5 de julho de 2007

 

História fuzilada - 3

O leitor Márcio Antônio enviou o seguinte comentário à revista CartaCapital a respeito da matéria sobre Carlos Lamarca, publicada na edição 450:

A classificação de Carlos Lamarca como terrorista é esperada por uma mídia que se tenta promover como imparcial, mas que, como os estudiosos da indústria cultural e os filósofos da Escola de Frankfurt explicitam, são entidades econômicas que agem de acordo com seus interesses econômicos, que estão pouco associados a informar imparcialmente e muito associados a selecionar a informação para tentar transformar a opinião em fato.

Lamarca deve ser analisado na conjuntura histórica em que estava inserido, sem idealizações. Ele foi uma resposta à opressão instalada e patrocinada pelos interesses da elite econômica – desde sempre predatória e excludente – com o suporte decisivo da grande mídia na manipulação das emoções e da conservadora classe média brasileira. Tratá-lo como desertor seria o mesmo que acusar de traidor algum eventual soldado que tenha se recusado a cumprir a insana ordem de acender uma câmara de gás para matar judeus. (Márcio Antônio Estrela, Brasília, DF).

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