13 de agosto de 2008
A tortura é a verdadeira herança maldita da ditadura
Élio Gaspari, em sua coluna publicada no jornal O Globo, comenta que a tortura foi uma política de Estado durante a ditadura militar, particularmente entre 1969 e 1977. “Como disse o general Vicente de Paulo Dale Coutinho às vésperas de assumir o Ministério do Exército, em 1974: Ah, o negócio melhorou muito. Agora, melhorou, aqui entre nós, quando começamos a MATAR”.
Élio Gaspari acrescenta: “Como reconheceu um estudo do Centro de Informações do Exército, praticaram-se “ações que qualquer Justiça do mundo qualificaria de crime”. Os torturadores cumpriam determinações de seus superiores. A tortura não foi produto de excessos, indisciplina ou deformação moral de subalternos. Isso é papo para tirar a responsabilidade dos comandantes militares e dos ditadores da época.
Para Élio Gaspari, se a família da vítima da máquina repressiva dos generais, almirantes e brigadeiros, vai à Justiça em busca de responsabilização dos oficiais que comandavam o porão, esse é seu direito.
Para mim, nenhum debate é inoportuno. O presidente Lula pode até orientar seus ministros para dar fim à polêmica. Mas não tem como mandar a sociedade acabar com a polêmica. Os familiares de mortos e desaparecidos que o digam.
A mídia continua a dizer que o ministro Tarso Genro propôs a revisão da Lei da Anistia. Não é verdade. Assim como na Alemanha de Hitler, a matança dos judeus era uma política de Estado, no Brasil a tortura era também uma política de Estado. Mas, crimes contra a humanidade não são anistiáveis. São crimes de lesa-humanidade, crimes comuns, não crimes políticos. Essa gente tem que pagar. Os nazistas pagaram. Os fascistas de cá devem pagar.
Não há como encerrar o tema. Os criminosos de guerra têm que pagar por seus crimes, sejam eles política de Estado ou meras ações de psicopatas. O protesto dos militares mostrou que os psicopatas não se trataram, não foram punidos e ainda influenciam a mídia, as forças armadas e o governo. Isso é que é herança maldita.
Élio Gaspari acrescenta: “Como reconheceu um estudo do Centro de Informações do Exército, praticaram-se “ações que qualquer Justiça do mundo qualificaria de crime”. Os torturadores cumpriam determinações de seus superiores. A tortura não foi produto de excessos, indisciplina ou deformação moral de subalternos. Isso é papo para tirar a responsabilidade dos comandantes militares e dos ditadores da época.
Para Élio Gaspari, se a família da vítima da máquina repressiva dos generais, almirantes e brigadeiros, vai à Justiça em busca de responsabilização dos oficiais que comandavam o porão, esse é seu direito.
Para mim, nenhum debate é inoportuno. O presidente Lula pode até orientar seus ministros para dar fim à polêmica. Mas não tem como mandar a sociedade acabar com a polêmica. Os familiares de mortos e desaparecidos que o digam.
A mídia continua a dizer que o ministro Tarso Genro propôs a revisão da Lei da Anistia. Não é verdade. Assim como na Alemanha de Hitler, a matança dos judeus era uma política de Estado, no Brasil a tortura era também uma política de Estado. Mas, crimes contra a humanidade não são anistiáveis. São crimes de lesa-humanidade, crimes comuns, não crimes políticos. Essa gente tem que pagar. Os nazistas pagaram. Os fascistas de cá devem pagar.
Não há como encerrar o tema. Os criminosos de guerra têm que pagar por seus crimes, sejam eles política de Estado ou meras ações de psicopatas. O protesto dos militares mostrou que os psicopatas não se trataram, não foram punidos e ainda influenciam a mídia, as forças armadas e o governo. Isso é que é herança maldita.