7 de março de 2008
Nova eleição para presidente estadual do PT da Bahia
Acontece no próximo dia 16 de março a nova eleição para presidente do PT da Bahia. Concorrem os mesmos candidatos mais votados no primeiro turno: Jonas Paulo e Marcelino Galo. Foi uma decisão da Direção Nacional. A regulamentação é rigorosa. Não há espaço para denuncismo barato. É a vitória da democracia interna do PT.
Esta nova eleição será coordenada por uma comissão formada por Paulo Frateschi, Secretário Nacional de Organização do PT; Romênio Pereira, Secretário Nacional de Assuntos Institucionais, e Eunice Wolf, membro da Executiva Nacional. Estão aptos a participar os filiados nos 282 municípios baianos que realizaram o PED em nível estadual, no primeiro ou no segundo turno.
Em cada município a eleição será coordenada pela respectiva Comissão Executiva, eleita no PED 2007, que terá como primeira tarefa definir onde será o local de votação e informar à Comissão de Organização Estadual (COE) até a próxima segunda-feira (10). Nesta mesma data, os dirigentes municipais devem informar à COE a composição de sua Comissão Executiva e eventuais alterações de endereços para recebimento de correspondência.
Para dirimir as dúvidas dos dirigentes municipais foi criada, na sede do Diretório Estadual, uma Central de Atendimento, que também será responsável pelo envio aos municípios do material necessário à realização da eleição.
Em cada microrregião há um responsável para dirimir dúvidas.
VEJA AQUI OS RESPONSÁVEIS POR MICRORREGIÃO E AS RECOMENDAÇÕES DA DIREÇÃO NACIONAL
Esta nova eleição será coordenada por uma comissão formada por Paulo Frateschi, Secretário Nacional de Organização do PT; Romênio Pereira, Secretário Nacional de Assuntos Institucionais, e Eunice Wolf, membro da Executiva Nacional. Estão aptos a participar os filiados nos 282 municípios baianos que realizaram o PED em nível estadual, no primeiro ou no segundo turno.
Em cada município a eleição será coordenada pela respectiva Comissão Executiva, eleita no PED 2007, que terá como primeira tarefa definir onde será o local de votação e informar à Comissão de Organização Estadual (COE) até a próxima segunda-feira (10). Nesta mesma data, os dirigentes municipais devem informar à COE a composição de sua Comissão Executiva e eventuais alterações de endereços para recebimento de correspondência.
Para dirimir as dúvidas dos dirigentes municipais foi criada, na sede do Diretório Estadual, uma Central de Atendimento, que também será responsável pelo envio aos municípios do material necessário à realização da eleição.
Em cada microrregião há um responsável para dirimir dúvidas.
VEJA AQUI OS RESPONSÁVEIS POR MICRORREGIÃO E AS RECOMENDAÇÕES DA DIREÇÃO NACIONAL
José Eduardo Cardozo será o entrevistado do Roda Viva de segunda, 10
O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), secretário-geral do PT, será o entrevistado do Programa Roda Viva da próxima segunda-feira, 10. O programa vai ao ar às 22h40, na TV Cultura, ao vivo, com apresentação do jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva.
É uma ótima oportunidade para ele esclarecer de vez a manipulação que a revista Veja (20/02) cometeu com sua entrevista publicada nas páginas amarelas. O título da entrevista amarela é “O mensalão existiu”. Mas, como? O deputado José Eduardo Cardozo em nenhum momento disse isso. A manipulação grosseira levou o deputado a protestar em carta, publicada na semana seguinte (27/02).
Na carta, o deputado José Eduardo Cardozo escreveu: (...) assim, a afirmação “O mensalão existiu”, com todas as conseqüências que dela podem eventualmente ser extraídas em vários sentidos e conotações, NÃO FOI FEITA, em nenhum momento, por mim”. Cardozo também reclama que quando o repórter usava a expressão “aloprado” com relação a Ricardo Berzoini, ele na verdade disse: “(...) afirmei que tinha por injusta essa acusação, uma vez que, no episódio em questão, absolutamente NADA foi apurado contra Ricardo Berzoini”. Mas isso desapareceu do texto da entrevista.
Certo está o jornalista Luiz Nassif ao afirmar que a revista Veja está passando por uma degradação moral. Ele informa que recebe centenas de e-mails de jornalistas que trabalham na revista, reclamando que seus editores manipulam os textos.
Será que os entrevistadores, todos da grande imprensa, vão abordar o assunto?
Já estão confirmados os seguintes nomes: Luiz Weis, colunista do Observatório da Imprensa e colaborador do jornal O Estado de S. Paulo; Alexandre Machado, diretor e apresentador do programa Opinião Nacional, da TV Cultura; Renata Lo Prete, editora do Painel do jornal Folha de S. Paulo; e César Felício dos Santos, repórter de Política do jornal Valor Econômico.
É uma ótima oportunidade para ele esclarecer de vez a manipulação que a revista Veja (20/02) cometeu com sua entrevista publicada nas páginas amarelas. O título da entrevista amarela é “O mensalão existiu”. Mas, como? O deputado José Eduardo Cardozo em nenhum momento disse isso. A manipulação grosseira levou o deputado a protestar em carta, publicada na semana seguinte (27/02).
Na carta, o deputado José Eduardo Cardozo escreveu: (...) assim, a afirmação “O mensalão existiu”, com todas as conseqüências que dela podem eventualmente ser extraídas em vários sentidos e conotações, NÃO FOI FEITA, em nenhum momento, por mim”. Cardozo também reclama que quando o repórter usava a expressão “aloprado” com relação a Ricardo Berzoini, ele na verdade disse: “(...) afirmei que tinha por injusta essa acusação, uma vez que, no episódio em questão, absolutamente NADA foi apurado contra Ricardo Berzoini”. Mas isso desapareceu do texto da entrevista.
Certo está o jornalista Luiz Nassif ao afirmar que a revista Veja está passando por uma degradação moral. Ele informa que recebe centenas de e-mails de jornalistas que trabalham na revista, reclamando que seus editores manipulam os textos.
Será que os entrevistadores, todos da grande imprensa, vão abordar o assunto?
Já estão confirmados os seguintes nomes: Luiz Weis, colunista do Observatório da Imprensa e colaborador do jornal O Estado de S. Paulo; Alexandre Machado, diretor e apresentador do programa Opinião Nacional, da TV Cultura; Renata Lo Prete, editora do Painel do jornal Folha de S. Paulo; e César Felício dos Santos, repórter de Política do jornal Valor Econômico.
6 de março de 2008
Secretários do PSDB desviaram R$ 2 milhões
O caso de corrupção na prefeitura do PSDB Santa Isabel-SP continua solenemente ignorado pela imprensa nacional. Claro, é do PSDB. Na internet, a única suíte (continuação de notícia dada anteriormente)encontrada por mim foi uma matéria publicada no Globo Online. Ainda assim omite que os quatro secretários presos na cadeia municipal são do PSDB, partido do governador do estado José Serra, de FHC, de Arthur Virgílio, etc., etc.
Lembro-me da prisão de Luís Caetano, prefeito de Camaçari, do PT, humilhado em rede nacional por acusações estapafurdias, para logo a seguir serem arquivadas pela justiça. E o prefeito do PSDB? Por enquanto ele diz que não sabia de nada, mas os vereadores da cidade desconfiam do seu envolvimento e vão pedir seu afastamento.
Luís Caetano foi execrado na TV por suposto recebimento de ingressos para camarote e passeio de lancha. Na prefeitura do PSDB, mais de R$ 2 milhões teriam descido pelo ralo e ido parar nas mãos dos ratos. É o que eu digo: denúncia de corrupção só é manchete se for contra o PT.
É a lei de Ricúpero manifestando-se na nossa mídia: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde.
Lembro-me da prisão de Luís Caetano, prefeito de Camaçari, do PT, humilhado em rede nacional por acusações estapafurdias, para logo a seguir serem arquivadas pela justiça. E o prefeito do PSDB? Por enquanto ele diz que não sabia de nada, mas os vereadores da cidade desconfiam do seu envolvimento e vão pedir seu afastamento.
Luís Caetano foi execrado na TV por suposto recebimento de ingressos para camarote e passeio de lancha. Na prefeitura do PSDB, mais de R$ 2 milhões teriam descido pelo ralo e ido parar nas mãos dos ratos. É o que eu digo: denúncia de corrupção só é manchete se for contra o PT.
É a lei de Ricúpero manifestando-se na nossa mídia: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde.
PT e Lula se solidarizam com Equador, invadido pela Colômbia terrorista
Parlamentares da bancada do PT ocuparam a tribuna da Câmara Federal quarta-feira, 5, para declarar apoio à posição do presidente Lula, de solidariedade ao presidente do Equador, Rafael Correa. No último sábado, o Exército colombiano invadiu território equatoriano e matou integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs). Os dois presidentes reuniram-se quarta-feira, em Brasília, e durante o encontro o presidente Lula reiterou a disposição do Brasil de ser um facilitador no processo de paz entre os dois países. Por trás da invasão do espaço aéreo do Equador está a tentativa do governo da Colômbia de inviabilizar a ação humanitária que se estava desenvolvendo para a libertação dos reféns sob o poder das Farcs.
Leia na Íntegra
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Nelson Pelegrino critica magistrados na CPI dos Grampos
O relator da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) criticou quarta-feira (5) a facilidade com que os magistrados concedem autorização para as escutas telefônicas. “O que é exceção na lei acabou virando regra e o mais grave é que a legislação também não é cumprida na justificativa para o pedido de escuta e nem na liberação para o grampo”, lamentou. Para o relator, o magistrado deve ser o guardião do direito constitucional do sigilo telefônico. Mas está ocorrendo contrário. “O sentimento da sociedade é de que ela está vivendo um verdadeiro Big Brother, que está sendo escutada e vigiada 24 horas por dia”.
5 de março de 2008
Alexandre Garcia, o sofista
O comentarista político do Bom Dia Brasil (Globo) Alexandre Garcia defendeu hoje (o direito da Colômbia de invadir o território equatoriano para matar rebeldes das FARC. Fez isso sob o seguinte argumento: o Equador dá guarida aos “terroristas” que atacam a Colômbia, logo o presidente Uribe estaria livre para atacar o país vizinho para matar seus opositores.
A assertiva de Garcia remete-nos para a antiga Grécia, onde filósofos pré-socráticos, os Sofistas, especializaram-se em inventar argumentos supostamente verdadeiros para justificar idéias absurdas. Nos nossos dias a expressão virou sinônimo de enganadores.
Se a lógica do comentarista do Bom Dia Brasil pudesse ser aplicada a todos, as situações da mesma natureza, o nosso País teria o direito de invadir a Suíça para seqüestrar ou matar o banqueiro Cacciola, o foragido número 1 da justiça brasileira, refugiado naquele país. Ou já teríamos sido há muito bombardeados pelo nosso vizinho Paraguai, por darmos asilo a um ex-presidente paraguaio que tem mandato de prisão decretado pela justiça de lá.
É o vale-tudo para justificar o alinhamento da Rede Globo ao pensamento emanado do Grande Irmão do Norte, os EUA, verdadeiros mentores do combate à guerrilha colombiana. Uribe não passa de um boneco de ventríloquo.
A assertiva de Garcia remete-nos para a antiga Grécia, onde filósofos pré-socráticos, os Sofistas, especializaram-se em inventar argumentos supostamente verdadeiros para justificar idéias absurdas. Nos nossos dias a expressão virou sinônimo de enganadores.
Se a lógica do comentarista do Bom Dia Brasil pudesse ser aplicada a todos, as situações da mesma natureza, o nosso País teria o direito de invadir a Suíça para seqüestrar ou matar o banqueiro Cacciola, o foragido número 1 da justiça brasileira, refugiado naquele país. Ou já teríamos sido há muito bombardeados pelo nosso vizinho Paraguai, por darmos asilo a um ex-presidente paraguaio que tem mandato de prisão decretado pela justiça de lá.
É o vale-tudo para justificar o alinhamento da Rede Globo ao pensamento emanado do Grande Irmão do Norte, os EUA, verdadeiros mentores do combate à guerrilha colombiana. Uribe não passa de um boneco de ventríloquo.
Quem fala certo, quem fala errado?
A "entrevista explosiva" da revista Caros Amigos de fevereiro, que ainda está nas bancas, detona preconceitos de professores e colunistas de jornal dedicados a impor a "norma culta" aos infelizes brasileiros. Marcos Bagno, doutor em Linguística, autor de obras como "A norma oculta" e "Preconceito linguístico" detona inclusive o professor Pasquale Cipro Neto que vocifera na Folha de S. Paulo e na TV o que pode e o que não pode. O que supostamente está certo e o que não está. Qual o problema em escrever "Me disseram", "te vi passar". Para o pessoal obtuso da "norma culta" está errado começar a frase com pronome obliquo. Mas, todo mundo no Brasil começa. Ou seja, a mídia abre espaço para pessoas sem formação linguística como Cipro Neto e Dad Squarisi.
Aliás, nossa imprensa partidarizada já tentou ridicularizar o presidente Lula, de origem operária, por ter usado "menas verdade". Marcos Bagno comenta que o caso Lula é especialíssimo, porque ele foi se apropriando das normas linguísticas ditas cultas e de prestígio, sem abandonar as expressões populares. "Lula "é um ator linguístico de muita boa qualidade, até brincou com isso uma vez: "Lembram-se quando eu falava "menas"? Pois agora eu falo "concomitantemente". Segundo o pesquisador Marcos Bagno, Lula não trocou uma coisa pela outra, continua usando esses dois conjuntos de falares quando lhe interessa usar esse ou aquele.
A discriminação pela linguagem vai da esquerda à direita no espectro político. As elites acham que o brasileiro fala mal o português. O caso do uso de "menas" pelo presidente Lula é de interpretação muito simples para um lingüista. Temos aqui um advérbio. Os advérbios em princípio são invariáveis, não assumem flexão de gênero e número, mas são muito parecidos com os adjetivos, que se flexionam. Por exemplo: o advérbio "meio". Machado de Assis tem um conto que fala: "Filomena era muito bonita, porém meia triste". A isso chama-se concordância por atração. É o mesmo que acontece com a expressão "menas corrupção". Ou seja, Machado de Assis pode falar menas, mas Lula não pode. Só mesmo nos textos safados de jornalistas babacas.
Pelo sim, pelo não, o presidente Lula parou de usar "menas verdade", mas não se cansa de usar outras expressões populares para se comunicar com o povo, o que a Folha de S. Paulo com suas normas cultas não consegue. Sou mais Lula.
A revista Caros Amigos está nas bancas.
Aliás, nossa imprensa partidarizada já tentou ridicularizar o presidente Lula, de origem operária, por ter usado "menas verdade". Marcos Bagno comenta que o caso Lula é especialíssimo, porque ele foi se apropriando das normas linguísticas ditas cultas e de prestígio, sem abandonar as expressões populares. "Lula "é um ator linguístico de muita boa qualidade, até brincou com isso uma vez: "Lembram-se quando eu falava "menas"? Pois agora eu falo "concomitantemente". Segundo o pesquisador Marcos Bagno, Lula não trocou uma coisa pela outra, continua usando esses dois conjuntos de falares quando lhe interessa usar esse ou aquele.
A discriminação pela linguagem vai da esquerda à direita no espectro político. As elites acham que o brasileiro fala mal o português. O caso do uso de "menas" pelo presidente Lula é de interpretação muito simples para um lingüista. Temos aqui um advérbio. Os advérbios em princípio são invariáveis, não assumem flexão de gênero e número, mas são muito parecidos com os adjetivos, que se flexionam. Por exemplo: o advérbio "meio". Machado de Assis tem um conto que fala: "Filomena era muito bonita, porém meia triste". A isso chama-se concordância por atração. É o mesmo que acontece com a expressão "menas corrupção". Ou seja, Machado de Assis pode falar menas, mas Lula não pode. Só mesmo nos textos safados de jornalistas babacas.
Pelo sim, pelo não, o presidente Lula parou de usar "menas verdade", mas não se cansa de usar outras expressões populares para se comunicar com o povo, o que a Folha de S. Paulo com suas normas cultas não consegue. Sou mais Lula.
A revista Caros Amigos está nas bancas.
4 de março de 2008
Político “corrupto” só tem partido quando é do PT
Prefeitura do interior de São Paulo tem cinco secretários presos, mas a imprensa esconde que cidade é administrada pelo PSDB
Ainda há quem acredite que a nossa mídia é independente e NÃO faz perseguição ao PT quando alardeia eventuais desvios de conduta de um dos seus membros, seja ele dirigente, administrador, parlamentar, ou um simples filiado. Claro que só os tolos crêem nisso ainda. O que se vê de fato é um carnaval de manchetes quando um suposto “corrupto” está sob a legenda petista.
Na cidade paulista de Santa Isabel, região da Grande SP, cinco secretários (de um total de oito) foram presos hoje por operação policial por suspeita de corrupção, peculato, formação de quadrilha, dentre outros crimes. O esquema foi desbaratado após 60 dias de investigação, com escutas telefônicas autorizadas pela justiça.
Que partido governa a cidade? Bom, para descobrir isso não foi fácil, precisei consultar vários sites para descobrir e só consegui a informação nas listas de candidatos eleitos publicadas no site do TRE das eleições de 2004. O prefeito é Helio Buscarioli, do PSDB.
O SBT Brasil, do jornalista Carlos Nascimento, deu a notícia. No comentário de praxe, Nascimento (claro) condenou a “corrupção dos nossos políticos”, mas nem ele, nem o VT da reportagem, disseram que a cidade é administrada pelo PSDB.
Será que o partido que comanda uma prefeitura corrupta, em que quase todos os secretários foram pegos em roubalheira, não é importante para uma notícia? Claro que é, diriam nossos atentos jornalistas, desde que seja o PT. Aí a manchete seria: SECRETÁRIOS DO PT PRESOS EM OPERAÇÃO DA PF. Mas “infelizmente” os caras são do PSDB. Puxa, que merda! Esconde, esconde!
Ainda há quem acredite que a nossa mídia é independente e NÃO faz perseguição ao PT quando alardeia eventuais desvios de conduta de um dos seus membros, seja ele dirigente, administrador, parlamentar, ou um simples filiado. Claro que só os tolos crêem nisso ainda. O que se vê de fato é um carnaval de manchetes quando um suposto “corrupto” está sob a legenda petista.
Na cidade paulista de Santa Isabel, região da Grande SP, cinco secretários (de um total de oito) foram presos hoje por operação policial por suspeita de corrupção, peculato, formação de quadrilha, dentre outros crimes. O esquema foi desbaratado após 60 dias de investigação, com escutas telefônicas autorizadas pela justiça.
Que partido governa a cidade? Bom, para descobrir isso não foi fácil, precisei consultar vários sites para descobrir e só consegui a informação nas listas de candidatos eleitos publicadas no site do TRE das eleições de 2004. O prefeito é Helio Buscarioli, do PSDB.
O SBT Brasil, do jornalista Carlos Nascimento, deu a notícia. No comentário de praxe, Nascimento (claro) condenou a “corrupção dos nossos políticos”, mas nem ele, nem o VT da reportagem, disseram que a cidade é administrada pelo PSDB.
Será que o partido que comanda uma prefeitura corrupta, em que quase todos os secretários foram pegos em roubalheira, não é importante para uma notícia? Claro que é, diriam nossos atentos jornalistas, desde que seja o PT. Aí a manchete seria: SECRETÁRIOS DO PT PRESOS EM OPERAÇÃO DA PF. Mas “infelizmente” os caras são do PSDB. Puxa, que merda! Esconde, esconde!
Campanha radiofônica incentiva população a denunciar abusos pelas ouvidorias de polícia. Na Bahia, "abuso" quer dizer assassinato e tortura.
Jornalistas, comunicadores populares e radialistas de Pernambuco participaram (09/02) em Recife do lançamento da campanha radiofônica de apoio às Ouvidorias de Polícia no Brasil, promovida pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH). O programa tem financiamento da União Européia e parceria com a Oboré Projetos Especiais em Comunicações e Artes.
O objetivo principal é ampliar e implementar ações de comunicação que busquem apoiar, divulgar e popularizar a existência e o trabalho das Ouvidorias de Polícia junto à população, especialmente por meio do rádio.
A Bahia está precisando de uma ação deste tipo. Aqui, a Polícia Militar mata e tortura. A população, tanto os ricos quanto os pobres, tem medo de formular denúncias diante das ameaças costumeiras. A população precisa aprender o caminho das ouvidorias de polícia. Mesmo anônimas as denúncias têm que ser apuradas.
O objetivo principal é ampliar e implementar ações de comunicação que busquem apoiar, divulgar e popularizar a existência e o trabalho das Ouvidorias de Polícia junto à população, especialmente por meio do rádio.
A Bahia está precisando de uma ação deste tipo. Aqui, a Polícia Militar mata e tortura. A população, tanto os ricos quanto os pobres, tem medo de formular denúncias diante das ameaças costumeiras. A população precisa aprender o caminho das ouvidorias de polícia. Mesmo anônimas as denúncias têm que ser apuradas.
Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência defende pesquisas com células-tronco
Cada qual sabe de sua dor. O Superior Tribunal Federal STF)decidirá nesta quarta-feira (5) o destino no Brasil das pesquisas com células-tronco de embriões humanos. Os 11 ministros julgarão a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra o artigo 5º da Lei de Biossegurança (11.105), de 2005, que permitiu a pesquisa com células-tronco de embriões fertilizados “in vitro” e descartados. Proíbe o comércio e exige que sejam usados embriões inviáveis ou descartados há pelo menos três anos.
A tal ADIN foi movida pelo ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles. Ele deve ter movimento nas pernas e braços. Não sendo portador de deficiência pode se dar a esse luxo.
O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (CONADE)) debateu o tema e divulgou o Manifesto pela Vida, aprovado em plenário. O documento defende a vida e discorda dos argumentos contidos na ADIN. “Um dos argumentos do texto da Adin é que a permissão para o uso de células-tronco de embriões viola o direito à vida e à dignidade da pessoa humana, previstos na Constituição Federal.
Entende o Conade que a manutenção dos artigos da Lei de Biosegurança permitirá pesquisas que podem alcançar a cura para certas doenças ou no mínimo possibilitar significativa melhoria da VIDA de pessoas com deficiência”, avalia o Conade. O Conade é órgão superior de deliberação colegiada, criado em 1999, inicialmente no âmbito do Ministério da Justiça. Em maio de 2003 o Conselho passou a ser vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR).
A principal competência do Conade é acompanhar e avaliar o desenvolvimento da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer, política urbana, dirigidas a este grupo social. É isso. cada qual sabe de sua dor.
A tal ADIN foi movida pelo ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles. Ele deve ter movimento nas pernas e braços. Não sendo portador de deficiência pode se dar a esse luxo.
O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (CONADE)) debateu o tema e divulgou o Manifesto pela Vida, aprovado em plenário. O documento defende a vida e discorda dos argumentos contidos na ADIN. “Um dos argumentos do texto da Adin é que a permissão para o uso de células-tronco de embriões viola o direito à vida e à dignidade da pessoa humana, previstos na Constituição Federal.
Entende o Conade que a manutenção dos artigos da Lei de Biosegurança permitirá pesquisas que podem alcançar a cura para certas doenças ou no mínimo possibilitar significativa melhoria da VIDA de pessoas com deficiência”, avalia o Conade. O Conade é órgão superior de deliberação colegiada, criado em 1999, inicialmente no âmbito do Ministério da Justiça. Em maio de 2003 o Conselho passou a ser vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR).
A principal competência do Conade é acompanhar e avaliar o desenvolvimento da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer, política urbana, dirigidas a este grupo social. É isso. cada qual sabe de sua dor.
A destruição do passado nas cidades
"A destruição do passado nas cidades" é o título do artigo do escritor e jornalista Emiliano José no site da revista CartaCapital. A discussão sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) recentemente aprovado pela Câmara de Salvador e já sancionado pelo prefeito João Henrique (PMDB) reacendeu uma discussão sobre a cidade e provoca um debate que não se circunscreve apenas ao destino de Salvador. Há uma evidente voracidade acumulativa, que passa, sempre, pela destruição das marcas da história nas cidades brasileiras. As marcas do progresso acabam sendo as marcas da barbárie, segundo Walter Benjamin.
O PDDU de Salvador suscitou problemas como o da elevação do gabarito da orla marítima e, também, na tradicional área do Comércio, na Cidade Baixa. Num caso, o da orla, haveria a diminuição da qualidade de vida do restante da cidade pelo paredão de edifícios que se levantaria à beira mar. No caso do Comércio, comprometeria uma característica tradicional da cidade – Cidade Alta e Cidade Baixa. As cidades brasileiras, especialmente as maiores, se movimentam sempre no sentido inverso: lutam para destruir o passado. É como se não quisessem se lembrar dele.
São poucos os administradores e pouco os políticos que entendem a importância de preservar a memória das cidades, e isso num sentido muito amplo, incluindo-se aí suas edificações, seu perfil paisagístico, sua natureza. Algumas delas, quando o fazem, enveredam por estranhos caminhos – a experiência anterior de tentar preservar o extraordinário conjunto colonial do Pelourinho, em Salvador, significou a expulsão do povo que morava ali, o que constitui um equívoco completo e que é fadado sempre ao fracasso. A caminhar assim, nós teremos que nos contentar com registros fotográficos para reconhecer a terra onde viveram nossos antepassados. E isso num País tão novo como o nosso.
LEIA NA ÍNTEGRA
O PDDU de Salvador suscitou problemas como o da elevação do gabarito da orla marítima e, também, na tradicional área do Comércio, na Cidade Baixa. Num caso, o da orla, haveria a diminuição da qualidade de vida do restante da cidade pelo paredão de edifícios que se levantaria à beira mar. No caso do Comércio, comprometeria uma característica tradicional da cidade – Cidade Alta e Cidade Baixa. As cidades brasileiras, especialmente as maiores, se movimentam sempre no sentido inverso: lutam para destruir o passado. É como se não quisessem se lembrar dele.
São poucos os administradores e pouco os políticos que entendem a importância de preservar a memória das cidades, e isso num sentido muito amplo, incluindo-se aí suas edificações, seu perfil paisagístico, sua natureza. Algumas delas, quando o fazem, enveredam por estranhos caminhos – a experiência anterior de tentar preservar o extraordinário conjunto colonial do Pelourinho, em Salvador, significou a expulsão do povo que morava ali, o que constitui um equívoco completo e que é fadado sempre ao fracasso. A caminhar assim, nós teremos que nos contentar com registros fotográficos para reconhecer a terra onde viveram nossos antepassados. E isso num País tão novo como o nosso.
LEIA NA ÍNTEGRA
3 de março de 2008
TV Bahia faz com João o mesmo que fazia com Lídice
"Reclamação" virou a palavra mais falada pelo noticiário da TV Bahia. São os problemas com transporte, segurança, saneamento, habitação, atendimento à saúde, desemprego. De repente, parece que a Salvador "capital da alegria" transformou-se na "capital da tristeza".
O que mudou? Pode ser que João Henrique não seja um bom prefeito, porém não é isso que importa, mas a escolha dos fatos a serem pautados nos noticiários da TV Bahia. Se durante a administração carlista o que fazia a cabeça dos editores eram as festas, as maravilhas dos pontos turísticos, a "cultura da alegria" que faz o baiano ser peculiar, agora são os buracos nas ruas, a falta de médicos, os problemas de transporte, os graves problemas causados pelas chuvas, os protestos dos moradores contra o descaso da administração pública, a violência.
Durante a administração da prefeita Lídice da Mata (1997-2000), a emissora utilizou a mesma tática e deu certo. Conseguiu simular a impressão de péssima administração como o negativismo do seu noticiário sobre a cidade e foi peça fundamental para garantir a vitória de Imbassahy em 2000. Já sob a administração do carlismo, o tom do jornalismo da TV Bahia casava com o slogan "capital da alegria". Enquanto isso, Salvador estava mergulhada em desemprego, falta de saneamento básico e abandono dos bairros populares.
Salvador derrotou o carlismo em 2004, a Bahia jogou a pá de cal em 2006. Agora não é mais interesse da TV Bahia cultivar os encantos dos baianos, mas "criar" a sensação de que tudo está ruim. O foco é Salvador, mas não deixa de respingar sobre o governo do Estado. Os investimentos ou a falta deles é co-responsabilidade de Wagner. A impressão de que Salvador vive sob o domínio de bandidos atinge diretamente a administração petista.
As eleições municipais se aproximam e o "estilo" de noticiário da TV Bahia tende a recrudescer. Os interesses múltiplos de várias correntes políticas (inclusive de esquerda) que irão se manifestar nessa disputa podem cair na tentação de navegar na "crista da onda" da pauta contra a administração de João Henrique. Ao fazerem isso, estarão alimentando os desejos das viúvas do ex-senador de voltarem ao poder como a salvação da "capital da alegria".
O que mudou? Pode ser que João Henrique não seja um bom prefeito, porém não é isso que importa, mas a escolha dos fatos a serem pautados nos noticiários da TV Bahia. Se durante a administração carlista o que fazia a cabeça dos editores eram as festas, as maravilhas dos pontos turísticos, a "cultura da alegria" que faz o baiano ser peculiar, agora são os buracos nas ruas, a falta de médicos, os problemas de transporte, os graves problemas causados pelas chuvas, os protestos dos moradores contra o descaso da administração pública, a violência.
Durante a administração da prefeita Lídice da Mata (1997-2000), a emissora utilizou a mesma tática e deu certo. Conseguiu simular a impressão de péssima administração como o negativismo do seu noticiário sobre a cidade e foi peça fundamental para garantir a vitória de Imbassahy em 2000. Já sob a administração do carlismo, o tom do jornalismo da TV Bahia casava com o slogan "capital da alegria". Enquanto isso, Salvador estava mergulhada em desemprego, falta de saneamento básico e abandono dos bairros populares.
Salvador derrotou o carlismo em 2004, a Bahia jogou a pá de cal em 2006. Agora não é mais interesse da TV Bahia cultivar os encantos dos baianos, mas "criar" a sensação de que tudo está ruim. O foco é Salvador, mas não deixa de respingar sobre o governo do Estado. Os investimentos ou a falta deles é co-responsabilidade de Wagner. A impressão de que Salvador vive sob o domínio de bandidos atinge diretamente a administração petista.
As eleições municipais se aproximam e o "estilo" de noticiário da TV Bahia tende a recrudescer. Os interesses múltiplos de várias correntes políticas (inclusive de esquerda) que irão se manifestar nessa disputa podem cair na tentação de navegar na "crista da onda" da pauta contra a administração de João Henrique. Ao fazerem isso, estarão alimentando os desejos das viúvas do ex-senador de voltarem ao poder como a salvação da "capital da alegria".
2 de março de 2008
O "morde e assopra" da revista Veja
Há muito observo uma tática que se repete no semanário da Editora Abril: sempre que uma capa estremece a "aura" de independente da revista (para aqueles assinantes que ainda creem nisso), a capa seguinte é um assunto "unânime", geralmente um tema venal, como saúde, estética, tecnologia ou outro "frio". Nunca um assunto político, nem polêmico. Quem quiser pesquisar no próprio site da revista verá que esta observação é pertinente.
Isso ocorreu agora. Após a manifestação de direitismo indisfarçável, uma peça memorável com o seu "já vai tarde" sobre a silhueta de Fidel Castro, semana passada, o tema de capa desta semana é "Um raio X da saúde dos brasileiros". Ou seja, após destoar de todos os veículos de imprensa, que preferiram focar na sucessão, mesmo aqueles que sabemos serem contra a esquerda, a Veja "reúne" seus amigos leitores para uma conversa amena de happy hour ou de fim de festa de batizado de cadela de madame, como se dissesse: "vamos mudar de assunto", depois de uma gafe monumental.
Talvez tenha sido uma tática bem sucedida até hoje, visto ainda ser a maior tiragem entre as revistas semanais (embora se verifique queda nas vendas). Mas é interessente notar esse "morde e assopra" dos seus editores, e nos perguntar como é que 1 milhão de leitores ainda consomem esse jornalismo "boca do lixo".
Isso ocorreu agora. Após a manifestação de direitismo indisfarçável, uma peça memorável com o seu "já vai tarde" sobre a silhueta de Fidel Castro, semana passada, o tema de capa desta semana é "Um raio X da saúde dos brasileiros". Ou seja, após destoar de todos os veículos de imprensa, que preferiram focar na sucessão, mesmo aqueles que sabemos serem contra a esquerda, a Veja "reúne" seus amigos leitores para uma conversa amena de happy hour ou de fim de festa de batizado de cadela de madame, como se dissesse: "vamos mudar de assunto", depois de uma gafe monumental.
Talvez tenha sido uma tática bem sucedida até hoje, visto ainda ser a maior tiragem entre as revistas semanais (embora se verifique queda nas vendas). Mas é interessente notar esse "morde e assopra" dos seus editores, e nos perguntar como é que 1 milhão de leitores ainda consomem esse jornalismo "boca do lixo".