30 de julho de 2011
Blog Paulo Afonso de Fato – notícias do sertão e do mundo
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Manchete da Folha de S. Paulo engana o leitor
A Folha de S. Paulo continua a praticar seu jornalismo porcaria. Sexta-feira, 29, tascou a manchete “Humala assume e despreza Constituição”. Putz, o novo presidente de esquerda peruano, Ollanta Humala, já deu um golpe? Não era exatamente o que a manchete da Folha sugeria. O presidente eleito do Peru desprezou, na verdade, a Constituição “promulgada” em 1993, sob o governo do facínora Alberto Fujimori, após a dissolução do Congresso em um autogolpe. O presidente eleito jurou defender os princípios e valores da Carta de 1979. A manchete da Folha engana o leitor que passa desavisado pela banca de revista. Seria mais ou menos como se Lula ao ser empossado jurasse obediência ao Ato Institucional Nº 5, da ditadura militar.
Obviamente, o editor da Folha de S. Paulo passa uma “pegadinha” no leitor. O texto da matéria assinada pela enviada especial ao Peru, Flávia Marreiro, vai esclarecendo tudo. O que disse mesmo Ollanta Humala ao tomar posse foi: “juro (...) que defenderei a soberania nacional, a ordem constitucional e a integridade física e moral da República e suas instituições democráticas, honrando o espírito, os princípios e valores da CONSTITUIÇÃO de 1979”. E então? Você, leitor, acha que Humala assumiu desprezando a Constituição? É o que disse a manchete do jornalão fascistóide.
A manchete da Folha não deixa margem a dúvida sobre a posição do Editor de Notícias Internacionais da Folha de S. Paulo. A manchete se alinha aos 37 deputados fujimoristas que gritavam e vaiavam no Congresso: “Não há presidente, não há presidente”. Claro que há presidente, evidente que Ollanta Humala tomou posse jurando seguir a Constituição, não a de 1993, imposta pelo facínora Fujimori para servir a seu governo corrupto, mas a Carta de 1979 promulgada num cenário de transição democrática.
Para ler a Folha de S. Paulo tem que estar atento às “pegadinhas” da direita raivosa. Não há inocência ou engano na Folha.
Não dá para não criticar.
Obviamente, o editor da Folha de S. Paulo passa uma “pegadinha” no leitor. O texto da matéria assinada pela enviada especial ao Peru, Flávia Marreiro, vai esclarecendo tudo. O que disse mesmo Ollanta Humala ao tomar posse foi: “juro (...) que defenderei a soberania nacional, a ordem constitucional e a integridade física e moral da República e suas instituições democráticas, honrando o espírito, os princípios e valores da CONSTITUIÇÃO de 1979”. E então? Você, leitor, acha que Humala assumiu desprezando a Constituição? É o que disse a manchete do jornalão fascistóide.
A manchete da Folha não deixa margem a dúvida sobre a posição do Editor de Notícias Internacionais da Folha de S. Paulo. A manchete se alinha aos 37 deputados fujimoristas que gritavam e vaiavam no Congresso: “Não há presidente, não há presidente”. Claro que há presidente, evidente que Ollanta Humala tomou posse jurando seguir a Constituição, não a de 1993, imposta pelo facínora Fujimori para servir a seu governo corrupto, mas a Carta de 1979 promulgada num cenário de transição democrática.
Para ler a Folha de S. Paulo tem que estar atento às “pegadinhas” da direita raivosa. Não há inocência ou engano na Folha.
Não dá para não criticar.
29 de julho de 2011
Jornalistas e políticos rendem homenagem a João Falcão
Fernando Schmidt, Assessor Especial, representou o governador Jaques Wagner no enterro do corpo do jornalista, escritor, empresário e militante histórico comunista João da Costa Falcão. O governador estava em Ilhéus, mas, divulgou seu pesar. O Hino Nacional e o Hino de Feira de Santana foram executados por uma mini-banda da Polícia Militar. João Falcão foi o fundador do Jornal da Bahia que marcou época de 1958 a 1990, ano em que foi comprado por aventureiros.
A cerimônia foi realizada na campa da família Falcão, no Cemitério do Campo Santo, após missa de corpo presente, celebrada pelo padre Aderbal Galvão, diretor da Rádio Excelsior da Bahia. Uma multidão compareceu e também políticos importantes como os ex-governadores Roberto Santos, João Durval Carneiro e Waldir Pires, a senadora Lídice da Mata, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o deputado federal Emiliano José, o ex-deputado federal João Almeida, o deputado federal Colbert Martins Filho, o ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo, o vice-prefeito de Feira Paulo Aquino, entre outros.
Muitos jornalistas da velha guarda compareceram. Todos queriam abraçar Gustavo Tapioca,genro de João Falcão, casado com Maria Luiza, que trabalhou durante anos no jornal até se mudar para Brasília. Vi os jornalistas Tasso Franco (Blog Bahia Já), o radialista Mário Freitas (Tudo FM), Nestor Mendes Jr (Assessor de Comunicação da Secretaria da Indústria da Bahia), Carlos Navarro, José Carlos Mesquita, Luis Augusto (mais conhecido como L.A.), Nadya Argolo, Walter Pontes, Sérgio Mattos, o hoje publicitário Marcelo Simões e Carlos Libório (que fez carreira na TV Bahia quando ACM era vivo e conseguiu manter a integridade).
Antônio Walter Pinheiro, presidente da ABI e diretor-presidente da Tribuna da Bahia estava lá. Assim como Ney Bandeira, diretor da TV Aratu. De Feira vieram os jornalistas Cesarino e Zé Coió. O velho repórter-fotográfico Anísio Carvalho não pode comparecer, soube que levou uma queda em casa.
Senti falta de João Carlos Teixeira Gomes (Joca) que foi redator-chefe do Jornal da Bahia durante os anos de chumbo, mas que hoje reside no Rio de Janeiro, e de Samuel Celestino, integrante da turma inicial do Jornal da Bahia.
A cerimônia foi realizada na campa da família Falcão, no Cemitério do Campo Santo, após missa de corpo presente, celebrada pelo padre Aderbal Galvão, diretor da Rádio Excelsior da Bahia. Uma multidão compareceu e também políticos importantes como os ex-governadores Roberto Santos, João Durval Carneiro e Waldir Pires, a senadora Lídice da Mata, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o deputado federal Emiliano José, o ex-deputado federal João Almeida, o deputado federal Colbert Martins Filho, o ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo, o vice-prefeito de Feira Paulo Aquino, entre outros.
Muitos jornalistas da velha guarda compareceram. Todos queriam abraçar Gustavo Tapioca,genro de João Falcão, casado com Maria Luiza, que trabalhou durante anos no jornal até se mudar para Brasília. Vi os jornalistas Tasso Franco (Blog Bahia Já), o radialista Mário Freitas (Tudo FM), Nestor Mendes Jr (Assessor de Comunicação da Secretaria da Indústria da Bahia), Carlos Navarro, José Carlos Mesquita, Luis Augusto (mais conhecido como L.A.), Nadya Argolo, Walter Pontes, Sérgio Mattos, o hoje publicitário Marcelo Simões e Carlos Libório (que fez carreira na TV Bahia quando ACM era vivo e conseguiu manter a integridade).
Antônio Walter Pinheiro, presidente da ABI e diretor-presidente da Tribuna da Bahia estava lá. Assim como Ney Bandeira, diretor da TV Aratu. De Feira vieram os jornalistas Cesarino e Zé Coió. O velho repórter-fotográfico Anísio Carvalho não pode comparecer, soube que levou uma queda em casa.
Senti falta de João Carlos Teixeira Gomes (Joca) que foi redator-chefe do Jornal da Bahia durante os anos de chumbo, mas que hoje reside no Rio de Janeiro, e de Samuel Celestino, integrante da turma inicial do Jornal da Bahia.
Não deixe essa chama se apagar
O site Bahia Notícias, do jornalista Samuel Celestino, lembrou bem. O jornalista João Falcão, que faleceu no último dia 27 de julho, aos 92 anos, foi o fundador do Jornal da Bahia em 1958, veículo que revolucionou as técnicas de redação da imprensa baiana, ao introduzir nas suas matérias o conceito do lead e sub-lead, ou pirâmide invertida.
O Jornal da Bahia formou uma geração de jornalistas baianos que se iniciaram ainda estudantes, entre eles Florisvaldo Mattos, João Carlos Teixeira Gomes, Wilter Santiago, Flávio Costa, Glauber Rocha (cineasta que fundou o Cinema Novo), Hélio Mendes, Gilson Nascimento e o próprio Samuel Celestino.
João da Costa Falcão foi deputado pelo Partido Comunista (PCB), quando na legalidade após a Constituição de 1946. Era escritor e entre seus livros está “O Partido Comunista que eu Conheci”. Já com 92 anos de idade, mas absolutamente lúcido e atuante, preparava mais um livro, a biografia de Luis Carlos Prestes. Ingressou no final do ano passado na Academia de Letras da Bahia e foi fundador do Banco Baiano da Produção.
O Jornal da Bahia sofreu uma asfixia financeira comandada por Antônio Carlos Magalhães, no seu primeiro governo, no início dos anos 70, em retaliação pelas críticas a ele feitas quando era prefeito de Salvador. Mesmo assim, com a campanha “Não deixe esta chama se apagar”, o jornal, perseguido ainda pela ditadura, conseguiu resistir ao cerco, mas acabou sucumbindo diante da ampliação da asfixia para atingir também os anunciantes do jornal.
O JBa. foi um marco importante na história do jornalismo baiano.
O Jornal da Bahia formou uma geração de jornalistas baianos que se iniciaram ainda estudantes, entre eles Florisvaldo Mattos, João Carlos Teixeira Gomes, Wilter Santiago, Flávio Costa, Glauber Rocha (cineasta que fundou o Cinema Novo), Hélio Mendes, Gilson Nascimento e o próprio Samuel Celestino.
João da Costa Falcão foi deputado pelo Partido Comunista (PCB), quando na legalidade após a Constituição de 1946. Era escritor e entre seus livros está “O Partido Comunista que eu Conheci”. Já com 92 anos de idade, mas absolutamente lúcido e atuante, preparava mais um livro, a biografia de Luis Carlos Prestes. Ingressou no final do ano passado na Academia de Letras da Bahia e foi fundador do Banco Baiano da Produção.
O Jornal da Bahia sofreu uma asfixia financeira comandada por Antônio Carlos Magalhães, no seu primeiro governo, no início dos anos 70, em retaliação pelas críticas a ele feitas quando era prefeito de Salvador. Mesmo assim, com a campanha “Não deixe esta chama se apagar”, o jornal, perseguido ainda pela ditadura, conseguiu resistir ao cerco, mas acabou sucumbindo diante da ampliação da asfixia para atingir também os anunciantes do jornal.
O JBa. foi um marco importante na história do jornalismo baiano.
Governador da Bahia destaca papel de João Falcão na luta pela democracia
A importância do jornalista João Falcão na luta pela democratização do país foi destacada pelo governador Jaques Wagner, quinta-feira (28), em visita ao sul da Bahia. “É com pesar que recebo a notícia do falecimento do escritor, jornalista e militante político. É um exemplo a ser seguido pela densidade dos trabalhos que produziu ao longo da sua vida e como defensor de uma imprensa livre e democrática”, afirmou o governador, que enviou uma coroa de flores e uma mensagem à família.
João da Costa Falcão faleceu na noite de quarta-feira (27), aos 92 anos, em Salvador. Fundador do Jornal da Bahia, ele nasceu em Feira de Santana e militou, nos anos 1940 e 1950, no Partido Comunista. Bacharel em direito, Falcão optou pelo jornalismo. Em 1945, fundou o matutino comunista O Momento e, em 1958, o Jornal da Bahia. É, também, autor do livro ‘Giocondo Dias - A Vida de um Revolucionário’.
Fonte: Site do Governo da Bahia/Secom
João da Costa Falcão faleceu na noite de quarta-feira (27), aos 92 anos, em Salvador. Fundador do Jornal da Bahia, ele nasceu em Feira de Santana e militou, nos anos 1940 e 1950, no Partido Comunista. Bacharel em direito, Falcão optou pelo jornalismo. Em 1945, fundou o matutino comunista O Momento e, em 1958, o Jornal da Bahia. É, também, autor do livro ‘Giocondo Dias - A Vida de um Revolucionário’.
Fonte: Site do Governo da Bahia/Secom
João Falcão, o velho comunista, foi enterrado ao som do Hino Nacional, executado pela banda da Polícia Militar
Ontem, 28, eu e o deputado federal Emiliano José (PT-BA) fomos render nossa homenagem ao admirável jornalista, escritor, militante comunista e empresário João da Costa Falcão, que faleceu quarta-feira (27) aos 92 anos. O velho comunista, ex-segurança e motorista de Luis Carlos Prestes e autor do livro “O Partido Comunista que eu conheci” e outros seis livros foi enterrado no Cemitério do Campo Santo, em Salvador, ao som do Hino Nacional, executado pela banda da Polícia Militar. Pela multidão que acompanhou a cerimônia, ele tinha muitos amigos. Foi uma forte emoção.
O jornal A Tarde (28/07/2011) registrou: “Morre, aos 92 anos, o jornalista João Falcão”. Segue o texto: “Morreu ontem (27), aos 92 anos, de falência múltipla dos órgãos, o fundador do extinto Jornal da Bahia, o jornalista, escritor e militante político João da Costa Falcão. Ele estava internado no Hospital Português, na Barra. Seu estado de saúde piorou por causa de uma bronquite que, posteriormente, se converteu numa pneumonia.
“Sem sombra de dúvida, é uma perda inestimável para a vida política e cultural brasileira”, lamentou o jornalista e deputado federal Emiliano José, ao referir-se ao antigo chefe do Jornal da Bahia, nos anos 70. “Naquele momento, ele proporcionou um sopro de renovação para o jornalismo baiano, reunindo pessoas que compactuavam com os mesmos ideais políticos”, lembrou o parlamentar.
Para o jornalista Oldack Miranda, ex-integrante do periódico, João Falcão era uma pessoa de vanguarda, considerado muito à frente de seu tempo. “Estava sempre alinhado com as políticas de reforma gráfica e editorial do jornal, o que serviu de inspiração e atrativos para os jovens jornalistas da época, completou”.
A Tribuna da Bahia e o Correio também noticiaram o falecimento de João Falcão.
Ele era natural de Feira de Santana, nasceu em 24 de novembro de 1919. Aos 18 anos, em 1937, iniciou a vida política, clandestinamente, sob a égide do Partido Comunista do Brasil (PCB), o qual ajudou a fundar, em plena ditadura do Estado Novo, sob o regime de Getúlio Vargas. Naquela época, seguindo a orientação do PCB, fundou a revista Seiva, da qual foi editor.
Ele teve intensa atuação na vida política nos anos 1940 a 1960, militando no PCB e na imprensa baiana. Em 1945 fundou o matutino comunista “O Momento” e em 1958 o combativo Jornal da Bahia, periódico sempre lembrado pelo slogan “Não deixe essa chama se apagar”, em sua luta pela liberdade de expressão na Bahia dominada pelo mandonismo político de ACM. Autor do livro “Giocondo Dias – a vida de um revolucionário” (Editora Agir, 1993), Falcão era um combatente. Em 1954 foi eleito deputado federal pelo PTB.
Em 1943, já graduado em Direito, em plena Segunda Guerra Mundial, serviu ao Exército e foi expulso da corporação, além de ser condenado a cinco anos de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional, não chegando a cumprir a sentença, sendo depois absolvido. Em 1945, foi suplente do deputado Carlos Marighella, pela chapa do PCB. Em 1947 tornou-se segurança e motorista do então senador Luis Carlos Prestes. No mesmo ano, casou-se com Hyldeyh Ferreira.
João Falcão foi também empresário importante na Bahia. Ele fundou o Banco Baiano da Produção S/A em 1960, e a João Falcão Urbanizadora em 1977. No governo de Luiz Viana Filho, entre 1967 e 1969, foi presidente do Banco de Desenvolvimento da Bahia (Bandeb). Ele escreveu “O Partido Comunista que eu conheci” e “Não deixe essa chama se apagar - História do Jornal da Bahia”.
Em 2009, lançou o último de seus sete livros, com o título “Valeu a pena (desafios de minha vida)”. Em 2010, tornou-se membro da Academia de Letras da Bahia. Deixou sete filhos, 21 netos e 11 bisnetos.
O jornal A Tarde (28/07/2011) registrou: “Morre, aos 92 anos, o jornalista João Falcão”. Segue o texto: “Morreu ontem (27), aos 92 anos, de falência múltipla dos órgãos, o fundador do extinto Jornal da Bahia, o jornalista, escritor e militante político João da Costa Falcão. Ele estava internado no Hospital Português, na Barra. Seu estado de saúde piorou por causa de uma bronquite que, posteriormente, se converteu numa pneumonia.
“Sem sombra de dúvida, é uma perda inestimável para a vida política e cultural brasileira”, lamentou o jornalista e deputado federal Emiliano José, ao referir-se ao antigo chefe do Jornal da Bahia, nos anos 70. “Naquele momento, ele proporcionou um sopro de renovação para o jornalismo baiano, reunindo pessoas que compactuavam com os mesmos ideais políticos”, lembrou o parlamentar.
Para o jornalista Oldack Miranda, ex-integrante do periódico, João Falcão era uma pessoa de vanguarda, considerado muito à frente de seu tempo. “Estava sempre alinhado com as políticas de reforma gráfica e editorial do jornal, o que serviu de inspiração e atrativos para os jovens jornalistas da época, completou”.
A Tribuna da Bahia e o Correio também noticiaram o falecimento de João Falcão.
Ele era natural de Feira de Santana, nasceu em 24 de novembro de 1919. Aos 18 anos, em 1937, iniciou a vida política, clandestinamente, sob a égide do Partido Comunista do Brasil (PCB), o qual ajudou a fundar, em plena ditadura do Estado Novo, sob o regime de Getúlio Vargas. Naquela época, seguindo a orientação do PCB, fundou a revista Seiva, da qual foi editor.
Ele teve intensa atuação na vida política nos anos 1940 a 1960, militando no PCB e na imprensa baiana. Em 1945 fundou o matutino comunista “O Momento” e em 1958 o combativo Jornal da Bahia, periódico sempre lembrado pelo slogan “Não deixe essa chama se apagar”, em sua luta pela liberdade de expressão na Bahia dominada pelo mandonismo político de ACM. Autor do livro “Giocondo Dias – a vida de um revolucionário” (Editora Agir, 1993), Falcão era um combatente. Em 1954 foi eleito deputado federal pelo PTB.
Em 1943, já graduado em Direito, em plena Segunda Guerra Mundial, serviu ao Exército e foi expulso da corporação, além de ser condenado a cinco anos de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional, não chegando a cumprir a sentença, sendo depois absolvido. Em 1945, foi suplente do deputado Carlos Marighella, pela chapa do PCB. Em 1947 tornou-se segurança e motorista do então senador Luis Carlos Prestes. No mesmo ano, casou-se com Hyldeyh Ferreira.
João Falcão foi também empresário importante na Bahia. Ele fundou o Banco Baiano da Produção S/A em 1960, e a João Falcão Urbanizadora em 1977. No governo de Luiz Viana Filho, entre 1967 e 1969, foi presidente do Banco de Desenvolvimento da Bahia (Bandeb). Ele escreveu “O Partido Comunista que eu conheci” e “Não deixe essa chama se apagar - História do Jornal da Bahia”.
Em 2009, lançou o último de seus sete livros, com o título “Valeu a pena (desafios de minha vida)”. Em 2010, tornou-se membro da Academia de Letras da Bahia. Deixou sete filhos, 21 netos e 11 bisnetos.
28 de julho de 2011
Novo documentário sobre o capitão Lamarca estréia na Bahia
Amanhã, sexta-feira, 29 de julho, às 20h, estréia em Brotas de Macaúbas, a 565 km de Salvador, o documentário “Do Buriti a Pintada – Lamarca e Zequinha na Bahia”. O filme, com narração do ator Paulo Betti, é dirigido pelo cineasta e historiador de Ibotirama, Renaildo Pereira Santos (Reizinho), e será apresentado em plena Praça da Matriz, para o público da cidade que tem 10.717 habitantes e também para integrantes de caravanas de cidades vizinhas. O cineasta Reizinho trabalhou como assistente no filme “Lamarca”, do diretor Sérgio Resende, que se inspirou no livro “Lamarca, o Capitão da Guerrilha” (Global Editora) dos jornalistas Emiliano José e Oldack Miranda.
A reportagem do jornal A Tarde, assinada por Miriam Hermes (sucursal de Barreiras) confunde o nome do filme (Lamarca) com o título da obra (Lamarca, o Capitão da Guerrilha). Aliás, nem sequer cita a obra dos dois jornalistas baianos, publicada em 1980. Também erra ao citar o nome do irmão de Zequinha, Olderico Barreto e não Odorico Barreto. Mas, ninguém é obrigado a saber tudo. Segundo a reportagem, o documentário foca principalmente “o lado humano dos guerrilheiros, perseguidos e mortos pela ditadura militar na zona rural do município de Ipupiara, que faz divisa com Brotas de Macaúbas”.
Apaixonado pela história, Reizinho tinha dois anos quando Lamarca e José Campos Barreto (e também Otoniel Campos Barreto e o professor Santa Bárbara, que a matéria não cita) foram assassinados na região. O interessante é que o documentário se baseou no resgate de uma gravação com José de Araújo Barreto, pai de Zequinha, Olderico e Otoniel, já falecido, e barbaramente torturado na operação de cerco aos guerrilheiros.
A reportagem registra: “Quando comecei este trabalho, em 2002, “seu” José já tinha morrido. Mas seus filhos sinalizaram sobre a existência dessa gravação feita pelo cineasta Zé da Mata, em 1983, que consegui resgatar”.
Tem alguma coisa muito estranha num trecho da reportagem do jornal A Tarde. Segundo o texto, Olderico Campos Barreto (e não Odorico como está grafado) afirma que “sempre intrigou à família que a história tenha sido contada com a versão da ditadura, descrevendo Lamarca e Zequinha como pessoas cuja presença não poderia ser tolerada pelos brasileiros. Acho que essa diabolização deles foi o que mais doeu”. E ainda acrescenta que a família Barreto está satisfeita “que a história verdadeira seja contada para a atual e as futuras gerações”.
Olderico Barreto não pode estar se referindo ao livro “Lamarca, o Capitão da Guerrilha” que eu e Emiliano escrevemos. Este livro se baseou em depoimentos dados por ele, Olderico, durante os longos anos em que ele e o ex-preso político Emiliano José passaram juntos, na prisão. A reportagem local, feita por mim, foi sempre acompanhada de perto por ele, Olderico. E também não pode estar se referindo ao filme “Lamarca”, de Sérgio Resende, que ele acompanhou do início ao fim. Assim como o nome Odorico Barreto, tem muita coisa errada no box dessa matéria do jornal A Tarde.
A reportagem do jornal A Tarde, assinada por Miriam Hermes (sucursal de Barreiras) confunde o nome do filme (Lamarca) com o título da obra (Lamarca, o Capitão da Guerrilha). Aliás, nem sequer cita a obra dos dois jornalistas baianos, publicada em 1980. Também erra ao citar o nome do irmão de Zequinha, Olderico Barreto e não Odorico Barreto. Mas, ninguém é obrigado a saber tudo. Segundo a reportagem, o documentário foca principalmente “o lado humano dos guerrilheiros, perseguidos e mortos pela ditadura militar na zona rural do município de Ipupiara, que faz divisa com Brotas de Macaúbas”.
Apaixonado pela história, Reizinho tinha dois anos quando Lamarca e José Campos Barreto (e também Otoniel Campos Barreto e o professor Santa Bárbara, que a matéria não cita) foram assassinados na região. O interessante é que o documentário se baseou no resgate de uma gravação com José de Araújo Barreto, pai de Zequinha, Olderico e Otoniel, já falecido, e barbaramente torturado na operação de cerco aos guerrilheiros.
A reportagem registra: “Quando comecei este trabalho, em 2002, “seu” José já tinha morrido. Mas seus filhos sinalizaram sobre a existência dessa gravação feita pelo cineasta Zé da Mata, em 1983, que consegui resgatar”.
Tem alguma coisa muito estranha num trecho da reportagem do jornal A Tarde. Segundo o texto, Olderico Campos Barreto (e não Odorico como está grafado) afirma que “sempre intrigou à família que a história tenha sido contada com a versão da ditadura, descrevendo Lamarca e Zequinha como pessoas cuja presença não poderia ser tolerada pelos brasileiros. Acho que essa diabolização deles foi o que mais doeu”. E ainda acrescenta que a família Barreto está satisfeita “que a história verdadeira seja contada para a atual e as futuras gerações”.
Olderico Barreto não pode estar se referindo ao livro “Lamarca, o Capitão da Guerrilha” que eu e Emiliano escrevemos. Este livro se baseou em depoimentos dados por ele, Olderico, durante os longos anos em que ele e o ex-preso político Emiliano José passaram juntos, na prisão. A reportagem local, feita por mim, foi sempre acompanhada de perto por ele, Olderico. E também não pode estar se referindo ao filme “Lamarca”, de Sérgio Resende, que ele acompanhou do início ao fim. Assim como o nome Odorico Barreto, tem muita coisa errada no box dessa matéria do jornal A Tarde.
24 de julho de 2011
Deputado Emiliano (PT) gasta cota parlamentar exercendo o mandato. O PIG odeia.
Neste final de semana (23/07), o deputado Emiliano José (PT-BA) gastou parte de sua cota parlamentar em alimentação e combustível. Cumprindo agenda do mandato, percorreu quatro cidades do Recôncavo. Ele não se intimidou com o infográfico do UOL/Grupo Folha que o colocou com “campeão de gastos com alimentação”.
O jogo do Partido da Imprensa Golpista (PIG) é muito claro. Tentar desmoralizar parlamentares combativos para neutralizar o ativismo político que busca o fim dos privilégios de grupos de comunicação. Debilóides políticos fazem o jogo do PIG e reproduzem o escândalo inventado.
A cota de alimentação e combustível do mandato do deputado federal Emiliano José está sendo muito bem empregada. As cotas para o exercício do mandato são fundamentais porque, do contrário, apenas políticos ricos, das elites, poderiam ser deputados. E Emiliano José é um professor assalariado, agora aposentado.
Na quinta-feira (21/07) ele participou de um debate sobre segurança pública na Câmara Municipal de Conceição do Coité, com dirigentes políticos, sindicalistas da agricultura familiar e integrantes das polícias militar e civil. Lá vai gasto com gasolina e comida.
No domingo anterior (17/07) ele esteve em Serrinha, na reunião plenária do mandato do vereador Jorge Gonçalves (PT), com mais de 400 pessoas vindas de 42 comunidades. Estavam presentes o prefeito Osni Cardoso (PT) e a secretária municipal de Políticas Sociais do SINTRAF, Maria Zilda Ferreira. Lá vai gasto com gasolina e comida.
No sábado (16), o deputado visitou bairros de Salvador, reuniu-se com lideranças e participou das confraternizações da Chapa II do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, no Clube 2004. Desde sempre, é um mandato a serviços dos petroleiros. Lá vai mais gasto.
Outro dia, o governador Wagner autorizou obras de eletrificação em nove comunidades rurais reivindicadas pela vereadora Leninha do PT de Valente, no semi-árido. Emiliano antes foi lá, nos povoados , em Limoeiro-Macambira, Mandacaru I e II, Papagaio, Sossego, Alagadiço dos Veados, além de obras complementares em Vagem Grande, Lagoa Redonda e Papagaio II. Gastou gasolina e alimentação.
A coisa vai “piorar”. O deputado Emiliano José foi indicado para representar o Brasil no Parlamento do Mercosul (Parlasul). Vai gastar mais com passagem de avião. Não dá para ir de fusca. Lá vem eles.
O PIG e seus jornalistas de aluguel atacam Emiliano porque Emiliano exerce o mandato parlamentar. Simples assim.
Gaste Emiliano, gaste mais.
O jogo do Partido da Imprensa Golpista (PIG) é muito claro. Tentar desmoralizar parlamentares combativos para neutralizar o ativismo político que busca o fim dos privilégios de grupos de comunicação. Debilóides políticos fazem o jogo do PIG e reproduzem o escândalo inventado.
A cota de alimentação e combustível do mandato do deputado federal Emiliano José está sendo muito bem empregada. As cotas para o exercício do mandato são fundamentais porque, do contrário, apenas políticos ricos, das elites, poderiam ser deputados. E Emiliano José é um professor assalariado, agora aposentado.
Na quinta-feira (21/07) ele participou de um debate sobre segurança pública na Câmara Municipal de Conceição do Coité, com dirigentes políticos, sindicalistas da agricultura familiar e integrantes das polícias militar e civil. Lá vai gasto com gasolina e comida.
No domingo anterior (17/07) ele esteve em Serrinha, na reunião plenária do mandato do vereador Jorge Gonçalves (PT), com mais de 400 pessoas vindas de 42 comunidades. Estavam presentes o prefeito Osni Cardoso (PT) e a secretária municipal de Políticas Sociais do SINTRAF, Maria Zilda Ferreira. Lá vai gasto com gasolina e comida.
No sábado (16), o deputado visitou bairros de Salvador, reuniu-se com lideranças e participou das confraternizações da Chapa II do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, no Clube 2004. Desde sempre, é um mandato a serviços dos petroleiros. Lá vai mais gasto.
Outro dia, o governador Wagner autorizou obras de eletrificação em nove comunidades rurais reivindicadas pela vereadora Leninha do PT de Valente, no semi-árido. Emiliano antes foi lá, nos povoados , em Limoeiro-Macambira, Mandacaru I e II, Papagaio, Sossego, Alagadiço dos Veados, além de obras complementares em Vagem Grande, Lagoa Redonda e Papagaio II. Gastou gasolina e alimentação.
A coisa vai “piorar”. O deputado Emiliano José foi indicado para representar o Brasil no Parlamento do Mercosul (Parlasul). Vai gastar mais com passagem de avião. Não dá para ir de fusca. Lá vem eles.
O PIG e seus jornalistas de aluguel atacam Emiliano porque Emiliano exerce o mandato parlamentar. Simples assim.
Gaste Emiliano, gaste mais.
Família de Luis Merlino leva novamente coronel torturador à Justiça
O coronel Carlos Brilhante Ulstra é um torturador confesso. Ele foi comandante de um dos principais aparelhos de tortura, repressão, assassinatos e desaparecimento de presos políticos durante a ditadura militar. O criminoso ainda está vivo e solto. Nesta próxima quarta-feira (27) no Tribunal de Justiça de São Paulo, às 14h30, vai acontecer uma audiência. O torturador vai dar sua versão dos acontecimentos. O cara é um mentiroso descarado e cínico.
A sessão, marcada no Fórum João Mendes, centro da capital paulista, diz respeito a uma ação por danos morais movida pela família de Luiz Eduardo da Rocha Merlino, militante assassinado nas dependências do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), o aparelho de tortura que Ustra confirma ter comandado de 1970 a 1974, um dos períodos de recrudescimento do regime totalitário.
Os parentes não visam à obtenção de indenizações financeiras, mas ao reconhecimento pelo Estado brasileiro de que o militar é o responsável pela morte. Uma eventual decisão favorável aos Merlino não significa, infelizmente, a possibilidade de prisão do coronel reformado, já que o processo corre no âmbito cível.
Pessoas que viram o torturador em ação vão testemunhar, entre elas Paulo Vanucchi e o escritor Joel Rufino. Luis Merlino foi preso em 15 de julho de 1971, torturado durante 24 horas seguidas na OBAN da rua Tutóia, sob comando do coronel Ulstra, deixado sem socorro pelos militares, e dia depois, com grangrenas pelo corpo, foi conduzido ao Hospital Geral do Exército, onde morreu.
A Lei da Anistia não pode ser usada como proteção a torturadores, autores de crimes contra a humanidade.
Nessa área, esse é um país de merda.
A sessão, marcada no Fórum João Mendes, centro da capital paulista, diz respeito a uma ação por danos morais movida pela família de Luiz Eduardo da Rocha Merlino, militante assassinado nas dependências do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), o aparelho de tortura que Ustra confirma ter comandado de 1970 a 1974, um dos períodos de recrudescimento do regime totalitário.
Os parentes não visam à obtenção de indenizações financeiras, mas ao reconhecimento pelo Estado brasileiro de que o militar é o responsável pela morte. Uma eventual decisão favorável aos Merlino não significa, infelizmente, a possibilidade de prisão do coronel reformado, já que o processo corre no âmbito cível.
Pessoas que viram o torturador em ação vão testemunhar, entre elas Paulo Vanucchi e o escritor Joel Rufino. Luis Merlino foi preso em 15 de julho de 1971, torturado durante 24 horas seguidas na OBAN da rua Tutóia, sob comando do coronel Ulstra, deixado sem socorro pelos militares, e dia depois, com grangrenas pelo corpo, foi conduzido ao Hospital Geral do Exército, onde morreu.
A Lei da Anistia não pode ser usada como proteção a torturadores, autores de crimes contra a humanidade.
Nessa área, esse é um país de merda.