28 de julho de 2011
Novo documentário sobre o capitão Lamarca estréia na Bahia
Amanhã, sexta-feira, 29 de julho, às 20h, estréia em Brotas de Macaúbas, a 565 km de Salvador, o documentário “Do Buriti a Pintada – Lamarca e Zequinha na Bahia”. O filme, com narração do ator Paulo Betti, é dirigido pelo cineasta e historiador de Ibotirama, Renaildo Pereira Santos (Reizinho), e será apresentado em plena Praça da Matriz, para o público da cidade que tem 10.717 habitantes e também para integrantes de caravanas de cidades vizinhas. O cineasta Reizinho trabalhou como assistente no filme “Lamarca”, do diretor Sérgio Resende, que se inspirou no livro “Lamarca, o Capitão da Guerrilha” (Global Editora) dos jornalistas Emiliano José e Oldack Miranda.
A reportagem do jornal A Tarde, assinada por Miriam Hermes (sucursal de Barreiras) confunde o nome do filme (Lamarca) com o título da obra (Lamarca, o Capitão da Guerrilha). Aliás, nem sequer cita a obra dos dois jornalistas baianos, publicada em 1980. Também erra ao citar o nome do irmão de Zequinha, Olderico Barreto e não Odorico Barreto. Mas, ninguém é obrigado a saber tudo. Segundo a reportagem, o documentário foca principalmente “o lado humano dos guerrilheiros, perseguidos e mortos pela ditadura militar na zona rural do município de Ipupiara, que faz divisa com Brotas de Macaúbas”.
Apaixonado pela história, Reizinho tinha dois anos quando Lamarca e José Campos Barreto (e também Otoniel Campos Barreto e o professor Santa Bárbara, que a matéria não cita) foram assassinados na região. O interessante é que o documentário se baseou no resgate de uma gravação com José de Araújo Barreto, pai de Zequinha, Olderico e Otoniel, já falecido, e barbaramente torturado na operação de cerco aos guerrilheiros.
A reportagem registra: “Quando comecei este trabalho, em 2002, “seu” José já tinha morrido. Mas seus filhos sinalizaram sobre a existência dessa gravação feita pelo cineasta Zé da Mata, em 1983, que consegui resgatar”.
Tem alguma coisa muito estranha num trecho da reportagem do jornal A Tarde. Segundo o texto, Olderico Campos Barreto (e não Odorico como está grafado) afirma que “sempre intrigou à família que a história tenha sido contada com a versão da ditadura, descrevendo Lamarca e Zequinha como pessoas cuja presença não poderia ser tolerada pelos brasileiros. Acho que essa diabolização deles foi o que mais doeu”. E ainda acrescenta que a família Barreto está satisfeita “que a história verdadeira seja contada para a atual e as futuras gerações”.
Olderico Barreto não pode estar se referindo ao livro “Lamarca, o Capitão da Guerrilha” que eu e Emiliano escrevemos. Este livro se baseou em depoimentos dados por ele, Olderico, durante os longos anos em que ele e o ex-preso político Emiliano José passaram juntos, na prisão. A reportagem local, feita por mim, foi sempre acompanhada de perto por ele, Olderico. E também não pode estar se referindo ao filme “Lamarca”, de Sérgio Resende, que ele acompanhou do início ao fim. Assim como o nome Odorico Barreto, tem muita coisa errada no box dessa matéria do jornal A Tarde.
A reportagem do jornal A Tarde, assinada por Miriam Hermes (sucursal de Barreiras) confunde o nome do filme (Lamarca) com o título da obra (Lamarca, o Capitão da Guerrilha). Aliás, nem sequer cita a obra dos dois jornalistas baianos, publicada em 1980. Também erra ao citar o nome do irmão de Zequinha, Olderico Barreto e não Odorico Barreto. Mas, ninguém é obrigado a saber tudo. Segundo a reportagem, o documentário foca principalmente “o lado humano dos guerrilheiros, perseguidos e mortos pela ditadura militar na zona rural do município de Ipupiara, que faz divisa com Brotas de Macaúbas”.
Apaixonado pela história, Reizinho tinha dois anos quando Lamarca e José Campos Barreto (e também Otoniel Campos Barreto e o professor Santa Bárbara, que a matéria não cita) foram assassinados na região. O interessante é que o documentário se baseou no resgate de uma gravação com José de Araújo Barreto, pai de Zequinha, Olderico e Otoniel, já falecido, e barbaramente torturado na operação de cerco aos guerrilheiros.
A reportagem registra: “Quando comecei este trabalho, em 2002, “seu” José já tinha morrido. Mas seus filhos sinalizaram sobre a existência dessa gravação feita pelo cineasta Zé da Mata, em 1983, que consegui resgatar”.
Tem alguma coisa muito estranha num trecho da reportagem do jornal A Tarde. Segundo o texto, Olderico Campos Barreto (e não Odorico como está grafado) afirma que “sempre intrigou à família que a história tenha sido contada com a versão da ditadura, descrevendo Lamarca e Zequinha como pessoas cuja presença não poderia ser tolerada pelos brasileiros. Acho que essa diabolização deles foi o que mais doeu”. E ainda acrescenta que a família Barreto está satisfeita “que a história verdadeira seja contada para a atual e as futuras gerações”.
Olderico Barreto não pode estar se referindo ao livro “Lamarca, o Capitão da Guerrilha” que eu e Emiliano escrevemos. Este livro se baseou em depoimentos dados por ele, Olderico, durante os longos anos em que ele e o ex-preso político Emiliano José passaram juntos, na prisão. A reportagem local, feita por mim, foi sempre acompanhada de perto por ele, Olderico. E também não pode estar se referindo ao filme “Lamarca”, de Sérgio Resende, que ele acompanhou do início ao fim. Assim como o nome Odorico Barreto, tem muita coisa errada no box dessa matéria do jornal A Tarde.