4 de julho de 2007

 

Liberdade de expressão foi marca das comemorações do 2 de Julho

Liberdade. Essa foi a mensagem das manifestações populares de carinho e protesto durante a primeira parte das comemorações deste 2 de julho, em Salvador. Os festejos tiveram início com o desfile que saiu do Largo da Lapinha, percorreu as ruas do Centro Histórico de Salvador, até chegar à Praça Municipal.

Todo o trajeto foi acompanhado por milhares de baianos que fazem questão de homenagear os heróis da Independência, conscientes de que foi a Bahia que derramou o sangue para tornar o Brasil um País livre do domínio português.

O cortejo, como sempre, foi liderado pelas principais autoridades baianas, a exemplo do governador Jaques Wagner, do prefeito de Salvador, João Henrique, e do presidente da Câmara Municipal, Valdenor Cardoso.

Além deles, outras autoridades, como ministros, deputados federais e estaduais, secretários estaduais e municipais, vereadores, seguiram o carro dos Caboclos, símbolos da resistência, até à Praça Municipal, onde foi encerrada a primeira parte dos festejos do dia da Independência da Bahia.

Para Wagner, a participação popular demonstra o carinho da população baiana com a data, símbolo de cidadania, coragem, liberdade e justiça social. “Este é um 2 de julho diferente, as manifestações de reivindicação são normais e querem dizer que esta é a primeira vez na história da Bahia em que há a total liberdade de expressão”, afirmou. Ele disse que a data é importante não somente para a Bahia, mas para o Brasil, pois, destacou Wagner, a verdadeira independência se deu aqui.

O press release acima, da Assessoria Geral de Comunicação – Agecom, do governo da Bahia, foi muito feliz em destacar o clima de liberdade de expressão que reinou durante o desfile do 2 de Julho.

Caberia apenas uma “pequena” retificação. Não foi um “pequeno” grupo de professores que protestava. Foi gente pra cacete.

Generoso e democrático, o governador Jaques Wagner pode não ter se incomodado e absorvido com naturalidade as vaias.

Mas eu não. Os professores estão em greve há mais de 50 dias. O governo Wagner não completou um semestre. A pequena cúpula sindical manipula a categoria, instala o impasse, prejudica os alunos e deixa de cabelo-em-pé os pais-de-família. É uma insanidade. Querem receber sem trabalhar. Querem um aumento que o Tesouro não tem condições de absorver.

O protesto dos professores me incomodou, e muito. Afinal, é o PCdoB que controla a APLB-Sindicato. Mas, o PCdoB desfilava ao lado de Wagner no 2 de Julho. Que partido político é esse? Deve estar em frangalhos. Não se pode recuperar todo o prejuízo acumulado em anos de arrocho salarial em apenas seis meses. Wagner concedeu aos servidores o maior reajuste em todo o Brasil. Eles sabem, mas estão querendo é criar caso. Desgastam o PT enquanto mamam nas tetas do governo. É típico.

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