16 de setembro de 2009

 

Santo Amaro da Bahia luta por um pólo da Universidade Aberta do Brasil

Lideranças políticas de Santo Amaro da Purificação (BA), terra de Caetano Veloso e Maria Betânia, arrancaram (08.09.09) do ministro da Educação, Fernando Haddad, o compromisso de implantar lá um Pólo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), sob direção da Universidade Federal do Recôncavo, em parceria com a Universidade Federal da Bahia.

À reunião, estavam presentes o presidente da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Santo Amaro, Raimundo Jorge Pereira Matos, Flaviano Bonfim e João Batista MIlitão, ambos da Comissão Representativa pró-Universidade em Santo Amaro, Gilberto Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Papel e Celulose do Estado da Bahia, entre outros.

O deputado federal Emiliano José (PT-BA), que participou da reunião, registrou os acontecimentos em pronunciamento na Câmara dos Deputados. Foi a mobilização da sociedade santoamarense que levou o Governo Lula a se decidir pela implantação da Universidade Federal do Recôncavo, uma antiga reivindicação de vários municípios.

Foi então que o ministro Haddad afirmou que era necessário dar um primeiro passo, que seria a implantação de um pólo da Universidade Aberta do Brasil, projeto criado pelo MEC em 2005. Formada por instituições públicas de ensino superior, a Universidade Aberta do Brasil leva ensino superior público de qualidade aos municípios brasileiros carentes de educação universitária. Cada pólo da UAB pode apoiar cursos a distância de diferentes instituições. O atendimento do aluno nas etapas presenciais ocorre nos pólos, onde funcionam salas de aula, bibliotecas e laboratórios.

Já se foi o tempo em que a Bahia contava com uma universidade apenas para os filhos dos coronéis. Veio a Universidade Federal do Recôncavo. Chegamos a duas. Mas queremos a Universidade do Oeste, queremos a Univasf em Juazeiro e um campus da UFBA em Teixeira de Freitas.

A Era Lula é a era da expansão das universidades federais.

 

V Encontro de Economia Baiana começa com críticas ao neoliberalismo

O “V Encontro de Economia Baiana” começa nesta quinta-feira (17.09.2009), em Salvador, num tom de crítica forte ao neoliberalismo. A primeira palestra, logo após o pronunciamento do secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, está a cargo do economista doutor pela Sorbonne (Paris I), João Paulo de Almeida Magalhães (PUC/RJ), um crítico assumido do neoliberalismo. Ele vai falar sobre o tema “Novo Modelo de Desenvolvimento para o Brasil”.

Na mesa de abertura estará o presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda. A FPA foi convidada a lançar durante o encontro o livro “ABC da Crise”, organizado pelo jornalista Sérgio Sister, com 16 artigos de economistas e analistas críticos do neoliberalismo, incluindo o ministro da Fazenda Guido Mantega, Paul Krugmann, Prêmio Nobel de Economia, Luiz Gonzaga Beluzo, Márcio Pochmann e Paul Singer, entre outros.

Para não deixar dúvida, o professor de economia Carlos Eduardo Carvalho (PUC-SP), que assina ensaio na obra “ABC da Crise”, fará a palestra de encerramento do encontro na sexta-feira, 18. E para completar, na solenidade de abertura, o presidente da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), economista Luiz Alberto Petitinga falará também como vice-presidente da Associação Brasileira de Instituições Financeiras (ABDE), entidade que congrega as agências de fomento e os bancos públicos de desenvolvimento, o setor estatal cuja intervenção está tirando o Brasil da crise financeira mundial.

 

Graças a Lula e ao PT, Internet segue livre nas eleições

A proposta do senador Eduardo Azeredo (PSDB) de censurar a Internet nas eleições foi derrotada. Também a proposta do senador Marco Maciel (DEM) de cercear a Internet foi derrotada. PSDB e DEM foram derrotados. Quem saiu ganhando politicamente por defender a Internet livre foram o presidente Lula e o PT.Antes da decisão do Senado, que acabou aprovando a emenda do senador Aloísio Mercadante (PT-SP) retirando as restrições do Parecer dos relatores (do PSDB e do DEM), o presidente Lula defendeu que o uso da Internet deve ser livre nas campanhas eleitorais: “durante anos os políticos lutaram pela liberdade de expressão e agora não podem trancar as inovações tecnológicas. Seria loucura proibir o uso da web nas eleições”.

Lula disse mais: “Tentar proibir isso é loucura. Eu acho que a eleição não pode ser uma coisa que cause tanto medo a algumas pessoas que querem proibir. Vivemos a vida inteira com liberdade política, liberdade de organização, partidária, de expressão, de comunicação, e agora, você começa a trancar isso? Fui muito vítima disso e acho que tem que ser livre mesmo”.

Para Lula, os internautas devem ter o direito de procurar e ter acesso a informações sobre os candidatos. “É importante que as pessoas saibam quem é o candidato, que a vida das pessoas seja futucada na Internet porque tem coisas boas e ruins. Vamos dar aos internautas o direito de viajar e de descobrir mais coisas”. Para ele, “a gente tem que normatizar sem proibir a liberdade da Internet”

Lula disse isso tudo num dia, e no outro o Senado votou a liberação da cobertura eleitoral pela Internet: “É livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores – Internet – assegurado o direito de resposta”.

Isso precisa ser dito: ganhou Lula, ganhou o PT, e perderam o PSDB e o DEM.

15 de setembro de 2009

 

Secretaria da Justiça da Bahia divulga programação das homenagens a Carlos Lamarca

Agora é oficial. Press-release da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia informa que o secretário Nelson Pellegrino, reafirmando a necessidade de apoiar ações que resgatem a verdadeira história das lutas políticas por democracia na Bahia, está participando, em parceria com a prefeitura de Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, da programação que relembra o 38° aniversário dos assassinatos de Carlos Lamarca e Zequinha Barreto ocorridos em 17 de Setembro de 1971.
Do ato político programado para o dia 19 de Setembro (sábado), quando o prefeito da cidade, Litercílio Júnior, sancionará lei instituindo feriado municipal no dia 17 de setembro, dia em que o Capitão Lamarca e Zequinha Barreto foram assassinados, vão participar ministros, secretários de estado e parlamentares.

Confirmaram presença o Ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o ex-Ministro José Dirceu, o ex-Ministro e ex-Governador da Bahia Waldir Pires; o Presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos, Marco Antônio Rodrigues Barbosa.

Na comitiva das autoridades estaduais são citados Nelson Pellegrino, da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos; Walter Pinheiro, do Planejamento, Afonso Bandeira Florence, do Desenvolvimento Urbano e Júlio Rocha, Diretor Geral do Instituto de Gestão das Águas e Clima do Estado da Bahia (INGA).

Também estarão presentes os deputados federais Emiliano José e João Paulo Cunha, além de deputados estaduais, prefeitos e vereadores de cidades da região.

Consta da programação a inauguração das sedes do Instituto Zequinha Barreto: Formação, Pesquisa e Assessoria, Cineclube Carlos Lamarca.

Uma caravana vai visitar a localidade Pintada (município de Ipupiara), locval onde foram fuzilados Zequinha Barreto e Lamarca, e também Buriti Cristalino (município de Brotas de Macaúbas) onde vivia a família Barreto, palco do assassinato de Luiz Antônio Santa Bárbara e Otoniel Campos Barreto.

Em Buriti Cristalino serão inaugurados o Centro de Memórias Luiz Antônio Santa Bárbara e a extensão do Instituto Zequinha Barreto.

 

Deputado Emiliano (PT-BA) coordena seminário na Jornada de Cinema da Bahia

“A presença de Euclides da Cunha na Arte Brasileira Contemporânea” foi o tema da mesa coordenada pelo jornalista, escritor e deputado federal Emiliano José (PT-BA), durante a “XXXVI Jornada Internacional de Cinema da Bahia” (13.09), no Hotel Sol Victória Marina, em Salvador. O tema principal é o centenário da morte de Euclides da Cunha.

Participaram da mesa o professor de História e músico Fábio Paes, o fotógrafo Antenor Junior, o cineasta Noilton Nunes e o professor italiano de literatura Aniello Ângelo Avella. Conhecedores e estudiosos das obras de Euclides da Cunha, eles contribuíram para relembrar histórias e fatos marcantes do escritor homenageado.

“Acompanho a jornada há muitos anos, com muito carinho. Chegar na 36ª edição é uma conquista extraordinária. Brinco que a Jornada de Cinema deveria ser tombada. Já faz parte da vida, da cultura brasileira”, disse Emiliano José.

O deputado ressaltou o esforço do governo Lula para mudar a política cultural no Brasil e na Bahia. “O nosso estado não pode mais ser gerido exclusivamente para os interesses privados, como era no governo anterior. Estou articulando na Câmara Federal, junto a outros parlamentares, a elaboração de um novo Plano Nacional de Cultura”.

Emiliano aproveitou para divulgar que, nos dias 19 e 20 de setembro, acontecerá uma homenagem ao capitão Carlos Lamarca - militar revolucionário assassinado na ditadura militar - no município de Brotas de Macaúbas, semiárido baiano, região onde Euclides vivenciou algumas de suas obras. O deputado será homenageado pelo seu livro “Lamarca – o capitão da guerrilha”, que escreveu junto com o jornalista Oldack de Miranda.

A “XXXVI Jornada Internacional de Cinema”, realizada pelo Clube de Cinema da Bahia, conta com o apoio do Governo do Estado, Governo Federal, Petrobras, Ministério da Cultura, Chesf e UFBA.

 

Teatro mostra realidade vivida pelos jovens do subúrbio de Salvador

A peça teatral é “Cotidiano da Vida Urbana”. A violência está por todas as partes; o preconceito vem de todos os lados; viver com medo de que a qualquer momento pode-se perder a vida. Esse é o tema.

Os jovens atores do “Grupo Somos Nós”, de Paripe, subúrbio de Salvador, mostram todos os problemas que os moradores suburbanos vivenciam. No espetáculo, há falas que mostram a realidade de seu cotidiano: as dificuldades, a violência, o preconceito.

No final da apresentação, os atores e o coordenador do espetáculo, Ronald Assis, se sentam em frente ao palco e propõem ao público uma discussão sobre o que foi assistido. É hora em que todos podem dialogar, trocar experiências vividas e questionar sobre o cotidiano da vida urbana.

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) me contou. Ele participou da abertura do I Festival de Teatro do Subúrbio, realizado entre os dias 11 e 22 de setembro, no Centro Cultural Plataforma e na Praça São Brás. A proposta é fomentar o teatro negro, local, e possibilitar o intercâmbio entre artistas através de apresentações teatrais, palestras e oficinas.

Cerca de 300 artistas, de 12 grupos, estão se apresentando no I Festival de Teatro, que é uma realização do Coletivo de Produtores Culturais do Subúrbio com o apoio do Governo de Estado da Bahia, através das secretarias da Fazenda e Cultura, e também do Governo Lula e da Petrobras.

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Governo Wagner fortalece rede de proteção a vítimas de violência

Em tempo de ações terroristas do crime organizado, além de reprimir o crime e o vandalismo que depreda transportes coletivos em Salvador, o Governo Wagner está promovendo ações educativas para o combate e prevenção da violência, visando mobilizar e articular a rede de proteção social a vítimas de violência.

As oficinas acontecem nos dias 17 e 18 de setembro e são promovidas pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), de Nelson Pelegrino, e o Grupo Tortura Nunca Mais da Bahia, através do Centro de Atendimento a Vítimas de Violência (CEAV).

Durante os dois dias, advogados, assistentes sociais e psicólogos que atuam nos CEAV’s de Salvador e Vitória da Conquista e nos Núcleos de Direitos Humanos da Secretaria da Justiça discutirão os temas “Reflexões sobre o atendimento: possibilidades e desafios Sociedade Civil X Estado: Políticas Públicas e Intervenção Interdisciplinar de Atendimento a Vítimas”.

Sugestão: os organizadores deveriam convidar o deputado ACM Nero, que quer botar fogo no circo em Salvador. É sério.

 

Blog “Política com dedo na ferida” está com novo endereço

O blog “Política com dedo na ferida”, pilotado por Antônio do Carmo acaba de mudar de endereço, mas, continua com a mesma língua ferina e verdadeira. Ele mete mesmo o dedo na ferida. Ele mostra como o ex-governador Paulo Souto (DEM), o dissimulado, se meteu numa grande negociata no apagar das luzes do seu governo, dando de presente milhões de reais (não seriam dólares?) ao cunhado do governador José Serra, de São Paulo. Essa história da Ilha do Urubu, em Trancoso, ainda vai dar o que falar.

Ele avisa que Geddel, o reciclável, está em contagem regressiva para sair da clandestinidade e anunciar a próxima traição.

Também lembra que “ACM Nero” foi a Roma para aprender técnicas de botar fogo no circo.

NOVO ENDEREÇO

 

Caso Cesare Battisti é uma questão de soberania nacional

A extradição de Cesare Battisti é mais do que um problema de natureza jurídica. Trata-se de uma questão de soberania nacional. Asilar ou não alguém é prerrogativa de qualquer estado soberano. Se Battisti cometeu crimes – como alega o governo italiano – ele os cometeu ao participar de movimento de natureza política, como se sabe. É muito difícil distinguir o que é, nesses casos, crime político, ou não.

A Itália tem sido insolente ao exigir do Brasil que lhe entregue Battisti. Se não fosse por outra razão – e há outras – deveríamos negar o pedido da Itália, como afirmação de dignidade e resposta à protérvia de seu governo. É isso que se espera do presidente da República, que tem, sobre o que decidir o STF, a prerrogativa de conceder asilo ou não.

O texto acima é do veterano jornalista Mauro Santayana, que assina a coluna Coisas da Política no Jornal do Brasil (10.09.2009).

No dia seguinte, sexta-feira (11 de setembro) ele voltou a comentar o assunto.

“Os fatos ocorridos nas últimas horas devem convocar os sentimentos de patriotismo das elites brasileiras, se é que elas ainda os têm. Tivemos, no julgamento do caso Battisti, a inusitada ingerência do governo italiano. Contraria o bom senso que um governo estrangeiro se dirija diretamente ao Poder Judiciário de outro país, em busca da extradição de um cidadão seu. Ao fazê-lo, o governo que assim age desconhece o seu interlocutor natural e, mais ainda, contesta sua autoridade institucional. (...) Mas estamos vivendo o tempo do vale-tudo, o tempo do deboche”.

Santayana não disse, mas quer lá o STF de Gilmar Mendes saber de soberania nacional?

14 de setembro de 2009

 

Jornalista na Bahia compara Carlos Lamarca a Tiradentes

O jornalista Levi Vasconcelos, editor da coluna Tempo Presente do jornal A Tarde (13.09.2009), afirmou que estamos ingressando em “novo capítulo na história de Lamarca”. Ele comparou a tragédia de Lamarca á de Tiradentes. Ambos mortos e amaldiçoados pelos governos da época e cultuados como heróis depois.
São três notas publicadas, que se seguem:

“O renascer de Lamarca, na Bahia”

24 de janeiro de 1969. O capitão Carlos Lamarca, do Exército, invade o Quartel de Quintaúnas, em São Paulo, onde servia. Virou “o mais perigoso terrorista do País”. Em 17 de setembro de 1971, é morto em Pintada, povoado de Ipupiara, vizinho de Brotas de macaúbas, onde o Exército montou sua base de operações, o palco principal do epílogo da caçada oficial.

Lamarca morto, exibido como troféu, na propaganda oficial era o diabo em forma de gente. Até hoje é o único brasileiro na história declarado oficialmente “traidor da Nação”.

Foi reabilitado em 2006, promovido a coronel (post mortem), mas em Brotas de Macaúbas, onde o prefeito Litercílio Júnior é do PT, começa a ganhar status de herói com honras e pompas. Dom Luiz Cappio, o bispo de Barra ( o que fez a greve de fome), já reza missa lá desde 1971, em homenagem aos “Mártires da luta contra a ditadura”. No dia 17 próximo, 38 anos depois de sua morte, a Câmara vai decretar a data feriado municipal e o prefeito vai inaugurar o Cine Clube Carlos Lamarca, com o filme “Lamarca, o Capitão da Guerrilha”.

É novo capítulo na história de Lamarca.

“Platéia distinta”

As homenagens a Lamarca terão platéia distinta que inclui os ministros Franklin Martins (Comunicação, no governo Lula), Paulo Vanucci (Direitos Humanos), além do secretário Nelson Pelegrino (Justiça) e do jornalista Emiliano José, agora deputado federal, que divide com o também jornalista Oldack Miranda a autoria de “Lamarca, o Capitão da Guerrilha”, o livro que virou filme.

“Tiradentes foi pior”

Essa história de rebelde político aniquilado pelo governo que vira herói tem em Tiradentes o seu melhor precedente no Brasil. A entrada dele na história foi pior que a de Lamarca. Foi esquartejado, botaram sal no chão da casa em que morava e amaldiçoaram seus descendentes até a terceira geração. Hoje é Patrono Cívico do Brasil, com direito a feriado nacional. Mais dia, menos dia, a esquerda emplaca Lamarca.

13 de setembro de 2009

 

Segurança pública é assunto que não aceita exploração política

“A segurança pública é um problema da Bahia e de todo o Brasil. Assunto sério demais para ser tratado de maneira leviana, apressada ou demagógica porque diz respeito a um conjunto de causas, muitas delas vinculadas ao crime organizado em escala nacional e internacional. O deputado ACM Neto (DEM), em pronunciamento (08/09/09) na Câmara dos Deputados atacou o governo Wagner de tal forma que beira à irresponsabilidade política e o senador César Borges sequer olhou para os graves fatos que ocorreram no governo dele e de Paulo Souto”.

A resposta aos discursos do deputado ACM Neto (DEM) e do senador César Borges (PR) foi dada pelo deputado Emiliano José (PT-BA) no dia seguinte. “O deputado (ACM Neto) tinha a obrigação de ser ainda mais cuidadoso se levasse em conta o fato de que seu avô (senador ACM) comandou a política baiana com mão de ferro durante algumas décadas, governando e fazendo governadores, e a oligarquia à qual o parlamentar pertence nunca foi nenhum modelo quanto à segurança pública. O único destaque quanto à segurança pública foi a repressão, a violência contra manifestantes indefesos, de preferência contra jovens estudantes”.

POLÍTICA DA VIOLÊNCIA

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) estava se referindo ao maio de 2001, quando a tropa de choque da Polícia Militar reprimiu violentamente uma manifestação de estudantes da UFBA, obedecendo ordens do então governador César Borges. A PM invadiu manu militari o campus da universidade federal, descumprindo decisão judicial.

“Por ironia das ironias – disse o deputado do PT - César Borges, hoje senador, pretendeu também ser crítico da política de segurança pública do governo Wagner. Lembramos apenas esse episódio para mostrar ao deputado, e de sobra ao senador, que com um telhado de vidro desse tamanho não é possível atirar pedra no telhado do vizinho com tanta irresponsabilidade”.

Segundo Emiliano José, ACM Neto e César Borges, representantes da velha oligarquia baiana que montou um estado policialesco em pleno regime democrático, não tem condições de ensinar segurança pública ao governo e Jaques Wagner. Basta olhar para trás. De 2000 a 2005 a violência explodiu na Bahia. Dados do IBGE mostram que o aumento de mortes masculinas por homicídio chegou a 19 pontos percentuais. A Bahia se destacou duplicando as taxas de mortalidade por homicídio entre jovens de sexo masculino. E no caso homicídios por arma de fogo entre jovens a taxa de mortalidade quase triplicou.

“Tudo isso evidencia – concluiu o parlamentar baiano - o tamanho do telhado de vidro do deputado e também do senador. Mostra o quanto eram irresponsáveis na condução da política de segurança pública. Quando Wagner assumiu em 2007, encontrou as polícias civil e militar inteiramente desestruturadas, com equipamentos sucateados, viaturas em condições deploráveis. Com Wagner já se agregou mais de 3 mil novos policiais ao contingente da PM, e logo será acrescido mesmo número, tudo fruto de concursos realizados. Ou seja, eles criticam o atual governo e não olham para o que fizeram, preferem ideologizar o debate, fazer luta política”.

UMA HERANÇA PESADA

Não há simplificação quando se fala de segurança pública. “Menos ainda quando uma oligarquia deixa uma herança tão pesada”. O governo Wagner combina ação repressiva, inevitável quando se trata do crime organizado, com políticas do PRONASCI, que implica em intervenções em áreas carentes. “A oposição precisa ser cuidadosa ao falar de segurança. Lembro de um editorial do jornal Correio da Bahia criticando duramente a política de segurança do governador Paulo Souto (DEM), um político que sempre foi liderado do falecido senador ACM, avô do deputado ACM Neto”.

O editorial do jornal de propriedade do deputado ACM Neto, ao comentar o descalabro da situação de segurança na Bahia dizia que o governador Paulo Souto não podia ficar indiferente a este quadro: “O problema não é apenas de recursos materiais, mas também de recursos humanos. É preciso competência, o que está em falta na Secretaria de Segurança Pública. Os números da escalada de violência em Salvador comprovam que é grave a situação de segurança em nosso Estado”.

O jornal Correio da Bahia, valia-se também da extraordinária figura do sociólogo Gey Espinheira, para revelar o quanto era precária a situação da segurança no Estado da Bahia. Nada mais do que 97% dos crimes eram catalogados como insolúveis e 60% da população revelavam medo da polícia por conta da impunidade e corrupção. Gey Espinheira dizia então: São grupos de extermínio, corpos desovados, ou seja, todos apostando na impunidade, e infelizmente nada é feito. Não se pode apagar o passado.

 

Espalha-se pela Internet a irresponsabilidade política de “ACM Nero”

O deputado ACM Neto não é só um representante da extrema-direita baiana e herdeiro da velha oligarquia autoritária que perdeu espaço para Jaques Wagner (PT). É também muito burrinho politicamente. Diante da escalada do crime organizado na Bahia, pretendeu politizar a questão da segurança pública que diz respeito ao Brasil e a todos os governos, independente de partidos políticos.

Fez um discurso falando bobagens na Câmara. Foi o que bastou para o deputado federal Emiliano José (PT-BA) dar a resposta, de forma jocosa. Como ACM Neto disse que estava em Roma, o deputado petista ressaltou que “certamente estaria se especializando em tocar fogo na cidade, usando as técnicas de Nero”.

O apelido “ACM Nero” pegou na Internet como um rastilho de pólvora. Primeiro, a expressão apareceu nos blogs Política Livre e Bahia Notícias. Depois dei um “Google” e li nos blog Amigos da Bahia, Bahia Já, Revista Bahia Acontece, Blog do Gusmão, Feira Hoje, Kadeconquista, Jornal Diário do Sudoeste. Só então percebi que “ACM Nero” botou fogo no circo.

 

ACM e as técnicas de Nero


 

Deputado petista rebate ACM Neto (DEM) e lembra história de violência policial na Bahia

Dois blogs de notícias baianos repercutiram o pronunciamento do deputado federal Emiliano José (PT-BA) respondendo ataques do deputado ACM Neto (DEM). Os dois registros destacaram que o deputado chamou o político de “ACM Nero”. É que o neto do falecido senador baiano está em Roma, onde foi buscar “novidades” para a segurança pública no Brasil.


1 - Blog Política Livre

“Emiliano chama Neto de “ACM Nero” e lembra violência policial nos tempos do DEM”

Após o pronunciamento do deputado ACM Neto (DEM), na Câmara dos Deputados, acusando o governo Wagner sobre a onda de violência que se instalou em Salvador, o petista Emiliano José saiu em defesa do governador e criticou duramente Neto, que está em Roma, Itália, de onde disse que trará novidades para a segurança pública. “Certamente se especializará em tocar fogo na cidade, usando as técnicas de Nero. Quem sabe ele passe a ser conhecido como ACM ‘Nero’?” disparou o petista.

Para Emiliano, Neto tinha a obrigação de ser ainda mais cuidadoso “se levasse em conta o fato de que seu avô (senador ACM) comandou a política baiana com mão de ferro durante algumas décadas, governando e fazendo governadores, e a oligarquia à qual o parlamentar pertence nunca foi nenhum modelo quanto à segurança pública. O único destaque quanto à segurança pública foi a repressão, a violência contra manifestantes indefesos, de preferência contra jovens estudantes.” A crítica também foi dirigida para o senador César Borges, e para tanto, lembrou o episódio da invasão da UFBA em 2001, pela Polícia Militar, a mando do então governador, César Borges.


2 - Blog Bahia Notícias

“EMILIANO JOSÉ REBATE ACM NETO”

O deputado Emiliano José (PT) respondeu assim aos discursos do deputado ACM Neto (DEM) e do senador César Borges (PR), sobre a onda de violência que assola a cidade: "A segurança pública é um problema da Bahia e de todo o Brasil. Assunto sério demais para ser tratado de maneira leviana, apressada ou demagógica porque diz respeito a um conjunto de causas, muitas delas vinculadas ao crime organizado em escala nacional e internacional.

O deputado ACM Neto (DEM), em pronunciamento (08/09/09) na Câmara dos Deputados, atacou o governo Wagner de tal forma que beira a irresponsabilidade política. E o senador César Borges sequer olhou para os graves fatos que ocorreram no governo dele e de Paulo Souto! ACM Neto está em Roma, Itália, de onde disse que trará novidades para a segurança pública. Certamente se especializará em tocar fogo na cidade, usando as técnicas de Nero.

Quem sabe ele passe a ser conhecido como ACM Nero?"

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