24 de outubro de 2009
Não há fórmulas salvadoras. Apenas um diploma não tira uma pessoa da miséria.
O professor João Sicsú, diretor do IPEA, ao fazer uma palestra outro dia, em Salvador, foi quem me chamou a atenção. Essa história de resumir o problema do Brasil à educação não passa de um mito. Não há um remédio para todos os males. Na verdade, a educação precisa integrar a pauta de políticas para o desenvolvimento, que incluem diversos fatores, como geração de novos empregos com carteira assinada, seguridade social, seguro desemprego, conhecimento e tecnologia, distribuição de renda, programas assistenciais e compensatórios inclusive. O programa Bolsa Família é apenas um aspecto de uma política de desenvolvimento.
João Sicsu, que falava no auditório da Agência de Fomento do Estado da Bahia –Desenbahia, encerrando o curso “Macroeconomia e Desenvolvimento” promovido pelo IPEA, Centro Celso Furtado, Casa Civil do governo da Bahia e Desenbahia, me chamou a atenção para outro aspecto interessante. A mídia aboliu a palavra desenvolvimento do noticiário. Também aboliu a palavra planejamento. É que o receituário imposto pelo pensamento único do neoliberalismo e assumido escancaradamente pela mídia nacional, de modo geral, implicava em, como é mesmo? Estado mínimo e liberdade total para o mercado. Deu no que deu.
Os jornalitas deveriam aceitar a sugestaõ de Lula. Mídia é para informar.
João Sicsu, que falava no auditório da Agência de Fomento do Estado da Bahia –Desenbahia, encerrando o curso “Macroeconomia e Desenvolvimento” promovido pelo IPEA, Centro Celso Furtado, Casa Civil do governo da Bahia e Desenbahia, me chamou a atenção para outro aspecto interessante. A mídia aboliu a palavra desenvolvimento do noticiário. Também aboliu a palavra planejamento. É que o receituário imposto pelo pensamento único do neoliberalismo e assumido escancaradamente pela mídia nacional, de modo geral, implicava em, como é mesmo? Estado mínimo e liberdade total para o mercado. Deu no que deu.
Os jornalitas deveriam aceitar a sugestaõ de Lula. Mídia é para informar.
IPEA revela que confiança do setor produtivo está em alta
Um internauta me disse que não entendeu muito bem o Sensor Econômico do IPEA. Não consegui ver a dificuldade. Através de uma escala, o IPEA mede o grau de confiança do setor produtivo – empresários e trabalhadores – na economia, nas contas nacionais, no desempenho das empresas e na área social.
O indicador Sensor Econômico nº 9, de setembro, aponta claramente que a confiança do setor produtivo aumentou. Ou seja, melhoraram as expectativas quanto às contas nacionais e quanto ao desempenho das empresas, embora tenham piorado quanto aos parâmetros puramente econômicos.
Vamos lá. O Sensor Econômico revelou maior confiança do setor produtivo em setembro com 26,0 pontos contra 23,2 pontos do mês de agosto. Embora esta seja a sétima alta seguida, a elevação foi inferior àquela observada nos meses anteriores. Mas a tendência é de alta na confiança.
O resultado do Sensor Econômico pode ser decomposto em QUATRO aspectos.
1) Índice das contas nacionais. Apresentou o maior crescimento e passou a ser o tema com expectativas mais positivas.
2) Índice dos parâmetros econômicos. Observou-se redução significativa, pois até agosto era o aspecto mais bem avaliado.
3) Índice do desempenho das empresas. As expectativas tiveram nova melhora e, com isso, passaram a expressar CONFIANÇA, segundo a escala do Sensor Econômico.
4) Índice do aspecto social. Apesar do crescimento no mês, manteve-se o menor entre os quatro aspectos.
O IPEA EXPLICA
A previsão mais confiante para as contas nacionais ocorreu em todas as variáveis consideradas. Na comparação com agosto, a melhora mais significativa das expectativas se deu na produção industrial, que com isso se aproximou da avaliação feita para a produção do setor agropecuário e de serviços.
O índice dos parâmetros econômicos, que desde fevereiro mantinha-se próximo a 50 pontos, reduziu-se para 38,3 pontos. Tal queda deveu-se, sobretudo, à avaliação menos otimista em relação à inflação e à continuidade da apreensão quanto a taxa de juros, observada inicialmente em agosto.
O setor produtivo, ao melhorar mais uma vez sua expectativa quanto ao desempenho das empresas, fez com o índice desse aspecto passasse à faixa de CONFIANÇA. Contribuíram panoramas mais positivos esperados para a demanda, contratações, produtividade e margem de lucro.
Por fim, o índice do aspecto social elevou-se pelo terceiro mês consecutivo. Assim como em agosto, a variação é explicada em boa medida pela maior confiança na trajetória da massa salarial, pois não houve mudanças significativas nas avaliações feitas para a violência e a desigualdades.
MAIS CONFIANTES
O fato é que em setembro indústria e trabalhadores melhoraram suas expectativas, fazendo com que o Sensor Indústria e o Sensor Trabalhadores atingissem 26,1 pontos e 28,5 pontos, respectivamente.
Conclusão minha: ler o Sensor Econômico do IPEA faz mais sentido que ouvir as bobagens de Miriam Leitão, na Rede Globo.
O indicador Sensor Econômico nº 9, de setembro, aponta claramente que a confiança do setor produtivo aumentou. Ou seja, melhoraram as expectativas quanto às contas nacionais e quanto ao desempenho das empresas, embora tenham piorado quanto aos parâmetros puramente econômicos.
Vamos lá. O Sensor Econômico revelou maior confiança do setor produtivo em setembro com 26,0 pontos contra 23,2 pontos do mês de agosto. Embora esta seja a sétima alta seguida, a elevação foi inferior àquela observada nos meses anteriores. Mas a tendência é de alta na confiança.
O resultado do Sensor Econômico pode ser decomposto em QUATRO aspectos.
1) Índice das contas nacionais. Apresentou o maior crescimento e passou a ser o tema com expectativas mais positivas.
2) Índice dos parâmetros econômicos. Observou-se redução significativa, pois até agosto era o aspecto mais bem avaliado.
3) Índice do desempenho das empresas. As expectativas tiveram nova melhora e, com isso, passaram a expressar CONFIANÇA, segundo a escala do Sensor Econômico.
4) Índice do aspecto social. Apesar do crescimento no mês, manteve-se o menor entre os quatro aspectos.
O IPEA EXPLICA
A previsão mais confiante para as contas nacionais ocorreu em todas as variáveis consideradas. Na comparação com agosto, a melhora mais significativa das expectativas se deu na produção industrial, que com isso se aproximou da avaliação feita para a produção do setor agropecuário e de serviços.
O índice dos parâmetros econômicos, que desde fevereiro mantinha-se próximo a 50 pontos, reduziu-se para 38,3 pontos. Tal queda deveu-se, sobretudo, à avaliação menos otimista em relação à inflação e à continuidade da apreensão quanto a taxa de juros, observada inicialmente em agosto.
O setor produtivo, ao melhorar mais uma vez sua expectativa quanto ao desempenho das empresas, fez com o índice desse aspecto passasse à faixa de CONFIANÇA. Contribuíram panoramas mais positivos esperados para a demanda, contratações, produtividade e margem de lucro.
Por fim, o índice do aspecto social elevou-se pelo terceiro mês consecutivo. Assim como em agosto, a variação é explicada em boa medida pela maior confiança na trajetória da massa salarial, pois não houve mudanças significativas nas avaliações feitas para a violência e a desigualdades.
MAIS CONFIANTES
O fato é que em setembro indústria e trabalhadores melhoraram suas expectativas, fazendo com que o Sensor Indústria e o Sensor Trabalhadores atingissem 26,1 pontos e 28,5 pontos, respectivamente.
Conclusão minha: ler o Sensor Econômico do IPEA faz mais sentido que ouvir as bobagens de Miriam Leitão, na Rede Globo.
23 de outubro de 2009
Sociólogo Juarez Guimarães avalia construção da candidatura Dilma Roussef
A nova edição da revista Teoria e Debate (nº 84), da Fundação Perseu Abramo, já está circulando. A matéria de capa, com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, é uma entrevista concedida aos jornalistas Emiliano José e Rose Spina. Ele avalia a questão ambiental no governo Lula. Emiliano José (que é também escritor e deputado federal da Bahia) assina a resenha Gomorra – A História Real de um Jornalista Infiltrado na Violenta Máfia Napolitana, de Roberto Saviano. Leitura imperdível.
Há temas quentes. O sociólogo mineiro Juarez Guimarães avalia “a construção da candidatura Dilma Roussef” à presidência da República. O deputado José Genoíno trata da judicialização da política brasileira. O economista João Sicsú, diretor do IPEA, volta ao tema do desenvolvimento. E depois da crise? Pepe Mujica, candidato a presidente do Uruguai propõe clonar Lula na América Latina.
O professor Ricardo Musse leu e analisou todas as teses das oito chapas inscritas para o Processo de Eleições Diretas do PT (PED), que renovará as direções em todos os níveis da estrutura partidária, em 22 de novembro de 2009. Neste PED o partido trabalha com a expectativa de mobilizar centenas de milhares de petistas entre seu universo grandioso de 1,3 milhão de filiados e filiadas.
VEJA O SUMÁRIO
Nacional
A construção da candidatura Dilma (baixar PDF)
Juarez Guimarães
Judicialização da política
José Genoino e Luiz Moreira
Desafios do planejamento democrático
Hamilton Pereira e José Machado
Entrevista
Questão ambiental está vinculada à social
Carlos Minc
por Emiliano José e Rose Spina
Internacional
A construção da unidade na diversidade
Iole Ilíada
“Clonar Lula pela América Latina” (baixar PDF)
Entrevista com José Pepe Mujica e Danilo Astori
por Clarissa Pont
Mundo do Trabalho
Trabalhadores, governo e usineiros assumem compromisso
Entrevista com Antonio Lucas Filho por Fernanda Estima
Trabalho nos canaviais, o que mudou?
Maria Aparecida de Moraes Silva
Economia
A crise, o câmbio e o desenvolvimento
João Sicsú
PED
A poesia do futuro (baixar PDF)
Ricardo Musse
Cultura
Vanzolini e o que a música lhe deu
Mario Rui Feliciani
Nos rastros de Mário de Andrade
Walnice Nogueira Galvão
Cinemateca
Livros
Como Reagir à Crise?, Edmar Bacha e Ilan Goldfajn (orgs.), e O ABC da Crise, Sérgio Sister (org.)
por Mauro Borges Lemos
Gomorra – A História Real de um Jornalista Infiltrado na Violenta Máfia Napolitana, de Roberto Saviano
por Emiliano José
Mídia
Depois da 1ª Conferência de Comunicação
Venício A. de Lima
Comportamento
A TV depois da TV
Bia Abramo
Há temas quentes. O sociólogo mineiro Juarez Guimarães avalia “a construção da candidatura Dilma Roussef” à presidência da República. O deputado José Genoíno trata da judicialização da política brasileira. O economista João Sicsú, diretor do IPEA, volta ao tema do desenvolvimento. E depois da crise? Pepe Mujica, candidato a presidente do Uruguai propõe clonar Lula na América Latina.
O professor Ricardo Musse leu e analisou todas as teses das oito chapas inscritas para o Processo de Eleições Diretas do PT (PED), que renovará as direções em todos os níveis da estrutura partidária, em 22 de novembro de 2009. Neste PED o partido trabalha com a expectativa de mobilizar centenas de milhares de petistas entre seu universo grandioso de 1,3 milhão de filiados e filiadas.
VEJA O SUMÁRIO
Nacional
A construção da candidatura Dilma (baixar PDF)
Juarez Guimarães
Judicialização da política
José Genoino e Luiz Moreira
Desafios do planejamento democrático
Hamilton Pereira e José Machado
Entrevista
Questão ambiental está vinculada à social
Carlos Minc
por Emiliano José e Rose Spina
Internacional
A construção da unidade na diversidade
Iole Ilíada
“Clonar Lula pela América Latina” (baixar PDF)
Entrevista com José Pepe Mujica e Danilo Astori
por Clarissa Pont
Mundo do Trabalho
Trabalhadores, governo e usineiros assumem compromisso
Entrevista com Antonio Lucas Filho por Fernanda Estima
Trabalho nos canaviais, o que mudou?
Maria Aparecida de Moraes Silva
Economia
A crise, o câmbio e o desenvolvimento
João Sicsú
PED
A poesia do futuro (baixar PDF)
Ricardo Musse
Cultura
Vanzolini e o que a música lhe deu
Mario Rui Feliciani
Nos rastros de Mário de Andrade
Walnice Nogueira Galvão
Cinemateca
Livros
Como Reagir à Crise?, Edmar Bacha e Ilan Goldfajn (orgs.), e O ABC da Crise, Sérgio Sister (org.)
por Mauro Borges Lemos
Gomorra – A História Real de um Jornalista Infiltrado na Violenta Máfia Napolitana, de Roberto Saviano
por Emiliano José
Mídia
Depois da 1ª Conferência de Comunicação
Venício A. de Lima
Comportamento
A TV depois da TV
Bia Abramo
Microcrédito avança na Bahia
Saiu o novo Informe do Programa de Microcrédito do Estado da Bahia. É o “Credibahia com Você”. O boletim de outubro informa que o programa ampliou o limite de crédito para os trabalhadores autônomos de R$ 5 mil para R$ 10 mil. O objetivo é aumentar a oferta de crédito para pequenos negócios. Aliás, o Credibahia chegou à operação número 50 mil, com o empréstimo ao pequeno comerciante Fabiano Pereira de Jesus, em Central, a 510 km de Salvador.
O Informativo Credibahia fala ainda do apoio prestado ao “Cantinho do Léo”, na Ceasa de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Ele vende frutas, cereais, carne de charque, verduras e requeijão. Leonardo Gaudenzio Batista tem apenas 24 anos, começou com empréstimo de R$ 500 e já toma R$ 3.500.
Tem ainda a oferta de microcrédito em Bom Jesus da Lapa que já tem 272 contratos, ficando atrás somente de Barra do Choça com 333 contratos de microcrédito.
A prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira, inovou o apoio ao Credibahia e comprou um veículo para as agentes de crédito. A agente de crédito de Barreiras, Leda Gomes, batalhou e conseguiu entrevista no telejornal Bahia Meio Dia, da TV Oeste.
Mas o que mais me impressionou foi o programa de Microcrédito Cultural no Pelourinho, em Salvador, iniciativa do secretário da Cultura Márcio Meirelles. O posto já liberou mais de R$ 50 mil para artistas autônomos sem garantias reais. A Associação de Arte e Cultura, de artesanato, artigos de moda e decoração, pegou R$ 7 mil através de aval solidário.
Tudo isso está no Informe Credibahia AQUI
O Informativo Credibahia fala ainda do apoio prestado ao “Cantinho do Léo”, na Ceasa de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Ele vende frutas, cereais, carne de charque, verduras e requeijão. Leonardo Gaudenzio Batista tem apenas 24 anos, começou com empréstimo de R$ 500 e já toma R$ 3.500.
Tem ainda a oferta de microcrédito em Bom Jesus da Lapa que já tem 272 contratos, ficando atrás somente de Barra do Choça com 333 contratos de microcrédito.
A prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira, inovou o apoio ao Credibahia e comprou um veículo para as agentes de crédito. A agente de crédito de Barreiras, Leda Gomes, batalhou e conseguiu entrevista no telejornal Bahia Meio Dia, da TV Oeste.
Mas o que mais me impressionou foi o programa de Microcrédito Cultural no Pelourinho, em Salvador, iniciativa do secretário da Cultura Márcio Meirelles. O posto já liberou mais de R$ 50 mil para artistas autônomos sem garantias reais. A Associação de Arte e Cultura, de artesanato, artigos de moda e decoração, pegou R$ 7 mil através de aval solidário.
Tudo isso está no Informe Credibahia AQUI
Sociedade se movimenta em defesa do MST
Caros amigos,
diante das ameaças de criminalizar no Brasil o mst – após uma quinzena de imagens e massacre midiático – organizou-se o manifesto que segue abaixo e será divulgado esta tarde. As adesões, urgentes, devem ser feitas no endereço abaixo:
http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html
divulguem em suas listas, por favor.
MANIFESTO EM DEFESA DO MST
Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais
As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo.
Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.
Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.
Bloquear a reforma agrária
Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário desloca-se dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.
Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.
O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.
Concentração fundiária
A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.
Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no 1º semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano.
Não violência
A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária.
É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.
Contra a criminalização das lutas sociais
Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.
http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html
diante das ameaças de criminalizar no Brasil o mst – após uma quinzena de imagens e massacre midiático – organizou-se o manifesto que segue abaixo e será divulgado esta tarde. As adesões, urgentes, devem ser feitas no endereço abaixo:
http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html
divulguem em suas listas, por favor.
MANIFESTO EM DEFESA DO MST
Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais
As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo.
Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.
Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.
Bloquear a reforma agrária
Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário desloca-se dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.
Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.
O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.
Concentração fundiária
A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.
Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no 1º semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano.
Não violência
A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária.
É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.
Contra a criminalização das lutas sociais
Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.
http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html
Mais de 100.000 mutuários poderão perder imóveis e prestações já pagas
Considerada uma verdadeira "pegadinha" para o comprador do imóvel, que desconhece completamente o seu significado, o "saldo residual" poderá penalizar, só em 2009, 100.000 adquirentes de casas, apartamentos ou salas comerciais.
São contratos firmados em 1989, com prazo de 20 (vinte) anos, que chegam ao seu final em 2009, e não contam com a cobertura do FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais). Em tese, esses mutuários teriam os contratos quitados neste ano, mas não é isso que vem ocorrendo.
O alerta é do presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin: os saldos residuais são gerados porque a prestação é corrigida pelo PES (Plano de Equivalência Salarial por Categoria Profissional), diferentemente do saldo devedor que é reajustado pelos índices da poupança.
Enquanto a prestação sobe, em média, 5% ao ano, o saldo devedor aumenta 15% no mesmo período, lembrando que o saldo devedor foi também pressionado por correções indevidas feitas durante os planos econômicos editados por sucessivos governos, o principal deles é o Plano Collor onde os financiamentos receberam reajuste ilegal de 43%.
Pode ser movida uma Ação perante a Justiça Federal para continuar adimplente com a parcela, mediante o depósito de 30% da renda familiar dos aposentados. Tal previsão está na lei do SFH que não permite que a prestação comprometa mais de 30% da renda familiar, e também existe o Código De Defesa do Consumidor, que determina ao Juiz revisar os contratos quando as partes estão em situação de desequilíbrio.
Se no Brasil o Congresso Nacional não fosse ocupado pelos 300 picaretas uma lei já teria resolvido esse golpe contra a população.
São contratos firmados em 1989, com prazo de 20 (vinte) anos, que chegam ao seu final em 2009, e não contam com a cobertura do FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais). Em tese, esses mutuários teriam os contratos quitados neste ano, mas não é isso que vem ocorrendo.
O alerta é do presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin: os saldos residuais são gerados porque a prestação é corrigida pelo PES (Plano de Equivalência Salarial por Categoria Profissional), diferentemente do saldo devedor que é reajustado pelos índices da poupança.
Enquanto a prestação sobe, em média, 5% ao ano, o saldo devedor aumenta 15% no mesmo período, lembrando que o saldo devedor foi também pressionado por correções indevidas feitas durante os planos econômicos editados por sucessivos governos, o principal deles é o Plano Collor onde os financiamentos receberam reajuste ilegal de 43%.
Pode ser movida uma Ação perante a Justiça Federal para continuar adimplente com a parcela, mediante o depósito de 30% da renda familiar dos aposentados. Tal previsão está na lei do SFH que não permite que a prestação comprometa mais de 30% da renda familiar, e também existe o Código De Defesa do Consumidor, que determina ao Juiz revisar os contratos quando as partes estão em situação de desequilíbrio.
Se no Brasil o Congresso Nacional não fosse ocupado pelos 300 picaretas uma lei já teria resolvido esse golpe contra a população.
Sensor Econômico do IPEA registra aumento de confiança do setor produtivo
O IPEA divulgou hoje (23), sexta-feira, em Salvador, o resultado do Sensor Econômico de setembro. Trata-se de um Indicativo do grau de confiança e expectativas elaborado pelo órgão. A confiança do setor produtivo aumentou. Em setembro, o indicador atingiu 26 pontos contra 23,2 pontos de agosto. Esta foi a sétima alta seguida do Sensor Econômico.
A informação foi divulgada pelo diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisas Aplicadas, João Sicsú, ao encerrar o curso de “Macroeconomia e Desenvolvimento Econômico”, no auditório da Desenbahia, realizado em parceria com a Casa Civil do governo da Bahia e o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento.
Segundo o diretor do IPEA, o resultado do Sensor Econômico de janeiro a julho de 2009 foi sempre de apreensão. Em agosto passou ao grau de confiança. Agora em setembro, o Indicativo revelou ainda maior confiança do setor produtivo. “O fato prova que a economia está se recuperando com velocidade, com boas perspectivas para o próximo ano, e desmente previsões pessimistas de instituições como Credit Suisse, Bradesco e FMI”, afirmou ele.
O Sensor Econômico é uma pesquisa mensal realizada pelo IPEA em todo o território nacional, com o objetivo de captar as expectativas econômicas e sociais do setor produtivo brasileiro, envolvendo 24 questões objetivas enviadas a 115 entidades representativas da economia.
O Sensor Econômico trabalha com cinco cenários: otimista (entre 60 e 100 pontos), confiante (entre 20 e 59 pontos), apreensiva (entre menos 20 e 20 pontos), adversa (entre menos 60 e menos 20 pontos) e pessimista (entre menos 100 e menos 60 pontos). A média das pontuações indica a expectativa do setor produtivo em relação à economia. Em setembro, melhoraram as expectativas relativas às contas nacionais e desempenho das empresas, o que expressa confiança.
A informação foi divulgada pelo diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisas Aplicadas, João Sicsú, ao encerrar o curso de “Macroeconomia e Desenvolvimento Econômico”, no auditório da Desenbahia, realizado em parceria com a Casa Civil do governo da Bahia e o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento.
Segundo o diretor do IPEA, o resultado do Sensor Econômico de janeiro a julho de 2009 foi sempre de apreensão. Em agosto passou ao grau de confiança. Agora em setembro, o Indicativo revelou ainda maior confiança do setor produtivo. “O fato prova que a economia está se recuperando com velocidade, com boas perspectivas para o próximo ano, e desmente previsões pessimistas de instituições como Credit Suisse, Bradesco e FMI”, afirmou ele.
O Sensor Econômico é uma pesquisa mensal realizada pelo IPEA em todo o território nacional, com o objetivo de captar as expectativas econômicas e sociais do setor produtivo brasileiro, envolvendo 24 questões objetivas enviadas a 115 entidades representativas da economia.
O Sensor Econômico trabalha com cinco cenários: otimista (entre 60 e 100 pontos), confiante (entre 20 e 59 pontos), apreensiva (entre menos 20 e 20 pontos), adversa (entre menos 60 e menos 20 pontos) e pessimista (entre menos 100 e menos 60 pontos). A média das pontuações indica a expectativa do setor produtivo em relação à economia. Em setembro, melhoraram as expectativas relativas às contas nacionais e desempenho das empresas, o que expressa confiança.
22 de outubro de 2009
Lula vai assinar o Estatuto da Igualdade Racial em Salvador
O presidente Lula assina, no próximo 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, o Estatuto da Igualdade Racial, em plena praça Castro Alves, um dos espaços símbolos da capital baiana. A informação foi confirmada pelo ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade (Seppir), Edson Santos. Salvador foi escolhida para a assinatura do Estatuto não apenas porque tem maior concentração de afrodescendentes do país, mas, principalmente, porque é a cidade que mantém viva as raízes e tradições africanas. O Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado em setembro pela Câmara dos Deputados após 10 anos de tramitação.
Números revelam que PSDB e DEM estão descendo a ladeira
Desde 1990, o eleitorado brasileiro tem progressivamente abandonado os apelos dos partidos conservadores como PSDB e DEM. Ao contrário, ocorreu um constante crescimento da esquerda, identificada com as camadas mais pobres, notadamente o Partido dos Trabalhadores. Os números não mentem. As informações são do jornalista Maurício Dias, editor da coluna Rosa-dos-Ventos, da revista Carta Capital.
“Em oito anos, o DEM, herdeiro do PFL, perdeu quase a metade dos deputados. Em 2006 elegeu 65 deputados. A perspectiva eleitoral do próximo ano afugentou mais gente do partido e ele tem, hoje, 58 representantes.
Também em queda sucessiva, os tucanos saíram de 99 representantes em 1998, para 65 representantes em 2006. Essa fase marca a derrota dos candidatos do PSDB à Presidência, José Serra, em 2002, e Geraldo Alckmin, em 2006.”
A mesma tendência eleitoral percebida nas eleições para a Câmara Federal ocorreu nas eleições para as prefeituras municipais. Nas últimas três competições, para a chefia dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros, tucanos e pefelistas desceram a ladeira. De nada adiantou ao PFL, que sustentava a ditadura, adotar o nome de fantasia Democratas (DEM), em 2007, escreveu Maurício Dias.
O fracasso eleitoral dos dois partidos é gritante.
Em 2000 o PFL conquistou mais de mil prefeituras, em 2008 o travestido DEM, sucessor do PFL, conquistou apenas 495 prefeituras, ou seja, manos 40%.
Para o PSDB, a perda das prefeituras é ainda maior. Em 2000, após seis anos de administração Fernando Henrique Cardoso, os tucanos se aproximaram da conquista do PFL: 989 prefeituras. Em 2008, o número baixou para 779.
Diante do fracasso, o PSDB tenta uma bizarra cirurgia plástica, distribuindo uma revista em que invoca nada mais nada menos que a autoria da legislação social proposta pelo presidente Lula.
PSDB e DEM vão para um processo de canibalização um ao outro na disputa de eleitores. Não há votos suficientes no País para sustentar dois partidos de direita.
LEIA NA ÍNTEGRA
“Em oito anos, o DEM, herdeiro do PFL, perdeu quase a metade dos deputados. Em 2006 elegeu 65 deputados. A perspectiva eleitoral do próximo ano afugentou mais gente do partido e ele tem, hoje, 58 representantes.
Também em queda sucessiva, os tucanos saíram de 99 representantes em 1998, para 65 representantes em 2006. Essa fase marca a derrota dos candidatos do PSDB à Presidência, José Serra, em 2002, e Geraldo Alckmin, em 2006.”
A mesma tendência eleitoral percebida nas eleições para a Câmara Federal ocorreu nas eleições para as prefeituras municipais. Nas últimas três competições, para a chefia dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros, tucanos e pefelistas desceram a ladeira. De nada adiantou ao PFL, que sustentava a ditadura, adotar o nome de fantasia Democratas (DEM), em 2007, escreveu Maurício Dias.
O fracasso eleitoral dos dois partidos é gritante.
Em 2000 o PFL conquistou mais de mil prefeituras, em 2008 o travestido DEM, sucessor do PFL, conquistou apenas 495 prefeituras, ou seja, manos 40%.
Para o PSDB, a perda das prefeituras é ainda maior. Em 2000, após seis anos de administração Fernando Henrique Cardoso, os tucanos se aproximaram da conquista do PFL: 989 prefeituras. Em 2008, o número baixou para 779.
Diante do fracasso, o PSDB tenta uma bizarra cirurgia plástica, distribuindo uma revista em que invoca nada mais nada menos que a autoria da legislação social proposta pelo presidente Lula.
PSDB e DEM vão para um processo de canibalização um ao outro na disputa de eleitores. Não há votos suficientes no País para sustentar dois partidos de direita.
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Caminhos do futuro, segundo o historiador Eric Hobsbawm
O jornalista, escritor e deputado federal Emiliano José (PT-BA) comenta, em artigo publicado no site da revista Carta Capital (21.10.2009), a conferência do historiador inglês Eric Hobsbawm durante o World Political Fórum, na Alexandria. Hobsbawm defende uma forte tese: todos os países do Leste e do Oeste devem sair da ortodoxia do crescimento econômico a todo custo e dar mais atenção à equidade social. Ele faz tremer os que copiam fórmulas, à esquerda e à direita. As economias do modelo soviético faliram nos anos 80, as economias do fundamentalismo de mercado faliram em setembro de 2009.
Conclusão: não é mais possível acreditar em uma única fórmula global de capitalismo ou de pós-capitalismo.
“Se olharmos para o Brasil, se olharmos para o projeto que o governo Lula vem desenvolvendo, para o contraponto que se fez ao neoliberalismo do tucanato sem, no entanto, descartar o dinamismo do setor privado, encontraremos muita coisa do que Hobsbawm está defendendo”.
LEIA MAIS
Conclusão: não é mais possível acreditar em uma única fórmula global de capitalismo ou de pós-capitalismo.
“Se olharmos para o Brasil, se olharmos para o projeto que o governo Lula vem desenvolvendo, para o contraponto que se fez ao neoliberalismo do tucanato sem, no entanto, descartar o dinamismo do setor privado, encontraremos muita coisa do que Hobsbawm está defendendo”.
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Em blog, Nilmário Miranda defende diploma de jornalista
Nilmário Miranda, presidente da Fundação Perseu Abramo, ex-ministro dos Direitos Humanos e ex-deputado federal por Minas Gerais, manifestou-se contrário à revogação da exigência de diploma de jornalista para exercício da profissão. “A revogação do diploma poderá ser usada para aviltar salários e a própria condição de trabalho dos jornalistas”, disse ele. Já há notícias de substituição de jornalistas diplomados nas redações por não-jornalistas.
“O Brasil não pode ficar sem uma lei de imprensa. Vá lá que a que foi revogada veio do tempo da ditadura. Então se trata de ter uma nova lei nos marcos do Estado de Direito, a partir de um amplo debate, ouvindo a sociedade”.
LEIA NA ÍNTEGRA
“O Brasil não pode ficar sem uma lei de imprensa. Vá lá que a que foi revogada veio do tempo da ditadura. Então se trata de ter uma nova lei nos marcos do Estado de Direito, a partir de um amplo debate, ouvindo a sociedade”.
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Gilmar Mendes volta à militância política de oposição
O militante político de oposição, Gilmar Mendes, continua a usar o Supremo Tribunal Federal (STF) como palanque. É lastimável que comprometa tanto a presidência do STF e, por extensão, a própria instituição. Este é um STF de uma republiqueta de bananas. Como o presidente do STF não tem em mãos nenhum processo que implique em condenação ou não do presidente Lula, por suposta campanha eleitoral, sua manifestação pública se caracteriza como pronunciamento político, que nada tem de parecer jurídico.
Se o militante tucano Gilmar Mendes se comporta como porta-voz da oposição, o presidente Lula pode partir para o contra-ataque e responder ao presidente do STF. Afinal, qual o crime em que possa incorrer o presidente Lula ao viajar pelo Brasil? O ministro Marco Aurélio Garcia matou a charada: “O presidente do STF, em geral, deve falar nos autos, não deve falar em outras ocasiões”. Na verdade, Gilmar Mendes apequena o STF ao aceitar a tarefa partidária de tentar inibir a locomoção do presidente da República.
De qualquer forma, o pau que dá em Chico dá em Francisco. Se é crime eleitoral um presidente da República viajar pelo Brasil, é também crime eleitoral governadores de estados como São Paulo e Minas Gerais viajarem pelo Brasil afora.
Não dá para levar a sério esse Gilmar Mendes!
Se o militante tucano Gilmar Mendes se comporta como porta-voz da oposição, o presidente Lula pode partir para o contra-ataque e responder ao presidente do STF. Afinal, qual o crime em que possa incorrer o presidente Lula ao viajar pelo Brasil? O ministro Marco Aurélio Garcia matou a charada: “O presidente do STF, em geral, deve falar nos autos, não deve falar em outras ocasiões”. Na verdade, Gilmar Mendes apequena o STF ao aceitar a tarefa partidária de tentar inibir a locomoção do presidente da República.
De qualquer forma, o pau que dá em Chico dá em Francisco. Se é crime eleitoral um presidente da República viajar pelo Brasil, é também crime eleitoral governadores de estados como São Paulo e Minas Gerais viajarem pelo Brasil afora.
Não dá para levar a sério esse Gilmar Mendes!
21 de outubro de 2009
Tribuna da Bahia faz 40 anos e lembra luta contra ACM e ditadura
Muita água correu por debaixo dessa ponte. A Tribuna da Bahia nasceu no auge da ditadura militar, em 1969. Enfrentou com dignidade os anos de chumbo. Nós, ex-presos políticos, somos eternamente gratos aos proprietários e aos jornalistas por terem nos empregado na redação.
A Tribuna da Bahia para comemorar seus 40 anos saiu com uma superedição. Mais de 50 páginas de informação atual e memória.
É até difícil destacar um aspecto para comentar. Mas vou arriscar:
PRIMEIRO - O jornalista (e deputado federal do PT) Emiliano José publica artigo intitulado “Tribuna da liberdade”, em que lembra seu início de carreira: “A Tribuna me deu régua e compasso”, não compactuou com a ditadura, nem com o coronelismo de ACM.
SEGUNDO - Numa entrevista de página inteira o governador Jaques Wagner (PT), que chegou à Bahia escondido dos militares, vindo do Rio de Janeiro, lembra da cobertura do retorno dos exilados, da campanha eleitoral de 1986 vencida por Waldir Pires, da campanha das diretas Já e da posse do presidente Lula em 2002.
TERCEIRO – Achei fantástica a entrevista de página inteira com Theodomiro Romeiro dos Santos, preso aos 18 anos, e condenado à morte pelos militares em 1970. Theodomiro hoje é juiz do Tribunal Regional do Trabalho, em Pernambuco. Ele conta como as coisas se passaram e dá os nomes dos torturadores. Fala também como fugiu da Penitenciária Lemos Brito, em janeiro de 1971, diante das ameaças de morte.
QUARTO – Também gostei muito da página dedicada à memória do jornalista Wladimir Herzog, torturado e assassinado pelos militares em 24 de outubro de 1975. A Tribuna da Bahia só pode informar a lacônica nota do II Exército. O caso Herzog chocou pela brutalidade.
A Tribuna da Bahia está de parabéns. Logo mais à noite vou ao Teatro Castro Alves ver a exposição no foyer e assistir ao show de Carlinhos Brown, que ninguém é de ferro.
A Tribuna da Bahia para comemorar seus 40 anos saiu com uma superedição. Mais de 50 páginas de informação atual e memória.
É até difícil destacar um aspecto para comentar. Mas vou arriscar:
PRIMEIRO - O jornalista (e deputado federal do PT) Emiliano José publica artigo intitulado “Tribuna da liberdade”, em que lembra seu início de carreira: “A Tribuna me deu régua e compasso”, não compactuou com a ditadura, nem com o coronelismo de ACM.
SEGUNDO - Numa entrevista de página inteira o governador Jaques Wagner (PT), que chegou à Bahia escondido dos militares, vindo do Rio de Janeiro, lembra da cobertura do retorno dos exilados, da campanha eleitoral de 1986 vencida por Waldir Pires, da campanha das diretas Já e da posse do presidente Lula em 2002.
TERCEIRO – Achei fantástica a entrevista de página inteira com Theodomiro Romeiro dos Santos, preso aos 18 anos, e condenado à morte pelos militares em 1970. Theodomiro hoje é juiz do Tribunal Regional do Trabalho, em Pernambuco. Ele conta como as coisas se passaram e dá os nomes dos torturadores. Fala também como fugiu da Penitenciária Lemos Brito, em janeiro de 1971, diante das ameaças de morte.
QUARTO – Também gostei muito da página dedicada à memória do jornalista Wladimir Herzog, torturado e assassinado pelos militares em 24 de outubro de 1975. A Tribuna da Bahia só pode informar a lacônica nota do II Exército. O caso Herzog chocou pela brutalidade.
A Tribuna da Bahia está de parabéns. Logo mais à noite vou ao Teatro Castro Alves ver a exposição no foyer e assistir ao show de Carlinhos Brown, que ninguém é de ferro.
FHC, o presidente que teve vergonha de ser brasileiro
Brasileiro tem fama de ter memória curta. Para combater esse mal, Ricardo Mello, lá de Goiânia, envia um artigo do jornalista Alexandre Braga, do jornal Diário da Manhã. O título é “FHC, o presidente que teve vergonha de ser brasileiro”. Lá vai.
“É preciso desmantelar os últimos dinossauros estatais deste país.” Foi com essa frase que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a privatização da Petrobras e da Caixa Econômica Federal enquanto estava alojado no Palácio do Planalto. A desculpa para entregar a Caixa a preço de banana era que o Brasil não precisava de dois bancos federais. Mas, felizmente, a Petrobras e nem a Caixa não foram ceifadas pela política neoliberal implantada pelos os tucanos no Brasil, diferentemente das empresas Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o Sistema Telebrás, que foram vendidas a preço de banana.
Hoje, com anúncio da descoberta do pré-sal e com a inserção do Brasil entre os maiores produtores de petróleo do mundo, foi constatado mais uma vez que a política das privatizações foi um verdadeiro desastre e um crime contra a nação. FHC e sua política neoliberal foram praticamente enterrados com a crise financeira mundial, causada justamente pela falta de controle do mercado financeiro, fortalecendo a tese de que o Estado não pode abrir mão de tudo como defende os tucanos.
Agora, voltando ao pre-sál, já pensou se a Petrobras fosse vendida como queria FHC?
(...) A sede tucana era tão grande para vender o patrimônio do povo brasileiro que FHC chegou a encomendar um estudo para uma empresa de publicidade dos EUA, no qual foram pagos U$ 200 milhões ou mais. Resultado: de acordo com o estudo, a Petrobras passaria a se chamar Petrobrax. A desculpa era a seguinte: melhorar a aceitação da empresa no exterior, facilitando a fala do nome Petrobras para os povos de outros países. Para FHC, Petrobrax soava melhor para os gringos; segundo o tucano, existia certa dificuldade de outros povos em falar Petrobras. É como se o McDonald’s, no EUA, a Volksvagem, na Alemanha, ou a Honda, no Japão, mudassem seus nomes apenas para agradar outros países. Mas, na verdade, a intenção era mesmo americanizar a Petrobras para privatizá-la, satisfazendo o estigma de colonizado de FHC.
Quer ler na íntegra?
“É preciso desmantelar os últimos dinossauros estatais deste país.” Foi com essa frase que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a privatização da Petrobras e da Caixa Econômica Federal enquanto estava alojado no Palácio do Planalto. A desculpa para entregar a Caixa a preço de banana era que o Brasil não precisava de dois bancos federais. Mas, felizmente, a Petrobras e nem a Caixa não foram ceifadas pela política neoliberal implantada pelos os tucanos no Brasil, diferentemente das empresas Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o Sistema Telebrás, que foram vendidas a preço de banana.
Hoje, com anúncio da descoberta do pré-sal e com a inserção do Brasil entre os maiores produtores de petróleo do mundo, foi constatado mais uma vez que a política das privatizações foi um verdadeiro desastre e um crime contra a nação. FHC e sua política neoliberal foram praticamente enterrados com a crise financeira mundial, causada justamente pela falta de controle do mercado financeiro, fortalecendo a tese de que o Estado não pode abrir mão de tudo como defende os tucanos.
Agora, voltando ao pre-sál, já pensou se a Petrobras fosse vendida como queria FHC?
(...) A sede tucana era tão grande para vender o patrimônio do povo brasileiro que FHC chegou a encomendar um estudo para uma empresa de publicidade dos EUA, no qual foram pagos U$ 200 milhões ou mais. Resultado: de acordo com o estudo, a Petrobras passaria a se chamar Petrobrax. A desculpa era a seguinte: melhorar a aceitação da empresa no exterior, facilitando a fala do nome Petrobras para os povos de outros países. Para FHC, Petrobrax soava melhor para os gringos; segundo o tucano, existia certa dificuldade de outros povos em falar Petrobras. É como se o McDonald’s, no EUA, a Volksvagem, na Alemanha, ou a Honda, no Japão, mudassem seus nomes apenas para agradar outros países. Mas, na verdade, a intenção era mesmo americanizar a Petrobras para privatizá-la, satisfazendo o estigma de colonizado de FHC.
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Com apoio do PMDB, Dilma Roussef será presidente do Brasil
Está oficializado o apoio do PMDB à candidatura de Dilma Roussef à presidência da República. Será mesmo uma disputa plebiscitária. A candidata do PT avança assim nas alianças com os atuais partidos da base do Governo Lula. A reunião das lideranças do PT com o PMDB, nesta terça-feira (20) em Brasília sinalizou o apoio do PMDB, ainda o maior partido da chamada base aliada. Falta o PSB de Ciro Gomes.
As questões estaduais não impedem a aliança nacional PT-PMDB. Não impedem, mas, atrapalham. A traição de Geddel Vieira Lima ao projeto de transformação na Bahia que está em curso é um exemplo dessa trapalhada. No fundo, no fundo essa história de dois palanques na Bahia enfraquece a campanha de Dilma Roussef.
Ciro Gomes reagiu meio azedo ao anúncio da aliança PT-PMDB em torno da candidatura de Dilma Roussef: "Só espero que o PMDB entregue o que está prometendo. Espero também que os termos da aliança sejam confessáveis". Ele tem razão em desconfiar, já que o PMDB é um sacode-gato enorme.
O Brasil espera que os termos do acordo PT-PMDB sejam realmente confessáveis.
As questões estaduais não impedem a aliança nacional PT-PMDB. Não impedem, mas, atrapalham. A traição de Geddel Vieira Lima ao projeto de transformação na Bahia que está em curso é um exemplo dessa trapalhada. No fundo, no fundo essa história de dois palanques na Bahia enfraquece a campanha de Dilma Roussef.
Ciro Gomes reagiu meio azedo ao anúncio da aliança PT-PMDB em torno da candidatura de Dilma Roussef: "Só espero que o PMDB entregue o que está prometendo. Espero também que os termos da aliança sejam confessáveis". Ele tem razão em desconfiar, já que o PMDB é um sacode-gato enorme.
O Brasil espera que os termos do acordo PT-PMDB sejam realmente confessáveis.
20 de outubro de 2009
Deputado Emiliano critica tucano burro e defende entrada da Venezuela no Mercosul
O deputado federal Emiliano José (PT-BA) criticou, nesta terça-feira (20) acidamente o senador tucano Tasso Jereissati, que apresentou no Congresso Nacional relatório contra a entrada da Venezuela no MERCOSUL. “Parece pirraça, mas não é. É pequenez, falta de visão, uma atitude que evidencia a quanto pode chegar a oposição ao governo Lula e como ela se transforma em oposição ao Brasil”.
Em outras palavras, Emiliano (PT) criticou a burrice de Tasso Jereissati (PSDB).
O senador tucano propõe um ato hostil a um país que o Brasil tem aprofundado não apenas laços econômicos, mas também culturais e científicos.
Trata-se de um Parecer equivocado e irresponsável. Assim pensa o professor Fabiano Santos, coordenador do Núcleo de Estudos sobre o Congresso, do IURPEJ, do Rio de Janeiro.
A proposta do tucano prejudica o Brasil. Nos últimos dez anos as exportações do Brasil para a Venezuela aumentaram 858%, passando de 536,7 milhões de dólares, em 1999, para 4,6 bilhões de dólares em 2008.
A Venezuela, com a crise, passou a representar 29% de todo o saldo da balança comercial brasileira. Dos 3 bilhões de dólares do saldo da balança comercial, neste ano, 878 milhões de dólares são representados por negócios com aquele país.
Este senador tucano é mesmo muito irresponsável. Um aloprado.
LEIA O PRONUNCIAMENTO DE EMILIANO NA ÍNTEGRA
Em outras palavras, Emiliano (PT) criticou a burrice de Tasso Jereissati (PSDB).
O senador tucano propõe um ato hostil a um país que o Brasil tem aprofundado não apenas laços econômicos, mas também culturais e científicos.
Trata-se de um Parecer equivocado e irresponsável. Assim pensa o professor Fabiano Santos, coordenador do Núcleo de Estudos sobre o Congresso, do IURPEJ, do Rio de Janeiro.
A proposta do tucano prejudica o Brasil. Nos últimos dez anos as exportações do Brasil para a Venezuela aumentaram 858%, passando de 536,7 milhões de dólares, em 1999, para 4,6 bilhões de dólares em 2008.
A Venezuela, com a crise, passou a representar 29% de todo o saldo da balança comercial brasileira. Dos 3 bilhões de dólares do saldo da balança comercial, neste ano, 878 milhões de dólares são representados por negócios com aquele país.
Este senador tucano é mesmo muito irresponsável. Um aloprado.
LEIA O PRONUNCIAMENTO DE EMILIANO NA ÍNTEGRA
O que dirá Coriolano Sales, da Máfia das Ambulâncias, ao comemorar os 20 anos da Constituição da Bahia?
Dia 22 de outubro, quinta-feira, a Constituição do Estado da Bahia completa 20 anos. Uma Sessão Especial vai comemorar a data. Serão homenageados quatro deputados constituintes que ainda permanecem na Assembléia Legislativa: Reinaldo Braga (PR), Jurandy Oliveira (PRP), Luciano Simões (PMDB) e Pedro Alcântara (PR).
Além do governador Jaques Wagner (PT), sei que o ex-governador Waldir Pires estará presente. O resto não tem importância.
A cerimônia terá quatro oradores: o governador Jaques Wagner, o presidente da Assembléia, Marcelo Nilo, o ex-deputado Sérgio Gaudenzi, que foi relator da Constituinte e ainda o ex-deputado Coriolano Sales, que promulgou a Constituinte como presidente da Assembléia em outubro de 1989.
Será constrangedor ouvir o discurso do ex-deputado Coriolano Sales.
Quando promulgou a Constituinte ele era do PMDB combativo e digno. Depois ele se bandeou para o PFL e caiu no ostracismo. É que ele se meteu com a Máfia das Ambulâncias, foi investigado pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga, aquele pessoal que estava ganhando dinheiro às custas das ambulâncias compradas com verbas públicas, através de fraudes com a empresa Planam
Ele fazia parte da LISTA DA ENFERMAGEM.
À época, sete deputados federais baianos foram investigados, na maioria do PFL: Coriolano Sales (PFL), envolvido nas emendas de Ituaçu e Barra da Estiva, ambos com licitações direcionadas para a empresa da fraude - Planam, com um agravante: foi o deputado campeão das emendas das ambulâncias com R$ 1,18 milhão em dez municípios. Zelinda Novaes (PFL), Robério Nunes (PFL), Paulo Magalhães (PFL), este é o sobrinho do senador ACM, pastor Reginaldo Germano (PFL), Mário Negromonte (PP) e Severiano Alves (PDT).
Os mafiosos da Operação Sanguessuga tinham um ponto em comum: todos apoiavam Paulo Souto para governador.
Além do governador Jaques Wagner (PT), sei que o ex-governador Waldir Pires estará presente. O resto não tem importância.
A cerimônia terá quatro oradores: o governador Jaques Wagner, o presidente da Assembléia, Marcelo Nilo, o ex-deputado Sérgio Gaudenzi, que foi relator da Constituinte e ainda o ex-deputado Coriolano Sales, que promulgou a Constituinte como presidente da Assembléia em outubro de 1989.
Será constrangedor ouvir o discurso do ex-deputado Coriolano Sales.
Quando promulgou a Constituinte ele era do PMDB combativo e digno. Depois ele se bandeou para o PFL e caiu no ostracismo. É que ele se meteu com a Máfia das Ambulâncias, foi investigado pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga, aquele pessoal que estava ganhando dinheiro às custas das ambulâncias compradas com verbas públicas, através de fraudes com a empresa Planam
Ele fazia parte da LISTA DA ENFERMAGEM.
À época, sete deputados federais baianos foram investigados, na maioria do PFL: Coriolano Sales (PFL), envolvido nas emendas de Ituaçu e Barra da Estiva, ambos com licitações direcionadas para a empresa da fraude - Planam, com um agravante: foi o deputado campeão das emendas das ambulâncias com R$ 1,18 milhão em dez municípios. Zelinda Novaes (PFL), Robério Nunes (PFL), Paulo Magalhães (PFL), este é o sobrinho do senador ACM, pastor Reginaldo Germano (PFL), Mário Negromonte (PP) e Severiano Alves (PDT).
Os mafiosos da Operação Sanguessuga tinham um ponto em comum: todos apoiavam Paulo Souto para governador.
PT do extremo sul da Bahia realiza seu 9º encontro regional e lança pré-candidatos
Estão em marcha batida na Bahia os preparativos partidários para a campanha eleitoral de 2010. O PT do extremo sul baiano, por exemplo, trata de se entender. Em Itamaraju ocorreu (18.10.2009) o 9º Encontro Regional do PT no Extremo Sul da Bahia. Participaram mais de 200 lideranças, entre eles pelo menos nove pré-candidatos a deputado estadual e alguns pré-candidatos a deputado federal. Evidentemente, todo mundo apóia Jaques Wagner, todo mundo apóia Dilma Roussef.
Ao encontro compareceram o deputado federal Emiliano José, o secretário das Relações Institucionais Rui Costa, o presidente do PT da Bahia, Jonas Paulo, e o Ouvidor Geral do Estado, Jones Carvalho. Todos eles falam na necessidade de dar continuidade ao projeto de governo de Lula, leia-se, apoiar Dilma Roussef na sucessão presidencial.
Há nomes fortes para deputado estadual no extremo sul da Bahia, entre eles, o médico João Bosco Bittencourt, que já disputou a prefeitura de Teixeira de Freitas. Frei Dílson Santiago, prefeito de Itamaraju é outro. A meta é ampliar a bancada petista na Assembléia Legislativa da Bahia.
Na candidatura a deputado federal, dois nomes estão fortes: o deputado Emiliano José e o secretário estadual Rui Costa. O clima político está muito bom. Dia 22 de novembro o PT vai realizar o PED (Programa de Eleições Diretas) para escolha de seus dirigentes em todas as esferas. O PT é o único partido político do Brasil que faz eleições diretas para eleição de seus dirigentes. O clima de entendimento do encontro regional do extremo sul foi sinal de que o PT amadureceu.
Ao encontro compareceram o deputado federal Emiliano José, o secretário das Relações Institucionais Rui Costa, o presidente do PT da Bahia, Jonas Paulo, e o Ouvidor Geral do Estado, Jones Carvalho. Todos eles falam na necessidade de dar continuidade ao projeto de governo de Lula, leia-se, apoiar Dilma Roussef na sucessão presidencial.
Há nomes fortes para deputado estadual no extremo sul da Bahia, entre eles, o médico João Bosco Bittencourt, que já disputou a prefeitura de Teixeira de Freitas. Frei Dílson Santiago, prefeito de Itamaraju é outro. A meta é ampliar a bancada petista na Assembléia Legislativa da Bahia.
Na candidatura a deputado federal, dois nomes estão fortes: o deputado Emiliano José e o secretário estadual Rui Costa. O clima político está muito bom. Dia 22 de novembro o PT vai realizar o PED (Programa de Eleições Diretas) para escolha de seus dirigentes em todas as esferas. O PT é o único partido político do Brasil que faz eleições diretas para eleição de seus dirigentes. O clima de entendimento do encontro regional do extremo sul foi sinal de que o PT amadureceu.
O segundo dia do Blog do Nilmário...
O Blog do Nilmário Miranda entra em seu segundo dia. Ele postou um blog sobre a reforma política e chega a elogiar o deputado Flávio Dino (PCdoB-Maranhão):
“Mais uma vez a reforma política frustrou as expectativas. Nem sequer se colocou em votação as listas partidárias, o financiamento político exclusivo, a cláusula de desempenho e a proibição de coligações partidárias.
Excluído o principal, o correto deputado Flávio Dino (PC do B – Maranhão), procurou avançar.
QuaiS são os avanços?
A ampliação, para além dos sites dos candidatos, do uso da internet e a possibilidade de doação eleitorais através de cartões de crédito via internet são novidades positivas.
As regras para 2010 eliminam o uso de trios elétricos, as pinturas de muros e reduzem o tamanho dos anúncios pagos em jornais, que, somado a proibição de outdoors, contribuem para controlar o abuso do poder econômico.
Outra novidade é a reserva de 5% do fundo partidário e tempo específico na TV para o tema participação política das mulheres. Melhor que nada!
A crise do Senado nos leva a pergunta: e os suplentes sem voto? E o papel do Senado?
Há outros problemas a serem enfrentados: os deputados podem destinar 12 milhões do orçamento da União para suas bases? Junto com o aparato que dispõem (verbas de gabinete, número de assessores, outras verbas indenizatórias) acabam dispondo de um financiamento público por vias tortas.”
CONFIRA O BLOG DO NILMÁRIO
“Mais uma vez a reforma política frustrou as expectativas. Nem sequer se colocou em votação as listas partidárias, o financiamento político exclusivo, a cláusula de desempenho e a proibição de coligações partidárias.
Excluído o principal, o correto deputado Flávio Dino (PC do B – Maranhão), procurou avançar.
QuaiS são os avanços?
A ampliação, para além dos sites dos candidatos, do uso da internet e a possibilidade de doação eleitorais através de cartões de crédito via internet são novidades positivas.
As regras para 2010 eliminam o uso de trios elétricos, as pinturas de muros e reduzem o tamanho dos anúncios pagos em jornais, que, somado a proibição de outdoors, contribuem para controlar o abuso do poder econômico.
Outra novidade é a reserva de 5% do fundo partidário e tempo específico na TV para o tema participação política das mulheres. Melhor que nada!
A crise do Senado nos leva a pergunta: e os suplentes sem voto? E o papel do Senado?
Há outros problemas a serem enfrentados: os deputados podem destinar 12 milhões do orçamento da União para suas bases? Junto com o aparato que dispõem (verbas de gabinete, número de assessores, outras verbas indenizatórias) acabam dispondo de um financiamento público por vias tortas.”
CONFIRA O BLOG DO NILMÁRIO
19 de outubro de 2009
O Blog do Nilmário está no ar...
O Blog do Nilmário está entrando hoje (21 de outubro) no ar.
Ele escreveu:
“Sou militante histórico da luta pela democratização da Comunicação. Quando sai da prisão política, fundamos o Jornal dos Bairros (1976) para a resistência nas periferias. Fiz jornalismo e trabalhei nos Sindicatos dos Bancários (1979) e Metalúrgicos de Betim (81-82).
Como Deputado Federal (de 1990 a 2002) fui um dos articuladores da Frente Parlamentar e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e ajudei na fundação de rádios comunitárias. Iniciar este blog é retomar este processo no ano da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Hoje presido a Fundação Perseu Abramo, participo da Executiva Nacional do PT e do Grupo de Programa para 2010 (Dilma).
O blog será um meio de contato com a militância, com a sociedade civil, com a enorme rede de direitos humanos, movimentos sociais, ONGs. Mas só cumprirá seu papel de contribuir para o esclarecimento e cultura políticas se todos participarem, opinarem e transformá-lo numa ferramenta da democratização da democracia”.
Confira o Blog do Nilmário
Ele escreveu:
“Sou militante histórico da luta pela democratização da Comunicação. Quando sai da prisão política, fundamos o Jornal dos Bairros (1976) para a resistência nas periferias. Fiz jornalismo e trabalhei nos Sindicatos dos Bancários (1979) e Metalúrgicos de Betim (81-82).
Como Deputado Federal (de 1990 a 2002) fui um dos articuladores da Frente Parlamentar e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e ajudei na fundação de rádios comunitárias. Iniciar este blog é retomar este processo no ano da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Hoje presido a Fundação Perseu Abramo, participo da Executiva Nacional do PT e do Grupo de Programa para 2010 (Dilma).
O blog será um meio de contato com a militância, com a sociedade civil, com a enorme rede de direitos humanos, movimentos sociais, ONGs. Mas só cumprirá seu papel de contribuir para o esclarecimento e cultura políticas se todos participarem, opinarem e transformá-lo numa ferramenta da democratização da democracia”.
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O Negro e a luta por um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento
O PCdoB prepara-se para realizar o seu XII Congresso e coloca na ordem do dia a necessidade de o Brasil dar um salto nas políticas econômicas e sociais e adotar um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, conjugando a produção da riqueza com uma ampla distribuição de renda.
A vereadora Olívia Santana (PCdoB) e a cientista social Mary Garcia Castro escreveram um artigo sobre este tema.
LEIA NA ÍNTEGRA
A vereadora Olívia Santana (PCdoB) e a cientista social Mary Garcia Castro escreveram um artigo sobre este tema.
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Vai começar a 5º Conferência Jaime Wright de Direitos Humanos
Nos dias 21, 22 e 23 de outubro estará acontecendo 5ª Conferência Jaime Wright sobre Direitos Humanos, Educação e Cultura. O evento foi instituído pelo Conselho de Curadores da Fundação 2 de Julho, proposto pela Faculdade 2 de Julho. O objetivo é debater esses temas de grande importância para a sociedade.
PROGRAMAÇÃO:
21/10 - 19h
"Direitos Humanos, Educação e Cultura"
Aída Monteiro - UFPE / Secretaria de Educação de Pernambuco
22/10 - 19h
"Direitos Humanos na Cultura Brasileira"
Mary Garcia Castro - Núcleo de Estudos e Pesquisas de Juventude, Identidade, Cidadania e Cultura (NPEJI)
20h
"Educando com Arte"
Elisa Lucinda - Escola Lucinda de Poesia Viva
23/10 - 19h
"A atualidade do pensamento de Paulo Freire"
Jason Mafra - Instituto Paulo Freire / Unifreire
Site da Conferência
http://www.f2j.edu.br/jaime/2009/index.html
PROGRAMAÇÃO:
21/10 - 19h
"Direitos Humanos, Educação e Cultura"
Aída Monteiro - UFPE / Secretaria de Educação de Pernambuco
22/10 - 19h
"Direitos Humanos na Cultura Brasileira"
Mary Garcia Castro - Núcleo de Estudos e Pesquisas de Juventude, Identidade, Cidadania e Cultura (NPEJI)
20h
"Educando com Arte"
Elisa Lucinda - Escola Lucinda de Poesia Viva
23/10 - 19h
"A atualidade do pensamento de Paulo Freire"
Jason Mafra - Instituto Paulo Freire / Unifreire
Site da Conferência
http://www.f2j.edu.br/jaime/2009/index.html
Para o Tribunal de Justiça da Bahia ficar RUIM tem que melhorar muito
Tem coisa mais grave que isso? A sentença foi dada pelo ministro Gilson Langaro Dipp, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele considera que o Tribunal de Justiça da Bahia atravessa uma séria crise institucional. A origem está nos anos de intervenção do Executivo (leia-se mandonismo do ex-senador ACM).
A primeira inspeção do CNJ foi no Tribunal de Justiça da Bahia em 2008, quando foram encontrados 80 mil processos com atraso superior a 100 dias. O pior quadro entre todos os tribunais. “A crise do Judiciário não atinge só a Bahia, mas, a Bahia tem sim sua crise própria”. Desde 1988 o TJ deveria ter extinto essa aberração que é o Instituto Pedro Ribeiro de Administração do Judiciário (IPRAJ), de acordo com a Constituição Federal. Não ocorreu nada.
Tem coisa mais emblemática que um Tribunal de Justiça comprar tapete persa? Por último, a Operação Janus flagrou bandidagens de duas juízas (Maria de Fátima Carvalho e Janete Fadul) e do desembargador Rubem Dário. A coisa continua feia no Tribunal de Justiça da Bahia. Está tudo no jornal A Tarde (18.10.2009), numa entrevista com o ministro Gilson Dipp.
A primeira inspeção do CNJ foi no Tribunal de Justiça da Bahia em 2008, quando foram encontrados 80 mil processos com atraso superior a 100 dias. O pior quadro entre todos os tribunais. “A crise do Judiciário não atinge só a Bahia, mas, a Bahia tem sim sua crise própria”. Desde 1988 o TJ deveria ter extinto essa aberração que é o Instituto Pedro Ribeiro de Administração do Judiciário (IPRAJ), de acordo com a Constituição Federal. Não ocorreu nada.
Tem coisa mais emblemática que um Tribunal de Justiça comprar tapete persa? Por último, a Operação Janus flagrou bandidagens de duas juízas (Maria de Fátima Carvalho e Janete Fadul) e do desembargador Rubem Dário. A coisa continua feia no Tribunal de Justiça da Bahia. Está tudo no jornal A Tarde (18.10.2009), numa entrevista com o ministro Gilson Dipp.
Zé de Jesus Barreto, um militante da africanidade
Lá pelos idos de 1972 a Tribuna da Bahia, que está completando 40 anos neste 21 de outubro de 2009, acolhia em sua redação os ex-presos políticos que saíam das prisões da ditadura militar. Entrei para o jornalismo pela janela libertária da Tribuna da Bahia. O Diretor de Redação era Milton Cayres, ex-deputado e ex-dirigente do PCB, o chefe de reportagem era Césio Oliveira que, com o passar dos anos, tornou-se publicitário e o pauteiro, essa função extinta no jornalismo atual, era José de Jesus Barreto.
José de Jesus Barreto, que nós chamávamos de Barretinho, fez carreira como jornalista, radialista, escritor, apresentador de TV, cientista social e torcedor do Esporte Clube Bahia, sobre o qual sabe tudo. Também tornou-se um expert em cultura afrobaiana, um militante da africanidade e um profundo conhecedor do candomblé.
Escreveu a obra “Carybé & Verger – Gente da Bahia”.
“Verger é um branco, francês, fotógrafo e repórter que chegou aqui em meados da década de 1940 e foi parar no terreiro Ilê Axé Opó Ofonjá, na época em mãos de Mãe Senhora. Esse terreiro, que fica em São Gonçalo do Retiro, era conhecido porque lá Mãe Senhora escondia os comunistas que eram perseguidos na época da ditadura de Getúlio Vargas. Era lá na casa de Oxum que mãe senhora escondia Jorge Amado, Milton Cayres de Brito e todo esse pessoal. A união da esquerda com o candomblé vem disso aí. Quando Verger esteve no terreiro, em 1947, e contou toda história dele, Mãe Senhora botou um colar de Xangô no pescoço dele e disse: vá para África ver onde está a raiz disto aqui. Ele pegou o colar de Xangô, “se picou” lá para a Nigéria, passou o resto da vida lá, largou máquina fotográfica, largou tudo e se tornou o maior etnógrafo e etnólogo da Bahia. E é em cima do estudo dele é que se começa a escrever a teologia do candomblé da Bahia”.
Em entrevista ao NUBLOG, Zé de Jesus Barreto fala do prejuízo que a politicalha causa à Bahia em relação ao futebol, Copa de Mundo, Fonte Nova, turismo, inclusive o processo de desafricanização da Bahia com a invasão das igrejas pentecostais.
UMA LEITURA FANTÁSTICA
José de Jesus Barreto, que nós chamávamos de Barretinho, fez carreira como jornalista, radialista, escritor, apresentador de TV, cientista social e torcedor do Esporte Clube Bahia, sobre o qual sabe tudo. Também tornou-se um expert em cultura afrobaiana, um militante da africanidade e um profundo conhecedor do candomblé.
Escreveu a obra “Carybé & Verger – Gente da Bahia”.
“Verger é um branco, francês, fotógrafo e repórter que chegou aqui em meados da década de 1940 e foi parar no terreiro Ilê Axé Opó Ofonjá, na época em mãos de Mãe Senhora. Esse terreiro, que fica em São Gonçalo do Retiro, era conhecido porque lá Mãe Senhora escondia os comunistas que eram perseguidos na época da ditadura de Getúlio Vargas. Era lá na casa de Oxum que mãe senhora escondia Jorge Amado, Milton Cayres de Brito e todo esse pessoal. A união da esquerda com o candomblé vem disso aí. Quando Verger esteve no terreiro, em 1947, e contou toda história dele, Mãe Senhora botou um colar de Xangô no pescoço dele e disse: vá para África ver onde está a raiz disto aqui. Ele pegou o colar de Xangô, “se picou” lá para a Nigéria, passou o resto da vida lá, largou máquina fotográfica, largou tudo e se tornou o maior etnógrafo e etnólogo da Bahia. E é em cima do estudo dele é que se começa a escrever a teologia do candomblé da Bahia”.
Em entrevista ao NUBLOG, Zé de Jesus Barreto fala do prejuízo que a politicalha causa à Bahia em relação ao futebol, Copa de Mundo, Fonte Nova, turismo, inclusive o processo de desafricanização da Bahia com a invasão das igrejas pentecostais.
UMA LEITURA FANTÁSTICA