10 de agosto de 2008
Santa Brígida deveria ser a padroeira do Brasil
Não chega a ser uma Operação Mãos Limpas o que se passa no Brasil. Mas, as coisas estão mudando. O jornalista e escritor Emiliano José cita José Luiz Del Royo, autor de “Itália - Operação Mãos Limpas”, da Ícone Editora. Del Royo lembra Santa Brígida que, horrorizada com a corrupção generalizada na Itália do século XIV, refugiou-se no convento e de lá fustigava os governantes e políticos desonestos: “As esmolas não valem nada, o que é preciso é restituir o dinheiro injustamente acumulado”. Santa Brígida deveria ser protetora e padroeira do Brasil.
No mesmo artigo intitulado “O fundo do lago”, publicado no site da revista Carta Capital, Emiliano José cita Ferreira de Castro em “A curva da estrada”, da editora Difusão Européia do Livro:
“Um lago abre-se quando um corpo cai sobre ele; a água ondula num instante e volta a fechar-se – volta à sua paz. Parece que tudo findou. Parece que o lago esteve sempre assim e que nele não ocorreu coisa alguma. As aves que passarem nesse momento verão a superfície sem uma ruga, adormecida sob a proteção da redoma celeste. Mas o cadáver que se encontra lá em baixo começa a corromper-se pouco depois da paz ter voltado à flor da água. E, de quando em quando, enviará para cima as bolhas dos seus gases, que perturbarão a tranqüilidade da superfície. (...) Um morto só está definitivamente morto quando se corrompeu todo. E enquanto dura a corrupção, a calma do lago é apenas aparente”.
Os cadáveres no fundo do lago Brasil estão se corrompendo. A calma é apenas aparente. A mídia pode até esfriar os fatos, como no caso de Daniel Dantas, mas, há um processo positivo em curso, iniciado com a Controladoria-Geral da União (CGU). A cúpula do Judiciário pode estar dominada, mas há exceções como o juiz De Sanctis e muitos espalhados pelo país. É um milagre que está chegando a conta-gotas.
Santa Brígida, valei por nós!
LEIA NA ÍNTEGRA
No mesmo artigo intitulado “O fundo do lago”, publicado no site da revista Carta Capital, Emiliano José cita Ferreira de Castro em “A curva da estrada”, da editora Difusão Européia do Livro:
“Um lago abre-se quando um corpo cai sobre ele; a água ondula num instante e volta a fechar-se – volta à sua paz. Parece que tudo findou. Parece que o lago esteve sempre assim e que nele não ocorreu coisa alguma. As aves que passarem nesse momento verão a superfície sem uma ruga, adormecida sob a proteção da redoma celeste. Mas o cadáver que se encontra lá em baixo começa a corromper-se pouco depois da paz ter voltado à flor da água. E, de quando em quando, enviará para cima as bolhas dos seus gases, que perturbarão a tranqüilidade da superfície. (...) Um morto só está definitivamente morto quando se corrompeu todo. E enquanto dura a corrupção, a calma do lago é apenas aparente”.
Os cadáveres no fundo do lago Brasil estão se corrompendo. A calma é apenas aparente. A mídia pode até esfriar os fatos, como no caso de Daniel Dantas, mas, há um processo positivo em curso, iniciado com a Controladoria-Geral da União (CGU). A cúpula do Judiciário pode estar dominada, mas há exceções como o juiz De Sanctis e muitos espalhados pelo país. É um milagre que está chegando a conta-gotas.
Santa Brígida, valei por nós!
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