17 de outubro de 2010

 

Na Constituinte, Serra votou contra os trabalhadores

Serra negou seu voto pela garantia do salário mínimo real
Pra que salário mínimo real, não é mesmo?, ideal para nossa direita seria arrochar ainda mais os baixos salários dos trabalhadores brasileiros, até mesmo o salário mínimo;

Serra negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário
Para a direita brasileira, férias já são quase um… abuso, imagine-se ainda pagar 1/3 do salário por elas;

Serra negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio
Afinal, FHC se vangloriava que “a era Vargas acabou”, ele achava o máximo o mínimo de carteiras de trabalho assinadas, contava vantagem de ter diminuído drasticamente o número de carteiras de trabalho assinadas nos seus governos (1994-2002), isto é, apresentava como “modernidade” direitos trabalhistas atirados ao lixo.

Serra negou seu voto pelo aviso prévio proporcional
Bom mesmo para Serra seria logo acabar com o aviso prévio;

Serra votou contra mais garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego
Pra que estabilidade no emprego? Bom mesmo para os tucanos, e seus aliados preferenciais (o DEM e a mídia conservadora), é seguir as receitas do FMI, todo o dinheiro do país para banqueiros, nada de investimento em produção, país parado, desenvolvimento zero, daí seu ódio ao PAC e sua tentativa de paralisá-lo. Se o emprego para Serra e sua turma já é um luxo, estabilidade no emprego para eles só pode ser supérflua.

Serra votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas
Para a direita representada por Serra, aí já se trata de muito abuso, o que para eles a negrada, isto é, o povo brasileiro, precisa, é trabalhar mais e ganhar menos; afinal, para eles, salário não passa de “privilégio”;

Serra negou seu voto pelo direito de greve
Ei, o que é isso, direito de greve?!, na Constituição? Para a direita, bom mesmo era como a ditadura tratava as greves, a polícia política se encarregava dos grevistas (os DOPS e DEOPS de triste memória), grevistas eram “vagabundos e subversivos” na visão policial e patronal;

Então Serra desde muito tempo já é contra esse elementar direito democrático, o direito de greve, isso talvez explique a forma ditatorial e repressiva como tratou grevistas em São Paulo;

Serra negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical
Pra que sindicato, sindicato pra quê?, é o mantra da direita brasileira; sindicato bom pra ela é sindicato inexistente;

Serra votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias
Aí também é demais, né não?, operários se reunindo no local de trabalho, é demais; para a direita trabalhador tem só que trabalhar, não discutir nada e sempre agradecer ao patrão.

Esse é Serra, o candidato que cinicamente se apresenta como “do bem”: ué, não tem gente que defende a escravidão até hoje? E diz com a maior sem-cerimônia que foi “o melhor deputado da Constituinte”. Melhor pra quem, cara pálida? Não para os trabalhadores, de quem foi inimigo. Numa escala de zero a dez, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), entidade fidedigna e conceituada, atribuiu nota 3,75 a Serra.

Tire suas conclusões e vote com consciência em 31 de outubro.

Fonte: Antônio Augusto é jornalista

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