11 de setembro de 2006

 

Ibope da Bahia antecipa “subida” de Wagner

O instituto de pesquisa Ibope divulgou neste 11/09 nova pesquisa que dá ao petista Wagner 26% nas intenções de votos dos baianos para governador, enquanto o pefelista Paulo Souto tem 50%. Pelos números do instituto, não haveria 2º turno. Não haveria. Se levarmos em conta prognósticos das eleições de 2002 no estado, feitos pelo Ibope, e o resultado final apontado pelas urnas naquele ano, devemos ficar de olhos bem abertos nesses números, que não costumam ser fiéis à vontade dos baianos.

Em pesquisa divulgada em 09/09/2002, o Ibope dizia que Wagner possuía apenas 15% das intenções de votos. Paulo Souto, segundo a pesquisa, tinha 54%. Em reta final de campanha, distância como essa tende a produzir a sensação de fim de disputa, desanima a militância. O resultado da eleição, porém, indicou resultado bem diferente. Wagner chegou a 27% dos votos dos eleitores da Bahia, Paulo Souto, teve 38%. Quem garantiu a vitória do pefelista no 1° turno foi o surpreendente número de votos brancos e nulos.

Em números absolutos, Paulo Souto obteve 2.871 mil votos, Wagner, 2.057 mil. A soma dos votos brancos e nulos superou 1 milhão de votos. Tantos eleitores que se desinteressaram pela eleição baiana pode ter sido reflexo do desânimo provocado pelos números desfavoráveis às mudanças na política baiana naquele ano, ou seja, a pesquisa "esfriou" a disputa.

Há muitos anos, há suspeitas no meio político a respeito da generosidade do Ibope baiano para com os candidatos do grupo do senador Antonio Carlos Magalhães, que sempre exagera em vantagens gritantes, mas que não se confirmam nas urnas. Por isso, mais uma vez há de se perguntar os fundamentos dessa diferença favorável a Paulo Souto.

Enquanto em 2002, Wagner contava com apenas 7 prefeituras, hoje são mais de 70 prefeitos que o apóiam. A prefeitura de Salvador tinha no comando Imbassahy, que apoiava Souto, e agora tem João Henrique, com total apoio a Wagner. Na Região Metropolitana, Wagner conta com o apoio das prefeituras petistas e dos partidos aliados. Como ministro e braço direito de Lula, Wagner tornou-se conhecido em toda Bahia e conta com apoio aberto do presidente. Tudo isso nos leva a acreditar em uma "engorda" suspeita da pesquisa pró-Souto. A militância de esquerda e os que querem mudanças reais na Bahia precisam dar um basta a essa manobra e partir para a luta: Wagner vai fazer, sim, a virada contra o carlismo e aposentar de vez o senador sanguessuga da Bahia.

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