6 de dezembro de 2012

 

Oscar Niemeyer, o genial, comunista até o fim

 O genial arquiteto morreu às vésperas de completar 105 anos. Foi um intelectual comprometido com seu tempo. Comunista histórico, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1945. No golpe militar de 1964 teve seu escritório no Rio de Janeiro invadido pela repressão. Depois de preso e responder interrogatório, decidiu morar fora do Brasil. No exílio, conviveu com intelectuais importantes como Jean-Paul Sartre, na França, onde projetou o Centro Cultural Le Havre e também a sede do Partido Comunista Francês.

Depois passou por Israel,; na Argélia elaborou o projeto da Universidade Constantine, e desenvolveu a sede da ONU, em Nova York. Também passou pelo Líbano e Itália. Em 1990 saiu do PCB, por discordar dos rumos que o partido tomou, mas permaneceu fiel a seu idealismo ao longo da vida. O arquiteto de Brasília foi um ícone da arquitetura mundial.
Assim ele explicou sua arquitetura: “Não é o ângulo reto que me atrai. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher amada. De curvas é feito todo o universo”.

É esse homem que o fascista do Reinaldo Azevedo, jornalista da fina flor da direita brasileira, chamou de “idiota”.
 

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