6 de dezembro de 2008

 

Dossiê retrata realidade do aborto na Bahia

"Eu tava na ante-sala de fazer a curetagem, botavam ali como se fosse um castigo, eu achava que fosse um castigo. E fiquei o dia inteiro, dia inteiro, dia das mães. Veio o médico, fez o toque, não falou nada, nada, e fiquei lá, com a roupinha do hospital. E vinham os estagiários, levantavam a roupa e enfiavam o dedo, sem dizer nada, vinha um, vinha outro, me sentia uma coisa...".

O depoimento acima faz parte do dossiê "A Realidade do Aborto Inseguro na Bahia: a Ilegalidade da Prática e os seus Efeitos na Saúde das Mulheres em Salvador e Feira de Santana", divulgado (5/12/08) em Salvador. Organizado pelo Instituto Mulheres pela Atenção Integral à Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos (IMAIS), o documento traz, além de depoimentos de mulheres que realizaram aborto, números do aborto inseguro na Bahia.

"O problema ocorre em todo o Brasil, mas, em Salvador, o aborto inseguro é a primeira causa de morte entre as mulheres. O dossiê tem como objetivo dar visibilidade a essa situação para que a legislação seja modificada", afirma Lena Souza, membro da Rede Feminista de Saúde - Regional Bahia e do IMAIS. Na capital baiana, a cada cem internações por parto, 25 ocorrem em decorrência do aborto, número bem acima da proporção nacional que é de 15 para 100.

ÍNDICE DE MORTALIDADE MATERNA
CINCO VEZES MAIOR QUE MÍNIMO
ACEITÁVEL PELA OMS


Os dados do dossiê revelam que Salvador possui um índice de mortalidade materna cinco vezes maior do que o mínimo definido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "A legislação não impede as mulheres de fazer o aborto. No entanto, ela é altamente eficaz para colocá-las em situação de risco. Com o dossiê, queremos mostrar, por meio de evidências científicas, que o aborto é um problema de saúde pública e de violação de direitos humanos", afirma a secretária-executiva da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos, Télia Negrão.

De acordo com o estudo, a curetagem pós-aborto aparece como o segundo procedimento mais freqüente na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2007, foram realizadas 8.387 curetagens em Salvador. "Nenhuma morte evitável é aceitável. Estudos mostram que só há 1% de risco de morte quando aborto é feito de maneira segura. É preciso acabar com o mito de que a mortalidade materna no Brasil é baixa", ressalta Télia.

DOCUMENTO PRETENDE SUBSIDIAR
PARLAMENTARES VISANDO A MUDANÇA
NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA


O documento também pretende dar subsídios para o trabalho de parlamentares na implementação de políticas públicas e para a mudança da legislação brasileira que está entre as mais restritivas do mundo. Segundo o artigo 128 do Código Penal, que data de 1940, o aborto só não é passível de punição se for a única maneira de garantir a vida da mulher e se for realizado para interromper gravidez por estupro.

Em todo o Brasil, foram registradas aproximadamente 220 mil internações por causa de aborto inseguro nas unidades do SUS durante o ano de 2007. O Ministério da Saúde estima que cerca de 1,4 milhão de mulheres realizem aborto no país a cada ano. Dados da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador revelam que, em 2006, a gravidez, o parto e o puerpério foram as causas mais freqüentes de internação hospitalar na cidade, correspondendo a 44% de todas as internações no SUS. Destas internações, 22% referem-se a gestações que terminaram em aborto.

Até julho de 2008, 69% dos procedimentos de curetagens na maternidade Tsyla Balbino foram realizados em adolescentes e mulheres jovens, na faixa etária de 14 a 29 anos. Na Maternidade do Instituto de Perinatologia da Bahia, os dados de 2006 e 2007, referentes a internações por curetagens, desagregados por faixa etária, revelam uma concentração de procedimentos nas faixas de 20 a 29 anos de 56,2% e 52,1%, respectivamente.

Fonte: Agência Adital

 

Nova edição da revista Teoria e Debate já está circulando

Embora o PT da Bahia não dê muita importância à publicação, a nova edição (novembro/dezembro) da importantíssima revista Teoria e Debate (nº 79) já está circulando. A edição foi atrasada, propositadamente, para possibilitar um balanço atualizado dos dois turnos das eleições. A revista publica a síntese do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), além de análises de José Eduardo Cardozo (Secretário-geral do PT); dos cientistas políticos Juarez Guimarães. Wanderley Guilherme dos Santos e Gustavo Venturi.

O jornalista Emiliano José (PT-BA) assina a resenha do livro “Mundo Real: Socialismo na Era Pós-Liberal”, organizado por Tarso Genro. Na mesma edição, o ministro Tarso Genro fala sobre a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, seus desdobramentos e as tensões entre os poderes da República. Ele também faz referência à revisão da Lei da Anistia. Este tema é tratado pelo advogado Marco Antônio Rodrigues Barbosa. Naturalmente, a crise financeira mundial é analisada. O jornalista Sérgio Sister recupera a origem da crise, como a falta de regulamentação do capital defendida pelos liberais. A eleição de Barack Obama é comentada.

Na Bahia não há como comprar a Teoria e Debate. Só pela Internet.

 

Lula, os 70% de aprovação e a falsa “gafe” do sifu

O jornalista Luiz Antônio Magalhães, editor de Política do DCI e editor-assistente do Observatório da Imprensa, em seu site Entrelinhas, observa que hoje, no Brasil, apenas 7% da população acha o Governo Lula ruim ou péssimo, segundo a pesquisa Datafolha. A aprovação, então, não seria de 70% mas de 93%, ao se incluir o percentual de 23% que acha o presidente “regular”. Afinal, “regular” pode ser aprovação. Com certeza “regular” não significa nem ruim, nem péssimo.

Os jornais e jornalistas de direita preferem, entretanto, focar a atenção na expressão “sifu” usada pelo presidente Lula. Dizem que foi uma “gafe”. O jornalista Luiz Antônio Magalhães viu e reviu a cena e analisou outros trechos do discurso de Lula. “Não há a menor dúvida: Lula já tinha pensando no exemplo que ia dar e preparou a piada. Não foi um "improviso", como tantos analistas andam dizendo, mas algo programado. No fundo, o "sifu" ajuda a entender a alta popularidade de Lula: ele é um grande comunicador e fala a linguagem que o povão entende”.

Segundo o jornalista, “neste episódio em particular, a intenção era corrigir o rumo da postura adotada no enfrentamento da crise. Para não cair no ridículo de ter um discurso otimista em meio ao caos econômico da maior crise do capitalismo desde 1929, Lula explicou que agia como o médico que pega um paciente doente e tenta animá-lo. Para ficar mais claro, sapecou a frase: "vocês não diriam ao paciente: meu, sifu...". Ora, é evidente que dito assim, qualquer um entende: o presidente sabe da gravidade da crise, mas não pode agir demonstrando preocupação ou desespero. É o mínimo que se espera de um líder...

LEIA NA ÍNTEGRA

 

Só falta agora BC intervir na rede bancária privada

Os bancos privados continuam negando crédito. O Governo Lula vem tomando todas as medidas de que o país necessita. Medidas tributárias, reduções fiscais e antecipação de pagamentos de obras públicas. Os investimentos públicos continuam e empresas do setor da construção civil, de máquinas e equipamentos, automobilístico e agricultura são apoiadas com mais recursos e subsídios.

Mas, os bancos privados continuam negando crédito. E a especulação contra o real avança, mesmo com o BC comprando dezenas de bilhões de dólares. Falta de crédito e desvalorização do real ameaçam a economia nacional.

Todos os países do mundo estão intervindo diretamente na rede bancária privada e no câmbio. Chegou a hora de uma intervenção direta do BC na rede bancária privada.

Ou intervém ou o barco afunda.

 

Deputada Lídice da Mata vai levar dossiê do aborto à Câmara Federal

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) ficou preocupada com os dados alarmantes do dossiê sobre o aborto inseguro em Salvador e Feira de Santana, divulgado (05.12.08) pelo Instituto Mulheres pela Atenção Integral à Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos (IMAIS).

Lídice da Mata esteve presente ao ato de lançamento do dossiê na sede da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia (Sogiba). A cada 100 internamentos por parto 25 mulheres abortam. Em 2008, somente em Salvador foram registrados 2.546 abortos e 10.113 em toda a Bahia. São mulheres pobres, negras, de baixa escolaridade, na faixa de 17 a 29 anos e moradoras de bairros populares.

Em 2007, foram registradas 8.387 curetagens pelo SUS, o que dá 699 por mês, 23 por dia, um a cada hora. No Brasil os números impressionam. Em 2007 foram feitas 220 mil internações causadas por aborto inseguro.

A deputada federal Lídice da Mata vai fazer um pronunciamento na Câmara Federal. Vai pedir mais verbas para programas de atendimento à saúde da mulher. Não há como “minimizar o problema”. O aborto tem que ser descriminalizado e as mulheres têm o direito de abortar com segurança na rede hospitalar.

5 de dezembro de 2008

 

Aborto é problema de saúde pública, não é caso de polícia

A legislação brasileira criminalizando o aborto afeta gravemente a saúde das mulheres. Na Bahia o aborto é a segunda causa de internamentos hospitalares. Nos hospitais as mulheres sofrem preconceito e hostilidade. O número de aborto preocupa. Em cada 100 mulheres internadas por parto, 25 abortam. O número é maior do que a média nacional de 15 abortos a cada 100 internamentos. De janeiro a agosto de 2008, foram registrados 2.546 abortos em Salvador e 10.113 em todo o estado. São mulheres com baixo índice de escolaridade, negras, moradoras de comunidades pobres.

Os números são do dossiê “A realidade do aborto inseguro na Bahia: a ilegalidade da prática e seus efeitos na saúde das mulheres em Salvador e Feira de Santana”, produzido e divulgado pelo Instituto Mulheres pela Atenção Integral à Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos (IMAIS).

Como o aborto é ilegal, mulheres negras e pobres, em geral, provocam aborto por variados métodos inseguros e acabam internadas. Ao todo, somente em Salvador, foram realizadas 8.387 curetagens pelo SUS em 2007. No Brasil os números são preocupantes. Em 2007, 220 mil internações no SUS foram motivadas por aborto inseguro. A cada ano, 1,4 milhão de mulheres realizam aborto, mas, muitas delas não chegam a recorrer aos serviços do SUS.

Crime e pecado mesmo é prender mulher pela prática de aborto. Esse tal padre Ailton Lopes, entrevistado pelo jornal A Tarde, é um perfeito idiota. Ele prega a aplicação da atrasada legislação brasileira. O aborto, pela lei, pode levar uma mulher a ser condenada a três anos de cadeia.

Cidadãos conscientes precisam pressionar o Congresso Nacional para a descriminalização do aborto. Este país precisa se modernizar.

 

Waldir Pires responde ao ataque obtuso do desembargador Gilberto Caribé

O ex-ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Waldir Pires, em carta publicada na seção Espaço do Leitor do jornal A Tarde (05/12/08), respondeu com veemência às despropositadas declarações do desembargador Gilberto Caribé, do Tribunal de Justiça da Bahia, sobre sua presença (e também do ex-ministro Nilmário Miranda) no júri do assassino do ambientalista e presidente do PV de Ubaíra, Natur de Assis Filho.

SEGUE A CARTA NA ÍNTEGRA

“A propósito das palavras, sob aspas, do senhor desembargador Gilberto Caribé, “como se não tivessem nada para fazer”, comentando minha presença e a do ministro Nilmário Miranda, dos Direitos Humanos, na sessão de julgamento do assassino de Natur de Assis, em abril de 2004, peço a A TARDE que registre minha apreciação a respeito: É claro que compareci ao Tribunal do Júri, na cidade de Feira de Santana, em abril de 2004, com o sentimento do maior respeito à dignidade da pessoa humana, para a afirmação, entre todos, do maior dos seus direitos, que é o da vida.

Não se pode tratar, levianamente, o direito à vida. O Tribunal do Júri é a grande instituição constitucional, simbólica, republicana, para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. O assassinato do cidadão Natur de Assis, em Ubaíra, no ano de 2001, sensibilizou-nos, profundamente, a todos. A mim, sobretudo, porque conhecera e convivera com seu pai, poeta baiano de nossa geração, meu colega de ginásio, no Clemente Caldas, de Anísio Melhor, em Nazaré das Farinhas; e posteriormente, também, conhecera sua mãe, grande lutadora pelos Direitos Humanos, Kátia Assis.

O crime que tirou a vida de um homem como Natur de Assis, decente, pacífico, honrado pela estima da população, em Ubaíra, foi um assassinato brutal, pusilânime, de um cidadão desarmado, que caminhara, sozinho, para tentar convencer, pelo aconselhamento, os facínoras que estavam intimidando a cidade e ameaçando famílias, dezenas de pessoas abrigadas e protegidas pela tranca das portas frágeis de uma residência. Meu ato de ir à Sessão do Júri tinha o sentido pedagógico, como ministro de Estado, da construção democrática de nossa cidadania.

A lição de um dever que nos incumbe a todos, sobretudo, aos que transitória ou permanentemente, se encontrem no topo de funções do Estado Democrático, dos seus poderes Legislativo, Executivo ou Judiciário, a fim de que mereçam a credibilidade da população.

Ensinar o apreço da regra fundamental da Democracia: “Todo poder emana do povo”. O senhor desembargador Caribé declarou que foi o voto vencido e único do Tribunal de Justiça da minha terra. Voto único e inexplicável, salvo, quem sabe, pela complacência com os tempos do arbítrio, que produz a impunidade, e que a Bahia e a Nação esperam não retornem jamais”.

Waldir Pires, Salvador BA

 

Governo Lula bate novo recorde com 70% de aprovação

Está na manchete de primeira página da Folha de S. Paulo (sexta, 5): “Aprovação de Lula bate novo recorde”. O Instituto Datafolha mostra que o Governo Lula é considerado ótimo e bom por 70% dos brasileiros. É a maior aprovação de um presidente desde 1990. Nenhum presidente do Brasil, desde a redemocratização, atingiu este patamar. O recorde anterior pertencia ao próprio Lula, com 64% de aprovação.

O presidente conta com a avaliação positiva da maioria da população em todos os segmentos socioeconômicos e regiões do país. Isso já ocorria no levantamento de setembro, mas agora Lula teve reforçado o apoio, sobretudo entre os mais jovens (mais nove pontos), os mais escolarizados (mais nove) e no Sudeste (também mais nove pontos). O Nordeste segue como principal área de apoio a Lula: 81% o avaliam como ótimo ou bom.

O jornalão foi forçado a reconhecer: a crise global não corroeu a popularidade do presidente Lula. “Por ora”, acrescenta a Folha, que torce contra o Brasil. A popularidade de Lula é alta em TODOS os segmentos socioeconômicos e em TODAS as regiões do país. Segundo a Folha, “os números do Datafolha caem sobre a cabeça de seus adversários políticos como um jorro de água fria”.

Lula merece um terceiro mandato para completar a obra.

4 de dezembro de 2008

 

Por seis votos a um, assassino de Natur de Assis tem pena de 19,3 anos confirmada

A Tarde (4/12/08) publica excelente reportagem assinada pelo jornalista Deodato Alcântara. “Por 6 votos a 1, o Tribunal de Justiça da Bahia negou revisão de pena a Ivan Eça”. Em 9 de março de 2001, o bandido matou Natur de Assis Filho, presidente do Partido Verde de Ubaíra, a sangue frio, de modo covarde, por motivo fútil, em momento de fúria por simples disputa política. Levou 19 anos e 3 meses de cadeia. O voto vencido foi do desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça, Gilberto Caribé.

O desembargador Gilberto Caribé fez estranhas afirmações ao jornal A Tarde. Ele criticou a presença de dois ministros de Estado no júri que condenou, em abril de 2004, o ex-prefeito de Ubaíra, Ivan Eça. Estiveram presentes o então Secretário Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e o então Ministro da Defesa, Waldir Pires. O desembargador se esqueceu de citar a presença de dezenas de deputados federais e estaduais e representações do Parlamento Europeu, e de movimentos de direitos humanos de todo o Brasil. Fundamental, num país onde impera a impunidade dos poderosos.

Segundo o desembargador Gilberto Caribé, os ministros estavam presentes “como se não tivessem nada para fazer”. A estúpida declaração está em A Tarde. É óbvio por que os ministros estavam presentes. O assassinato do ambientalista Natur de Assis Filho, ex-preso político da ditadura militar, teve repercussão internacional. Vale lembrar que o ex-prefeito criminoso pertencia ao grupo político do ex-governador da Bahia, César Borges( PFL).

A verdade é que estava armado, pelo advogado de defesa do criminoso, um esquema para revisar a pena de 19 anos e 3 meses. O desembargador Caribé defendia que cabia uma revisão da pena. Para ele, o crime era doloso simples, que não cabia a tipificação de motivo fútil, inexistência de possibilidade de defesa da vítima e tentativa de homicídio contra o político Ramalho Silva. Caribé só faltou defender a inocência do ex-prefeito Ivan Eça. Felizmente, para a Justiça baiana, cinco desembargadores acompanharam o voto da relatora, Vilma Costa Veiga.

E quem desmontou o esquema foi a mãe de Natur de Assis Filho, a corajosa D. Kátia Assis, que escreveu indignada carta acolhida pelo jornal A Tarde.

JORNAL A TARDE RESGATA MEMÓRIA DO CRIME:

Natur de Assis Filho foi morto em março de 2001, aos 51 anos, ao tentar conter o ex-prefeito de Ubaíra, Ivan Eça de Menezes (PFL) que, armado e junto com o irmão Laurito, tentou invadir a casa da recém-empossada prefeita Rosani Fagundes (PSB), onde estavam Assis e mais 48 pessoas. Os dois queriam matar o rival Ramalho Silva.

Ivan Eça de Menezes ficou cinco meses preso. Em abril de 2004 foi condenado a 19 anos e 3 meses de prisão, em Feira de Santana (júri desaforado de Ubaíra), na presença de observadores do Parlamento Europeu, inclusive. Laurito foi absolvido. Ivan recorreu e ficou livre até fevereiro de 2006, quando o TJ-BA indeferiu a apelação e mandou prendê-lo.

Então, pediu a revisão da pena, julgamento que foi adiado quatro vezes. Filho do poeta Natur de Assis, a vítima foi preso político da ditadura, exilado no México e Moçambique. Professor e ambientalista, voltou ao país e ajudou a fundar o PT; depois ingressou no PV de Ubaíra. Ivan deverá pedir livramento condicional em 2011, segundo advogado Tilson Santana. (Fonte: arquivo de A Tarde).

ASSASSINO CUMPRE PENA, MAS, SEMPRE É VISTO EM BARES

A impunidade no Brasil é um câncer. A reportagem do jornal A Tarde denuncia que o criminoso Ivan Eça de Menezes cumpre a pena de 19,3 anos em regime semi-aberto. Deveria dormir na prisão, o que não acontece. Participou inclusive do processo eleitoral em Ubaíra. Ele sai da prisão, viaja a Salvador, volta a Feira de Santana e sempre é visto em bares de Ubaíra, discutindo política. O advogado Augusto de Paula já anunciou que vai representar contra o juízo da Vara de Execuções Penais de Feira de Santana e contra a diretoria do presídio local.

Lugar de assassino é na cadeia.

 

Renata Lo Prete, da Folha, adere à campanha difamatória contra a Petrobras

Está em curso uma evidente campanha difamatória contra Petrobras. Faz parte da estratégia eleitoral do governador José Serra (PSDB) em direção ao Planalto. O alvo é a Petrobras e seu presidente José Sérgio Gabrielli. Primeiro, surgiram desinformações sobre o empréstimo, depois difamações em relação ao enxofre do óleo diesel e agora a calúnia a respeito do efetivo da Universidade Petrobras. É uma campanha orquestrada pelo tucanato paulista e mineiro. Há inclusive envolvimento dos serviçais jornalistas de sempre.

A Petrobras informa que, ao contrário do que foi divulgado na coluna Painel, da Folha de S. Paulo (sábado, 29), assinada pela jornalista Renata Lo Prete, o efetivo da Universidade Petrobras é de apenas 367 pessoas, que suportam as atividades de educação corporativa.

O incremento das admissões da companhia e a geração de novos postos de trabalho se deram em função do elevado crescimento da empresa nos últimos anos para suportar os diversos projetos previstos em seu Plano de Negócios.

No período 2002-2007, o efetivo da companhia cresceu 45%, enquanto o faturamento bruto da empresa aumentou 106% e seu lucro líquido, 125%. O nível de investimento atualmente também é muito mais elevado em comparação com anos anteriores. Em 2002, a Petrobras investiu US$ 7,4 bilhões. Em 2008, até o momento, os investimentos já somam US$ 23,2 bilhões.

NOVAS DEMANDAS, MAIS EMPREGOS

A Petrobras teve ainda de recompor seu efetivo de pessoal, pois passou mais de 10 anos, durante toda a década de 90, sem fazer novas admissões e com programas de incentivo à aposentadoria, motivada pelo baixo preço do petróleo e pela política de privatização e de esvaziamento da empresa no período. Em 2001, a companhia atingiu seu menor nível de efetivo, quando fechou o ano com 32 mil empregados.

O aumento do número de empregos, em função de novas demandas e recomposição de efetivos, é um fenômeno também registrado em todas as grandes empresas de petróleo e gás no mundo nesse período. Atualmente, o total de empregados é de 55 mil pessoas, quase 9% já em idade de aposentadoria, sendo 33 mil com mais de 40 anos de idade e 28 mil com mais de 20 anos de companhia.

Em função do envelhecimento de sua força de trabalho, a Petrobras incrementou as admissões e investiu pesadamente em treinamento e desenvolvimento. O objetivo foi garantir a passagem de conhecimento dos funcionários mais experientes para os mais novos, reter esse conhecimento, treinar os empregados em novas tecnologias e elevar ainda mais o nível de desenvolvimento tecnológico que, reconhecidamente, a Petrobras possui.

UNIVERSIDADE PETROBRAS – A VERDADE

Ligada à área de Recursos Humanos, a companhia possui a Universidade Petrobras, que é responsável pelos cursos de formação e educação continuada da companhia e que existe desde o início das atividades da empresa na década de 50. Juntamente com a área de pesquisa e o conhecimento operacional, a educação corporativa é um dos principais fatores que levaram a Petrobras, desde sua existência, ao patamar em que hoje se encontra.

Como o mercado brasileiro está ainda se consolidando na formação de mão-de-obra para atuar na indústria do petróleo, há a real necessidade de complementar a formação dos novos empregados com as especificidades técnicas da indústria e da empresa antes de iniciarem suas atividades. Engenheiros que ingressam na companhia realizam curso de formação com duração de até 12 meses. Já para os técnicos de nível médio, a formação pode durar até dois anos.

AO CONTRÁRIO, do que foi divulgado no jornal Folha de São Paulo, o efetivo de empregados lotados atualmente na Universidade Petrobras é de 367 pessoas, que suportam as atividades de educação corporativa da companhia em TODO o Brasil.

Vale esclarecer que TODOS os novos empregados de nível superior, recém-admitidos por concurso público, ficam inicialmente lotados na Universidade Petrobras enquanto concluem seus respectivos cursos de formação.

Atualmente, 1.788 novos empregados estão lotados na Universidade Petrobras, em cursos, até a conclusão do processo seletivo. Após esta fase, estes alunos serão transferidos para as diversas unidades da companhia. Assim, não se pode contabilizar esse número como força de trabalho da Universidade Petrobras.

A jornalista Renata Lo Prete sabe disso. Mas não é a informação verdadeira que interessa. O que interessa é difamar a Petrobras, que José Serra quer privatizar. Pura polititicagem.

3 de dezembro de 2008

 

Presidente da Petrobras chama Miriam Leitão de mentirosa. Acertou.

A campanha difamatória orquestrada contra a Petrobras continua. Agora, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli foi obrigado, em nome da verdade, a desmentir a jornalista Miriam Leitão (O Globo), muito conhecida por suas posições anti-Lula, anti-PT e agora anti-Petrobras. Cada vez fica mais caracterizada a campanha tucana contra a Petrobras.

Segue a notícia que desmente a jornalista de O Globo:

Presidente da Petrobras desmente colunista Miriam Leitão

Em carta direcionada a Miriam Leitão, colunista de O Globo, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli recomendou a ela que faça “comentários baseados em fatos e dados e não em informações inverídicas.” Ao comentar o empréstimo de R$ 2 bilhões feito pela estatal do petróleo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), a jornalista diz que se a revelação do mesmo veio de um senador da oposição, as críticas feitas pelos jornalistas especializados são técnicas.

“Não é verdade que a revelação do empréstimo da CEF veio de um senador da oposição. Os dados deste empréstimo foram publicados, de forma absolutamente normal, nas informações regulares que prestamos às autoridades e a todo o mercado financeiro quando da divulgação do nosso balanço trimestral”, diz Sérgio Gabrielli.

Segundo ele, os dados poderiam se acessados no site da empresa na seção de relatórios financeiros. “Ele está reportado nas Informações Trimestrais - ITR do terceiro trimestre de 2008, nas páginas 84 e 85, que foram arquivados na Comissão de Valores Mobiliários e amplamente divulgados pela Petrobras em 11 de novembro de 2008”, explicou.

Diz a jornalista, depois de ressaltar a robustez da empresa e uma extraordinária história de crescimento, que por ter como acionista o controlador do Tesouro e milhões de acionistas, teria que prestar contas, “ter accountability e transparência”.

O presidente da empresa afirma que também não é correta a “insinuação de que a empresa não possui critérios contábeis transparentes.” “Adotamos práticas e procedimentos de forma amplamente reconhecida pelo mercado e analistas como dos mais transparentes da indústria. Atendemos a todos os requisitos contábeis da legislação brasileira e dos Estados Unidos da América”, refuta.

Ele ressalta que o empréstimo da CEF de fato apresenta algumas “singularidades” pelo seu volume e por ter sido realizado com instituição bancária brasileira no mercado nacional. “Singular, aliás, é o momento que vivem o mercado financeiro e as empresas em todo o mundo em conseqüência da grave crise originada pelos Estados Unidos e países ricos.”

Até recentemente, segundo ele, a empresa vinha realizando de forma trivial, operações semelhantes no mercado internacional, “mas sem a repercussão provocada pela politização, muitas vezes irresponsável, tão conveniente à oposição.”

Explicação técnica

A colunista diz que a empresa informou que gastou R$ 4,9 bilhões subsidiando o diesel, o que para ela “é uma informação espantosa, por vários motivos.” Afirma que o diesel é uma ferida na imagem da empresa.

“Quem acompanhou o debate sabe que o Conama aprovou uma resolução, em 2002, para reduzir o teor de enxofre no diesel, que é de 500 partes por milhão (ppm) nas grandes cidades e 2.000 partes por milhão no resto do país.”

Para ilustrar o disparate, a jornalista revela que no México são 50 ppm, nos Estados Unidos 10 ppm e na Europa 5ppm. “O mundo caminha para limpar o enxofre do diesel, pelos terríveis efeitos nocivos que ele tem na poluição atmosférica e na saúde da população”, argumenta.

“A informação lateral que se tem, a partir do caso Caixa-Petrobras, é que a empresa tem comprado lixo no mundo. O mundo não quer mais um diesel tão sujo. E o contribuinte e o acionista têm subsidiado o consumo de um produto que o consumidor, se pudesse escolher, rejeitaria. É uma situação absurda”.

Gabrielli diz que é mentirosa a afirmação de que a resolução do Conama define limites para a redução do enxofre. “Ela (a resolução) se refere a emissões de particulados, o que não é tecnicamente a mesma coisa.”

Também explica que é equivocada a relação que a colunistas faz entre importações e presença de enxofre do diesel. “A diferença entre preços de importação e vendas do mercado brasileiro se ampliou devido ao ritmo rápido de aumento dos preços internacionais em meados do ano de 2008, quando o preço do barril atingiu a faixa dos 140-150 dólares.”

Entre outras divergências, o presidente da Petrobras lamentou os comentários da colunista que, na sua opinião, possui uma visão preconcebida sobre as motivações políticas das empresa e que as críticas que são feitas tem origem técnica.
“Não concordo com esta visão e acredito que a maior parte das críticas neste momento é motivada por razões profundamente políticas e ideológicas, sem embasamento técnico”, conclui.

Fonte: Vermelho (www.vermelho.org.br)

 

Vereadora Olívia Santana está de olho na gestão do prefeito...

A vereadora Olívia Santana (PCdoB) está de olho na gestão do prefeito Geddel, ops, João Carneiro (PMDB). Ela informa que o Ministério Público Estadual está investigando a prefeitura de Salvador por conta de um suspeitíssimo convênio firmado com um desconhecido Instituto Universal de Amparo (IUA).

O cadastramento das famílias para o Programa Bolsa Família foi “terceirizado” através de um convênio firmado sem licitação e em pleno período eleitoral. O contrato inicial é de R$ 1,7 milhão, mas logo se fez um “aditivo” e o valor chegou a R$ 2 milhões. Tudo isso para uma empresa que emprega 12 funcionários. Tá cheirando a escândalo. É a ponta de um iceberg. Para ver o tamanho do iceberg, a vereadora está propondo a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI). O prefeito Lúcio, ops, João Carneiro, não deveria resistir. Quem não deve não teme.

Tanto o Ministério Público Federal quanto o Ministério Público Estadual requereram à Justiça Federal a suspensão dos recursos. O prefeito João Henrique cancelou o convênio.

É lamentável que a prefeitura de Salvador arraste para a lama o vitorioso programa Bolsa Família. O iceberg já está nas páginas dos jornais.

 

Dossiê revela o impacto da ilegalidade do aborto na vida das mulheres em Salvador e Feira de Santana

Sexta-feira, 5 de dezembro, na Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia (Sogiba), em Salvador, será divulgado e debatido o dossiê: “A realidade do aborto inseguro na Bahia – ilegalidade da prática e seus efeitos na saúde das mulheres em Salvador e Feira de Santana”. Haverá debate, organizado pelo Instituto Mulheres pela Atenção Integral à Saúde e aos Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos (IMAIS). O evento começa às 9h. A Sogiba fica na Avenida ACM, Edifício Fernandez Plaza, Candeal.

Estarão presentes representantes das principais organizações que lutam pelos direitos e pela saúde da mulher brasileira. Maria José de Oliveira Araújo, presidente do IMAIS vai fazer a apresentação do dossiê. Estarão debatendo o tema Télia Negrão, da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos; Beatriz Galli (IPAB), Dulce Xavier (CDD), David Nunes Jr (Sogiba); Cristião Rosas (Febrasgo) e o secretário Saúde da Bahia, Jorge Solla.

O aborto e os direitos reprodutivos são um desafio para a agenda democrática brasileira. Também será apresentado o vídeo “Vai pensando aí”. Organizam o evento além de Maria José Araújo, Cecília Simonetti e Lena Souza (IMAIS).

Fui informado de que deputados e vereadores foram convidados. Com certeza a vereadora guerreira Vânia Galvão estará presente. Ela pertence à ala lúcida do PT nesta grave questão que afeta a saúde das mulheres. É preciso fazer a ressalva porque no PT tem a outra ala, a que mistura religião, fanatismo, fé, ou coisa que o valha, com a saúde da mulher.

2 de dezembro de 2008

 

Petrobras se desliga do Instituto Ethos e reage à campanha difamatória do tucanato paulista e mineiro

Reagindo a uma sistemática campanha difamatória movida pelo tucanato paulista e mineiro, a Petrobras acaba de pedir desligamento do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. O Instituto Ethos entrou de sola na campanha contra a Petrobras e passou a dar respaldo a um grupo de pessoas que, de forma deliberada, difama a empresa, divulgando mentiras e desinformando sobre a questão do enxofre no diesel.

Esse grupo é formado por integrantes das secretarias de Meio Ambiente dos estados de São Paulo (José Serra) e Minas Gerais (Aécio Neves), secretaria do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo (Kassab) e de algumas entidades não-governamentais que se auto-intitulam representantes da sociedade civil. São difamadores.

Entre outras afirmações mentirosas, o grupo diz que a Petrobras descumpre uma resolução Conama que não existe. O grupo mente ainda ao dizer que a Petrobras descumpre um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) - igualmente inexistente - que obrigaria a Petrobras a “ajustes” na sua conduta supostamente indevida.

É pura politicagem do tucanato mineiro e paulista que elegeu a Petrobras para atacar. Não sou eu quem afirma. A Procuradora da República, Ana Cristina Bandeira Lins, em carta ao jornal Gazeta Mercantil em 12 de novembro de 2008, afirma textualmente "Um engano muito grande é dizer que há uma norma exigindo a distribuição exclusiva de óleo Diesel S-50 em todo o País".

Em outra carta, publicada pela Folha de S. Paulo em 29 de novembro de 2008, diz que “a cada dia convenço-me mais que essa briga não tem nenhum cunho ambiental; é apenas uma guerra partidária.”

A afirmação de que a atual quantidade de enxofre no diesel é a única responsável pela qualidade do ar e a conseqüente ocorrência de graves doenças respiratórias da população brasileira é questionável, mesmo no âmbito metropolitano.

Além disso, segundo relatório da Cetesb de 2007, o principal problema para a qualidade do ar de São Paulo é o ozônio, que não está diretamente relacionado com o teor de enxofre do óleo diesel. Quanto ao material particulado, que tem relação com o teor de enxofre do diesel, os índices de São Paulo estão aceitáveis, abaixo dos limites do Conama.

Assim, é enganoso afirmar-se que apenas reduzindo o teor de enxofre do diesel resolveremos o problema da qualidade do ar.

Primeiro porque o enxofre influencia somente o material particulado.

Segundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS, a queima de matéria orgânica gera também material particulado e não é possível diferenciar a toxidade dessas duas origens.

Terceiro, o diesel com 50 ppm de enxofre só é efetivo quando utilizado em motores com tecnologia avançada P-6, como os que seriam produzidos para atender a Resolução 315.

Quarto, a qualidade do ar é influenciada por diversos fatores tais como: idade e tamanho da frota automotora, tecnologia dos motores, sistema viário, condição de manutenção da frota, programas de inspeção e renovação da frota, entre outros.

RESOLUÇÃO CONAMA – A VERDADE

Ao contrário do que esse grupo tem afirmado, a Resolução Conama 315/2002 NÃO trata sobre composição de combustíveis, muito menos sobre teores de enxofre no diesel, e sim sobre nível de emissões que os veículos, produzidos no Brasil ou importados, deverão apresentar a partir de janeiro de 2009. É, portanto, insustentável a afirmação de que a Petrobras estaria desrespeitando essa resolução.
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A regulamentação sobre composição de combustíveis é competência da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, que a fez na Resolução ANP nº 32 de 16 de outubro de 2007. Logo após, a Petrobras anunciou que fornecerá diesel com 50 ppm (partículas por milhão) de enxofre, a partir de janeiro de 2009, para os veículos que adotarem a tecnologia adequada às exigências da fase P-6 do Programa
de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve.

O Juiz José Carlos Motta, da 19ª Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, em decisão liminar proferida em 15 de setembro de 2008 determinou “...à Petrobras, que forneça o diesel S-50 em quantidade suficiente ao abastecimento dos veículos novos a serem introduzidos no mercado consumidor a partir de 1 de janeiro de 2009, em pelo menos uma bomba em cada ponto de comercialização de combustível; ...”. E acrescentou em 2 de outubro deste mesmo ano “...Nesta linha de raciocínio e para completar a decisão embargada esclareço que a embargante, neste feito, afirmou e reafirma agora o compromisso público de disponibilizar às distribuidoras o volume necessário de Diesel S-50 comercial para atender a frota de veículos da fase P6 do
PROCONVE – novos – e dotados de tecnologias restritas à utilização de tal espécie de combustível.” Essa decisão referendou posições e práticas que a Petrobras vem adotando.

MAIS MENTIRAS CONTRA PETROBRAS

O grupo difamador sustenta outra inverdade, a de que a Petrobras tenha se furtado a dialogar com a sociedade sobre emissões veiculares. Esse diálogo ocorreu em vários fóruns e oportunidades, entre eles a Conferência Internacional do Instituto Ethos 2008, da qual a Petrobras foi patrocinadora e que contou com a presença de vários integrantes desse grupo.

No Judiciário e no Conama a Petrobras dialogou com a sociedade civil, empresas e governos. O fato é que parte do grupo contestador, convidado, recusou o diálogo. O Governo do Estado de São Paulo e a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) participaram das negociações que resultaram no acordo judicial firmado em 29 de outubro de 2008. Participaram também o Ministério Público Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Fabricantes de Veículos, Fabricantes de Motores, Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Petrobras.

O diálogo se ateve à verdadeira Resolução Conama 315 e pôs fim a duas ações civis públicas propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Estado de São Paulo.

Por este acordo, o fornecimento de óleo diesel com menor teor de enxofre para as frotas cativas de ônibus urbanos das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, será iniciado a partir de janeiro de 2009.

Nas demais regiões do país, o fornecimento de diesel S-50 se dará conforme cronograma divulgado pela imprensa.

TRATA-SE UMA AÇÃO POLITIZADA QUE PROMOVE A DESINFORMAÇÃO DO PÚBLICO, INDUZ ENTIDADES SÉRIAS A ERROS DE AVALIAÇÃO, PREJUDICA A PETROBRAS E SEUS ACIONISTAS.

 

Minas tem dois PT´s, um é de Aécio, o outro é contra

Seguindo caminho inverso ao trilhado pelo PT municipal de Belo Horizonte, controlado pelo prefeito Fernando Pimentel, o Diretório Estadual do PT de Minas Gerais aprovou (29.11.08) resolução condenando a aproximação de setores do partido com o PSDB mineiro.

O PT mineiro reafirma as diferenças de projetos entre o PT e o PSDB. “De um lado estamos nós, que defendemos o estado democrático e de direito, com distribuição de renda e políticas sociais, trabalho e qualidade de vida para todos. Do outro lado está o PSDB, defensor do estado mínimo, das políticas de privatização e de concentração de capitais”, diz o texto.

Para o Diretório Estadual, o PT de Belo Horizonte “amargou uma perda eleitoral” em 2008, ao abrir mão de ter candidato próprio à prefeitura e aderir ao projeto do governador tucano Aécio Neves. “Situação que nos propomos a resgatar, unificando o partido em oposição ao programa neoliberal em curso em Minas Gerais”, afirmam os dirigentes.

O Diretório Estadual também aprovou o recadastramento de pessoas que se filiaram ao PT de BH no período pré-eleitoral, por suspeita de que tenham ocorrido filiações em massa. Dessa maneira, revogou decisão anterior da Comissão Executiva, que havia mandado arquivar o requerimento de investigação.

Leia abaixo a íntegra da resolução política:

Conjuntura, balanço e perspectivas para
conquistas democráticas e populares em MG


O PT mineiro saiu vitorioso nas eleições de 2008, da mesma forma como o partido saiu vitorioso em nível nacional. Este resultado é uma demonstração do apoio popular às políticas democráticas e populares adotadas pelo PT, em suas várias instâncias de atuação, com destaque para as políticas sociais e econômicas implementadas pelo Governo Lula.

O PSDB e o DEM, com suas políticas neoliberais, tiveram perdas eleitorais significativas no país e em particular em Minas Gerais. Qualquer que seja o resultado da crise mundial para a economia brasileira, esta deve ser imputada, no plano nacional e local, ao PSDB – ideólogo e gestor do neoliberalismo durante décadas.

O PT mineiro, que teve um significativo crescimento eleitoral, governará ou continuará a governar cidades como Contagem, Betim, Governador Valadares, Ipatinga, Teófilo Otoni, Pouso Alegre, Varginha e Coronel Fabriciano, bem como outras 100 prefeituras e 67 vice-prefeituras. Por outro, o apoio do Governador Aécio Neves não impediu a derrota do PSDB nos municípios como Barbacena, São João Del Rei, Vespasiano, Contagem, Betim e Governador Valadares.

Em Belo Horizonte, foi interrompida a experiência de 16 anos de êxitos nos governos do Patrus Ananias, Célio de Castro e Fernando Pimentel. Setores do partido optaram pela aliança com o PSDB, levando o PT a abrir mão da gestão da PBH, tendo como conseqüência uma diminuição na sua bancada de vereadores, além de contabilizar uma redução de mais de 50 mil votos na sua legenda. O PT amargou uma perda eleitoral. Situação que nos propomos a resgatar, unificando o partido em oposição ao programa neoliberal em curso em Minas Gerais.

Portanto, é tarefa desta Direção respeitar e exercer a regularidade das instâncias que compõem o partido em Minas Gerais, bem como organizar de maneira propositiva nossa oposição na Assembléia Legislativa. Demarcando, para a sociedade, a diferença de projetos entre o PT e o PSDB, pois de um lado estamos nós, que defendemos o estado democrático e de direito, com distribuição de renda e políticas sociais, trabalho e qualidade de vida para todos. Do outro lado está o PSDB, defensor do estado mínimo, das políticas de privatização e de concentração de capitais.

Do ponto de vista organizativo, devemos estimular todos os prefeitos e vices eleitos em nosso estado, a participarem do encontro promovido pelo DN em parceria com a Fundação Perseu Abramo entre os dias 10 e 12 de dezembro próximo, em Brasília. Construir uma rede de solidariedade na implantação do Sace nas cidades em que o PT estará de alguma forma no governo. Reavivar as 27 regionais criadas em março deste ano, bem como os setoriais. Este Diretório deverá ainda aprovar um calendário de atividades a ser cumprido até julho próximo.

Ativar o conselho de estudos estratégicos constituído pelo DR, para a organização das tarefas de elaboração de diretrizes para o programa de governo que vamos propor ao povo de Minas Gerais. Demarcar as diferenças entre os programas de governo do PT e do PSDB. Destacar as fragilidades das políticas econômicas do Governo Aécio e a real dimensão das políticas federais para todos os estados da Federação e em especial para Minas Gerais. Contrapor a todos os ataques sistemáticos de Aécio Neves às políticas do Governo Lula, como por exemplo, os recentes ataques em relação ao Programa Luz para Todos.

Unificar o PT para a vitória em 2010, em oposição ao governo Aécio Neves, e estabelecer consultas bilaterais e multilaterais com a base de sustentação do governo Lula em Minas, na perspectiva de uma agenda comum para a discussão programática.

Dialogar com as organizações dos movimentos sociais que recentemente estiveram em audiência com o Presidente Lula, levando uma pauta de reivindicações ao Governo Federal. Reafirmar o seu compromisso de implementar as resoluções nacionais e estaduais do PT, que estejam em conformidade com decisões de nosso III Congresso Nacional.

Diretório Estadual do PT de Minas Gerais
Belo Horizonte, 29 de novembro de 2008.

30 de novembro de 2008

 

Deputados tucanos mineiros homenageiam suspeito de chacina

Com o título “Um prêmio à impunidade”, a revista CartaCapital (28.11.08) registra que a Assembléia Legislativa de Minas Gerais acaba de homenagear o principal suspeito de ser o mandante da chacina de quatro auditores do trabalho em Unaí. O suspeito da chacina recebeu a Medalha de Ordem ao Mérito Legislativo, pelos “serviços excepcionais” prestados em 2008. Antério Mânica é o nome do prefeito de Unaí, que aliás foi reeleito, pelo PSDB. Foi muito aplaudido o suspeito da chacina.

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais é dominada por uma maioria que apóia o governo tucano de Aécio Neves. O parlamento de Minas, assim, decidiu condecorar o crime. “A homenagem irritou entidades engajadas no combate ao trabalho escravo e associações de auditores do trabalho. Os funcionários foram assassinados numa emboscada, enquanto realizavam uma fiscalização na zona rural de Unaí, no noroeste de Minas. No decurso das investigações da Polícia Federal, os irmãos Norberto e Antério Mânica, que figuravam entre os maiores produtores de feijão do País, foram apontados como os mandantes do crime”.

Os dois fazendeiros chegaram a ser presos, depois receberam o benefício de aguardar o julgamento em liberdade. Apenas os executores do crime continuam na cadeia. Meses depois da chacina, Antério Mânica foi eleito prefeito da cidade pelo PSDB. Conquistou, dessa forma, foro privilegiado. O motivo do crime seriam as constantes multas aplicadas pela equipe de auditores contra os produtores por descumprimento de leis trabalhistas. As autuações somaram cerca de 2 milhões de reais.

A Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais divulgou nota de repúdio contra a condecoração de Antério Mânica pelos deputados estaduais. “A homenagem prestada a um dos suspeitos de ser mandante daquela execução afronta a todos os auditores do Trabalho do Brasil.”

 

Blog Saraiva 13 fortalece opinião livre na Internet

Recebi um e-mail de Carlos Alberto Saraiva chamando para a parceria. Saraiva 13 é o nome do novo blog. Carlos Alberto Saraiva é juiz de Direito aposentado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi advogado militante até ingressar na magistratura. Também se especializou em jornalismo de políticas públicas. O currículo de Saraiva é respeitável.

O Saraiva 13 não tem papas na língua. Denuncia o DEM e os sanguessugas, pede atenção ao Portal Federativo lançado pelo Governo Lula, transcreve textos apoiando Dilma Presidente. Sobretudo, Saraiva 13 defende o Governo Lula dos ataques da direita raivosa e critica a mídia golpista. Saraiva 13 passa a ser parceiro do blog Bahia de Fato.

Recomendo o Saraiva 13

 

A Igreja Católica nunca assume suas posições, quase nunca

Primeiro, os bispos da CNBB deixam “vazar” para a imprensa seus documentos elaborados para alimentar o debate em suas reuniões periódicas - geralmente são de críticas radicais ao Governo Lula e ao PT -, num segundo momento, aparece um porta-voz e “explica” candidamente que as críticas não são “oficiais”. A coisa se repete periodicamente. Há muita má-fé de parte dos que ajudam a “vazar” os textos, há muita hipocrisia de parte dos que desmentem sempre o caráter supostamente oficial dos documentos.

A sem-vergonhice acaba de acontecer novamente.

Primeiro, os “consultores” vazaram para a Folha de S. Paulo o documento intitulado genericamente de “Análise de Conjuntura”, assinado por assessores. Depois veio o assessor de imprensa da CNBB “explicar” que não se trata de documento oficial da Igreja Católica. Ora, o próprio documento já esclarecia que não se tratava de “documento oficial”. Mas, a jogada hipócrita já está feita nas páginas da grande mídia conservadora e avessa ao Governo Lula e ao PT, em nome da Igreja.

Os bispos da CNBB estão pecando. Precisam se confessar e depois comungar.

O texto do documento afirma uma bobagem: “Lula entregará ao seu sucessor ou sucessora um país em situação tão precária quanto a que recebeu”. Ao tratar do tema "A política econômica do Brasil frente à crise", a análise aponta que "o presidente continua dando força ao agronegócio e à mineração, sem atentar para os danos ambientais", e que isso gerará "a crise ecológica" no país. A afirmação chega a ser caluniosa.

"Tudo se passa como se o aumento da produção para a exportação fosse uma solução e não um paliativo que adia a crise econômica, mas antecipa a crise ecológica, que é muito mais grave e que prejudicará mais os mais pobres do que os ricos", diz um trecho do texto. Os bispos adoram criticar, mas nunca apresentam políticas viáveis e realizáveis. É uma espécie de catarse.

O texto de apoio da CNBB tem dez páginas e é assinado, conforme informa o jornalão da grande mídia (que tanto os mesmos criticam), por padres e teólogos assessores. Geralmente são textos usados para provocar o debate. Desta vez, durante o congresso internacional “Cultura da vida e cultura da morte”, promovido pela CNBB e pela Pontifícia Academia Pro Vita, um centro de estudos do Vaticano. Entre os temas discutidos estão o aborto, a eutanásia e a bioética. A referência pela Folha ao congresso é mentirosa. O texto foi apresentado ao Conselho da CNBB que se reuniu no mesmo local do evento.

Ainda no tópico que trata da crise econômica, os religiosos afirmam que a política industrial do governo federal "vai no sentido de favorecer a indústria automobilística, como se ela tivesse futuro". "Fazendo de conta que a crise é apenas financeira e que o capitalismo encontrará uma solução tecnológica para os problemas de energia e de meio-ambiente, Lula entregará a seu sucessor (a) um país em situação tão precária quanto a que recebeu, com o agravante de um contexto mundial em recessão e não em crescimento", diz trecho do documento. Aí está a frase “pinçada” pela Folha para gerar a manchete do documento da CNBB que não é oficial.

O texto esquece de lembrar aos bispos que o Vaticano faz parte do sistema financeiro de modo nada exemplar.E nenhum daqueles "teólogos" abre mão de seu automóveis.

Em outro tópico, denominado "A crise humanitária numa África ensangüentada", a igreja aponta que a crise econômica "parece querer ofuscar que sua gravidade reside menos na quantidade de dólar que perdem o seu valor, do que na sua conjunção com outras crises menos visíveis: crise ecológica, energética e humanitária". Ao tratar da chamada "crise humanitária", o texto descreve conflitos atuais no Congo e faz críticas à mídia. "O conflito na África não mobiliza a mídia, pois trata-se de populações pobres, cujas vidas parecem não ter o mesmo valor que a das populações ricas”. Deixa eu ver se entendi. O texto faz crítica à mídia, a mesma que seus autores usam para divulgar as “críticas” ao Governo Lula e ao PT.

LEIA A NOTA DE ESCLARECIMENTO DA CNBB

A respeito da notícia publicada quinta-feira (27), pelo jornal Folha de S. Paulo, Editoria Brasil, e pela Folhaonline, intitulada “Igreja critica Lula e diz que petista entregará país em situação precária a sucessor”, esclareça-se o seguinte:

1. O texto “Análise de Conjuntura”, citado na referida matéria, não constitui um “Documento da Igreja Católica”.Trata-se de um estudo que a CNBB solicita, regularmente, a uma equipe de especialistas, sendo meramente consultivo, sem ser submetido à aprovação dos bispos.

2. O texto não foi divulgado durante o Congresso Internacional “Pessoa, cultura da vida e cultura da morte”, que a Pontifícia Academia para a Vida e a CNBB realizam, desde o dia 25, em Indaiatuba (SP). A apresentação se deu na reunião do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (Consep), que se reuniu no mesmo local, dias 24 a 26.

3. Embora ocorridos num mesmo local e em dias coincidentes, a reunião do Consep e o Congresso são dois eventos distintos.

Brasília, 27 de novembro de 2008
Pe. Geraldo Martins Dias - Assessor de Imprensa da CNBB

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Pronto. Está o dito pelo não-dito. Agora lembrem-se da manchete da Folha: “Igreja critica Lula e diz que petista entregará país em situação precária ao sucessor”.

Agora, me respondam: essa gente é séria?

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