4 de março de 2008
A destruição do passado nas cidades
"A destruição do passado nas cidades" é o título do artigo do escritor e jornalista Emiliano José no site da revista CartaCapital. A discussão sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) recentemente aprovado pela Câmara de Salvador e já sancionado pelo prefeito João Henrique (PMDB) reacendeu uma discussão sobre a cidade e provoca um debate que não se circunscreve apenas ao destino de Salvador. Há uma evidente voracidade acumulativa, que passa, sempre, pela destruição das marcas da história nas cidades brasileiras. As marcas do progresso acabam sendo as marcas da barbárie, segundo Walter Benjamin.
O PDDU de Salvador suscitou problemas como o da elevação do gabarito da orla marítima e, também, na tradicional área do Comércio, na Cidade Baixa. Num caso, o da orla, haveria a diminuição da qualidade de vida do restante da cidade pelo paredão de edifícios que se levantaria à beira mar. No caso do Comércio, comprometeria uma característica tradicional da cidade – Cidade Alta e Cidade Baixa. As cidades brasileiras, especialmente as maiores, se movimentam sempre no sentido inverso: lutam para destruir o passado. É como se não quisessem se lembrar dele.
São poucos os administradores e pouco os políticos que entendem a importância de preservar a memória das cidades, e isso num sentido muito amplo, incluindo-se aí suas edificações, seu perfil paisagístico, sua natureza. Algumas delas, quando o fazem, enveredam por estranhos caminhos – a experiência anterior de tentar preservar o extraordinário conjunto colonial do Pelourinho, em Salvador, significou a expulsão do povo que morava ali, o que constitui um equívoco completo e que é fadado sempre ao fracasso. A caminhar assim, nós teremos que nos contentar com registros fotográficos para reconhecer a terra onde viveram nossos antepassados. E isso num País tão novo como o nosso.
LEIA NA ÍNTEGRA
O PDDU de Salvador suscitou problemas como o da elevação do gabarito da orla marítima e, também, na tradicional área do Comércio, na Cidade Baixa. Num caso, o da orla, haveria a diminuição da qualidade de vida do restante da cidade pelo paredão de edifícios que se levantaria à beira mar. No caso do Comércio, comprometeria uma característica tradicional da cidade – Cidade Alta e Cidade Baixa. As cidades brasileiras, especialmente as maiores, se movimentam sempre no sentido inverso: lutam para destruir o passado. É como se não quisessem se lembrar dele.
São poucos os administradores e pouco os políticos que entendem a importância de preservar a memória das cidades, e isso num sentido muito amplo, incluindo-se aí suas edificações, seu perfil paisagístico, sua natureza. Algumas delas, quando o fazem, enveredam por estranhos caminhos – a experiência anterior de tentar preservar o extraordinário conjunto colonial do Pelourinho, em Salvador, significou a expulsão do povo que morava ali, o que constitui um equívoco completo e que é fadado sempre ao fracasso. A caminhar assim, nós teremos que nos contentar com registros fotográficos para reconhecer a terra onde viveram nossos antepassados. E isso num País tão novo como o nosso.
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Comments:
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Parabens mais uma vez esse blog e de opinião franca e objetiva
estou indincando a todos os amigos politizados
sds
jose raimundo costa luz
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