Bahia de Fato

A Gráfica Pana, que imprimiu mais de 1 milhão de panfletos ilegais, sem registro, desobedecendo a Lei Eleitoral, pertence a Arlety Satiko Kobayashi, irmã de Sérgio Kobayashi, coordenador de infra-estrutura da campanha de Serra (PSDB). Ela é dona de 50% da Editora Gráfica Pana Ltda e filiada ao PSDB segundo registro do TSE. Os panfletos foram encomendados com recursos não contabilizados, do CAIXA 2, sob encomenda disfarçada da Diocese de Guarulhos (SP).

O ministro do TSE, Henrique Neves, concedeu liminar para a apreensão dos panfletos atendendo a representação do PT para apuração de crime de difamação. O partido também pede investigação sobre quem pagou a impressão do material.

Sérgio Kobayashi atribuiu ontem a uma “coincidência” o fato de a gráfica Pana ter sua irmã como sócia. A assessoria da campanha de Serra negou qualquer relação entre o candidato e a produção dos panfletos, nem por meio de encomenda, financiamento ou indicação de gráfica.

Responsável pelo contato com a gráfica, Kelmon Luís de Souza afirmou que encomendou 20 milhões de panfletos em nome da Diocese de Guarulhos e que o dinheiro para a impressão veio de “doações pesadas de quatro ou cinco fiéis”.

BISPOS SALTAM FORA

Os bispos que comandam a Regional da CNBB não quiseram falar após a apreensão dos panfletos. Cerca de 50 bispos paulistas se reuniram durante duas horas, sábado, para redigir a nota que demonstra o recuo da Regional. Eles avaliaram que o erro do texto de agosto, já retirado do site da Regional, foi ter citado o PT e ter feito referência a Dilma.

“O erro que foi a apresentação de siglas partidárias. Isso não poderia ter acontecido”, disse o bispo de Limeira, d. Vilson Dias de Oliveira.

O mar de lama se alastra com a colaboração direta dos coordenadores da campanha do candidato Serra, que não tem discurso, programas de governo e projetos para a nação, só dissemina na população sujeira e lama. (jornalista Celso Jardim – Blog da Dilma).