26 de junho de 2010
Caiu de 5% para 3% os que acham o governo Lula ruim ou péssimo
O blog Balaio do Kotscho chamou a atenção, recentemente, para uma minoria obsessiva de 5% nas pesquisas de intenção de voto que achava sempre o governo Lula ruim e/ou péssimo. Pois, pela última pesquisa CNI/IBOPE, este percentual caiu para 3%.
Certamente fazem parte dessa minoria a classe média idiotizada que ainda acredita na revista Veja e na imprensa nacional com seus deformadores de opinião. O campo dos reacionários está se reduzindo.
Segundo Kotscho, “este número ínfimo de insatisfeitos com o governo pode ajudar a explicar os outros índices, à medida em que o eleitorado vai identificando Dilma como a candidata do presidente Lula. O índice de aprovação do presidente mantem-se em 85% e 75% dos eleitores avaliam o governo como “ótimo e bom”, faltando apenas três meses para as eleições”.
A tática de Serra de poupar o governo Lula não deu certo, mas, a tática de atacar o governo Lula também não deu certo. Tanto assim que a candidata do presidente Lula continuou subindo. Os números das pesquisas são desfavoráveis para a oposição de direita, de esquerda e de extrema-esquerda. Basta citar os 40% de Dilma contra os 35%de Serra. Ou os 45% de Dilma contra os 38% de Serra num eventual segundo turno. Não se pode esquecer que a rejeição de Serra está em 30% contra 23% de Dilma.
O que enterra de vez a candidatura de Serra é a economia. Não há espaço para se opor ao crescimento, à queda do desemprego e à política de distribuição de renda.
Com emprego garantido e dinheiro no bolso, o que poderá fazer o eleitor brasileiro mudar de idéia até outubro para reverter a tendência pró-Dilma revelada nas últimas pesquisas?
Bem, somente as mentiras de Serra não bastam para mudar o cenário.
Certamente fazem parte dessa minoria a classe média idiotizada que ainda acredita na revista Veja e na imprensa nacional com seus deformadores de opinião. O campo dos reacionários está se reduzindo.
Segundo Kotscho, “este número ínfimo de insatisfeitos com o governo pode ajudar a explicar os outros índices, à medida em que o eleitorado vai identificando Dilma como a candidata do presidente Lula. O índice de aprovação do presidente mantem-se em 85% e 75% dos eleitores avaliam o governo como “ótimo e bom”, faltando apenas três meses para as eleições”.
A tática de Serra de poupar o governo Lula não deu certo, mas, a tática de atacar o governo Lula também não deu certo. Tanto assim que a candidata do presidente Lula continuou subindo. Os números das pesquisas são desfavoráveis para a oposição de direita, de esquerda e de extrema-esquerda. Basta citar os 40% de Dilma contra os 35%de Serra. Ou os 45% de Dilma contra os 38% de Serra num eventual segundo turno. Não se pode esquecer que a rejeição de Serra está em 30% contra 23% de Dilma.
O que enterra de vez a candidatura de Serra é a economia. Não há espaço para se opor ao crescimento, à queda do desemprego e à política de distribuição de renda.
Com emprego garantido e dinheiro no bolso, o que poderá fazer o eleitor brasileiro mudar de idéia até outubro para reverter a tendência pró-Dilma revelada nas últimas pesquisas?
Bem, somente as mentiras de Serra não bastam para mudar o cenário.
25 de junho de 2010
Professora lê artigo de Emiliano José (PT) na sala de aula de arquitetura da UFBA
A professora do curso de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFBA, Ângela Gordilho Souza, fechou o curso de Teorias da Cidade lendo e debatendo o artigo “O Desafio Urbano”, de autoria do professor, escritor e jornalista Emiliano José (PT), publicado no jornal A Tarde (21/06/2010). Segundo a professora, “de fato, outra cidade só será possível com uma corajosa vontade política, tal qual você tão habilmente pontuou”.
Por e-mail enviado a Emiliano José, a professora Ângela Gordilho Souza ressaltou:
“Como você sabe, há bastante tempo, venho estudando e buscando atuar no processo de crescimento urbano, exatamente colocando como essa problemática da segregação e exclusão vem tomando rumos cada vez mais difíceis de serem enfrentados pelo planejamento urbano, sem dúvida, um instrumento indispensável para se atuar em cidades tão complexas quanto as nossas. já são 31 metrópoles institucionalizadas (44% da população brasileira), mas que não vai resolver a questão nas condições que se impõem para o exercício dessa prática, vagarosa e pouco efetiva nas melhorias urbanas para todos”.
Segundo Ângela Gordilho, “estamos no limiar de grandes decisões políticas estratégicas, de ordem nacional. Se ampliamos a renda, caminho possível se avizinhando, essas cidades não suportarão a pressão sobre as suas infraestruturas existentes, construídas nos últimos 50 anos apenas para atender 10 a 20% da sua população. Estamos vendo isso acontecer claramente em Salvador. Sem dúvida essa é a saída!”.
Mas a professora ressaltou: “No entanto tem que ser conjugada a um grande esforço para visualizarmos outras formas urbanas para vivermos, mais descentralizadas e conectadas. Esse realmente é um grande desafio, que espero possamos alcançar a sua construção política e social no nosso tempo. Obrigado pela contribuição”.
Como saudação e manifesto desejo, a professora da Faculdade de Arquitetura finalizou:
“Que a Câmara Federal te dê ouvidos e reverberação!”
LEIA ARTIGO NA ÍNTEGRA
Por e-mail enviado a Emiliano José, a professora Ângela Gordilho Souza ressaltou:
“Como você sabe, há bastante tempo, venho estudando e buscando atuar no processo de crescimento urbano, exatamente colocando como essa problemática da segregação e exclusão vem tomando rumos cada vez mais difíceis de serem enfrentados pelo planejamento urbano, sem dúvida, um instrumento indispensável para se atuar em cidades tão complexas quanto as nossas. já são 31 metrópoles institucionalizadas (44% da população brasileira), mas que não vai resolver a questão nas condições que se impõem para o exercício dessa prática, vagarosa e pouco efetiva nas melhorias urbanas para todos”.
Segundo Ângela Gordilho, “estamos no limiar de grandes decisões políticas estratégicas, de ordem nacional. Se ampliamos a renda, caminho possível se avizinhando, essas cidades não suportarão a pressão sobre as suas infraestruturas existentes, construídas nos últimos 50 anos apenas para atender 10 a 20% da sua população. Estamos vendo isso acontecer claramente em Salvador. Sem dúvida essa é a saída!”.
Mas a professora ressaltou: “No entanto tem que ser conjugada a um grande esforço para visualizarmos outras formas urbanas para vivermos, mais descentralizadas e conectadas. Esse realmente é um grande desafio, que espero possamos alcançar a sua construção política e social no nosso tempo. Obrigado pela contribuição”.
Como saudação e manifesto desejo, a professora da Faculdade de Arquitetura finalizou:
“Que a Câmara Federal te dê ouvidos e reverberação!”
LEIA ARTIGO NA ÍNTEGRA
A história do dossiê fantama vai voltar logo após a Copa do Mundo
Logo depois da Copa do Mundo,vai voltar ao noticiário da grande imprensa nacional aquela história com informações desconexas sobre um escândalo inexistente, baseado num dossiê fantasma que seria montado por uma equipe de arapongas jamais formada.
A previsão é do jornalista Leandro Fortes, da revista Carta Capital. É que o suposto dossiê é na verdade um livro sobre os bastidores do processo de privatização protagonizado por Serra e FHC.
O livro “Subterrâneos da privataria” é da autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr. que pretende entregar o material ao Ministério Público Federal e logo após fazer o lançamento público, no final de julho.
A reportagem desconexa da revista Veja serviu como “vacina” contra o livro. E o assunto virou arroz de festa nas páginas dos grandes jornais brasileiros e, claro, nos jornais de província que dependem das agências de notícia para preencher suas próprias páginas.
A previsão é do jornalista Leandro Fortes, da revista Carta Capital. É que o suposto dossiê é na verdade um livro sobre os bastidores do processo de privatização protagonizado por Serra e FHC.
O livro “Subterrâneos da privataria” é da autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr. que pretende entregar o material ao Ministério Público Federal e logo após fazer o lançamento público, no final de julho.
A reportagem desconexa da revista Veja serviu como “vacina” contra o livro. E o assunto virou arroz de festa nas páginas dos grandes jornais brasileiros e, claro, nos jornais de província que dependem das agências de notícia para preencher suas próprias páginas.
24 de junho de 2010
Patrus Ananias (PT) confirma ser vice na chapa de Hélio Costa (PMDB) em Minas
Está nas páginas dos jornais mineiros. O ex-ministro Patrus Ananias, responsável pelo sucesso do Bolsa Família, anunciou que vai ser o vice de Hélio Costa (PMDB). Ele confirmou a candidatura através de uma emissora de rádio de sua terra natal, Bocaiúva, no norte de Minas. A decisão passou por muito debate nas bases do PT, pedido de Dilma Roussef, compromisso com o presidente Lula e a garantia de uma aliança programática, com ênfase na área social. Patrus como vice de Hélio Costa é a chapa dos sonhos em Minas.
Dilma Roussef afirmou na Rádio Itatiaia que a união entre Patrus e Hélio Costa garantiria aos mineiros um governo voltado para os avanços sociais, aliado ao desenvolvimento econômico do estado. A petista também argumentou a necessidade de se montar alianças consideradas, num primeiro momento, "indigestas".
"É extremamente importante o Brasil perceber que a gente não governa só com um partido. Não só achamos que é possível mas é necessário governar em coalizão". Não é possível governar com um só partido". Assim a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, justificou a aliança do Partido dos Trabalhadores com o PDMB ao governo de Minas.
"Em Minas, não estamos fazendo uma proposta de governo solto, não é à toa. Um governo de Hélio Costa e Patrus Ananias terá a sustentação do governo federal", disse Dilma Roussef.
Bem, aqui na Bahia esta aliança não se formou por causa da desmesurada ambição de Geddel Vieira Lima pelo poder pessoal.
Dilma Roussef afirmou na Rádio Itatiaia que a união entre Patrus e Hélio Costa garantiria aos mineiros um governo voltado para os avanços sociais, aliado ao desenvolvimento econômico do estado. A petista também argumentou a necessidade de se montar alianças consideradas, num primeiro momento, "indigestas".
"É extremamente importante o Brasil perceber que a gente não governa só com um partido. Não só achamos que é possível mas é necessário governar em coalizão". Não é possível governar com um só partido". Assim a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, justificou a aliança do Partido dos Trabalhadores com o PDMB ao governo de Minas.
"Em Minas, não estamos fazendo uma proposta de governo solto, não é à toa. Um governo de Hélio Costa e Patrus Ananias terá a sustentação do governo federal", disse Dilma Roussef.
Bem, aqui na Bahia esta aliança não se formou por causa da desmesurada ambição de Geddel Vieira Lima pelo poder pessoal.
Terceira Feira Música Brasil será realizada em Belo Horizonte
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, esteve hoje (24/06) em Belo Horizonte para divulgar a próxima Feira Música Brasil, uma iniciativa do Ministério da Cultura, realizada pelo Centro de Música da Fundação Nacional de Artes (Funarte/MinC), em parceria com o Conselho Rede Música Brasil, formado por 15 entidades nacionais que representam os diferentes elos da cadeia criativa e produtiva da música.
As duas primeiras ocorreram em Recife. A partir de 2010, a Feira Música Brasil passa a ser itinerante. Entre 8 e 12 de dezembro, a capital mineira será sede do evento que levará à cidade uma série de espetáculos, palestras, painéis, estandes, mostras audiovisuais e de tecnologia, capacitações e rodadas de negócios, promovendo um grande encontro entre artistas, entidades e profissionais dos mercados nacional e internacional de música.
Juca Ferreira ressaltou a importância da música para o desenvolvimento da Economia da Cultura. Apesar de ser um produto muito bem acabado no Brasil, o setor musical ainda pode se aprimorar mais, especialmente na exploração de novas formas de negócio. Estima-se que a Economia da Cultura movimente cerca de 6% do PIB e boa parte provém da música. Com estrutura e organização, o segmento pode dar conta dos novos modelos de negócios que surgiram com a era digital.
A edição de 2009, em Recife, recebeu um público de 400 mil pessoas durante cinco dias, em 35 espetáculos, 100 mil pessoas nas 79 apresentações no Circuito Off Feira, dez mil visitantes na área de experimentação da Feira e mais de 320 empresas, que geraram mais de 11.520 negociações – números aferidos pelo IBOPE. Estima-se que o volume gerado de negócios foi em torno de R$ 50 milhões. Ainda foram apresentados para três mil espectadores 45 painéis com convidados do mercado da música mundial, e mais de dois milhões de pessoas ouviram as transmissões da FMB pelas rádios públicas.
As duas primeiras ocorreram em Recife. A partir de 2010, a Feira Música Brasil passa a ser itinerante. Entre 8 e 12 de dezembro, a capital mineira será sede do evento que levará à cidade uma série de espetáculos, palestras, painéis, estandes, mostras audiovisuais e de tecnologia, capacitações e rodadas de negócios, promovendo um grande encontro entre artistas, entidades e profissionais dos mercados nacional e internacional de música.
Juca Ferreira ressaltou a importância da música para o desenvolvimento da Economia da Cultura. Apesar de ser um produto muito bem acabado no Brasil, o setor musical ainda pode se aprimorar mais, especialmente na exploração de novas formas de negócio. Estima-se que a Economia da Cultura movimente cerca de 6% do PIB e boa parte provém da música. Com estrutura e organização, o segmento pode dar conta dos novos modelos de negócios que surgiram com a era digital.
A edição de 2009, em Recife, recebeu um público de 400 mil pessoas durante cinco dias, em 35 espetáculos, 100 mil pessoas nas 79 apresentações no Circuito Off Feira, dez mil visitantes na área de experimentação da Feira e mais de 320 empresas, que geraram mais de 11.520 negociações – números aferidos pelo IBOPE. Estima-se que o volume gerado de negócios foi em torno de R$ 50 milhões. Ainda foram apresentados para três mil espectadores 45 painéis com convidados do mercado da música mundial, e mais de dois milhões de pessoas ouviram as transmissões da FMB pelas rádios públicas.
Juca Ferreira anuncia que Feira da Música este ano será em Belo Horizonte
Daqui a pouco, às 11h, o ministro Juca Ferreira, da Cultura, anuncia que Belo Horizonte vai sediar a Feira da Música. É a maior feira de música do Brasil. Todo o mercado da música se desloca para lá. Ela vai acontecer de 8 a 12 de dezembro deste ano.
Segundo o Blog do Nilmário, “o anúncio será feito junto com o Secretário de Cultura Washington Melo e da Presidente da Fundação Municipal de Cultura Thaís Pimentel, na torre Alta Vista, em Nova Lima. O dinheiro da feira (cinco milhões de reais) é todo federal”.
Vitor Santana, que acaba de lançar o CD Beirute, falará pelo Fórum da Música; ele está aliviado por que o governo mineiro tucano recuou e decidiu assinar os convênios com os Pontos de Cultura.
Há poucas semanas, a Secretaria de Cultura de Minas Gerais, sob um argumento estranho baseado numa súmula do TSE, ameaçava não assinar os convênios com os Pontos de Cultura. Seria um desastre para ONGs vinculadas à cultura.
Os tucanos mineiros recuaram da imbecilidade política. Bateriam de testa com todo o movimento cultural de Minas Gerais que não é pequeno. Eles diziam que assinar convênios era contra a legislação eleitoral. Apenas Minas Gerais ficaria de fora, já que todos os demais estados do Brasil continuam a fazer cultura, sem supostas limitações da Lei Eleitoral.
Soube que Gilberto Monte, dirigente da Secretaria da Cultura da Bahia, está lá.
Segundo o Blog do Nilmário, “o anúncio será feito junto com o Secretário de Cultura Washington Melo e da Presidente da Fundação Municipal de Cultura Thaís Pimentel, na torre Alta Vista, em Nova Lima. O dinheiro da feira (cinco milhões de reais) é todo federal”.
Vitor Santana, que acaba de lançar o CD Beirute, falará pelo Fórum da Música; ele está aliviado por que o governo mineiro tucano recuou e decidiu assinar os convênios com os Pontos de Cultura.
Há poucas semanas, a Secretaria de Cultura de Minas Gerais, sob um argumento estranho baseado numa súmula do TSE, ameaçava não assinar os convênios com os Pontos de Cultura. Seria um desastre para ONGs vinculadas à cultura.
Os tucanos mineiros recuaram da imbecilidade política. Bateriam de testa com todo o movimento cultural de Minas Gerais que não é pequeno. Eles diziam que assinar convênios era contra a legislação eleitoral. Apenas Minas Gerais ficaria de fora, já que todos os demais estados do Brasil continuam a fazer cultura, sem supostas limitações da Lei Eleitoral.
Soube que Gilberto Monte, dirigente da Secretaria da Cultura da Bahia, está lá.
Os eleitores não dão importância à campanha eleitoral da mídia
Os cientistas políticos vão ter um vasto material para estudo nestas eleições. Os eleitores não levam em conta o noticiário deformado e as opiniões da grande mídia. A Folha, o Estadão, a revista Veja, todos eles fazem uma campanha explícita contra Dilma e a favor de Serra. Mas, a pesquisas começam a registrar o favoritismo de Dilma,a candidata do presidente Lula, sobre Serra, o candidato de FHC. A mídia está cada vez mais desmoralizada.
Pensem no péssimo jornalismo que a revista, por exemplo, está fazendo. Comparem as entrevistas com Dilma e Serra nas páginas amarelas. Na edição de 16 de junho, a Veja deu espaço para Dilma Rousset. As perguntas feitas pelos funcionários da revista são capciosas, prejudicadas pela má-fé e pela ideologia. Eles tentam passar suas “verdades” nas perguntas. Fazem afirmações absurdas sobre inexistentes arapongas, tentam criminalizar a luta armada contra a ditadura, transformam heróis em bandidos.
Já na edição de 23 de junho, os funcionários da revista Veja levantam a bola para Serra chutar. Atacam o PT nas perguntas, ajudam o “entrevistado” a atacar Dilma, a reproduzir baixarias, ajudam Serra a mentir, injuriar e difamar os adversários políticos sob a capa de uma entrevista. Não são páginas nobres, são páginas pobres as amarelas da revista Veja.
Em matéria de esclarecimento, prefiro a entrevista da revista Carta Capital de 9 de junho. Sem perguntas capciosas pretensamente “inteligentes”, sem perguntas editorializadas, a entrevista intitulada “Dilma solta o verbo” revela o pensamento da candidata sobre o processo político, o papel do Estado, as propostas da candidata à presidência da República.
Pensem no péssimo jornalismo que a revista, por exemplo, está fazendo. Comparem as entrevistas com Dilma e Serra nas páginas amarelas. Na edição de 16 de junho, a Veja deu espaço para Dilma Rousset. As perguntas feitas pelos funcionários da revista são capciosas, prejudicadas pela má-fé e pela ideologia. Eles tentam passar suas “verdades” nas perguntas. Fazem afirmações absurdas sobre inexistentes arapongas, tentam criminalizar a luta armada contra a ditadura, transformam heróis em bandidos.
Já na edição de 23 de junho, os funcionários da revista Veja levantam a bola para Serra chutar. Atacam o PT nas perguntas, ajudam o “entrevistado” a atacar Dilma, a reproduzir baixarias, ajudam Serra a mentir, injuriar e difamar os adversários políticos sob a capa de uma entrevista. Não são páginas nobres, são páginas pobres as amarelas da revista Veja.
Em matéria de esclarecimento, prefiro a entrevista da revista Carta Capital de 9 de junho. Sem perguntas capciosas pretensamente “inteligentes”, sem perguntas editorializadas, a entrevista intitulada “Dilma solta o verbo” revela o pensamento da candidata sobre o processo político, o papel do Estado, as propostas da candidata à presidência da República.
Aconteceu o inevitável: Dilma (40%) dispara na frente de Serra (35%)
A segunda pesquisa CNI/IBOPE, divulgada quarta-feira (23), mostrou o que era inevitável. Dilma Roussef, a candidata do presidente Lula, obteve 40% das intenções de voto. José Serra, o herdeiro da política fracassada de FHC, obteve 35%. Bem diferente da primeira sondagem, quando Dilma tinha 33% e Serra 38%. Ou seja, Dilma cresceu 7 pontos percentuais, Serra caiu 3 pontos percentuais. Acho pouco, mas, os institutos já não conseguem mais esconder a realidade. Bem que eu desconfiava daquele empate de 37% da rede Globo.
Como informa a imprensa, esta é a primeira vez em que a candidata petista aparece à frente do tucano em uma pesquisa com uma diferença que ultrapassa a margem de erro. Dilma aparece na frente também na simulação de 2º turno. A petista tem 45%, contra 38% de Serra.
Na simulação de 2º turno da pesquisa anterior, o tucano aparecia com 44%, contra 39% da petista.
Dilma ganha em todos os cenários. Quando a simulação é feita entre Dilma e Marina, a petista aparece com 53%, contra 19% da presidenciável do PV.
Já entre Serra e Marina, o tucano fica com 49%, contra 22% da candidata verde.
A pesquisa anterior dava 55% para o candidato do PSDB, contra 17% da candidata do PV.
Na modalidade espontânea, Dilma tem 22%, Serra tem 16%.
A pesquisa CNI/IBOPE desmente a última pesquisa contratada pela Rede Globo e jornal Estado de S. Paulo que mostrava um empate de 37%.
Como informa a imprensa, esta é a primeira vez em que a candidata petista aparece à frente do tucano em uma pesquisa com uma diferença que ultrapassa a margem de erro. Dilma aparece na frente também na simulação de 2º turno. A petista tem 45%, contra 38% de Serra.
Na simulação de 2º turno da pesquisa anterior, o tucano aparecia com 44%, contra 39% da petista.
Dilma ganha em todos os cenários. Quando a simulação é feita entre Dilma e Marina, a petista aparece com 53%, contra 19% da presidenciável do PV.
Já entre Serra e Marina, o tucano fica com 49%, contra 22% da candidata verde.
A pesquisa anterior dava 55% para o candidato do PSDB, contra 17% da candidata do PV.
Na modalidade espontânea, Dilma tem 22%, Serra tem 16%.
A pesquisa CNI/IBOPE desmente a última pesquisa contratada pela Rede Globo e jornal Estado de S. Paulo que mostrava um empate de 37%.
23 de junho de 2010
Na Tribuna da Bahia, Emiliano José (PT) defende liberdade de expressão, para todos
Emiliano José (PT), na coluna Em Tempo da Tribuna da Bahia (23/06), condenou a censura imposta pela Justiça ao jornal Estado de S. Paulo, que está impedido de publicar assuntos vinculados à Operação Faktor, da Polícia Federal. Mas, também, condenou a ameaça à liberdade de expressão do Blog da Dilma. “Querem retirar o Blog da Dilma do ar e não vejo nada na imprensa”, disse Emiliano. Emiliano José (PT) defendeu liberdade de expressão para todos, não somente para os barões da mídia. Sua carta foi publicada pelo jornalista Alex Ferraz, editor da coluna, que cobrou dos “coleguinhas” protestos contra a censura prévia imposta ao “Estadão”.
LEIA A CARTA DE EMILIANO NA ÍNTEGRA
Emiliano José:
“Sou contra todo tipo de censura e limitação à liberdade de expressão”
Caro colega Alex Ferraz,
Como você, iniciei minha vida no jornalismo em nossa Tribuna da Bahia. Como você, lutei pela liberdade de expressão em plena ditadura militar. Também aprendi muito nos tempos de João Ubaldo Ribeiro, nosso redator-chefe de então. Aceito sua saudável provocação ao citar meu nome em sua coluna “Em Tempo” na edição de 19/20 de junho. Não há nenhum mutismo de minha parte em relação à censura imposta pela Justiça ao jornal Estado de S. Paulo, do qual, aliás, fui repórter aqui em Salvador.
Realmente os já falecidos e saudosos colegas José Carlos Prata e Linalva Maria, juntamente comigo, sempre fomos rigorosos na cobrança pela livre expressão, tanto pela Tribuna da Bahia, quanto por toda a imprensa. Evidentemente, não concordo com a censura imposta pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal ao jornal Estado de S. Paulo e muito menos com a reafirmação da censura pelo Supremo Tribunal Federal em sessão presidida pelo então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes.
Devo lembrar que a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a OAB/Brasil e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgaram protestos veementes contra a proibição de divulgação de informações resultantes da Operação Faktor, da Polícia Federal. A FENAJ inclusive considerou, em nota pública, que se tratava de inconstitucional censura prévia, o que afeta o direito do cidadão de ser livremente informado. Eu me senti representado pela FENAJ.
Também tenho um estranhamento. Paira uma ameaça à livre expressão do Blog da Dilma, criado em 2008, pelo funcionário público Daniel Bezerra, do Ceará. Uma representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ameaça o direito de livre expressão daquele cidadão. Querem retirar o blog da Internet. No entanto, não vejo nas páginas dos jornais e nas telas de TV, nenhum protesto, nenhuma notícia sequer. Nossos coleguinhas que estão nas redações poderiam ao menos dar notícias, não acha?
Liberdade de expressão, sim, mas para todos.
Atenciosamente,
Emiliano José
jornalista
LEIA A CARTA DE EMILIANO NA ÍNTEGRA
Emiliano José:
“Sou contra todo tipo de censura e limitação à liberdade de expressão”
Caro colega Alex Ferraz,
Como você, iniciei minha vida no jornalismo em nossa Tribuna da Bahia. Como você, lutei pela liberdade de expressão em plena ditadura militar. Também aprendi muito nos tempos de João Ubaldo Ribeiro, nosso redator-chefe de então. Aceito sua saudável provocação ao citar meu nome em sua coluna “Em Tempo” na edição de 19/20 de junho. Não há nenhum mutismo de minha parte em relação à censura imposta pela Justiça ao jornal Estado de S. Paulo, do qual, aliás, fui repórter aqui em Salvador.
Realmente os já falecidos e saudosos colegas José Carlos Prata e Linalva Maria, juntamente comigo, sempre fomos rigorosos na cobrança pela livre expressão, tanto pela Tribuna da Bahia, quanto por toda a imprensa. Evidentemente, não concordo com a censura imposta pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal ao jornal Estado de S. Paulo e muito menos com a reafirmação da censura pelo Supremo Tribunal Federal em sessão presidida pelo então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes.
Devo lembrar que a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a OAB/Brasil e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgaram protestos veementes contra a proibição de divulgação de informações resultantes da Operação Faktor, da Polícia Federal. A FENAJ inclusive considerou, em nota pública, que se tratava de inconstitucional censura prévia, o que afeta o direito do cidadão de ser livremente informado. Eu me senti representado pela FENAJ.
Também tenho um estranhamento. Paira uma ameaça à livre expressão do Blog da Dilma, criado em 2008, pelo funcionário público Daniel Bezerra, do Ceará. Uma representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ameaça o direito de livre expressão daquele cidadão. Querem retirar o blog da Internet. No entanto, não vejo nas páginas dos jornais e nas telas de TV, nenhum protesto, nenhuma notícia sequer. Nossos coleguinhas que estão nas redações poderiam ao menos dar notícias, não acha?
Liberdade de expressão, sim, mas para todos.
Atenciosamente,
Emiliano José
jornalista
Dilma participará domingo (27) da convenção do PT da Bahia
A candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, confirmou presença na convenção estadual do PT, que será realizada domingo (27). A convenção estadual que vai confirmar o nome do governador Jaques Wagner como postulante à reeleição, será realizada no Salão Oxalá II do Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, a partir das 10h. Além de militantes dos demais partidos da ampla coligação ( PT, PCdoB, PSB, PDT, PP, PRB e PSL), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, também estará presente.
Entre a convenção do PT e a outra do PMDB tem uma grande diferença. Os militantes do PT são de verdade, não são incautos pagos para fazer número não.
Entre a convenção do PT e a outra do PMDB tem uma grande diferença. Os militantes do PT são de verdade, não são incautos pagos para fazer número não.
Diante das difamações, PT processa Serra por danos morais
O PT protocola no Foro Regional de Pinheiros (SP), hoje, quarta-feira (23), ação de indenização por danos morais contra o candidato tucano à Presidência da República, José Serra (PSDB). O motivo são suas acusações absurdas e de má-fé de que um suposto dossiê contra ele teria sido montado pelo partido. Não havia outro caminho.
Há poucos mais de duas semanas o PT interpelou Serra na Justiça Criminal de São Paulo para que confirmasse suas declarações. Ontem (22), o juiz entendeu que não havia dubiedade na fala de Serra e que, portanto, não cabia a interpelação.
“Se não há dubiedade, é porque a acusação está bem clara. Então decidimos entrar com essa ação”, esclareceu o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, durante coletiva à imprensa (22/06) – da qual participou também o Secretário-Geral do partido, José Eduardo Cardozo.
Na avaliação de Dutra, as acusações de Serra são inaceitáveis. “Não vamos admitir que qualquer pessoa ataque dessa maneira nosso partido e nossa candidata”. Ele explicou ainda que o valor da indenização será definido pela Justiça. “Mas, independentemente disso, o que queremos é que nossa honra seja restabelecida”.
Cardozo, por sua vez, explicou que a ação não tem motivação nem objetivos eleitorais. “O PT foi rigorosamente atingido pelas declarações. E quando você é atingido, você tem que reagir”, disse.
Para os líderes partidários, o Judiciário é a melhor esfera para tratar do assunto. “Não vamos fazer bate-boca dessa natureza no âmbito político.Queremos uma campanha com debate de idéias, propositiva, para que o eleitor possa escolher qual o melhor caminho para o Brasil. Num Estado de Direito, as questões relativas à honra tem de ser resolvidas na Justiça, justamente para não contaminar o debate político”, finalizou Dutra.
AGRESSÃO ELEITOREIRA
José Serra não tem compostura. Quando começaram a circular as primeiras notícias sobre a equipe de espionagem que teria sido montada na campanha petista, Serra declarou: “A principal responsabilidade por esse novo dossiê é da candidata Dilma Rousseff. Disso não tenho dúvida”.
Como não pode ter dúvidas? Que provas o malandro tem?
Apesar de pedir indenização, o PT não fixou valor caso seja vitorioso na ação. "Não temos ilusão que uma ação vá financiar a campanha", ironizou Dutra. "Não queremos bate boca. A Justiça sempre será acionada quando houver este tipo de coisa. Quem tem a honra atingida precisa entrar com este tipo de ação", completou.
Há poucos mais de duas semanas o PT interpelou Serra na Justiça Criminal de São Paulo para que confirmasse suas declarações. Ontem (22), o juiz entendeu que não havia dubiedade na fala de Serra e que, portanto, não cabia a interpelação.
“Se não há dubiedade, é porque a acusação está bem clara. Então decidimos entrar com essa ação”, esclareceu o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, durante coletiva à imprensa (22/06) – da qual participou também o Secretário-Geral do partido, José Eduardo Cardozo.
Na avaliação de Dutra, as acusações de Serra são inaceitáveis. “Não vamos admitir que qualquer pessoa ataque dessa maneira nosso partido e nossa candidata”. Ele explicou ainda que o valor da indenização será definido pela Justiça. “Mas, independentemente disso, o que queremos é que nossa honra seja restabelecida”.
Cardozo, por sua vez, explicou que a ação não tem motivação nem objetivos eleitorais. “O PT foi rigorosamente atingido pelas declarações. E quando você é atingido, você tem que reagir”, disse.
Para os líderes partidários, o Judiciário é a melhor esfera para tratar do assunto. “Não vamos fazer bate-boca dessa natureza no âmbito político.Queremos uma campanha com debate de idéias, propositiva, para que o eleitor possa escolher qual o melhor caminho para o Brasil. Num Estado de Direito, as questões relativas à honra tem de ser resolvidas na Justiça, justamente para não contaminar o debate político”, finalizou Dutra.
AGRESSÃO ELEITOREIRA
José Serra não tem compostura. Quando começaram a circular as primeiras notícias sobre a equipe de espionagem que teria sido montada na campanha petista, Serra declarou: “A principal responsabilidade por esse novo dossiê é da candidata Dilma Rousseff. Disso não tenho dúvida”.
Como não pode ter dúvidas? Que provas o malandro tem?
Apesar de pedir indenização, o PT não fixou valor caso seja vitorioso na ação. "Não temos ilusão que uma ação vá financiar a campanha", ironizou Dutra. "Não queremos bate boca. A Justiça sempre será acionada quando houver este tipo de coisa. Quem tem a honra atingida precisa entrar com este tipo de ação", completou.
22 de junho de 2010
Confusão entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa serve aos grandes grupos da mídia.
Ainda não li, mas, vou comprar o livro do professor Venício A. de Lima que acaba de ser lançado pela Editora Publisher. O título: “Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia”.
De fato, há muita confusão entre os conceitos. Liberdade de expressão é um direito do indivíduo, um direito fundamental do ser humano, o direito à fala.
Já liberdade de imprensa é o direito de imprimir, “print” em inglês. Com o passar do tempo, o direito de imprimir se tornou o “direito” das grandes corporações empresariais.
A quem no Brasil interessa a confusão? Aos grandes grupos da mídia.
Trata-se de uma confusão deliberada. Ora, ninguém é contra a liberdade de expressão. Mas, misturar uma liberdade à outra é uma forma de assegurar a liberdade dos grandes grupos empresariais da mídia. E só a deles, naturalmente.
Aqui na Bahia já tem jornalista criticando os coleguinhas porque não estão fazendo passeata a favor do jornalão Estado de S. Paulo, que está impedido judicialmente de publicar assuntos vinculados à Operação Faktor, da Polícia Federal. Um episódio pontual.
A crítica aos coleguinhas mistura os conceitos e chega a prever a instalação a curto prazo de um estado policial, sem liberdade de expressão. Baita confusão, baita exagero. O que vejo é muita violação à liberdade de expressão dos de baixo, e muito privilégio aos que detêm o direito de imprensa. E a ameaça à liberdade de expressão já está chegando à internet.
O raciocínio foi desenvolvido pelo professor Venício A. Lima. O jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada, entrevistou o acadêmico e repercutiu o tema.
Ele comentou que o livro de Venício A. Lima recupera as conclusões da Hutchins Commission – Uma Imprensa Livre e Responsável.
Robert Hutchins, reitor da Universidade de Chicago, reuniu, entre 1942 e 47, treze personalidades do mundo empresarial, para, sob encomenda dos grupos Time-Life e Enciclopédia Britânica, entender por que a imprensa era tão criticada.
Para enfrentar os críticos, a Comissão Hutchins sugeriu que a imprensa praticasse o “bom jornalismo”, ou seja, respeitasse a objetividade – e separasse opinião de informação – a exatidão, a isenção, abrisse espaço para a diversidade de opiniões (e, não, só para o PUM (Pensamento Único da Mídia, segundo Paulo Henrique Amorim) e buscasse o interesse público.
Paulo Henrique Amorim perguntou ao professor Venício se a grande mídia brasileira respeitava os princípios desse “bom jornalismo” da Comissão Hutchins.
O professor Venício respondeu: NÃO
Precisamos radicalizar a luta pela liberdade de expressão PARA TODOS. Chega da ditadura das grandes corporações da mídia brasileira.
De fato, há muita confusão entre os conceitos. Liberdade de expressão é um direito do indivíduo, um direito fundamental do ser humano, o direito à fala.
Já liberdade de imprensa é o direito de imprimir, “print” em inglês. Com o passar do tempo, o direito de imprimir se tornou o “direito” das grandes corporações empresariais.
A quem no Brasil interessa a confusão? Aos grandes grupos da mídia.
Trata-se de uma confusão deliberada. Ora, ninguém é contra a liberdade de expressão. Mas, misturar uma liberdade à outra é uma forma de assegurar a liberdade dos grandes grupos empresariais da mídia. E só a deles, naturalmente.
Aqui na Bahia já tem jornalista criticando os coleguinhas porque não estão fazendo passeata a favor do jornalão Estado de S. Paulo, que está impedido judicialmente de publicar assuntos vinculados à Operação Faktor, da Polícia Federal. Um episódio pontual.
A crítica aos coleguinhas mistura os conceitos e chega a prever a instalação a curto prazo de um estado policial, sem liberdade de expressão. Baita confusão, baita exagero. O que vejo é muita violação à liberdade de expressão dos de baixo, e muito privilégio aos que detêm o direito de imprensa. E a ameaça à liberdade de expressão já está chegando à internet.
O raciocínio foi desenvolvido pelo professor Venício A. Lima. O jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada, entrevistou o acadêmico e repercutiu o tema.
Ele comentou que o livro de Venício A. Lima recupera as conclusões da Hutchins Commission – Uma Imprensa Livre e Responsável.
Robert Hutchins, reitor da Universidade de Chicago, reuniu, entre 1942 e 47, treze personalidades do mundo empresarial, para, sob encomenda dos grupos Time-Life e Enciclopédia Britânica, entender por que a imprensa era tão criticada.
Para enfrentar os críticos, a Comissão Hutchins sugeriu que a imprensa praticasse o “bom jornalismo”, ou seja, respeitasse a objetividade – e separasse opinião de informação – a exatidão, a isenção, abrisse espaço para a diversidade de opiniões (e, não, só para o PUM (Pensamento Único da Mídia, segundo Paulo Henrique Amorim) e buscasse o interesse público.
Paulo Henrique Amorim perguntou ao professor Venício se a grande mídia brasileira respeitava os princípios desse “bom jornalismo” da Comissão Hutchins.
O professor Venício respondeu: NÃO
Precisamos radicalizar a luta pela liberdade de expressão PARA TODOS. Chega da ditadura das grandes corporações da mídia brasileira.
Serra é contra ProUni, contra as cotas e contra Lula. E diz que não é. O nariz do Serra tá crescendo.
Google Brasil informa ao TSE quem faz ex-Blog da Dilma e solicita que ação seja extinta
A Google Brasil Internet Ltda apresentou informações ao ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral, relator de ação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra a empresa ao considerar que ela hospeda o site dilma13.blogspot.com., no qual não se podem identificar os responsáveis por seu conteúdo.
O MPE sustenta que o blog apresenta várias matérias enaltecendo a pré-candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, inclusive, com pedido expresso de ajuda financeira. Fecha-se o cerco à liberdade de expressão.
A Google Brasil informou ao TSE o que todo mundo sabe. De acordo com as informações da empresa, o site foi criado em novembro de 2008, com e-mail de registro desabafobrasil@gmail.com. No entanto, diz a Google, para que a empresa possa remover conteúdo eleitoral de suas ferramentas, é imprescindível a apreciação prévia pelo poder Judiciário, “para que seja verificado se há ou não conteúdo lesivo, na forma da legislação vigente”.
RISCO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS
Ainda segundo a defesa, somente depois dessa análise é que as páginas poderiam ser removidas por meio de uma ordem judicial específica, como determina o artigo 57-F da Lei das Eleições (Lei 9504/97). “Caso contrário, corre-se o grave risco de violar direitos de terceiros sequer envolvidos na demanda proposta, mediante a remoção indiscriminada e, bem por isso, certamente equivocada de conteúdo”, sustenta.
A Google Brasil solicita que a ação seja extinta, pois cumpriu o que a ordem liminar determinou, “pois a empresa sequer pode ser representada, mas sim sendo terceira que ingressa nos autos para auxílio do juízo, merecendo ser extinta na primeira oportunidade”.
A empresa afirma que os próprios usuários de blogs escolhem o conteúdo a ser inserido nos espaços virtuais cedidos pela Google, a quem não cabe, na qualidade de provedor de hospedagem, exercer o controle editorial prévio, nem assumir a responsabilidade pelo conteúdo das postagens de seus usuários.
Estará sob ameaça a liberdade de expressão no Brasil?
O MPE sustenta que o blog apresenta várias matérias enaltecendo a pré-candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, inclusive, com pedido expresso de ajuda financeira. Fecha-se o cerco à liberdade de expressão.
A Google Brasil informou ao TSE o que todo mundo sabe. De acordo com as informações da empresa, o site foi criado em novembro de 2008, com e-mail de registro desabafobrasil@gmail.com. No entanto, diz a Google, para que a empresa possa remover conteúdo eleitoral de suas ferramentas, é imprescindível a apreciação prévia pelo poder Judiciário, “para que seja verificado se há ou não conteúdo lesivo, na forma da legislação vigente”.
RISCO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS
Ainda segundo a defesa, somente depois dessa análise é que as páginas poderiam ser removidas por meio de uma ordem judicial específica, como determina o artigo 57-F da Lei das Eleições (Lei 9504/97). “Caso contrário, corre-se o grave risco de violar direitos de terceiros sequer envolvidos na demanda proposta, mediante a remoção indiscriminada e, bem por isso, certamente equivocada de conteúdo”, sustenta.
A Google Brasil solicita que a ação seja extinta, pois cumpriu o que a ordem liminar determinou, “pois a empresa sequer pode ser representada, mas sim sendo terceira que ingressa nos autos para auxílio do juízo, merecendo ser extinta na primeira oportunidade”.
A empresa afirma que os próprios usuários de blogs escolhem o conteúdo a ser inserido nos espaços virtuais cedidos pela Google, a quem não cabe, na qualidade de provedor de hospedagem, exercer o controle editorial prévio, nem assumir a responsabilidade pelo conteúdo das postagens de seus usuários.
Estará sob ameaça a liberdade de expressão no Brasil?
Marina Silva, a nova voz do velho conservadorismo brasileiro
Em editorial, a Agência Carta Maior comenta:
Serra e o assessor neoliberal de Marina Silva, Eduardo Gianetti da Fonseca, criticam o Programa de Sustentação do Investimento do BNDES - uma alavanca contracíclica, responsável, em grande parte, pelo reduzido impacto da recessão mundial na atividade produtivas brasileira.
Serra e o ideólogo neoliberal responsável pelo novo discurso econômico de Marina Silva criticam os juros baixos do BNDES para financiamentos produtivos.
Pasmem: eles dizem que isso é privatização. Talvez preferissem um banco de fomento pró-recessão, como no governo FHC, do qual Serra foi ministro do Planejamento, quando o BNDES estava marcado para morrer enquanto instituição indutora do desenvolvimento brasileiro.
Esse papel, como se sabe, os neoliberais - a exemplo do ideólogo de Marina Silva - atribuem exclusivamente aos mercados, dotados segundo afirmam, de uma ‘mão invisível' capaz de promover com inigualável acurácia a alocação de fatores ao menor custo e com maior eficiência.
A incompatibilidade entre a coordenação de recursos da sociedade e os impulsos irrefletidos dos livres mercados ficou mais uma vez evidenciada na crise de 2008 - a pior crise do capitalismo mundial desde 1929.
O Brasil foi uma das notáveis exceções num mundo atropelado por recessão, desemprego e crise bancária. Em grande parte, isso ocorreu graças a políticas contracíclicas como as do BNDES - agora criticadas pela fina sintonia pró-mercados entre Serra, um ' desenvolvimentista de boca', como diz Maria da Conceição Tavares e Marina Silva, a nova 'menina do quarteirão' do conservadorismo brasileiro.
Agência Carta Maior
Serra e o assessor neoliberal de Marina Silva, Eduardo Gianetti da Fonseca, criticam o Programa de Sustentação do Investimento do BNDES - uma alavanca contracíclica, responsável, em grande parte, pelo reduzido impacto da recessão mundial na atividade produtivas brasileira.
Serra e o ideólogo neoliberal responsável pelo novo discurso econômico de Marina Silva criticam os juros baixos do BNDES para financiamentos produtivos.
Pasmem: eles dizem que isso é privatização. Talvez preferissem um banco de fomento pró-recessão, como no governo FHC, do qual Serra foi ministro do Planejamento, quando o BNDES estava marcado para morrer enquanto instituição indutora do desenvolvimento brasileiro.
Esse papel, como se sabe, os neoliberais - a exemplo do ideólogo de Marina Silva - atribuem exclusivamente aos mercados, dotados segundo afirmam, de uma ‘mão invisível' capaz de promover com inigualável acurácia a alocação de fatores ao menor custo e com maior eficiência.
A incompatibilidade entre a coordenação de recursos da sociedade e os impulsos irrefletidos dos livres mercados ficou mais uma vez evidenciada na crise de 2008 - a pior crise do capitalismo mundial desde 1929.
O Brasil foi uma das notáveis exceções num mundo atropelado por recessão, desemprego e crise bancária. Em grande parte, isso ocorreu graças a políticas contracíclicas como as do BNDES - agora criticadas pela fina sintonia pró-mercados entre Serra, um ' desenvolvimentista de boca', como diz Maria da Conceição Tavares e Marina Silva, a nova 'menina do quarteirão' do conservadorismo brasileiro.
Agência Carta Maior
21 de junho de 2010
Dossiê revela calamidade na saúde pública em São Paulo
O que será do Brasil se Serra ganhar? Um dossiê sobre a saúde pública em São Paulo revela mulheres pobres submetidas a parto sem anestesia por falta de medicamentos; crianças sem imunização por falta de vacinas; doentes graves em fila de seis meses para exames e tratamentos como cateterismo, hemodiálise e quimioterapia.
Esses são alguns indícios do quadro alarmante vivido pela saúde pública no Estado de São Paulo. Os dados são de uma pesquisa feita pelo próprio governo tucano junto a 350 mil usuários do sistema único de saúde no Estado.
O resultado devastador foi escondido pela gestão Serra por três meses. A blindagem acabou sendo furada pela UOL, cujo site divulga os resultados no momento em que o tucano se auto-elogiava em ‘sabatina' na Folha. (Com informações da Agência Carta Maior).
Esses são alguns indícios do quadro alarmante vivido pela saúde pública no Estado de São Paulo. Os dados são de uma pesquisa feita pelo próprio governo tucano junto a 350 mil usuários do sistema único de saúde no Estado.
O resultado devastador foi escondido pela gestão Serra por três meses. A blindagem acabou sendo furada pela UOL, cujo site divulga os resultados no momento em que o tucano se auto-elogiava em ‘sabatina' na Folha. (Com informações da Agência Carta Maior).
O maior desafio urbano é erradicar a pobreza
Em artigo publicado hoje (21/06/2020) no jornal A Tarde, de Salvador, o jornalista, escritor e candidato a deputado federal pelo PT, Emiliano José, defende que o grande desafio brasileiro é urbano. E o maior desafio urbano é erradicar a pobreza. Assim, não dá para falar em planejamento urbano, como se o problema não fosse de fato a precariedade das condições de vida das maiorias das populações que vivem nas grandes cidades. Falar de desafio urbano é falar de segurança alimentar, trabalho, moradia, saneamento básico, mobilidade, saúde, educação, cultura, esportes e lazer. Reduzir a desigualdade é a prioridade. É preciso um pacto nacional para enfrentar a questão urbana.
LEIA NA ÍNTEGRA
LEIA NA ÍNTEGRA
Lei Ficha Limpa elimina cabo eleitoral de Paulo Souto (DEM) em Vitória da Conquista
Coriolano Sales, ícone do DEM de Vitória da Conquista, se a Lei Ficha Limpa for realmente seguida, não vai poder se candidatar. Pela Lei Ficha Limpa, os parlamentares que renunciaram ao mandato em meio a um processo ficam inelegíveis por oito anos. É o caso de Coriolano.
Cabo eleitoral de Paulo Souto, candidato do DEM ao governo baiano, Coriolano Sales caiu nas malhas da lei como resultado da Operação Sanguessuga realizada pela Polícia federal em 2006.
Ele integrava a Máfia das Ambulâncias. Triste fim político. Os integrantes da Máfia das Ambulâncias ganhavam dinheiro às custas das ambulâncias compradas com verbas públicas, através de fraudes em licitações e numa associação criminosa com a empresa PLANAM.
Coriolano era o campeão das emendas que garantiam recursos do Orçamento da União para licitações viciadas para aquisição das ambulâncias. Ele fez emendas no valor total de R$ 1,18 milhão em dez municípios da Bahia. Ficou conhecido como integrante da Lista da Enfermagem.
Para não ser cassado, optou por renunciar ao mandato. A Polícia Federal descobriu que Coriolano Sales tinha recebido R$ 172 mil do esquema de propina.
Seu nome consta também da famigerada Lista de Furnas porque teria recebido R$ 50 mil - dinheiro ilegal e não contabilizado na campanha eleitoral de 2002. Da Lista de Furnas constavam 156 nomes de parlamentares, a maioria do PSDB e do PFL.
Exerceu um desastroso mandato parlamentar. Foi autor do projeto de lei que pretendia extinguir a área de penhores da Caixa Econômica Federal (CEF) e se tornou alvo da campanha nacional "O Brasil precisa da Caixa" deflagrada pelos funcionários da instituição. O projeto enfraquecia a CEF em favor dos bancos privados.
O sanguessuga Coriolano Sales é adversário político do PT de Vitória da Conquista, que moralizou a administração municipal.
Cabo eleitoral de Paulo Souto, candidato do DEM ao governo baiano, Coriolano Sales caiu nas malhas da lei como resultado da Operação Sanguessuga realizada pela Polícia federal em 2006.
Ele integrava a Máfia das Ambulâncias. Triste fim político. Os integrantes da Máfia das Ambulâncias ganhavam dinheiro às custas das ambulâncias compradas com verbas públicas, através de fraudes em licitações e numa associação criminosa com a empresa PLANAM.
Coriolano era o campeão das emendas que garantiam recursos do Orçamento da União para licitações viciadas para aquisição das ambulâncias. Ele fez emendas no valor total de R$ 1,18 milhão em dez municípios da Bahia. Ficou conhecido como integrante da Lista da Enfermagem.
Para não ser cassado, optou por renunciar ao mandato. A Polícia Federal descobriu que Coriolano Sales tinha recebido R$ 172 mil do esquema de propina.
Seu nome consta também da famigerada Lista de Furnas porque teria recebido R$ 50 mil - dinheiro ilegal e não contabilizado na campanha eleitoral de 2002. Da Lista de Furnas constavam 156 nomes de parlamentares, a maioria do PSDB e do PFL.
Exerceu um desastroso mandato parlamentar. Foi autor do projeto de lei que pretendia extinguir a área de penhores da Caixa Econômica Federal (CEF) e se tornou alvo da campanha nacional "O Brasil precisa da Caixa" deflagrada pelos funcionários da instituição. O projeto enfraquecia a CEF em favor dos bancos privados.
O sanguessuga Coriolano Sales é adversário político do PT de Vitória da Conquista, que moralizou a administração municipal.
20 de junho de 2010
Estou em campanha antecipada por Dilma, Wagner e Emiliano (PT) para deputado federal
Estou em campanha eleitoral antecipada. Sou um cidadão livre e exerço meus direitos. Peço votos para Dilma presidente, Wagner governador da Bahia, Lídice e Pinheiro senadores, e Emiliano José (PT) para deputado federal. Tenho uma queda pela candidatura da combativa vereadora de Salvador, Vânia Galvão, para deputada estadual.
Para deputado federal não tenho dúvidas. Difícil encontrar um candidato com o perfil político de Emiliano José. Tem a virtude de ter sido preso político por ter lutado contra a ditadura militar. Saiu e continuou lutando contra a ditadura dos generais fascistas. Uma vida dedicada à democracia.
Da prisão política, Emiliano José saiu direto para as redações dos jornais. Formou-se em jornalismo pela UFBA, fez Mestrado e Doutorado. Foram 25 anos de magistério combinado com o exercício político da cidadania. Em 1988, exerceu o mandato de deputado estadual constituinte, quando o PMDB baiano ainda não era controlado por coronéis. Em 2000, foi eleito vereador de Salvador e, em 2002, deputado estadual pelo PT. Também exerceu por um ano o mandato de deputado federal, em 2009. Foi brilhante. Participou ativamente pelas campanhas que elegeram Lula presidente e Wagner governador.
Emiliano José (PT) tem um site – www.emilianojose.com.br – e lá tem seu perfil biográfico completo.
Hoje, domingo (20) pedi um voto a minha amiga Juci, professora de educação física.
Ela disse que votaria em Emiliano José para deputado federal. Mas, logo de imediato mudou a conversa para a candidatura da Dilma Roussef. Juci me disse que recebeu um e-mail afirmando que Dilma teria sido guerrilheira, terrorista, e participado de ações armadas. E pediu minha opinião.
Eu disse a ela que minha geração toda lutou contra a ditadura militar. Fomos presos, torturados, e muitos assassinados e “desaparecidos”. A ditadura ia fechando as portas para a participação política da juventude e de todos. Muitos tiveram que entrar na clandestinidade para lutar e sobreviver, outros foram para o exílio. Os que lutaram contra a ditadura são heróis. Os bandidos são os militares que deram um golpe, derrubaram um presidente eleito, instalaram uma ditadura sangrenta e fecharam as portas para a democracia.
Contei a ela uma historinha que Nilmário Miranda, ex-Secretário Especial dos Direitos Humanos do governo Lula, me contou. Seu neto, Lucas, de 5 anos, lhe perguntara se Dilma tinha mesmo sido presa. Enquanto ele trocava idéias com sua eterna companheira de estrada, Stael, como explicar a uma criança de 5 anos um fato histórico, Maria Luiza (Malu), de 12 anos foi rápida: “Lucas, naquela época a polícia era do mal e Dilma era do bem”. Simples assim.
Como o mundo roda. Os militares torturadores, tentando enfraquecer a campanha da Dilma pela presidência, falsificam a História e a chamam de “ex-terrorista”. Se enfraquecem a campanha da Dilma, fortalecem a candidatura de José Serra (PSDB). Não são poucos os blogs tucanos que entraram nessa armadilha, por interesse eleitoreiro.
Dilma está preparada para esse debate. Ela sente orgulho por ter lutado contra a ditadura, por ter ajudado o Brasil e conquistar a democracia. Dilma tem uma vida comparada á vida de Nelson Mandela, grande líder da África do Sul. Ambos lutaram contra as ditaduras, chegaram a apoiar ações armadas, foram presos, torturados. Mandela se tornou presidente da África do Sul, Dilma será presidente do Brasil.
Pois é. Com os e-mails dos torturadores circulando pela Internet, para fazer campanha eleitoral sou obrigado a virar professor de História do Brasil, com especialização no Ciclo da Ditadura Militar. Mas, nunca imaginei que Serra se utilizaria desse caminho monstruoso de falsificar a História.
Para deputado federal não tenho dúvidas. Difícil encontrar um candidato com o perfil político de Emiliano José. Tem a virtude de ter sido preso político por ter lutado contra a ditadura militar. Saiu e continuou lutando contra a ditadura dos generais fascistas. Uma vida dedicada à democracia.
Da prisão política, Emiliano José saiu direto para as redações dos jornais. Formou-se em jornalismo pela UFBA, fez Mestrado e Doutorado. Foram 25 anos de magistério combinado com o exercício político da cidadania. Em 1988, exerceu o mandato de deputado estadual constituinte, quando o PMDB baiano ainda não era controlado por coronéis. Em 2000, foi eleito vereador de Salvador e, em 2002, deputado estadual pelo PT. Também exerceu por um ano o mandato de deputado federal, em 2009. Foi brilhante. Participou ativamente pelas campanhas que elegeram Lula presidente e Wagner governador.
Emiliano José (PT) tem um site – www.emilianojose.com.br – e lá tem seu perfil biográfico completo.
Hoje, domingo (20) pedi um voto a minha amiga Juci, professora de educação física.
Ela disse que votaria em Emiliano José para deputado federal. Mas, logo de imediato mudou a conversa para a candidatura da Dilma Roussef. Juci me disse que recebeu um e-mail afirmando que Dilma teria sido guerrilheira, terrorista, e participado de ações armadas. E pediu minha opinião.
Eu disse a ela que minha geração toda lutou contra a ditadura militar. Fomos presos, torturados, e muitos assassinados e “desaparecidos”. A ditadura ia fechando as portas para a participação política da juventude e de todos. Muitos tiveram que entrar na clandestinidade para lutar e sobreviver, outros foram para o exílio. Os que lutaram contra a ditadura são heróis. Os bandidos são os militares que deram um golpe, derrubaram um presidente eleito, instalaram uma ditadura sangrenta e fecharam as portas para a democracia.
Contei a ela uma historinha que Nilmário Miranda, ex-Secretário Especial dos Direitos Humanos do governo Lula, me contou. Seu neto, Lucas, de 5 anos, lhe perguntara se Dilma tinha mesmo sido presa. Enquanto ele trocava idéias com sua eterna companheira de estrada, Stael, como explicar a uma criança de 5 anos um fato histórico, Maria Luiza (Malu), de 12 anos foi rápida: “Lucas, naquela época a polícia era do mal e Dilma era do bem”. Simples assim.
Como o mundo roda. Os militares torturadores, tentando enfraquecer a campanha da Dilma pela presidência, falsificam a História e a chamam de “ex-terrorista”. Se enfraquecem a campanha da Dilma, fortalecem a candidatura de José Serra (PSDB). Não são poucos os blogs tucanos que entraram nessa armadilha, por interesse eleitoreiro.
Dilma está preparada para esse debate. Ela sente orgulho por ter lutado contra a ditadura, por ter ajudado o Brasil e conquistar a democracia. Dilma tem uma vida comparada á vida de Nelson Mandela, grande líder da África do Sul. Ambos lutaram contra as ditaduras, chegaram a apoiar ações armadas, foram presos, torturados. Mandela se tornou presidente da África do Sul, Dilma será presidente do Brasil.
Pois é. Com os e-mails dos torturadores circulando pela Internet, para fazer campanha eleitoral sou obrigado a virar professor de História do Brasil, com especialização no Ciclo da Ditadura Militar. Mas, nunca imaginei que Serra se utilizaria desse caminho monstruoso de falsificar a História.