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial”.
Antes da etapa nacional serão realizadas conferências estaduais e distritais e também plenárias com comunidades tradicionais de indígenas, ciganos, quilombolas e comunidades de terreiro.Esses encontros vão discutir os temas que serão levados para a etapa nacional, quando os participantes avaliarão os avanços alcançados desde a primeira conferência, realizada em 2005.
O ministro da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, disse que a conferência nacional vai provocar discussões “profundas” e mesmo “duras” em alguns momentos que resultarão em avaliação das políticas públicas de promoção da igualdade racial e na identificação de desafios.
O presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, avalia que desde a primeira conferência houve avanços significativos para o movimento negro. “Temos dados muito concretos e positivos na área de ações afirmativas, na área educacional temos hoje mais de 270 mil jovens afro-descendentes no ensino superior.”
Segundo Sulu Araújo, ainda é preciso consolidar as conquistas alcançadas e discutir formas de tornar mais velozes questões como a regularização fundiária dos quilombolas e na área de saúde para a população negra.
Um desafio a ser levado para a etapa nacional é a discussão sobre como garantir que as ações de igualdade racial sejam incorporadas pelos estados e municípios. (Com informações da Agência Brasil).
Antes da etapa nacional serão realizadas conferências estaduais e distritais e também plenárias com comunidades tradicionais de indígenas, ciganos, quilombolas e comunidades de terreiro.Esses encontros vão discutir os temas que serão levados para a etapa nacional, quando os participantes avaliarão os avanços alcançados desde a primeira conferência, realizada em 2005.
O ministro da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, disse que a conferência nacional vai provocar discussões “profundas” e mesmo “duras” em alguns momentos que resultarão em avaliação das políticas públicas de promoção da igualdade racial e na identificação de desafios.
O presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, avalia que desde a primeira conferência houve avanços significativos para o movimento negro. “Temos dados muito concretos e positivos na área de ações afirmativas, na área educacional temos hoje mais de 270 mil jovens afro-descendentes no ensino superior.”
Segundo Sulu Araújo, ainda é preciso consolidar as conquistas alcançadas e discutir formas de tornar mais velozes questões como a regularização fundiária dos quilombolas e na área de saúde para a população negra.
Um desafio a ser levado para a etapa nacional é a discussão sobre como garantir que as ações de igualdade racial sejam incorporadas pelos estados e municípios. (Com informações da Agência Brasil).
Dicionário de baianês chega à terceira edição
Eu me lembro como hoje. Carlos Sarno, diretor da agência de publicidade Engenhonovo, em Salvador, editou o “Dicionário de Baianês” de Nivaldo Lariú. O livrinho virou brinde sofisticado de fim de ano em 1992. Até hoje tenho o meu exemplar, bastante desatualizado porque a obra já está na terceira edição.
“Dicionário de Baianês” é uma obra pioneira em registrar a linguagem popular da Bahia. Em formato pocket já vendeu de mão em mão mais de 150 mil exemplares, um fenômeno. Também já passou por duas revisões e atualizações contando hoje com 1.300 verbetes e muitas ilustrações do imortal cartunista Lage.
A sacada de Nivaldo Lariú gerou filhotes. Há notícias de dicionários de Mineirês, piauiês, cearês, pernambuquês e dicionários de Porto Alegre, da Ilha e até do modo de falar do cangaceiro Lampião. Quem não visitou a Bahia e ouviu expressões como nigrinha, nigrinhagem, ideia de Jerico, segurar vela, patacho, porreta, marinete, paleta?.
Aqui aprendi que grampo de cabelo não passava de uma “misse”, que café choco era um “requentado”, que garrafa térmica era um reles “quente-frio” e que bolinho de estudante se chamava “punheta”. São expressões da cultura popular, muitas delas de cunho sexual, escatológico e muitas preconceituosas e de conotação racista, com muito humor e criatividade quer o baiano tem.
Longa vida para o “Dicionário de Baianês”.
“Dicionário de Baianês” é uma obra pioneira em registrar a linguagem popular da Bahia. Em formato pocket já vendeu de mão em mão mais de 150 mil exemplares, um fenômeno. Também já passou por duas revisões e atualizações contando hoje com 1.300 verbetes e muitas ilustrações do imortal cartunista Lage.
A sacada de Nivaldo Lariú gerou filhotes. Há notícias de dicionários de Mineirês, piauiês, cearês, pernambuquês e dicionários de Porto Alegre, da Ilha e até do modo de falar do cangaceiro Lampião. Quem não visitou a Bahia e ouviu expressões como nigrinha, nigrinhagem, ideia de Jerico, segurar vela, patacho, porreta, marinete, paleta?.
Aqui aprendi que grampo de cabelo não passava de uma “misse”, que café choco era um “requentado”, que garrafa térmica era um reles “quente-frio” e que bolinho de estudante se chamava “punheta”. São expressões da cultura popular, muitas delas de cunho sexual, escatológico e muitas preconceituosas e de conotação racista, com muito humor e criatividade quer o baiano tem.
Longa vida para o “Dicionário de Baianês”.
13 de março de 2009
Governador da Bahia faz visita oficial a Hugo Chávez
O fortalecimento das relações bilaterais entre a Venezuela e o Brasil, através da Bahia, é o principal assunto da agenda do governador Jaques Wagner (PT) na missão oficial àquele país. Wagner partiu nesta sexta-feira (13) em companhia da primeira-dama Fátima Mendonça. A agenda inclui compromissos de cooperação nas áreas da administração pública, turismo e cultura que serão ratificados em maio, em Salvador, com a presença do presidente Hugo Chávez.
Na segunda-feira (16) Wagner se reúne com o ministro do Turismo, Pedro Moréjon Carrillo, para dar seqüência aos entendimentos já iniciados para operação de um voo direto Caracas-Salvador, além de um termo de cooperação técnica e intercâmbio no desenvolvimento do turismo.
Ainda na segunda-feira o governador será recebido pelo presidente Hugo Chávez no Palácio de Miraflores, sua residência oficial. Eles assinarão Cartas de Intenção para programas de cooperação envolvendo as orquestras juvenis (projeto vitorioso do Secretário de Cultura Márcio Meirelles), gestão pública e turismo.
As Cartas de Intenção serão convertidas em Acordos de Cooperação, em maio, durante a Cúpula Brasil-Venezuela, com as presenças dos presidentes Lula e Chavez. Também em maio, em Salvador, será assinado o Acordo de Irmanamento entre a Bahia e a província de Aragua, cuja capital Maracay Wagner visitará na terça-feira (17), último dia da missão oficial.
Na segunda-feira (16) Wagner se reúne com o ministro do Turismo, Pedro Moréjon Carrillo, para dar seqüência aos entendimentos já iniciados para operação de um voo direto Caracas-Salvador, além de um termo de cooperação técnica e intercâmbio no desenvolvimento do turismo.
Ainda na segunda-feira o governador será recebido pelo presidente Hugo Chávez no Palácio de Miraflores, sua residência oficial. Eles assinarão Cartas de Intenção para programas de cooperação envolvendo as orquestras juvenis (projeto vitorioso do Secretário de Cultura Márcio Meirelles), gestão pública e turismo.
As Cartas de Intenção serão convertidas em Acordos de Cooperação, em maio, durante a Cúpula Brasil-Venezuela, com as presenças dos presidentes Lula e Chavez. Também em maio, em Salvador, será assinado o Acordo de Irmanamento entre a Bahia e a província de Aragua, cuja capital Maracay Wagner visitará na terça-feira (17), último dia da missão oficial.
Walter Pinheiro (PT) é o novo secretário do Planejamento da Bahia
O deputado federal Walter Pinheiro (PT) é o novo secretário de Planejamento do Estado da Bahia, em substituição a Ronald Lobato. O anúncio foi feito hoje, sexta-feira (13), no Centro Administrativo, pelo governador Jaques Wagner.
Natural de Salvador, Walter Pinheiro, 49 anos, é casado e tem três filhos. Técnico em telecomunicações, ele foi presidente do Sindicato dos Telefônicos, fundador e dirigente da CUT e integrante do Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações.
Pinheiro foi eleito vereador de Salvador, em 1992. Atualmente, está no quarto mandato de deputado federal e figura na lista dos 100 mais influentes do Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, foi relator e autor de projetos como a criação das profissões de agentes comunitários de saúde e de agentes de combate às endemias; TV Digital; apoio à agricultura familiar e renegociação das dívidas; entre outros.
Vice-líder do governo Lula, Pinheiro participa de diversas Comissões na Câmara dos Deputados, como a de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática, da qual foi eleito para a presidência em 2008. Também integra a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
Em 2008, Pinheiro disputou a Prefeitura de Salvador, conquistando 535.492 votos no segundo turno.
Natural de Salvador, Walter Pinheiro, 49 anos, é casado e tem três filhos. Técnico em telecomunicações, ele foi presidente do Sindicato dos Telefônicos, fundador e dirigente da CUT e integrante do Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações.
Pinheiro foi eleito vereador de Salvador, em 1992. Atualmente, está no quarto mandato de deputado federal e figura na lista dos 100 mais influentes do Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, foi relator e autor de projetos como a criação das profissões de agentes comunitários de saúde e de agentes de combate às endemias; TV Digital; apoio à agricultura familiar e renegociação das dívidas; entre outros.
Vice-líder do governo Lula, Pinheiro participa de diversas Comissões na Câmara dos Deputados, como a de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática, da qual foi eleito para a presidência em 2008. Também integra a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
Em 2008, Pinheiro disputou a Prefeitura de Salvador, conquistando 535.492 votos no segundo turno.
AÇÃO PÚBLICA CONTRA PROGRAMA "SE LIGA BOCÃO"
A jornalista Márcia Guena se rebela contra o programa da TV Itapoan da Bahia.
Não é possível que a sociedade organizada permita que o programa "Se liga bocão", exibido pela TV Itapoan da Bahia, vá ao ar. Hoje, 10 de março de 2009, foram exibidas cenas de tortura. Um jovem era queimado com uma faca quente, enquanto o apresentador, Zé Eduardo, dizia que aquilo serviria de exemplo para aqueles que usam droga ou não respeitam os pais. uma ação pública contra o programa "Se liga bocão", assinada por pessoas e entidades de direitos humanos.
Não é possível que se chame isso de Jornalismo, quando a essa profissão cabe a defesa dos direitos, das leis, e do público. A imprensa não pode agir acima das leis nacionais e internacionais.
A tortura é um crime, rechaçado por tratados internacionais assinados por quase todos os países do mundo.
Recentemente o presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama,
reconheceu os crimes de tortura, entre outros, cometidos na prisão de
Guantánamo, em Cuba, uma base avançada dos Estados Unidos e decretou o
seu fim, o que acontecerá dentro de um ano. Os Estados Unidos que já
foram o grande mentor e exportador de técnicas de tortura para todo o
continente americano hoje reconhece a desumanidade desse ato.
Não é possível permitir a violação constante aos direitos humanos praticada
pelo programa "Se liga bocão".
Os presidiários e todos aqueles que cometeram qualquer crime são tratados como bichos que devem ser exterminados. O apresentador faz uma apologia à pena de morte. Deve-se lembrar que o Brasil não permite, em suas leis, a pena capital. Mais uma vez ele opera acima da lei. Só não opera acima da "lei" da prática policial cotidiana: o extermínio de negros pobres, sem julgamento. Zé Eduardo emite sons de tiros, todos
endereçados a essas pessoas.
E quem são essas pessoas? No caso de Salvador, trata-se de jovens negros, pobres, moradores das periferias que cometeram algum ato tipificado como criminoso, ou simplesmente jovens negros que perambulam sem trabalho e sem formação pelas periferias. Racista, racista, racista até o último minuto.
Não é possível construir um estado sem lei na mídia, um estado que passa por
cima de todos os direitos conquistados ao longo dos últimos 50 anos. Um
programa racista, xenófobo, homofóbico... Temos que lembrar de todos os que
morreram pelas pequenas garantias que temos hoje antes de ligar a televisão
e grudar o olho um minuto sequer diante desse programa.
Márcia Guena
marciaguena@gmail.com
12 de março de 2009
Dilma Rousseff bate forte na oposição
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) bateu forte na proposta da oposição de instalação de um “gabinete de crise”. Segundo ela, esse modo de pensar é resultado de quem “não segurou a barra e teve apagão” - numa referência à gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, comandado pelos opositores de hoje: PSDB e DEM, antigo PFL.
“Essa é a visão do apagão. Havia uma crise de energia elétrica no Brasil e fizeram um gabinete de crise. Agora, querem reproduzir isso, mas hoje o Brasil inteiro tem que se voltar para o combate à crise" disse a ministra, depois de uma reunião na sede da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília. Nenhum “gabinete de crise” vai substituir o esforço coletivo do governo e da sociedade. De fato, é proposta de quem não segurou a barra ao provocar o apagão.
LEIA NA ÍNTEGRA
“Essa é a visão do apagão. Havia uma crise de energia elétrica no Brasil e fizeram um gabinete de crise. Agora, querem reproduzir isso, mas hoje o Brasil inteiro tem que se voltar para o combate à crise" disse a ministra, depois de uma reunião na sede da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília. Nenhum “gabinete de crise” vai substituir o esforço coletivo do governo e da sociedade. De fato, é proposta de quem não segurou a barra ao provocar o apagão.
LEIA NA ÍNTEGRA
“O aborto dos outros”, um documentário da atualidade
Pela importância que tem, pouco se fala do documentário da cineasta Carla Gallo intitulado “O aborto dos outros”. Por acaso, vi no jornal SBT Brasil, apresentado por Carlos Nascimento, algumas imagens numa reportagem sobre o aborto, ainda no rastro da estupidez do arcebispo de Olinda e Recife, que excomungou a equipe médica e a mãe da menina de nove anos que passou pelo procedimento previsto em lei, por ter engravidado (de gêmeos) depois de estuprada pelo padrasto. Como o representante de Deus aqui na terra não excomungou o estuprador, a decisão do religioso fanático provocou revolta, e ainda provoca, no mundo inteiro.
Se fosse um pouco antes, este escândalo estaria, com certeza, no documentário de Carla Gallo. O filme estreou em setembro de 2008. Durante três anos, ela pesquisou e acompanhou de perto, com uma câmara na mão, o drama das mulheres que optaram pela interrupção da gravidez, seguindo a norma técnica de “Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual Contra Mulheres e Adolescentes”, amparadas pela lei, ou de outras que optaram pelo aborto clandestino e suas terríveis conseqüências. No filme, o médico Jefferson Drezet calcula que 70 mil mulheres morram por ano, no mundo, em decorrência dos abortos inseguros. Uma a cada sete minutos.
Embora o aborto seja crime no Brasil, em duas circunstâncias o Código Penal Brasileiro garante o aborto legal: em caso de estupro ou em caso de situação de risco à vida da mulher. Entretanto, a ignorância, o preconceito e a influência de religiosos fundamentalistas acabam impedindo que as mulheres tenham acesso ao serviço médico, que é um direito. Os próprios médicos se confundem.
O filme “O aborto dos outros” documenta vários ângulos da questão. A vergonha, a represália da sociedade e do agressor, o medo e a dor. Há médicos que não aceitaram depor sobre o atendimento que prestam às mulheres vítimas de violência sexual, porque escondem o fato de suas famílias, amigos e vizinhos. Há delegados que sequer sabem da existência do artigo 128 do Código Penal, que garante à mulher o direito ao abortamento em caso de violência sexual e risco à vida. Há enfermeiras e agentes de saúde que hostilizam as mulheres que procuram informação e socorro.
O documentário aborda, inclusive, a questão da pílula do dia seguinte, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Brasileira de Ginecologia atestam cientificamente que não é abortiva, mas que certa mídia continua a chamar de pílula abortiva, alimentando a negativa carga moralista e religiosa sobre essa grave questão de saúde pública.
O filme de Carla Gallo faz a pergunta certa: criminalizar o aborto está resolvendo? Os números comprovam a injustiça que é a condenação de uma pessoa que faz aborto. Legalizar o aborto é assegurar uma política de atendimento médico, com acompanhamento social e psicológico, é tirar da marginalidade as mulheres que optaram por este duro caminho.
Todo o Brasil precisa ver o documentário “O aborto dos outros”. Fiquei feliz com as declarações do presidente Lula e do ministro da Saúde, José Temporão. Eles não se dobraram às pressões de uma Igreja Católica fanática e de parlamentares obtusos e anti-povo e apoiaram o processo de abortamento legal indicado pela Medicina à criança de nove anos violentada.
Se fosse um pouco antes, este escândalo estaria, com certeza, no documentário de Carla Gallo. O filme estreou em setembro de 2008. Durante três anos, ela pesquisou e acompanhou de perto, com uma câmara na mão, o drama das mulheres que optaram pela interrupção da gravidez, seguindo a norma técnica de “Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual Contra Mulheres e Adolescentes”, amparadas pela lei, ou de outras que optaram pelo aborto clandestino e suas terríveis conseqüências. No filme, o médico Jefferson Drezet calcula que 70 mil mulheres morram por ano, no mundo, em decorrência dos abortos inseguros. Uma a cada sete minutos.
Embora o aborto seja crime no Brasil, em duas circunstâncias o Código Penal Brasileiro garante o aborto legal: em caso de estupro ou em caso de situação de risco à vida da mulher. Entretanto, a ignorância, o preconceito e a influência de religiosos fundamentalistas acabam impedindo que as mulheres tenham acesso ao serviço médico, que é um direito. Os próprios médicos se confundem.
O filme “O aborto dos outros” documenta vários ângulos da questão. A vergonha, a represália da sociedade e do agressor, o medo e a dor. Há médicos que não aceitaram depor sobre o atendimento que prestam às mulheres vítimas de violência sexual, porque escondem o fato de suas famílias, amigos e vizinhos. Há delegados que sequer sabem da existência do artigo 128 do Código Penal, que garante à mulher o direito ao abortamento em caso de violência sexual e risco à vida. Há enfermeiras e agentes de saúde que hostilizam as mulheres que procuram informação e socorro.
O documentário aborda, inclusive, a questão da pílula do dia seguinte, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Brasileira de Ginecologia atestam cientificamente que não é abortiva, mas que certa mídia continua a chamar de pílula abortiva, alimentando a negativa carga moralista e religiosa sobre essa grave questão de saúde pública.
O filme de Carla Gallo faz a pergunta certa: criminalizar o aborto está resolvendo? Os números comprovam a injustiça que é a condenação de uma pessoa que faz aborto. Legalizar o aborto é assegurar uma política de atendimento médico, com acompanhamento social e psicológico, é tirar da marginalidade as mulheres que optaram por este duro caminho.
Todo o Brasil precisa ver o documentário “O aborto dos outros”. Fiquei feliz com as declarações do presidente Lula e do ministro da Saúde, José Temporão. Eles não se dobraram às pressões de uma Igreja Católica fanática e de parlamentares obtusos e anti-povo e apoiaram o processo de abortamento legal indicado pela Medicina à criança de nove anos violentada.
11 de março de 2009
Eleitoreira, a mídia comemora queda do PIB e goza como num ato sexual
Leia a manchete do jornal O Globo: “Indústria desaba, consumo cai e já se teme 2009 com recessão”. Isso não é manchete, isso é um editorial. O jornal O Globo goza como se estivesse na cama fazendo sexo. A mídia vai aproveitar para fazer oposição ao Governo Lula, como se a crise não fosse mundial. Vai inventar os “erros do governo”.
E a manchete da Folha de S. Paulo? “Queda do PIB no Brasil é uma das piores do mundo”. A preocupação central é repetir um mantra: que a comparação com outros países mostraria que o Brasil está entre os mais atingidos pela crise, “ao contrário do que o governo vinha afirmando”, como se fosse possível, e isso vale para qualquer governo, desestimular e não incentivar a economia e a sociedade.
Leia a previsão das cassandras do Estado de S. Paulo: “PIB desaba no 4º trimestre e risco de recessão aumenta”. O “analista” Celso Ming já garante que a queda do PIB vai afetar as obras do PAC...
E lá vem o Jornal do Brasil com a manchete: “Medo da recessão”. O Correio Braziliense foi mais razoável: “Choque e pressão”, chamando a coisa de “queda brutal”.
E lá vem o Valor Econômico com a manchete subjetiva: “País fica mais perto da recessão”.
Justiça seja feita. A Gazeta Mercantil foi a mais objetiva na notícia: “PIB cresce 5,1%, mas cai no 4º trimestre”. A manchete mais correta, na minha opinião.
E a manchete da Folha de S. Paulo? “Queda do PIB no Brasil é uma das piores do mundo”. A preocupação central é repetir um mantra: que a comparação com outros países mostraria que o Brasil está entre os mais atingidos pela crise, “ao contrário do que o governo vinha afirmando”, como se fosse possível, e isso vale para qualquer governo, desestimular e não incentivar a economia e a sociedade.
Leia a previsão das cassandras do Estado de S. Paulo: “PIB desaba no 4º trimestre e risco de recessão aumenta”. O “analista” Celso Ming já garante que a queda do PIB vai afetar as obras do PAC...
E lá vem o Jornal do Brasil com a manchete: “Medo da recessão”. O Correio Braziliense foi mais razoável: “Choque e pressão”, chamando a coisa de “queda brutal”.
E lá vem o Valor Econômico com a manchete subjetiva: “País fica mais perto da recessão”.
Justiça seja feita. A Gazeta Mercantil foi a mais objetiva na notícia: “PIB cresce 5,1%, mas cai no 4º trimestre”. A manchete mais correta, na minha opinião.
Dilma Roussef reúne-se com bancada do Nordeste
Hoje (11), quarta-feira, nas próximas horas, sob coordenação do deputado federal Zezéu Ribeiro (PT-BA), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rouseff, reúne-se com a Bancada do Nordeste na Câmara Federal. Será um café-da-manhã, às 8h30, no Anexo 4. A ministra vai fazer um balanço dos investimentos do Governo Lula no Nordeste e, claro, sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Dilma Rousseff vai debater crise econômica mundial em Belo Horizonte
A Fundação Perseu Abramo vai promover ciclos de debates sobre a crise econômica internacional em várias capitais do país. O primeiro evento, aberto ao público, vai ocorrer em Belo Horizonte, dia 23 de março.
Como debatedores a FPA convidou a Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, o Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, o economista e ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. A coordenação será do presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda.
O debate tem o objetivo de apurar o entendimento e as ações do governo federal frente a crise financeira mundial, discutir a natureza da crise e ouvir as propostas da sociedade civil.
Certamente algum debilóide da mídia vai dizer que é campanha presidencial da Dilma Rousseff...
Como debatedores a FPA convidou a Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, o Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, o economista e ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. A coordenação será do presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda.
O debate tem o objetivo de apurar o entendimento e as ações do governo federal frente a crise financeira mundial, discutir a natureza da crise e ouvir as propostas da sociedade civil.
Certamente algum debilóide da mídia vai dizer que é campanha presidencial da Dilma Rousseff...
Lula defende ministérios da Mulher e dos Direitos Humanos
Este é o meu presidente...
O presidente Lula acaba de anunciar que vai transformar a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) em ministério. Também estuda transformar a Secretaria Especial dos Direitos Humanos em outro ministério. Já era tempo. O status de ministério garante liberdade orçamentária e gera maior impacto na execução das políticas públicas.
Segundo Lula, quem achar que seria um “inchaço” de cargos no governo federal que ganhe eleições e termine com eles. “Um país rico como esse tem mais é que criar tantas quantas secretarias forem necessárias para atender a demanda da sociedade”, disse.
Lula rebateu também as críticas por ter distribuído camisinhas durante o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. O presidente justificou que seria um fingimento afirmar que a adoção do preservativo não traz benefícios para a população.
“Não posso como pai e presidente da República fingir que distribuir preservativo é ruim. Quem sabe o que significa o que é a aids, tem mais é que levantar a cabeça e falar o governo tem que tratar dessas coisas”, disse ele na abertura do Seminário “Mais Mulheres no Poder”, ocorrido no Memorial Juscelino Kubitschek. (Com informações da Agência Brasil).
O presidente Lula acaba de anunciar que vai transformar a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) em ministério. Também estuda transformar a Secretaria Especial dos Direitos Humanos em outro ministério. Já era tempo. O status de ministério garante liberdade orçamentária e gera maior impacto na execução das políticas públicas.
Segundo Lula, quem achar que seria um “inchaço” de cargos no governo federal que ganhe eleições e termine com eles. “Um país rico como esse tem mais é que criar tantas quantas secretarias forem necessárias para atender a demanda da sociedade”, disse.
Lula rebateu também as críticas por ter distribuído camisinhas durante o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. O presidente justificou que seria um fingimento afirmar que a adoção do preservativo não traz benefícios para a população.
“Não posso como pai e presidente da República fingir que distribuir preservativo é ruim. Quem sabe o que significa o que é a aids, tem mais é que levantar a cabeça e falar o governo tem que tratar dessas coisas”, disse ele na abertura do Seminário “Mais Mulheres no Poder”, ocorrido no Memorial Juscelino Kubitschek. (Com informações da Agência Brasil).
Mais uma intolerância
Da tribuna da Câmara dos Deputados (04/03/09), o deputado federal paulista José Genoíno (PT) condenou a Arquidiocese de Olinda e Recife que está propondo uma ação criminal contra a mãe da criança de nove anos estuprada e engravidada pelo padrasto, e contra toda a equipe médica que atendeu a legislação e interrompeu a gravidez absurda.
A indignação do parlamentar petista foi maior porque o caso da violência sexual contra a criança de 9 anos se enquadra nos dois casos previstos pelo Código Penal para aborto legal: risco de morte para a criança e fruto de estupro.
O deputado José Genoíno (PT) afirmou que este caso é mais uma demonstração que o conservadorismo fundamentalista ainda floresce na Igreja Católica, com práticas medievais e da Inquisição, como é o caso da excomunhão anunciada. Isso afasta cada vez mais a Igreja Católica da sociedade. Genoíno e o PT vão continuar defendendo que o aborto não pode ser criminalizado.
A indignação do parlamentar petista foi maior porque o caso da violência sexual contra a criança de 9 anos se enquadra nos dois casos previstos pelo Código Penal para aborto legal: risco de morte para a criança e fruto de estupro.
O deputado José Genoíno (PT) afirmou que este caso é mais uma demonstração que o conservadorismo fundamentalista ainda floresce na Igreja Católica, com práticas medievais e da Inquisição, como é o caso da excomunhão anunciada. Isso afasta cada vez mais a Igreja Católica da sociedade. Genoíno e o PT vão continuar defendendo que o aborto não pode ser criminalizado.
10 de março de 2009
CGU não confirma superfaturamento em obra do PAC. Tudo mentira da Folha.
Quem está informando é o jornalista Paixão Barbosa, do blog Política & Cidadania, do jornal A Tarde. A CGU não confirmou o tal superfaturamento no projeto da Via Expressa Baía de Todos os Santos, conforme divulgou a Folha de S. Paulo (sábado, 7).
A falsa notícia do jornalão foi “Dilma autoriza obra superfaturada”. Conforme anota Paixão Barbosa: “Portanto, devagar com o andor...será preciso aguardar o relatório oficial da CGU”.
Escreveu o blogueiro do jornal A Tarde: “Fontes seguras da CGU garantem que o relatório oficial sobre o projeto da Via Expressa ainda não foi concluído e que não se sabe como a jornalista da Folha de São Paulo obteve os números que indicaram o superfaturamento. A profissional que fez a reportagem também não quis adiantar de onde pegou os números que reproduzi no post acima citado”.
“É verdade que o órgão não chega a desmentir os dados do jornal paulista, mas como também não os confirma prefiro dar o benefício da dúvida e peço aos leitores que façam o mesmo”, afirma Paixão Barbosa.
Nota do blog Bahia de Fato: até quando a imprensa vai reproduzir sem antes confirmar as fraudes divulgadas pela Folha de S. Paulo?
A falsa notícia do jornalão foi “Dilma autoriza obra superfaturada”. Conforme anota Paixão Barbosa: “Portanto, devagar com o andor...será preciso aguardar o relatório oficial da CGU”.
Escreveu o blogueiro do jornal A Tarde: “Fontes seguras da CGU garantem que o relatório oficial sobre o projeto da Via Expressa ainda não foi concluído e que não se sabe como a jornalista da Folha de São Paulo obteve os números que indicaram o superfaturamento. A profissional que fez a reportagem também não quis adiantar de onde pegou os números que reproduzi no post acima citado”.
“É verdade que o órgão não chega a desmentir os dados do jornal paulista, mas como também não os confirma prefiro dar o benefício da dúvida e peço aos leitores que façam o mesmo”, afirma Paixão Barbosa.
Nota do blog Bahia de Fato: até quando a imprensa vai reproduzir sem antes confirmar as fraudes divulgadas pela Folha de S. Paulo?
A publicidade do governo da Bahia mexeu comigo
Eu sentia muita falta de uma peça publicitária de impacto. Eu sabia que o Governo da Bahia estava trabalhando muito, mas a mídia passava uma idéia de governo mole, morno. A mais pura linguagem de oposição. Agora, vejo nas páginas das principais revistas semanais do país uma peça publicitária impactante. Li e vi na revista Carta Capital, mas soube que foram veiculadas nas demais revistas.
A peça que mexeu comigo tem quatro páginas sucessivas. Na primeira, em vermelho, tem a mensagem: “O estado que tinha o maior número de analfabetos agora tem o TOPA, o maior programa de alfabetização do Brasil”, depois vem a imagem de Jorge Amado e a frase: “Jorge Amado teria orgulho de saber disso”.
Aí você passa a página: “O Estado que tinha a sexta pior saúde do país agora tem INTERNAÇÃO DOMICILIAR, um programa inédito no Brasil”. Irmã Dulce teria orgulho de saber disso”.
Passe mais uma página: “O estado onde metade da população vive no sertão agora tem o ÁGUA PARA TODOS, o maior programa de acesso à Água do Brasil”. Clauber Rocha teria orgulho de saber disso.
E vem a quarta página: Bahia, agora uma terra de todos nós, para orgulho dos baianos. É com trabalho e democracia que o Governo do estado garante desenvolvimento com inclusão social. Água para Todos, TOPA – Todos pela Alfabetização, Internação domiciliar, um programa que leva o hospital público para dentro da casa do paciente. Novas casas para 49 mil famílias. Ferrovia Leste-Oeste em vias de se tornar realidade, ronda nos bairros, a polícia perto das pessoas.
Eu gostaria que o governo da Bahia não gastasse tanto dinheiro com publicidade, mas caí na real, não dá para ficar calado e o jornalismo brasileiro tem a lógica da informação pelo avesso.
A publicação “Jornal de Todos Nós” também estava fazendo falta. Claro que é publicitário. Claro que é oficial. Mas qual outra forma de mostrar as realizações do governo Wagner? Recuperação de 1.200 quilômetros de estradas, Pituaçu entre os mais modernos estádios do país, obra no sistema viário na região do aeroporto, que há 30 anos não se fazia, Água para Todos, mais casas populares, eleições diretas na rede pública de ensino, implantação de 326 centros digitais.
O governo Wagner está dizendo a que veio. Putz, como fiquei governista...
A peça que mexeu comigo tem quatro páginas sucessivas. Na primeira, em vermelho, tem a mensagem: “O estado que tinha o maior número de analfabetos agora tem o TOPA, o maior programa de alfabetização do Brasil”, depois vem a imagem de Jorge Amado e a frase: “Jorge Amado teria orgulho de saber disso”.
Aí você passa a página: “O Estado que tinha a sexta pior saúde do país agora tem INTERNAÇÃO DOMICILIAR, um programa inédito no Brasil”. Irmã Dulce teria orgulho de saber disso”.
Passe mais uma página: “O estado onde metade da população vive no sertão agora tem o ÁGUA PARA TODOS, o maior programa de acesso à Água do Brasil”. Clauber Rocha teria orgulho de saber disso.
E vem a quarta página: Bahia, agora uma terra de todos nós, para orgulho dos baianos. É com trabalho e democracia que o Governo do estado garante desenvolvimento com inclusão social. Água para Todos, TOPA – Todos pela Alfabetização, Internação domiciliar, um programa que leva o hospital público para dentro da casa do paciente. Novas casas para 49 mil famílias. Ferrovia Leste-Oeste em vias de se tornar realidade, ronda nos bairros, a polícia perto das pessoas.
Eu gostaria que o governo da Bahia não gastasse tanto dinheiro com publicidade, mas caí na real, não dá para ficar calado e o jornalismo brasileiro tem a lógica da informação pelo avesso.
A publicação “Jornal de Todos Nós” também estava fazendo falta. Claro que é publicitário. Claro que é oficial. Mas qual outra forma de mostrar as realizações do governo Wagner? Recuperação de 1.200 quilômetros de estradas, Pituaçu entre os mais modernos estádios do país, obra no sistema viário na região do aeroporto, que há 30 anos não se fazia, Água para Todos, mais casas populares, eleições diretas na rede pública de ensino, implantação de 326 centros digitais.
O governo Wagner está dizendo a que veio. Putz, como fiquei governista...
Uma igreja que perdeu a razão
Maria Helena Souza, ex-Superintendente de Políticas para as Mulheres, da Prefeitura Municipal de Salvador, em texto publicado no jornal Correio (07/03/09) manifestou seu repúdio ao ato insano do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, de excomungar a mãe da criança de nove anos, estuprada e engravidada pelo padrasto, além de toda a equipe médica que fez o aborto legal e indicado pelos procedimentos da Medicina. O assunto continua repercutindo em todo o país.
LEIA A POSIÇÃO DE MARIA HELENA:
“Em 1969, uma freira, madre Maurina Borges, foi presa, torturada e violentada sexualmente. A Igreja Católica excomungou o torturador e estuprador, um delegado da cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Passados 40 anos, uma criança de 9 anos engravida de um padrasto que dela abusava sexualmente desde quando contava apenas 6 anos de idade, além disso abusava, não sei quantos anos, de sua irmã que hoje em 14 anos.
Na última quarta-feira, dia 4 de março, a mesma Igreja Católica, através do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, diante do caso, resolveu excomungar a mãe da menina estuprada, os médicos, toda a equipe que atendeu a vítima e realizou o aborto (de gêmeos) previsto no artigo 128 do Código Penal Brasileiro desde 1940, além das mulheres do movimento feminista de Pernambuco, que acolheram e ajudaram a criança e sua mãe, desde o momento que tomaram conhecimento do lamentável fato. Está excomungada também a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres e o Reitor da Universidade Federal de Pernambuco, a quem é vinculado o Hospital que atendeu a menina, assegurando rigorosamente o seu direito de interromper a gravidez.
Detalhe importante: o caso de enquadra nas duas únicas possibilidades de aborto legal neste país, ou seja, quando a mãe corre o risco de morrer em decorrência dra gravidez e quando a gestação decorre de estupro. O assunto está sendo tema de reportagens de jornais e revistas em todo o mundo.
Congratulamo-nos com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com hospital que acolheu o caso, o CISAM – Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, em especial com os médicos e demais profissionais que não se deixaram intimidar pelas poderosas pressões da Igreja Católica e não abriram mão de seu dever profissional e compromisso ético e humano.
O caso é um bom exemplo da importância que tem a articulação dos movimentos sociais com a área de saúde, e como são indispensáveis os serviços de atendimento às vítimas de violência sexual para que direitos consagrados sejam respeitados.
Nossa Bahia possui apenas um hospital credenciado para atender mulheres em situação de aborto legal. Há um compromisso do governo do Estado de ampliar para 12 o número dessas unidades hospitalares até o ano de 2010.
Como andam as providências da saúde para que isso aconteça?
A sociedade tem urgência. Finalizando, quem de fato defende a vida? O arcebispo e sua Igreja, ou os profissionais das instituições de saúde e as ativistas feministas?
Eu, particularmente, também optaria pela excomunhão.
Maria Helena Souza, ex-Superintendente de Políticas para as Mulheres de Salvador.
LEIA A POSIÇÃO DE MARIA HELENA:
“Em 1969, uma freira, madre Maurina Borges, foi presa, torturada e violentada sexualmente. A Igreja Católica excomungou o torturador e estuprador, um delegado da cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Passados 40 anos, uma criança de 9 anos engravida de um padrasto que dela abusava sexualmente desde quando contava apenas 6 anos de idade, além disso abusava, não sei quantos anos, de sua irmã que hoje em 14 anos.
Na última quarta-feira, dia 4 de março, a mesma Igreja Católica, através do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, diante do caso, resolveu excomungar a mãe da menina estuprada, os médicos, toda a equipe que atendeu a vítima e realizou o aborto (de gêmeos) previsto no artigo 128 do Código Penal Brasileiro desde 1940, além das mulheres do movimento feminista de Pernambuco, que acolheram e ajudaram a criança e sua mãe, desde o momento que tomaram conhecimento do lamentável fato. Está excomungada também a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres e o Reitor da Universidade Federal de Pernambuco, a quem é vinculado o Hospital que atendeu a menina, assegurando rigorosamente o seu direito de interromper a gravidez.
Detalhe importante: o caso de enquadra nas duas únicas possibilidades de aborto legal neste país, ou seja, quando a mãe corre o risco de morrer em decorrência dra gravidez e quando a gestação decorre de estupro. O assunto está sendo tema de reportagens de jornais e revistas em todo o mundo.
Congratulamo-nos com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com hospital que acolheu o caso, o CISAM – Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, em especial com os médicos e demais profissionais que não se deixaram intimidar pelas poderosas pressões da Igreja Católica e não abriram mão de seu dever profissional e compromisso ético e humano.
O caso é um bom exemplo da importância que tem a articulação dos movimentos sociais com a área de saúde, e como são indispensáveis os serviços de atendimento às vítimas de violência sexual para que direitos consagrados sejam respeitados.
Nossa Bahia possui apenas um hospital credenciado para atender mulheres em situação de aborto legal. Há um compromisso do governo do Estado de ampliar para 12 o número dessas unidades hospitalares até o ano de 2010.
Como andam as providências da saúde para que isso aconteça?
A sociedade tem urgência. Finalizando, quem de fato defende a vida? O arcebispo e sua Igreja, ou os profissionais das instituições de saúde e as ativistas feministas?
Eu, particularmente, também optaria pela excomunhão.
Maria Helena Souza, ex-Superintendente de Políticas para as Mulheres de Salvador.
9 de março de 2009
A hipocrisia da Igreja Católica no Dia Internacional da Mulher
De Berna, Suíça, de onde escreve para o site Direto da Redação, o jornalista Rui Martins manifesta repúdio à Igreja Católica, que excomungou a mãe de uma menina de 9 anos, que engravidou depois de estuprada pelo padrasto. O Vaticano ratificou a excomunhão, que incluiu a equipe médica. A hipocrisia da Igreja Católica não tem limites.
“As mulheres brasileiras deveriam colocar no altar das homenagens ao Dia Mundial da Mulher essa decisão clerical digna da Idade Média, quando as mulheres eram queimadas em praça pública, suspeitas de feitiçaria, seja por olharem os homens de frente, seja por gozarem mais de uma vez, seja por gritarem de prazer no coito e não pedirem perdão e nem se benzerem por tanto fogo infernal, do qual não deixavam participar seu confessor”.
”O arcebispo de Olinda e Recife (...) queria que a menina de nove anos desse à luz, o que poderia provocar sua morte, para nascerem os gêmeos concebidos numa violação, que seriam órfãos de mãe e filhos de um estuprador na prisão. Onde a chamada piedade cristã, o amor, o respeito à dignidade humana ? Não se trata de um desvio sádico?”
Mulheres de todo mundo, uní-vos contra a mentira e a enganação.
QUER LER NA ÍNTEGRA?
“As mulheres brasileiras deveriam colocar no altar das homenagens ao Dia Mundial da Mulher essa decisão clerical digna da Idade Média, quando as mulheres eram queimadas em praça pública, suspeitas de feitiçaria, seja por olharem os homens de frente, seja por gozarem mais de uma vez, seja por gritarem de prazer no coito e não pedirem perdão e nem se benzerem por tanto fogo infernal, do qual não deixavam participar seu confessor”.
”O arcebispo de Olinda e Recife (...) queria que a menina de nove anos desse à luz, o que poderia provocar sua morte, para nascerem os gêmeos concebidos numa violação, que seriam órfãos de mãe e filhos de um estuprador na prisão. Onde a chamada piedade cristã, o amor, o respeito à dignidade humana ? Não se trata de um desvio sádico?”
Mulheres de todo mundo, uní-vos contra a mentira e a enganação.
QUER LER NA ÍNTEGRA?
Blogueiros independentes, mentiras e mistificações da mídia
Um jornalista da Band disse que o blog Dilma13 é uma antecipação de propaganda eleitoral. Não é verdade. Mas a mídia está antecipando a propaganda eleitoral há muito tempo.
Não há lei que impeça blogueiros independentes de falar sobre qualquer ministro do governo, sobre sua atuação no governo, sobre o que ele está fazendo de bom para país, para o povo.
Não há lei que impeça qualquer blogueiro de elogiar um trabalho bem feito, assim como de criticar quem tenha um péssimo desempenho. Nós, blogueiros independentes do blog Dilma13, tentamos fazer um contraponto com a mídia do stablishment, do PIG, como a Folha tucana, que recebe dinheiro de governos estaduais, como o de SP, pela propaganda de estatais em suas páginas.
O jornalismo deveria ser imparcial. Nós, blogueiros independentes, podemos ter lado, podemos como cidadãos, dar a nossa opinião, podemos falar da nossa preferência eleitoral, política, partidária.
Se a Folha pode falar do PSDB, pode falar das inaugurações do Serra, dos conchavos políticos do PSDB para 2010, por que nós temos que nos calar, por que não podemos falar do PT e da mais que provável candidata do PT, a ministra Dilma?
Porque a mídia oficial quer que o eterno candidato Serra seja eleito em 2010. A mídia oficial, a Band entre elas, é contra o governo Lula, contra os programas sociais, contra os políticos e candidatos do PT, e não quer que blogueiros independentes atrapalhem os seus planos nefastos de colocar o PSDB/DEM no poder.
Disse o jornalista da Band que somos "profissionais", insinuando que somos "contratados" para fazer os blogs. Ledo engano de um jornalista incompetente (ou mal intencionado): nenhum dos editores do blog recebe um centavo que seja do governo, de partido ou de políticos, de ninguém, para manter o blog.
Somos apenas cidadãos conscientes que desejam o melhor para o Brasil e para o povo brasileiro: não queremos ver o PSDB/DEM destruindo tudo de bom que foi construído no governo Lula.
Jussara Seixas
Daniel Pearl
Blog da Dilma Presidente
Não há lei que impeça blogueiros independentes de falar sobre qualquer ministro do governo, sobre sua atuação no governo, sobre o que ele está fazendo de bom para país, para o povo.
Não há lei que impeça qualquer blogueiro de elogiar um trabalho bem feito, assim como de criticar quem tenha um péssimo desempenho. Nós, blogueiros independentes do blog Dilma13, tentamos fazer um contraponto com a mídia do stablishment, do PIG, como a Folha tucana, que recebe dinheiro de governos estaduais, como o de SP, pela propaganda de estatais em suas páginas.
O jornalismo deveria ser imparcial. Nós, blogueiros independentes, podemos ter lado, podemos como cidadãos, dar a nossa opinião, podemos falar da nossa preferência eleitoral, política, partidária.
Se a Folha pode falar do PSDB, pode falar das inaugurações do Serra, dos conchavos políticos do PSDB para 2010, por que nós temos que nos calar, por que não podemos falar do PT e da mais que provável candidata do PT, a ministra Dilma?
Porque a mídia oficial quer que o eterno candidato Serra seja eleito em 2010. A mídia oficial, a Band entre elas, é contra o governo Lula, contra os programas sociais, contra os políticos e candidatos do PT, e não quer que blogueiros independentes atrapalhem os seus planos nefastos de colocar o PSDB/DEM no poder.
Disse o jornalista da Band que somos "profissionais", insinuando que somos "contratados" para fazer os blogs. Ledo engano de um jornalista incompetente (ou mal intencionado): nenhum dos editores do blog recebe um centavo que seja do governo, de partido ou de políticos, de ninguém, para manter o blog.
Somos apenas cidadãos conscientes que desejam o melhor para o Brasil e para o povo brasileiro: não queremos ver o PSDB/DEM destruindo tudo de bom que foi construído no governo Lula.
Jussara Seixas
Daniel Pearl
Blog da Dilma Presidente
Oposição está promovendo o nome de Dilma Roussef
Deu no Estadão. O advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, avalia como um erro estratégico da oposição a acusação de que o presidente Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anteciparam a campanha eleitoral de 2010 no encontro com prefeitos em Brasília, no mês passado.
A representação da oposição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acabou jogando em favor da ministra, aumentando a exposição de seu nome por todo o País. “Do ponto de vista político, eu avalio que a oposição acaba promovendo o nome da ministra Dilma”, disse Toffoli ao Estadão.
Se a tese da oposição prevalecesse, diz o advogado-geral, o governo ficaria paralisado, na medida em que qualquer ato público administrativo passaria a ser entendido como um ato eleitoral. O que se está fazendo hoje não é campanha, é gestão. Se parar de fazer gestão, o governo para e o País também, afirma Toffoli.
A tese da oposição é de que governar é fazer campanha. Isso é inaceitável. Questionado se as viagens de Dilma e sua presença em palanques por todo o País não poderiam ser entendidas como um ato eleitoral, Toffoli justifica que a chefe da Casa Civil é gestora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, por isso, exerce uma função que diz respeito a todo o Brasil.
O PAC envolve obras no Brasil inteiro. Uma das principais tarefas de coordenação é visitar obras. É natural que ela possa viajar. A ministra está fazendo a sua obrigação enquanto ministra de Estado. Todos os ministros viajam o País inteiro, afirma.
Jussara Seixas postou o texto no Blog da Dilma Presidente
A representação da oposição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acabou jogando em favor da ministra, aumentando a exposição de seu nome por todo o País. “Do ponto de vista político, eu avalio que a oposição acaba promovendo o nome da ministra Dilma”, disse Toffoli ao Estadão.
Se a tese da oposição prevalecesse, diz o advogado-geral, o governo ficaria paralisado, na medida em que qualquer ato público administrativo passaria a ser entendido como um ato eleitoral. O que se está fazendo hoje não é campanha, é gestão. Se parar de fazer gestão, o governo para e o País também, afirma Toffoli.
A tese da oposição é de que governar é fazer campanha. Isso é inaceitável. Questionado se as viagens de Dilma e sua presença em palanques por todo o País não poderiam ser entendidas como um ato eleitoral, Toffoli justifica que a chefe da Casa Civil é gestora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, por isso, exerce uma função que diz respeito a todo o Brasil.
O PAC envolve obras no Brasil inteiro. Uma das principais tarefas de coordenação é visitar obras. É natural que ela possa viajar. A ministra está fazendo a sua obrigação enquanto ministra de Estado. Todos os ministros viajam o País inteiro, afirma.
Jussara Seixas postou o texto no Blog da Dilma Presidente
Revista CartaCapital discute o aborto, cuidado ou cadeia para as mulheres?
O texto é de Phydia de Athayde. O título é: Cuidado ou cadeia?
Às vésperas do Dia da Mulher, o aviltante episódio da menina de 9 anos, grávida de gêmeos após ter sido estuprada pelo padrasto, que enfrentou outra violência ao buscar o aborto, previsto em lei nesses casos, é apenas mais um exemplo da obscuridade que cerca o debate. O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, achou por bem excomungar a mãe da garota, os médicos e a equipe envolvida no caso. Ao pedófilo estuprador, talvez tenha recomendado um Pai-Nosso e cinco Ave-Marias.
Na sexta-feira, 6, um encontro entre organizações do movimento feminista e deputados federais, estaduais e vereadores do estado de São Paulo abordou um tema caro às mulheres: o direito ao aborto. Foram convidados Luiza Erundina (PSB), José Genoino (PT), Janete Pietá (PT), Paulo Teixeira (PSOL) e Ivan Valente (PSOL), entre outros, para um debate na Assembléia Legislativa de São Paulo.
A movimentação da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, que inclui a totalidade das organizações feministas brasileiras, acontece em um momento em que a CPI do Aborto corre o risco de ser instalada na Câmara. Em dezembro, quando a comissão foi proposta, CartaCapital publicou uma boa reportagem sobre o tema.
“Caso passem a investigar a clandestinidade do aborto, sabemos que isso resultará na criminalização das mulheres, essencialmente as negras e pobres, que enfrentam as situações mais precárias”, diz Sônia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres, uma das organizações envolvidas.
“Essa CPI seria um retrocesso muito grande. Queremos, sim, uma CPI para investigar por que os métodos contraceptivos não chegam às mulheres necessitadas, por que os hospitais maltratam e torturam as vítimas de aborto, por que não se cumpre o direito de realizar o aborto legal na rede pública de saúde”, sugere a ativista.
Ninguém gosta, ninguém planeja. Ainda assim, todos os anos, cerca de 240 mil brasileiras são internadas nos hospitais do SUS em decorrência de abortos inseguros. Elas chegam com hemorragia, infecções e não raro são destratadas por médicos e enfermeiras. O aborto é crime no Brasil e, se isso não diminui as ocorrências, como mostram pesquisas no mundo todo, enche de medo, vergonha e fragilidade as mulheres que o praticam.
Enquanto o Ministério da Saúde trabalha para que o assunto seja tratado como questão de saúde pública, a Câmara dos Deputados caminha para o lado oposto. Na terça-feira 9 de dezembro, aprovou a criação da CPI do Aborto para “investigar profundamente as denúncias e fazer valer a aplicação da lei, atinja a quem atingir”, conforme o pedido de abertura.
LEIA REPORTAGEM NA ÍNTEGRA
Às vésperas do Dia da Mulher, o aviltante episódio da menina de 9 anos, grávida de gêmeos após ter sido estuprada pelo padrasto, que enfrentou outra violência ao buscar o aborto, previsto em lei nesses casos, é apenas mais um exemplo da obscuridade que cerca o debate. O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, achou por bem excomungar a mãe da garota, os médicos e a equipe envolvida no caso. Ao pedófilo estuprador, talvez tenha recomendado um Pai-Nosso e cinco Ave-Marias.
Na sexta-feira, 6, um encontro entre organizações do movimento feminista e deputados federais, estaduais e vereadores do estado de São Paulo abordou um tema caro às mulheres: o direito ao aborto. Foram convidados Luiza Erundina (PSB), José Genoino (PT), Janete Pietá (PT), Paulo Teixeira (PSOL) e Ivan Valente (PSOL), entre outros, para um debate na Assembléia Legislativa de São Paulo.
A movimentação da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, que inclui a totalidade das organizações feministas brasileiras, acontece em um momento em que a CPI do Aborto corre o risco de ser instalada na Câmara. Em dezembro, quando a comissão foi proposta, CartaCapital publicou uma boa reportagem sobre o tema.
“Caso passem a investigar a clandestinidade do aborto, sabemos que isso resultará na criminalização das mulheres, essencialmente as negras e pobres, que enfrentam as situações mais precárias”, diz Sônia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres, uma das organizações envolvidas.
“Essa CPI seria um retrocesso muito grande. Queremos, sim, uma CPI para investigar por que os métodos contraceptivos não chegam às mulheres necessitadas, por que os hospitais maltratam e torturam as vítimas de aborto, por que não se cumpre o direito de realizar o aborto legal na rede pública de saúde”, sugere a ativista.
Ninguém gosta, ninguém planeja. Ainda assim, todos os anos, cerca de 240 mil brasileiras são internadas nos hospitais do SUS em decorrência de abortos inseguros. Elas chegam com hemorragia, infecções e não raro são destratadas por médicos e enfermeiras. O aborto é crime no Brasil e, se isso não diminui as ocorrências, como mostram pesquisas no mundo todo, enche de medo, vergonha e fragilidade as mulheres que o praticam.
Enquanto o Ministério da Saúde trabalha para que o assunto seja tratado como questão de saúde pública, a Câmara dos Deputados caminha para o lado oposto. Na terça-feira 9 de dezembro, aprovou a criação da CPI do Aborto para “investigar profundamente as denúncias e fazer valer a aplicação da lei, atinja a quem atingir”, conforme o pedido de abertura.
LEIA REPORTAGEM NA ÍNTEGRA
8 de março de 2009
88% dos brasileiros aprovam eleição de uma mulher para Presidência da República
A eleição de uma mulher para a Presidência da República recebe o apoio de 88% do eleitorado brasileiro. A constatação foi feita em pesquisa realizada pelo consórcio Lapop (Latin American Public Opinion), que acompanha a situação política em 22 países do continente. Os números foram divulgados em matéria publicada sexta-feira (6) pelo jornal Valor Econômico. Dilma Rousseff pode ser beneficiada com a ausência de preconceito.
“A modernização é um pacote de relações econômicas, políticas e sociais e também significa um avanço no grau de escolarização da maioria da população. Quanto maior o nível educacional do indivíduo, maior sua tendência a aceitar princípios de igualdade, não apenas de gênero, mas de opção sexual, religiosa etc", explicou a cientista política Simone Bohn, doutora em ciências sociais pela USP e professora da Universidade de York, no Canadá, uma das instituições integrantes do consórcio Lapop.
Simone foi uma das responsáveis pela pesquisa do Lapop realizada no Brasil. Para ela, o mais surpreendente nos resultados brasileiros está no fato de que - ao contrário do que se observa na maioria dos países, mesmo naqueles em que as mulheres ainda não conquistaram altos cargos na administração pública - a mulher representa uma novidade na política.
"Ela é vista como menos corrupta e mais preocupada o bem-estar coletivo. É assim também que muitas candidatas se apresentam ao eleitorado brasileiro", disse Simone. Mesmo ante a descrença com a política em geral, os números são animadores para a parcela feminina das candidatas: só é menor a aceitação das mulheres em dois grupos de eleitores, e mesmo assim os percentuais são altos: 70% dos idosos, 66% dos analfabetos e 77% dos que têm até quatro anos de estudo configuram a maior rejeição.
Referindo-se a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como possível candidata do PT para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Simone lembra que outras características também deverão pesar na escolha do eleitorado.
"Dilma pode se beneficiar da ausência de preconceito do eleitor em relação à candidatura de uma mulher, mas ela também precisará mostrar que tem competência administrativa e experiência", acredita a pesquisadora.
“A modernização é um pacote de relações econômicas, políticas e sociais e também significa um avanço no grau de escolarização da maioria da população. Quanto maior o nível educacional do indivíduo, maior sua tendência a aceitar princípios de igualdade, não apenas de gênero, mas de opção sexual, religiosa etc", explicou a cientista política Simone Bohn, doutora em ciências sociais pela USP e professora da Universidade de York, no Canadá, uma das instituições integrantes do consórcio Lapop.
Simone foi uma das responsáveis pela pesquisa do Lapop realizada no Brasil. Para ela, o mais surpreendente nos resultados brasileiros está no fato de que - ao contrário do que se observa na maioria dos países, mesmo naqueles em que as mulheres ainda não conquistaram altos cargos na administração pública - a mulher representa uma novidade na política.
"Ela é vista como menos corrupta e mais preocupada o bem-estar coletivo. É assim também que muitas candidatas se apresentam ao eleitorado brasileiro", disse Simone. Mesmo ante a descrença com a política em geral, os números são animadores para a parcela feminina das candidatas: só é menor a aceitação das mulheres em dois grupos de eleitores, e mesmo assim os percentuais são altos: 70% dos idosos, 66% dos analfabetos e 77% dos que têm até quatro anos de estudo configuram a maior rejeição.
Referindo-se a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como possível candidata do PT para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Simone lembra que outras características também deverão pesar na escolha do eleitorado.
"Dilma pode se beneficiar da ausência de preconceito do eleitor em relação à candidatura de uma mulher, mas ela também precisará mostrar que tem competência administrativa e experiência", acredita a pesquisadora.
Em São Paulo, feministas protestam contra violência e crise e pedem legalização do aborto
Agência Brasil - Em manifestação realizada hoje (8) nas ruas de São Paulo, militantes do movimento feminista lembraram o Dia Internacional de Luta das Mulheres pedindo soluções para a crise econômica mundial e a legalização do aborto.
“Não foram as mulheres que causaram a crise desse sistema capitalista e machista. Não somos nós que controlamos essa dinâmica e não somos nós que devemos pagar por ela”, disse a pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp) Mariana Cestari, uma das coordenadoras da manifestação. Segundo ela, o movimento feminista luta hoje para que, apesar da crise econômica, o governo federal consiga desenvolver políticas para manutenção da estabilidade do emprego.
“Temos muito ainda a conquistar nesse universo de desigualdade em que vivemos no país”, afirmou a coordenadora estadual da União Brasileira de Mulheres, Rosina Conceição de Jesus, em entrevista à Agência Brasil.
Presente à manifestação, a zeladora Carmen dos Santos, que usa cadeira de rodas para se locomover, considerou a data importante por marcar a luta das mulheres por seus valores. Para Carmen, a grande luta da mulher brasileira, nos dias de hoje, é a questão da violência. “A violência dos homens, dos maridos. As mulheres têm que lutar por esse direito para terem mais valor.”
Combatida pela zeladora, a violência foi o principal alvo de protestos na manifestação feminista. De acordo com Mariana Cestari, uma mulher é espancada a cada 15 segundos no Brasil, e 70% dos casos ocorrem dentro de casa. “Estamos nas ruas para denunciar e para encorajar as mulheres a denunciar a violência e para reivindicar políticas públicas amplas de combate à violência”, disse ela.
“Mesmo com toda essa luta, a gente ainda não conseguiu superar isso [a questão da violência contra a mulher]. A Lei Maria da Penha é uma dessas grandes conquistas, mas ainda precisa ser de fato aplicada”, disse Rosina.
Apesar de as mulheres terem sido maioria na manifestação, muitas crianças e homens acompanharam a caminhada. O sociólogo e professor Rodrigo de Carvalho, que carregava o filho Francisco no colo e acompanhava a mulher, participou da caminhada porque também defende igualdade de condições entre homens e mulheres.
“Acho que o principal problema da atualidade [para as mulheres] continua sendo o trabalho. Hoje , temos mais universitárias, mas isso não se reflete, por exemplo, no mercado de trabalho. Nem nos salários, porque normalmente existe uma redução do salário das mulheres”, afirmou.
A passeata, que teve início na Avenida Paulista e terminou com um ato em defesa da legalização do aborto no Parque Ibirapuera, atraiu cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Aos 72 anos, a dona de casa Piedade Maria dos Reis era uma delas. Ela disse que, apesar da idade, “não se entrega” e continua lutando pela causa das mulheres.
“Não foram as mulheres que causaram a crise desse sistema capitalista e machista. Não somos nós que controlamos essa dinâmica e não somos nós que devemos pagar por ela”, disse a pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp) Mariana Cestari, uma das coordenadoras da manifestação. Segundo ela, o movimento feminista luta hoje para que, apesar da crise econômica, o governo federal consiga desenvolver políticas para manutenção da estabilidade do emprego.
“Temos muito ainda a conquistar nesse universo de desigualdade em que vivemos no país”, afirmou a coordenadora estadual da União Brasileira de Mulheres, Rosina Conceição de Jesus, em entrevista à Agência Brasil.
Presente à manifestação, a zeladora Carmen dos Santos, que usa cadeira de rodas para se locomover, considerou a data importante por marcar a luta das mulheres por seus valores. Para Carmen, a grande luta da mulher brasileira, nos dias de hoje, é a questão da violência. “A violência dos homens, dos maridos. As mulheres têm que lutar por esse direito para terem mais valor.”
Combatida pela zeladora, a violência foi o principal alvo de protestos na manifestação feminista. De acordo com Mariana Cestari, uma mulher é espancada a cada 15 segundos no Brasil, e 70% dos casos ocorrem dentro de casa. “Estamos nas ruas para denunciar e para encorajar as mulheres a denunciar a violência e para reivindicar políticas públicas amplas de combate à violência”, disse ela.
“Mesmo com toda essa luta, a gente ainda não conseguiu superar isso [a questão da violência contra a mulher]. A Lei Maria da Penha é uma dessas grandes conquistas, mas ainda precisa ser de fato aplicada”, disse Rosina.
Apesar de as mulheres terem sido maioria na manifestação, muitas crianças e homens acompanharam a caminhada. O sociólogo e professor Rodrigo de Carvalho, que carregava o filho Francisco no colo e acompanhava a mulher, participou da caminhada porque também defende igualdade de condições entre homens e mulheres.
“Acho que o principal problema da atualidade [para as mulheres] continua sendo o trabalho. Hoje , temos mais universitárias, mas isso não se reflete, por exemplo, no mercado de trabalho. Nem nos salários, porque normalmente existe uma redução do salário das mulheres”, afirmou.
A passeata, que teve início na Avenida Paulista e terminou com um ato em defesa da legalização do aborto no Parque Ibirapuera, atraiu cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Aos 72 anos, a dona de casa Piedade Maria dos Reis era uma delas. Ela disse que, apesar da idade, “não se entrega” e continua lutando pela causa das mulheres.
Manifestantes criticam arcebispo que excomungou responsáveis por aborto em menina estuprada
A posição da Igreja Católica, que excomungou a mãe e os médicos que fizeram aborto em uma menina de 9 anos, grávida de gêmeos, depois de estuprada pelo padrasto, foi muito criticada durante manifestação de mulheres realizada hoje (8) em São Paulo. O caso ocorreu no interior de Pernambuco.
Representantes do movimento feminista distribuíram folhetos com a foto do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, nos quais lembravam o tipo de aborto feito na menina foi legal e está previsto em lei. Os panfletos diziam ainda que o fato poderia ter tido um final diferente se o Estado brasileiro reconhecesse e legalizasse o aborto.
“Pregar sua doutrina no interior dos templos é um direito legítimo de todos os religiosos. Agora, quando um representante da Igreja Católica Apostólica Romana tenta interferir nas decisões da Justiça, ou faz essas declarações à imprensa, está claramente procurando exercer inapropriada influência pública sobre o Estado laico, construindo um discurso de intolerância e intransigência oposto à idéia de vida que alega defender”, ressalta o movimento.
A pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), Mariana Cestari, uma das coordenadoras da manifestação de hoje, explicou que a bandeira do movimento pela legalização do aborto expressa “uma questão de direito ao nosso corpo”.
“Hoje temos mais de 1 milhão de abortos provocados por ano no Brasil. É uma realidade. E criminalizar ou tratar como criminosas as mulheres que realizam abortos não significa diminuir esses números”, disse Mariana à Agência Brasil.
Segundo ela, as mais prejudicadas com a criminalização do aborto são as mulheres negras e pobres, que realizam essas cirurgias de forma clandestina e em condições precárias, que podem levar à morte.
Na questão específica da garota de 9 anos que fez o aborto, Marina diz que é preciso refletir sobre qual a vida mais importante a se preservar: da própria menina ou dos filhos gêmeos que ela teria.
“Quando se defende a vida, de que vida se fala? Defende-se a vida de fetos ou de uma menina que está grávida, depois de estuprada pelo padrasto? A vida dela está pública, escancarada, excomungada. E por que o estupro não é excomungado pela Igreja? E não estamos nesse caso falando de um aborto ilegal. A posição de excomunhão foi lamentável”, afirmou.
Também a coordenadora estadual da União Brasileira de Mulheres, Rosina Conceição de Jesus, afirma que o aborto não pode ser criminalizado. “Não podemos conceber que a Igreja acabe achando que é um outro Estado e queira criminalizar nossas mulheres.” ( Agência Brasil).
Representantes do movimento feminista distribuíram folhetos com a foto do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, nos quais lembravam o tipo de aborto feito na menina foi legal e está previsto em lei. Os panfletos diziam ainda que o fato poderia ter tido um final diferente se o Estado brasileiro reconhecesse e legalizasse o aborto.
“Pregar sua doutrina no interior dos templos é um direito legítimo de todos os religiosos. Agora, quando um representante da Igreja Católica Apostólica Romana tenta interferir nas decisões da Justiça, ou faz essas declarações à imprensa, está claramente procurando exercer inapropriada influência pública sobre o Estado laico, construindo um discurso de intolerância e intransigência oposto à idéia de vida que alega defender”, ressalta o movimento.
A pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), Mariana Cestari, uma das coordenadoras da manifestação de hoje, explicou que a bandeira do movimento pela legalização do aborto expressa “uma questão de direito ao nosso corpo”.
“Hoje temos mais de 1 milhão de abortos provocados por ano no Brasil. É uma realidade. E criminalizar ou tratar como criminosas as mulheres que realizam abortos não significa diminuir esses números”, disse Mariana à Agência Brasil.
Segundo ela, as mais prejudicadas com a criminalização do aborto são as mulheres negras e pobres, que realizam essas cirurgias de forma clandestina e em condições precárias, que podem levar à morte.
Na questão específica da garota de 9 anos que fez o aborto, Marina diz que é preciso refletir sobre qual a vida mais importante a se preservar: da própria menina ou dos filhos gêmeos que ela teria.
“Quando se defende a vida, de que vida se fala? Defende-se a vida de fetos ou de uma menina que está grávida, depois de estuprada pelo padrasto? A vida dela está pública, escancarada, excomungada. E por que o estupro não é excomungado pela Igreja? E não estamos nesse caso falando de um aborto ilegal. A posição de excomunhão foi lamentável”, afirmou.
Também a coordenadora estadual da União Brasileira de Mulheres, Rosina Conceição de Jesus, afirma que o aborto não pode ser criminalizado. “Não podemos conceber que a Igreja acabe achando que é um outro Estado e queira criminalizar nossas mulheres.” ( Agência Brasil).
Manifestação em Brasília defende legalização do aborto
Deu na Agência Brasil. Representantes de entidades feministas aproveitaram o Dia Internacional da Mulher para defender a legalização do aborto em um ato público realizado hoje (8) no Parque da Cidade, em Brasília. Com faixas, música e dança e distribuição de panfletos, o grupo de cerca de 20 mulheres defendeu o legítimo “direito de escolha”.
As faixas traziam frases como “Maternidade não é obrigação, é opção” e reivindicações de melhoria no atendimento às mulheres nos serviços públicos de saúde.
“Hoje temos um processo de criminalização das mulheres que praticam aborto e das mulheres que ajudam as outras mulheres que necessitem praticar aborto, mesmo nos casos de aborto legal. Isso foi sacralizado na semana passada na voz do bispo que excomungou a equipe médica que realizou um aborto”, afirmou a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Isabel Freitas.
Isabel se referia ao arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe e os médicos que fizeram aborto em uma menina de 9 anos, grávida de gêmeos, depois de estuprada pelo padastro psicopata. O caso ocorreu no interior de Pernambuco. Pior ainda. O estuprador não foi “excomungado”.
Um grupo de teatro da organização não-governamental Instituto Arcana de Arte e Desenvolvimento Humano animou a manifestação ao som de músicas populares. Também houve distribuição de preservativos masculinos e femininos.
Além de protestar contra a criminalização do aborto, o ato público lembrou reivindicações femininas como a garantia de direitos no trabalho, mais recursos para políticas para as mulheres e o fim da violência doméstica.
“Esse dia não pode virar uma data de fazer festa e homenagens em vão. Não é um dia de propaganda, de venda de roupas, de cosméticos. É dia de denunciar o que está acontecendo com as mulheres desse país. E no Brasil as conquistas são muito lentas”, avaliou Isabel.
Na Esplanada dos Ministérios, a programação para comemorar o Dia Internacional da Mulher incluiu prestação de serviços, aulas de artesanato, orientação médica e atividades culturais. Até o meio da tarde, mais de 3 mil pessoas estavam no local para a festa que será encerrada com apresentação do cantor Fábio Júnior.
As faixas traziam frases como “Maternidade não é obrigação, é opção” e reivindicações de melhoria no atendimento às mulheres nos serviços públicos de saúde.
“Hoje temos um processo de criminalização das mulheres que praticam aborto e das mulheres que ajudam as outras mulheres que necessitem praticar aborto, mesmo nos casos de aborto legal. Isso foi sacralizado na semana passada na voz do bispo que excomungou a equipe médica que realizou um aborto”, afirmou a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Isabel Freitas.
Isabel se referia ao arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe e os médicos que fizeram aborto em uma menina de 9 anos, grávida de gêmeos, depois de estuprada pelo padastro psicopata. O caso ocorreu no interior de Pernambuco. Pior ainda. O estuprador não foi “excomungado”.
Um grupo de teatro da organização não-governamental Instituto Arcana de Arte e Desenvolvimento Humano animou a manifestação ao som de músicas populares. Também houve distribuição de preservativos masculinos e femininos.
Além de protestar contra a criminalização do aborto, o ato público lembrou reivindicações femininas como a garantia de direitos no trabalho, mais recursos para políticas para as mulheres e o fim da violência doméstica.
“Esse dia não pode virar uma data de fazer festa e homenagens em vão. Não é um dia de propaganda, de venda de roupas, de cosméticos. É dia de denunciar o que está acontecendo com as mulheres desse país. E no Brasil as conquistas são muito lentas”, avaliou Isabel.
Na Esplanada dos Ministérios, a programação para comemorar o Dia Internacional da Mulher incluiu prestação de serviços, aulas de artesanato, orientação médica e atividades culturais. Até o meio da tarde, mais de 3 mil pessoas estavam no local para a festa que será encerrada com apresentação do cantor Fábio Júnior.