19 de agosto de 2011

 

Crise da UNIFACS se repete na Faculdade da Cidade (FTC)


Primeiro foi na UNIFACS. A crise instalada com o desmonte de cursos agora aparece em outra escola privada, a Faculdade da Cidade, que foi comprada pela Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC). A crise na UNIFACS chegou a motivar o deputado federal Emiliano José (PT-BA), que é professor universitário de carreira, a denunciar o desmonte de cursos em discurso na Câmara dos Deputados, em Brasília.

É como se fosse uma mensagem simbólica. O professor doutor José Mascarenhas, 20 anos de UNIFACS, foi demitido por funcionários de terceiro escalão. Um mês depois, o professor doutor passou em primeiro lugar em concurso público na UFRB. Perdeu a UNIFACS com as demissões suicidas, ganhou a Universidade Federal do Recôncavo.

No caso da crise na Faculdade de Cidade a questão é de gestão. Os alunos do curso de pós-graduação protestam publicamente pela má gestão. Ironicamente, a estudante citada na imprensa, Miriam Sanches, após iniciar a pós em GESTÃO PÚBLICA, na unidade localizada no Comércio, Cidade Baixa, reclama que o contrato é que haveria aulas quinzenais de novembro de 2010 a fevereiro de 2012.

Entretanto, ela denuncia que a grade curricular já mudou sete vezes. “Ficamos sem aula por mais de um mês e agora inventaram um calendário com semanas seguidas. Muitos alunos não podem acompanhar”.

O alunado também sofreu com mudanças nas disciplinas em cima da hora. “Ao iniciarmos o curso, a primeira disciplina a ser ministrada foi Orçamento Público, que seria uma das últimas. Já Metodologia da Pesquisa Científica será a última, ou seja, de nada vai nos servir”, critica a estudante.

Uma carta publicada pelos estudantes relata casos de professores contratados em cima da hora e incompatibilidade de horários entre docentes e alunos. Os estudantes reclamam de que a última reunião com a coordenação foi em 29 de abril, e, desde então, eles não conseguiram mais um encontro com os representantes.

A crise não é pontual. Aventureiros e empresas multinacionais foram atraídos para negócios universitários desde a passagem do finado Paulo Renato (PSDB) pelo MEC. Ensino não é mercadoria. Educação não é negócio. Não dá para vender curso universitário como se vende banana na feira.

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