22 de junho de 2010
Confusão entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa serve aos grandes grupos da mídia.
Ainda não li, mas, vou comprar o livro do professor Venício A. de Lima que acaba de ser lançado pela Editora Publisher. O título: “Liberdade de Expressão X Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia”.
De fato, há muita confusão entre os conceitos. Liberdade de expressão é um direito do indivíduo, um direito fundamental do ser humano, o direito à fala.
Já liberdade de imprensa é o direito de imprimir, “print” em inglês. Com o passar do tempo, o direito de imprimir se tornou o “direito” das grandes corporações empresariais.
A quem no Brasil interessa a confusão? Aos grandes grupos da mídia.
Trata-se de uma confusão deliberada. Ora, ninguém é contra a liberdade de expressão. Mas, misturar uma liberdade à outra é uma forma de assegurar a liberdade dos grandes grupos empresariais da mídia. E só a deles, naturalmente.
Aqui na Bahia já tem jornalista criticando os coleguinhas porque não estão fazendo passeata a favor do jornalão Estado de S. Paulo, que está impedido judicialmente de publicar assuntos vinculados à Operação Faktor, da Polícia Federal. Um episódio pontual.
A crítica aos coleguinhas mistura os conceitos e chega a prever a instalação a curto prazo de um estado policial, sem liberdade de expressão. Baita confusão, baita exagero. O que vejo é muita violação à liberdade de expressão dos de baixo, e muito privilégio aos que detêm o direito de imprensa. E a ameaça à liberdade de expressão já está chegando à internet.
O raciocínio foi desenvolvido pelo professor Venício A. Lima. O jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada, entrevistou o acadêmico e repercutiu o tema.
Ele comentou que o livro de Venício A. Lima recupera as conclusões da Hutchins Commission – Uma Imprensa Livre e Responsável.
Robert Hutchins, reitor da Universidade de Chicago, reuniu, entre 1942 e 47, treze personalidades do mundo empresarial, para, sob encomenda dos grupos Time-Life e Enciclopédia Britânica, entender por que a imprensa era tão criticada.
Para enfrentar os críticos, a Comissão Hutchins sugeriu que a imprensa praticasse o “bom jornalismo”, ou seja, respeitasse a objetividade – e separasse opinião de informação – a exatidão, a isenção, abrisse espaço para a diversidade de opiniões (e, não, só para o PUM (Pensamento Único da Mídia, segundo Paulo Henrique Amorim) e buscasse o interesse público.
Paulo Henrique Amorim perguntou ao professor Venício se a grande mídia brasileira respeitava os princípios desse “bom jornalismo” da Comissão Hutchins.
O professor Venício respondeu: NÃO
Precisamos radicalizar a luta pela liberdade de expressão PARA TODOS. Chega da ditadura das grandes corporações da mídia brasileira.
De fato, há muita confusão entre os conceitos. Liberdade de expressão é um direito do indivíduo, um direito fundamental do ser humano, o direito à fala.
Já liberdade de imprensa é o direito de imprimir, “print” em inglês. Com o passar do tempo, o direito de imprimir se tornou o “direito” das grandes corporações empresariais.
A quem no Brasil interessa a confusão? Aos grandes grupos da mídia.
Trata-se de uma confusão deliberada. Ora, ninguém é contra a liberdade de expressão. Mas, misturar uma liberdade à outra é uma forma de assegurar a liberdade dos grandes grupos empresariais da mídia. E só a deles, naturalmente.
Aqui na Bahia já tem jornalista criticando os coleguinhas porque não estão fazendo passeata a favor do jornalão Estado de S. Paulo, que está impedido judicialmente de publicar assuntos vinculados à Operação Faktor, da Polícia Federal. Um episódio pontual.
A crítica aos coleguinhas mistura os conceitos e chega a prever a instalação a curto prazo de um estado policial, sem liberdade de expressão. Baita confusão, baita exagero. O que vejo é muita violação à liberdade de expressão dos de baixo, e muito privilégio aos que detêm o direito de imprensa. E a ameaça à liberdade de expressão já está chegando à internet.
O raciocínio foi desenvolvido pelo professor Venício A. Lima. O jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada, entrevistou o acadêmico e repercutiu o tema.
Ele comentou que o livro de Venício A. Lima recupera as conclusões da Hutchins Commission – Uma Imprensa Livre e Responsável.
Robert Hutchins, reitor da Universidade de Chicago, reuniu, entre 1942 e 47, treze personalidades do mundo empresarial, para, sob encomenda dos grupos Time-Life e Enciclopédia Britânica, entender por que a imprensa era tão criticada.
Para enfrentar os críticos, a Comissão Hutchins sugeriu que a imprensa praticasse o “bom jornalismo”, ou seja, respeitasse a objetividade – e separasse opinião de informação – a exatidão, a isenção, abrisse espaço para a diversidade de opiniões (e, não, só para o PUM (Pensamento Único da Mídia, segundo Paulo Henrique Amorim) e buscasse o interesse público.
Paulo Henrique Amorim perguntou ao professor Venício se a grande mídia brasileira respeitava os princípios desse “bom jornalismo” da Comissão Hutchins.
O professor Venício respondeu: NÃO
Precisamos radicalizar a luta pela liberdade de expressão PARA TODOS. Chega da ditadura das grandes corporações da mídia brasileira.