14 de junho de 2008
Pintadas, a cidade baiana que resistiu ao coronelismo e venceu
A chegada do Programa de Microcrédito do Estado da Bahia (Credibahia) ao município de Pintadas, em abril de 2008, tem um sabor especial para todos que acompanharam, mesmo de longe, a saga do movimento social naquela cidade do semi-árido baiano. É um símbolo das mudanças que ocorrem com o Governo Wagner, com o Governo Lula.
Pintadas há anos vem se destacando por uma peculiar experiência de organização popular. Já rendeu importantes dissertações de Mestrado e Doutorado na área da Gestão Pública. O Projeto Pintadas/BNDES, voltado para a produção, foi o pioneiro, seguido depois pela criação da Rede Pintadas, entidade que articula 11 organizações sociais, culturais e projetos de autogestão.
A organização do Partido dos Trabalhadores em 1988 marcou profundamente a cidade. Mesmo com as derrotas eleitorais de 1988 e 1992, foi um caminho sem volta no campo político-partidário e na gestão pública. A obra “Projeto Rede Pintadas”, da autoria de Fernando Fisher e Antônio Nascimento conta essa história em detalhes.
Depois que o PT conquistou a Prefeitura de Pintadas, em 1996, o município não recebeu mais nenhum apoio dos sucessivos governos da Bahia, sob o comando do PFL, hoje DEM.
Um exemplo típico se deu com o fechamento do único estabelecimento bancário, o BANEB, pouco antes do início da primeira administração petista em 1997, obrigando as pessoas a uma jornada de ida e volta de 50 Km ao município vizinho de Ipirá. Uma história marcada pela perseguição, isolamento e discriminação de sucessivos governos carlistas.
No caso do fechamento do Baneb, o tiro político saiu pela culatra.
Como reação, surgiu o CrediPintadas, em 1998, transformado depois na Cooperativa de Crédito Rural de Pintadas (SICOOB Sertão), exercendo algumas funções bancárias e atuando no microcrédito. A adversidade virou o trunfo da Rede Pintadas como gestora financeira de grande parte dos recursos repassados pelas instituições internacionais de apoio e também do fundo rotativo formado a partir do Projeto Pintadas/BNDES.
O Centro Comunitário de Serviços de Pintadas (CCSP) passou a ser a entidade gestora do Projeto Pintadas/BNDES, com a finalidade de capacitar e prestar assistência técnica aos pequenos produtores. Com o tempo, ganhou importância e autonomia, a ponto de se tornar um verdadeiro fórum de desenvolvimento municipal e de discussão de ações de interesse público.
A busca por alternativas à geração de emprego e renda, opções de produção e convivência com a seca em Pintadas continua. A prefeitura recebe agora o reforço da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), da Desenbahia e do Sebrae, com a chegada do Credibahia.
Tem, portanto, sabor de vitória a chegada do CrediBahia em Pintadas, a cidade que resistiu ao coronelismo. E venceu.
Pintadas há anos vem se destacando por uma peculiar experiência de organização popular. Já rendeu importantes dissertações de Mestrado e Doutorado na área da Gestão Pública. O Projeto Pintadas/BNDES, voltado para a produção, foi o pioneiro, seguido depois pela criação da Rede Pintadas, entidade que articula 11 organizações sociais, culturais e projetos de autogestão.
A organização do Partido dos Trabalhadores em 1988 marcou profundamente a cidade. Mesmo com as derrotas eleitorais de 1988 e 1992, foi um caminho sem volta no campo político-partidário e na gestão pública. A obra “Projeto Rede Pintadas”, da autoria de Fernando Fisher e Antônio Nascimento conta essa história em detalhes.
Depois que o PT conquistou a Prefeitura de Pintadas, em 1996, o município não recebeu mais nenhum apoio dos sucessivos governos da Bahia, sob o comando do PFL, hoje DEM.
Um exemplo típico se deu com o fechamento do único estabelecimento bancário, o BANEB, pouco antes do início da primeira administração petista em 1997, obrigando as pessoas a uma jornada de ida e volta de 50 Km ao município vizinho de Ipirá. Uma história marcada pela perseguição, isolamento e discriminação de sucessivos governos carlistas.
No caso do fechamento do Baneb, o tiro político saiu pela culatra.
Como reação, surgiu o CrediPintadas, em 1998, transformado depois na Cooperativa de Crédito Rural de Pintadas (SICOOB Sertão), exercendo algumas funções bancárias e atuando no microcrédito. A adversidade virou o trunfo da Rede Pintadas como gestora financeira de grande parte dos recursos repassados pelas instituições internacionais de apoio e também do fundo rotativo formado a partir do Projeto Pintadas/BNDES.
O Centro Comunitário de Serviços de Pintadas (CCSP) passou a ser a entidade gestora do Projeto Pintadas/BNDES, com a finalidade de capacitar e prestar assistência técnica aos pequenos produtores. Com o tempo, ganhou importância e autonomia, a ponto de se tornar um verdadeiro fórum de desenvolvimento municipal e de discussão de ações de interesse público.
A busca por alternativas à geração de emprego e renda, opções de produção e convivência com a seca em Pintadas continua. A prefeitura recebe agora o reforço da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), da Desenbahia e do Sebrae, com a chegada do Credibahia.
Tem, portanto, sabor de vitória a chegada do CrediBahia em Pintadas, a cidade que resistiu ao coronelismo. E venceu.
13 de junho de 2008
Ode-Elegia ao companheiro Chico Pinto
"Numa severa afirmação da luta, uma impassível negação da morte"
Vinicius de Moraes
De tua mão brotou um lírio
De tua boca a voz da Pátria
Feira, ó Feira de Santana
Antiga Feira dos Olhos Dágua
O vento trocou de caminho
E fez a multidão na praça
Feira, ó Feira de Santana
Antiga Feira dos Olhos Dágua
Prisões - Relâmpagos - Martírios
- A Liberdade ensanguentada
Feira, ó Feira de Santana
Antiga Feira dos Olhos Dágua
Aqui na fronteira do dia
Bateu o coração da Pátria
Feira, ó Feira de Santana
Antiga Feira dos Olhos Dágua
Adelmo Oliveira,
Bahia, 20.02.08
QUEM É O POETA ADELMO DE OLIVEIRA
Adelmo José de Oliveira nasceu em 13 de maio de 1934, na cidade de Itabuna, na Bahia. Em 1962, sob um júri formado por nomes de expressão da literatura brasileira, como Manuel Bandeira, Austregésilo de Athayde, José Carlos Lisboa e Pio de Los Casares, recebeu o Prêmio Nacional Luis de Góngora com ensaio “Góngora e o Sofrimento da Linguagem”. Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, 1966, participou do Movimento Cultural baiano escrevendo estudos, ensaios e poesias para os principais jornais e revistas de Salvador.
Publicou entre outros títulos: Canto da Hora Indefinida, 1960; Três Poemas, 1966; O Som dos Cavalos Selvagens, 1971; Cântico Para o Deus dos Ventos e das Águas, 1987; Espelho das Horas, 1991; O Canto Mínimo, 2000, (Antologia Poética) Poemas da Vertigem, 2005. Participou de várias Antologias Poéticas editadas na Bahia, no Sul do País e no Exterior. Lutou contra a Ditadura Militar de 1964, sendo preso por duas vezes e torturado. Foi eleito Deputado Estadual à Assembléia Legislativa do Estado da Bahia pelo antigo MDB em 1978.
QUEM ERA CHICO PINTO
Feira de Santana enterrou seu filho ilustre, Chico Pinto, dia 20 de fev. de 2008. Chico Pinto foi advogado de causas populares e trabalhadores rurais na região do semi-árido da Bahia. Foi vereador e depois prefeito de Feira de Santana. O golpe militar de 1964 cassou seu mandato. Foi um prefeito à frente de seu tempo. Ainda naquela época inventou o Orçamento Participativo que três décadas adiante seria marca registrada do PT. Chico Pinto faleceu, dia 19 de fevereiro, no Hospital San Rafhael, onde estava internado há meses, lutando contra um câncer.
Em seu quarto de hospital há quase um ano recebia amigos: Adelmo Oliveira, Emiliano José, Alceu Barros, Waldir Pires, Mário Lima, Lomanto Júnior, Roberto Santos, José Carlos Brandão, Sigmarina Seixas, Airton Soares, Sebastião Nery, Hélio Duque, Alencar Furtado. Muitos protagonistas da luta política. O governador Jaques Wagner decretou luto oficial. Chico Pinto era casado com Taís Alencar. Eles tiveram uma filha: Taís Alencar Pinto dos Santos. Taís Alencar é filha do ex-deputado Alencar Furtado, que também teve grande importãncia na luta contra a ditadura militar.
Chico Pinto comandou a resistência no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A história da esquerda democrática nos anos 60 e 70 passa por Chico Pinto. Em 1978 participei da campanha de Chico Pinto para a Câmara Federal. Chico Pinto deputado federal, Adelmo Oliveira deputado estadual. Ganhamos. Fizemos um cartaz à época, pois éramos os militantes e os marqueteiros ao mesmo tempo. O cartaz tinha a foto de Chico Pinto com aquele gorro russo na cabeça, camisa preta, ao lado do advogado das invasões populares de Salvador, Adelmo Oliveira. O slogan era "Somos cem milhões de subversivos", numa alusão mais que direta, em tempos de ditadura feroz, à pecha de "subversivos" que os terroristas militares nos impunham através da imprensa.
Chico Pinto foi eleito deputado federal em 1970 e integrou o Grupo Autêntico do MDB, juntamente com Lisâneas Maciel, Marcos Freire e Waldir Pires. Em 14 de março de 1974 Chico Pinto discursou na Câmara Federal contra o ditador sanguinário Augusto Pinochet, que visitava os generais brasileiros na posse do general Geisel. Foi cassado e preso. Pinochet tinha sido o cabeça do golpe militar no Chile que depôs, matou o presidente Salvador Allende, em 1973, e assassinou milhares de pessoas.
Foi radical: "O que nos vem do Chile de Pinochet é o fechamento de jornais, é a censura desvairada à imprensa remanescente. O que nos vem do Chile é a opressão mais cruel, de que nos dá idéia a reportagem e as fotos publicadas pela revista Visão, do campo de concentração da Ilha Dawson.
O que nos vem do Chile é o clamor dos presos (...) Três mil mortos, segundo Pinochet declarou a Dorrit Harazim, da revista Veja (...) Mas o que nós desejamos, Sr. Presidente, é apenas deixar registrado nos Anais, o nosso protesto e a nossa repulsa pela presença indesejável dos vários Pinochets que o Brasil infelizmente está hospedando.
Se aqui houvesse liberdade, o povo manifestaria seu descontentamento e a sua ira santa, nas ruas, contra o opressor do povo chileno. Para que não lhe pareça, contudo, que no Brasil estão todos silenciosos e felizes com sua presença, falo pelos que não podem falar, clamo e protesto por muitos que gostariam de reclamar e gritar nas ruas contra sua presença em nosso País".
Com base na Lei de Segurança Nacional, Chico Pinto foi cassado e preso no 1° Batalhão da Polícia Militar de Brasília. Em seu discurso tinha chamado Pinochet de assassino, mentiroso e fascista. Era demais para os ditadores de farda. O discurso foi censurado. Saiu da prisão em abril de 1975. Repetiu o discurso na Rádio Cultura de Feira de Santana. Veio novo processo. Em 17 de dezembro de 1974, em carta dirigida ao ditador Ernesto geisel, recusou o indulto de Natal acenado pela ditadura. Assim era Chico Pinto. (Publicado no blog Bahia de Fato em 20 de fevereiro de 2008).
Vinicius de Moraes
De tua mão brotou um lírio
De tua boca a voz da Pátria
Feira, ó Feira de Santana
Antiga Feira dos Olhos Dágua
O vento trocou de caminho
E fez a multidão na praça
Feira, ó Feira de Santana
Antiga Feira dos Olhos Dágua
Prisões - Relâmpagos - Martírios
- A Liberdade ensanguentada
Feira, ó Feira de Santana
Antiga Feira dos Olhos Dágua
Aqui na fronteira do dia
Bateu o coração da Pátria
Feira, ó Feira de Santana
Antiga Feira dos Olhos Dágua
Adelmo Oliveira,
Bahia, 20.02.08
QUEM É O POETA ADELMO DE OLIVEIRA
Adelmo José de Oliveira nasceu em 13 de maio de 1934, na cidade de Itabuna, na Bahia. Em 1962, sob um júri formado por nomes de expressão da literatura brasileira, como Manuel Bandeira, Austregésilo de Athayde, José Carlos Lisboa e Pio de Los Casares, recebeu o Prêmio Nacional Luis de Góngora com ensaio “Góngora e o Sofrimento da Linguagem”. Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, 1966, participou do Movimento Cultural baiano escrevendo estudos, ensaios e poesias para os principais jornais e revistas de Salvador.
Publicou entre outros títulos: Canto da Hora Indefinida, 1960; Três Poemas, 1966; O Som dos Cavalos Selvagens, 1971; Cântico Para o Deus dos Ventos e das Águas, 1987; Espelho das Horas, 1991; O Canto Mínimo, 2000, (Antologia Poética) Poemas da Vertigem, 2005. Participou de várias Antologias Poéticas editadas na Bahia, no Sul do País e no Exterior. Lutou contra a Ditadura Militar de 1964, sendo preso por duas vezes e torturado. Foi eleito Deputado Estadual à Assembléia Legislativa do Estado da Bahia pelo antigo MDB em 1978.
QUEM ERA CHICO PINTO
Feira de Santana enterrou seu filho ilustre, Chico Pinto, dia 20 de fev. de 2008. Chico Pinto foi advogado de causas populares e trabalhadores rurais na região do semi-árido da Bahia. Foi vereador e depois prefeito de Feira de Santana. O golpe militar de 1964 cassou seu mandato. Foi um prefeito à frente de seu tempo. Ainda naquela época inventou o Orçamento Participativo que três décadas adiante seria marca registrada do PT. Chico Pinto faleceu, dia 19 de fevereiro, no Hospital San Rafhael, onde estava internado há meses, lutando contra um câncer.
Em seu quarto de hospital há quase um ano recebia amigos: Adelmo Oliveira, Emiliano José, Alceu Barros, Waldir Pires, Mário Lima, Lomanto Júnior, Roberto Santos, José Carlos Brandão, Sigmarina Seixas, Airton Soares, Sebastião Nery, Hélio Duque, Alencar Furtado. Muitos protagonistas da luta política. O governador Jaques Wagner decretou luto oficial. Chico Pinto era casado com Taís Alencar. Eles tiveram uma filha: Taís Alencar Pinto dos Santos. Taís Alencar é filha do ex-deputado Alencar Furtado, que também teve grande importãncia na luta contra a ditadura militar.
Chico Pinto comandou a resistência no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A história da esquerda democrática nos anos 60 e 70 passa por Chico Pinto. Em 1978 participei da campanha de Chico Pinto para a Câmara Federal. Chico Pinto deputado federal, Adelmo Oliveira deputado estadual. Ganhamos. Fizemos um cartaz à época, pois éramos os militantes e os marqueteiros ao mesmo tempo. O cartaz tinha a foto de Chico Pinto com aquele gorro russo na cabeça, camisa preta, ao lado do advogado das invasões populares de Salvador, Adelmo Oliveira. O slogan era "Somos cem milhões de subversivos", numa alusão mais que direta, em tempos de ditadura feroz, à pecha de "subversivos" que os terroristas militares nos impunham através da imprensa.
Chico Pinto foi eleito deputado federal em 1970 e integrou o Grupo Autêntico do MDB, juntamente com Lisâneas Maciel, Marcos Freire e Waldir Pires. Em 14 de março de 1974 Chico Pinto discursou na Câmara Federal contra o ditador sanguinário Augusto Pinochet, que visitava os generais brasileiros na posse do general Geisel. Foi cassado e preso. Pinochet tinha sido o cabeça do golpe militar no Chile que depôs, matou o presidente Salvador Allende, em 1973, e assassinou milhares de pessoas.
Foi radical: "O que nos vem do Chile de Pinochet é o fechamento de jornais, é a censura desvairada à imprensa remanescente. O que nos vem do Chile é a opressão mais cruel, de que nos dá idéia a reportagem e as fotos publicadas pela revista Visão, do campo de concentração da Ilha Dawson.
O que nos vem do Chile é o clamor dos presos (...) Três mil mortos, segundo Pinochet declarou a Dorrit Harazim, da revista Veja (...) Mas o que nós desejamos, Sr. Presidente, é apenas deixar registrado nos Anais, o nosso protesto e a nossa repulsa pela presença indesejável dos vários Pinochets que o Brasil infelizmente está hospedando.
Se aqui houvesse liberdade, o povo manifestaria seu descontentamento e a sua ira santa, nas ruas, contra o opressor do povo chileno. Para que não lhe pareça, contudo, que no Brasil estão todos silenciosos e felizes com sua presença, falo pelos que não podem falar, clamo e protesto por muitos que gostariam de reclamar e gritar nas ruas contra sua presença em nosso País".
Com base na Lei de Segurança Nacional, Chico Pinto foi cassado e preso no 1° Batalhão da Polícia Militar de Brasília. Em seu discurso tinha chamado Pinochet de assassino, mentiroso e fascista. Era demais para os ditadores de farda. O discurso foi censurado. Saiu da prisão em abril de 1975. Repetiu o discurso na Rádio Cultura de Feira de Santana. Veio novo processo. Em 17 de dezembro de 1974, em carta dirigida ao ditador Ernesto geisel, recusou o indulto de Natal acenado pela ditadura. Assim era Chico Pinto. (Publicado no blog Bahia de Fato em 20 de fevereiro de 2008).
12 de junho de 2008
Mário Kertész não recomenda mais o blog Bahia de Fato
A Rádio Metrópole tem um belo site (http://www.radiometropole.com.br/). Logo na parte de cima da primeira página tem um link chamado "Mário Recomenda". Você clica no item e seleciona a palavra "websites". Ali estão relacionados os sites e blogs recomendados por Mário Kertész. O blog BAHIA DE FATO estava lá até ontem (11/06/08) com a recomendação de Mário Kertész.
Putz. Estava, mas não está mais. Antes, ou depois, que Mário Kertész me desceu a ripa em seu programa noturno, algum subalterno dele retirou a recomendação. Mário Kertész dizia assim: “Tenho encontrado boas opções de informação na internet. Uma sugestão para quem gosta de jornalismo político é o blog Bahia de Fato, de Oldack Miranda e Everaldo de Jesus. Pode visitar!”.
Depois, ou antes, do sumiço da recomendação no site da Rádio Metrópole, Mário Kertész disse no ar que eu era covarde porque eu “quase” afirmei que ele tinha enriquecido roubando. Eu não disse isso, nem quase disse. Eu disse que ele enriqueceu trabalhando em plena ditadura militar para ACM. Só quis dizer que ele não lutava contra a ditadura, fazia parte dela. Ele ameaçou até me processar por uma “quase afirmação” minha. Isso é kafkiano!
Marão desceu o malho no blog BAHIA DE FATO. Irritado porque eu afirmei que a revista Metrópole era bonitinha, mas, ordinária, ele bradou para o mundo que o blog BAHIA DE FATO não era nem bonitinho, era só ordinário.
Meu amigo Mário Kertész, que critica todo mundo, fala o que quer, da maneira que quer, não suporta um centavo de crítica, fica arrogante e ainda tira meu blog da recomendação do site da Rádio Metrópole. Falta-lhe senso de humor.
Putz. Estava, mas não está mais. Antes, ou depois, que Mário Kertész me desceu a ripa em seu programa noturno, algum subalterno dele retirou a recomendação. Mário Kertész dizia assim: “Tenho encontrado boas opções de informação na internet. Uma sugestão para quem gosta de jornalismo político é o blog Bahia de Fato, de Oldack Miranda e Everaldo de Jesus. Pode visitar!”.
Depois, ou antes, do sumiço da recomendação no site da Rádio Metrópole, Mário Kertész disse no ar que eu era covarde porque eu “quase” afirmei que ele tinha enriquecido roubando. Eu não disse isso, nem quase disse. Eu disse que ele enriqueceu trabalhando em plena ditadura militar para ACM. Só quis dizer que ele não lutava contra a ditadura, fazia parte dela. Ele ameaçou até me processar por uma “quase afirmação” minha. Isso é kafkiano!
Marão desceu o malho no blog BAHIA DE FATO. Irritado porque eu afirmei que a revista Metrópole era bonitinha, mas, ordinária, ele bradou para o mundo que o blog BAHIA DE FATO não era nem bonitinho, era só ordinário.
Meu amigo Mário Kertész, que critica todo mundo, fala o que quer, da maneira que quer, não suporta um centavo de crítica, fica arrogante e ainda tira meu blog da recomendação do site da Rádio Metrópole. Falta-lhe senso de humor.
Os equívocos da Revista Metrópole e o chumbo de Santo Amaro
Putz. Estou preocupadíssimo. Meu amigo do peito Mário Kertész, abalado com algumas críticas construtivas que fiz à revista Metrópole, de sua propriedade, voltou a me citar em seu programa ontem (11). Desta vez não ouvi pessoalmente. Ele me chamou de covarde, relatou-me uma fonte fidedigna. Mário Kertész tem uma emissora poderosa, grande audiência, programas respeitados, tem uma revista mensal que me atrevo a criticar, foi prefeito duas vezes de Salvador, meteu a cara na TV em programa de sucesso e até anuncia o lançamento de um jornal impresso. E eu que só tenho um blog com dois ou três leitores é que sou covarde? Mário Kertész vai me assar vivo quando souber que critico sua revista há tempos.
LEIA O QUE ESCREVI SOBRE A QUINTA EDIÇÃO
16 de Novembro de 2007
Os equívocos da Revista Metrópole e o chumbo de Santo Amaro
Mário Kertész e sua Rádio Metrópole patrocinam uma belíssima revista chamada Metrópole. É uma produção familiar. A Editora é KSZ, o publisher é Mário Kertész, o diretor-executivo é Chico Kertész, no Conselho Editorial está Marcelo Kertész, que também assina o projeto gráfico. Claro, os artigos e matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião do Grupo Metrópole.
Apenas cinco exemplares saíram até o momento. A de número 5 trouxe o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Márcio Meirelles, na capa, com o título “Volta pro Vila, velho” e uma frase de apoio nada isenta: “Como secretário, Márcio Meirelles é um grande diretor teatral”. Discordo. Não respeito sequer as opiniões do ex-bêbado João Ubaldo Ribeiro. São apenas frases de efeito debochadas que nada ajudam nem esclarecem. Aninha Franco tem grande espaço. Afinal, deixou de receber dinheiro para seu Teatro. Ah!, este vil metal. A entrevista com Roberto Albergaria é confusa. A confusão mental do entrevistador embola as respostas do entrevistado. Márcio Meirelles está contrariando interesses poderosos. Vai sofrer muito na pele.
Mas, o que eu queria mesmo falar era sobre a matéria da poluição por chumbo em Santo Amaro da Purificação. A matéria assinada por Juliana Cunha tem o mérito de discutir a questão. Mas tem os vícios do velho jornalismo e a insensatez do “novo” jornalismo brasileiro. A repórter desqualifica de maneira rude o secretário da Ciência, Inovação e Tecnologia (Secti), Ildes Ferreira.
Desqualificar pessoas é uma coisa muito fácil. Eu poderia desqualificar facilmente a matéria de Juliana Cunha. Basta ler as bobagens que escreveu. Por exemplo. À página 22 a jornalista explica o que é fase oral do bebê: “aquela fase da infância na qual o neném, tudo que vê, pica na boca”. Pica na boca? Até parece pornografia de quando em vez irradiada pela emissora do patrão.
A jornalista, sem revelar qualquer pesquisa, afirma que os “santamarenses” vêem com desconfiança a proposta do governo estadual de “comercializar” a escória retirada da cidade. E conclui que não seria a primeira vez que ações “desastradas” do governo prejudicariam a população. Equivocadamente, a repórter mistura ações de governos passados, governos comandados por ACM durante décadas, com o atual governo. Não há semelhança nas ações.
Ao longo dos anos, sucessivos governos CARLISTAS, inclusive no tempo da ditadura militar, facilitaram a presença da Peñarroya, Cobrac, Plumbum etc em Santo Amaro. Já a ação do governo Jaques Wagner é em direção oposta. A proposta da empresa Bolland é reprocessar a escória de chumbo acumulada em montanhas hoje encobertas por pastos.
Risco é não aproveitar a oportunidade para remover a fonte original da poluição. Os novos resíduos terão destino certo, não mais expostos à população. A questão da saúde dos trabalhadores e do chumbo nas paredes e ruas é de outra natureza. Não cabe à Bolland resolver. A luta continua.
É dever moral do CRA expedir a licença técnica de implantação da Bolland, tanto quanto dever técnico e de gestão pública. A jornalista erra quando julga que o CRA deu licença mal-intencionada à Bolland. Erra de novo quando afirma que a imprensa nacional denunciou a questão. Julgamento fácil parece ser uma característica do “novo” jornalismo brasileiro e baiano. Toda a divulgação partiu do próprio governo da Bahia e só então ganhou, com muito esforço, as páginas dos jornais nacionais. A repórter não pesquisou direito.
A jornalista dá espaço para a pergunta do professor José Ângelo, da UFBA: Por que o poluidor não é responsabilizado pelo órgão ambiental a executar a recuperação ambiental e promover a compensação pelo dano causado ao meio-ambiente?
Ora, essa pergunta deveria ter sido direcionada ao amigo e patrono de Mário Kertész.
Ele, o falecido ACM, que manteve essa gente ganhando dinheiro com extração de chumbo durante décadas. Ademais, órgão ambiental não é Justiça. Essa história se arrasta há décadas pela Justiça. Basta pesquisar. A matéria da jornalista já começa mal: “A 72 quilômetros do nariz do governador...”. Isso é uma grande palhaçada. E o que tem uma matéria tão séria com o fato “de que 11 governadores e um imperador terem feito xixi em Santo Amaro”? Como uma pessoa pode afirmar com tanta facilidade que “o governo Wagner pretende retirar a escória da cidade em um processo polêmico e sorrateiro”? Ora, nunca vi tanta transparência. O próprio governo distribuiu a informação.
Eu posso falar. Desde a década de 1960 acompanho como jornalista o caso da poluição por chumbo em Santo Amaro. Já fiz matérias para o Jornal da Bahia, ajudei a editar o alternativo INVASÃO em plena ditadura com a manchete “Chumbo neles”, em 2005 acompanhei a comitiva dos jornalistas franceses à fábrica, ajudei a elaborar dezenas de discursos do ex-deputado Emiliano José (PT), na Assembléia Legislativa, passei o assunto como pauta para os jornais ao longo dos anos, Já fiz muita reunião com Adailson Moura da Associação das Vítimas Contaminadas por Chumbo, Cádmio, Mercúrio e Outros Elementos Químicos (AVICCA). Eu posso falar. Nunca vi reportagem tão viciada quanto essa da Revista Metrópole.
Quando escrevia estas linhas, soube que o CRA deu a licença para a Bolland. O governo Wagner vai livrar Santo Amaro da montanha de escória de chumbo, origem da poluição ao rio Subaé. Apesar de reportagens caolhas como essa da Revista Metrópole.
# posted by Oldack Miranda/
LEIA O QUE ESCREVI SOBRE A QUINTA EDIÇÃO
16 de Novembro de 2007
Os equívocos da Revista Metrópole e o chumbo de Santo Amaro
Mário Kertész e sua Rádio Metrópole patrocinam uma belíssima revista chamada Metrópole. É uma produção familiar. A Editora é KSZ, o publisher é Mário Kertész, o diretor-executivo é Chico Kertész, no Conselho Editorial está Marcelo Kertész, que também assina o projeto gráfico. Claro, os artigos e matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião do Grupo Metrópole.
Apenas cinco exemplares saíram até o momento. A de número 5 trouxe o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Márcio Meirelles, na capa, com o título “Volta pro Vila, velho” e uma frase de apoio nada isenta: “Como secretário, Márcio Meirelles é um grande diretor teatral”. Discordo. Não respeito sequer as opiniões do ex-bêbado João Ubaldo Ribeiro. São apenas frases de efeito debochadas que nada ajudam nem esclarecem. Aninha Franco tem grande espaço. Afinal, deixou de receber dinheiro para seu Teatro. Ah!, este vil metal. A entrevista com Roberto Albergaria é confusa. A confusão mental do entrevistador embola as respostas do entrevistado. Márcio Meirelles está contrariando interesses poderosos. Vai sofrer muito na pele.
Mas, o que eu queria mesmo falar era sobre a matéria da poluição por chumbo em Santo Amaro da Purificação. A matéria assinada por Juliana Cunha tem o mérito de discutir a questão. Mas tem os vícios do velho jornalismo e a insensatez do “novo” jornalismo brasileiro. A repórter desqualifica de maneira rude o secretário da Ciência, Inovação e Tecnologia (Secti), Ildes Ferreira.
Desqualificar pessoas é uma coisa muito fácil. Eu poderia desqualificar facilmente a matéria de Juliana Cunha. Basta ler as bobagens que escreveu. Por exemplo. À página 22 a jornalista explica o que é fase oral do bebê: “aquela fase da infância na qual o neném, tudo que vê, pica na boca”. Pica na boca? Até parece pornografia de quando em vez irradiada pela emissora do patrão.
A jornalista, sem revelar qualquer pesquisa, afirma que os “santamarenses” vêem com desconfiança a proposta do governo estadual de “comercializar” a escória retirada da cidade. E conclui que não seria a primeira vez que ações “desastradas” do governo prejudicariam a população. Equivocadamente, a repórter mistura ações de governos passados, governos comandados por ACM durante décadas, com o atual governo. Não há semelhança nas ações.
Ao longo dos anos, sucessivos governos CARLISTAS, inclusive no tempo da ditadura militar, facilitaram a presença da Peñarroya, Cobrac, Plumbum etc em Santo Amaro. Já a ação do governo Jaques Wagner é em direção oposta. A proposta da empresa Bolland é reprocessar a escória de chumbo acumulada em montanhas hoje encobertas por pastos.
Risco é não aproveitar a oportunidade para remover a fonte original da poluição. Os novos resíduos terão destino certo, não mais expostos à população. A questão da saúde dos trabalhadores e do chumbo nas paredes e ruas é de outra natureza. Não cabe à Bolland resolver. A luta continua.
É dever moral do CRA expedir a licença técnica de implantação da Bolland, tanto quanto dever técnico e de gestão pública. A jornalista erra quando julga que o CRA deu licença mal-intencionada à Bolland. Erra de novo quando afirma que a imprensa nacional denunciou a questão. Julgamento fácil parece ser uma característica do “novo” jornalismo brasileiro e baiano. Toda a divulgação partiu do próprio governo da Bahia e só então ganhou, com muito esforço, as páginas dos jornais nacionais. A repórter não pesquisou direito.
A jornalista dá espaço para a pergunta do professor José Ângelo, da UFBA: Por que o poluidor não é responsabilizado pelo órgão ambiental a executar a recuperação ambiental e promover a compensação pelo dano causado ao meio-ambiente?
Ora, essa pergunta deveria ter sido direcionada ao amigo e patrono de Mário Kertész.
Ele, o falecido ACM, que manteve essa gente ganhando dinheiro com extração de chumbo durante décadas. Ademais, órgão ambiental não é Justiça. Essa história se arrasta há décadas pela Justiça. Basta pesquisar. A matéria da jornalista já começa mal: “A 72 quilômetros do nariz do governador...”. Isso é uma grande palhaçada. E o que tem uma matéria tão séria com o fato “de que 11 governadores e um imperador terem feito xixi em Santo Amaro”? Como uma pessoa pode afirmar com tanta facilidade que “o governo Wagner pretende retirar a escória da cidade em um processo polêmico e sorrateiro”? Ora, nunca vi tanta transparência. O próprio governo distribuiu a informação.
Eu posso falar. Desde a década de 1960 acompanho como jornalista o caso da poluição por chumbo em Santo Amaro. Já fiz matérias para o Jornal da Bahia, ajudei a editar o alternativo INVASÃO em plena ditadura com a manchete “Chumbo neles”, em 2005 acompanhei a comitiva dos jornalistas franceses à fábrica, ajudei a elaborar dezenas de discursos do ex-deputado Emiliano José (PT), na Assembléia Legislativa, passei o assunto como pauta para os jornais ao longo dos anos, Já fiz muita reunião com Adailson Moura da Associação das Vítimas Contaminadas por Chumbo, Cádmio, Mercúrio e Outros Elementos Químicos (AVICCA). Eu posso falar. Nunca vi reportagem tão viciada quanto essa da Revista Metrópole.
Quando escrevia estas linhas, soube que o CRA deu a licença para a Bolland. O governo Wagner vai livrar Santo Amaro da montanha de escória de chumbo, origem da poluição ao rio Subaé. Apesar de reportagens caolhas como essa da Revista Metrópole.
# posted by Oldack Miranda/
Apesar do DEM de ACM Neto, o Brasil com Lula terá mais recursos para a saúde
Bem que o deputado ACM Neto, na melhor tradição do ex-PFL, esperneou. Mas, não havia outro caminho. A Câmara dos Deputados aprovou (11) a Contribuição Social para a Saúde (CSS). Assim, será cobrada alíquota de 0,1% sobre as transações financeiras, cobranças que incidirão em salários e aposentadorias acima de R$ 3.038 mensais, uma minoria, portanto. Será um importante instrumento de combate à sonegação. O Projeto de Lei Complementar 306/08, como informa a imprensa com muita má vontade, regulamenta os gastos mínimos com saúde previstos na Emenda 29. A mesma turma que tirou R$ 40 bilhões da saúde com a extinção da CPMF tentou impedir a aprovação. São uns sacripantas. São empresários sanguessugas com vocação de sonegadores.
O movimento social devia fazer pressão sobre o Senado, a próxima etapa. Mais conseqüente que ficar invadindo fazendas, prédios abandonados ou gritando palavras-de-ordem contra a transposição das águas do rio São Francisco. Muitos senadores são abertamente inimigos do povo.
A CSS vai gerar recursos de mais de R$ 10 bilhões por ano. A lei obriga a União a repassar o total da variação do PIB mais a inflação e o valor global da CSS para o setor da saúde. Já os estados serão obrigados a repassar 12% da receita líquida e os municípios têm que transferir 15% para o setor.
Quando os 300 picaretas do Congresso Nacional extinguiram a CPMF retiraram R$ 40 bilhões da saúde por ano. A CSS não repõe todo o estrago. Deputados e senadores continuam votando contra a saúde do povo. Os mais radicais são os parlamentares do DEM, os ACM Netos da vida, os reacionários de sempre. Como é que essa gente ainda diz que vai disputar a prefeitura de Salvador?
Empresário sanguessuga não serve para governar Salvador. Vai matar o povo de inanição, doença e fome.
O movimento social devia fazer pressão sobre o Senado, a próxima etapa. Mais conseqüente que ficar invadindo fazendas, prédios abandonados ou gritando palavras-de-ordem contra a transposição das águas do rio São Francisco. Muitos senadores são abertamente inimigos do povo.
A CSS vai gerar recursos de mais de R$ 10 bilhões por ano. A lei obriga a União a repassar o total da variação do PIB mais a inflação e o valor global da CSS para o setor da saúde. Já os estados serão obrigados a repassar 12% da receita líquida e os municípios têm que transferir 15% para o setor.
Quando os 300 picaretas do Congresso Nacional extinguiram a CPMF retiraram R$ 40 bilhões da saúde por ano. A CSS não repõe todo o estrago. Deputados e senadores continuam votando contra a saúde do povo. Os mais radicais são os parlamentares do DEM, os ACM Netos da vida, os reacionários de sempre. Como é que essa gente ainda diz que vai disputar a prefeitura de Salvador?
Empresário sanguessuga não serve para governar Salvador. Vai matar o povo de inanição, doença e fome.
11 de junho de 2008
Supermercado Extra da Bahia enrola clientes que tiveram veículo roubado
César e Iraildes estão revoltados. Em pleno estacionamento do Supermercado Extra, na avenida Paralela, eles tiveram roubado o Fiat UNO placa JPE 8731. Era o meio de transporte da família. O estabelecimento colocou câmaras vigiando as saídas. É pura enrolação. A filmagem revelou que os ladrões roubaram o veículo oito minutos depois que eles estacionaram. As câmaras dão uma falsa sensação de segurança. O funcionário Daniel informou que em 30 dias o setor de prevenção de perdas providenciaria o ressarcimento com a seguradora. Já se passaram 60 dias e nada. O extra se recusa a pagar o prejuízo. Com a conversa mole eles não deram queixa à polícia e ficaram na mão. Estão ocorrendo muitas denúncias de roubo de carros no estacionamento do Extra. Proteste enviando mensagem para casadocliente@extra.com.br conforme apelo dos clientes lesados. Nem fazer supermercado com tranqüilidade se pode mais. Putz.
Reitor da UFBA explica boicote dos estudantes de Medicina ao ENADE
O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Naomar de Almeida Filho, publicou no jornal Folha de S. Paulo (09/06/08 – página A3) lúcida análise sobre a reprovação dos estudantes da Faculdade de Medicina no Enade. O caso tomou grandes proporções na mídia por causa do destempero verbal do coordenador do curso, professor Antônio Natalino, com manifestações racistas e outras bobagens. Assentada a poeira, o reitor revela que tudo não passou de um equivocado boicote estudantil. Não há QI baixo, evidentemente. Os mesmos estudantes reprovados no Enade obtiveram excelentes resultados em processos seletivos a que se submeteram em concursos públicos e para residência médica. Os sorteados para o Enade são 86 graduados com alto coeficiente médio de rendimento.
A atitude dos estudantes revela egoísmo, descompromisso e deslealdade para com a instituição que os acolheu – a Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. “É inaceitável que um jovem oriundo de classes privilegiadas, ao receber formação profissional em carreira de alta valorização social e financeira, sem pagar um centavo, numa instituição pública mantida com o dinheiro dos contribuintes, seja incapaz de retribuir, de modo decente, para uma justa avaliação profissional”, escreve o reitor Naomar. Pior, o próprio diretório acadêmico admite ter fomentado boicote à prova. É revoltante. É o movimento estudantil pelo avesso. Não há inocentes. Os sabotadores são adultos. São culpados, assim como os gestores e docentes, cúmplices da sabotagem.
LEIA NA ÍNTEGRA
Berimbaus, boicotes e avaliação
Naomar de Almeida Filho
Nossa Faculdade de Medicina, no ano de seu bicentenário, fracassou na avaliação do Enade. O coordenador do curso, ao explicar o fiasco, culpou as cotas e a inferioridade intelectual dos estudantes. Para ilustrar seu argumento, alegou que o berimbau, símbolo da musicalidade baiana, tem só uma corda, o que comprovaria a suposta deficiência cognitiva dos baianos. Considerei suas declarações discriminatórias, eivadas de insensibilidade cultural e ignorância antropológica. Infelizmente, o episódio contribuiu para ofuscar um tema chave para o futuro da universidade brasileira: avaliação.
Agora que a notícia saiu do foco da mídia, podemos refletir melhor sobre o caso. De pronto, descarto a hipótese de “contaminação pelas cotas”. Mesmo porque a turma reprovada entrara na universidade em 2001, quatro anos antes do advento do programa de ações afirmativas.
Também não se vê falta de recursos docentes e pedagógicos. O curso de medicina da UFBA tem três alunos por docente e conta com 609 leitos em hospitais de ensino. Harvard, a melhor escola do mundo, não exibe tão vantajosa relação aluno/professor; nem a medicina da USP, com o complexo do Hospital das Clínicas, oferece possibilidades de prática docente-assistencial em tal proporção.
Seria o caso, portanto, de gestão acadêmica incompetente.
Entretanto, há evidências de que essa reprovação no Enade se deve, em grande parte, a boicote. Vários órgãos de imprensa publicaram depoimentos de formandos que, protegidos pelo anonimato, reconheceram-se apressados em viajar para submeter-se a exames de seleção para residência médica ou concursos públicos.
Recuperamos a lista de sorteados para o exame. São 86 graduados. Todos obtiveram excelentes resultados nos processos seletivos a que se submeteram. Não lhes faltam talento e capacidade: o coeficiente de rendimento médio do grupo é 85%.
A atitude deles revela egoísmo, descompromisso e deslealdade para com a instituição que os acolheu. Antes das cotas, por causa da perversidade do vestibular, o curso de medicina da UFBA era quase monopólio da elite. É inaceitável que um jovem oriundo de classes privilegiadas, ao receber formação profissional em carreira de alta valorização social e financeira - sem pagar um centavo, numa instituição pública mantida com dinheiro dos contribuintes, - seja incapaz de retribuir, de modo decente, para uma justa avaliação institucional.
Além disso, o diretório acadêmico admite ter fomentado boicote à prova, atendendo a uma diretiva de sua entidade nacional. Essa possibilidade me revolta profundamente não só como gestor público, mas sobretudo enquanto cidadão que tem uma história de luta política, no movimento estudantil e nos movimentos da renovação médica e da reforma sanitária.
Todos nós que arriscamos as carreiras (alguns, a vida) atuando clandestinamente para reativar diretórios estudantis declarados proscritos pelo regime militar – e todos aqueles que, geração após geração, mantiveram acesa a chama do movimento estudantil na universidade – nunca imaginamos ver tal situação: agremiações estudantis aparelhadas para boicotar processos avaliativos públicos, contribuindo para depreciar o legado político da universidade brasileira.
Sinto-me frustrado como educador. Sei que não há inocentes. Os sabotadores são pessoas adultas e devem saber os danos que causaram a si próprios e à instituição.
Mas não acredito ser justo identificá-los como os únicos culpados. Também culpados são gestores e docentes, cúmplices de sabotagem da avaliação da universidade pública, que permitem que nossos cursos formem sujeitos que, mesmo tecnicamente competentes, mostram-se individualistas, alienados, arrogantes, capazes do mais vil desapreço para com sua instituição formadora.
Esse episódio atinge todos os estudantes e profissionais formados em escolas médicas públicas. Há uma mácula, indelével, para os que se graduarem em escolas reprovadas em avaliação oficial do MEC. E o que dizer da decepção para muitas gerações que se formaram nessas escolas?
Orgulho-me do meu curso de medicina, ainda no belo prédio do Terreiro de Jesus. Servi 15 anos de minha carreira na Faculdade de Medicina como professor de epidemiologia. Os professores atuais foram, em maioria, colegas e, muitos deles, alunos.
Esses são os motivos que me levam a expor, neste comentário, sentimentos de indignação, repúdio, frustração e vergonha, para além de minhas atribuições como reitor de uma universidade pública de tão rica história e tradição como a UFBA.
NAOMAR DE ALMEIDA FILHO, 55, doutor em epidemiologia, pesquisador do CNPq, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (Universidade Federal da Bahia), é reitor dessa universidade.
A atitude dos estudantes revela egoísmo, descompromisso e deslealdade para com a instituição que os acolheu – a Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. “É inaceitável que um jovem oriundo de classes privilegiadas, ao receber formação profissional em carreira de alta valorização social e financeira, sem pagar um centavo, numa instituição pública mantida com o dinheiro dos contribuintes, seja incapaz de retribuir, de modo decente, para uma justa avaliação profissional”, escreve o reitor Naomar. Pior, o próprio diretório acadêmico admite ter fomentado boicote à prova. É revoltante. É o movimento estudantil pelo avesso. Não há inocentes. Os sabotadores são adultos. São culpados, assim como os gestores e docentes, cúmplices da sabotagem.
LEIA NA ÍNTEGRA
Berimbaus, boicotes e avaliação
Naomar de Almeida Filho
Nossa Faculdade de Medicina, no ano de seu bicentenário, fracassou na avaliação do Enade. O coordenador do curso, ao explicar o fiasco, culpou as cotas e a inferioridade intelectual dos estudantes. Para ilustrar seu argumento, alegou que o berimbau, símbolo da musicalidade baiana, tem só uma corda, o que comprovaria a suposta deficiência cognitiva dos baianos. Considerei suas declarações discriminatórias, eivadas de insensibilidade cultural e ignorância antropológica. Infelizmente, o episódio contribuiu para ofuscar um tema chave para o futuro da universidade brasileira: avaliação.
Agora que a notícia saiu do foco da mídia, podemos refletir melhor sobre o caso. De pronto, descarto a hipótese de “contaminação pelas cotas”. Mesmo porque a turma reprovada entrara na universidade em 2001, quatro anos antes do advento do programa de ações afirmativas.
Também não se vê falta de recursos docentes e pedagógicos. O curso de medicina da UFBA tem três alunos por docente e conta com 609 leitos em hospitais de ensino. Harvard, a melhor escola do mundo, não exibe tão vantajosa relação aluno/professor; nem a medicina da USP, com o complexo do Hospital das Clínicas, oferece possibilidades de prática docente-assistencial em tal proporção.
Seria o caso, portanto, de gestão acadêmica incompetente.
Entretanto, há evidências de que essa reprovação no Enade se deve, em grande parte, a boicote. Vários órgãos de imprensa publicaram depoimentos de formandos que, protegidos pelo anonimato, reconheceram-se apressados em viajar para submeter-se a exames de seleção para residência médica ou concursos públicos.
Recuperamos a lista de sorteados para o exame. São 86 graduados. Todos obtiveram excelentes resultados nos processos seletivos a que se submeteram. Não lhes faltam talento e capacidade: o coeficiente de rendimento médio do grupo é 85%.
A atitude deles revela egoísmo, descompromisso e deslealdade para com a instituição que os acolheu. Antes das cotas, por causa da perversidade do vestibular, o curso de medicina da UFBA era quase monopólio da elite. É inaceitável que um jovem oriundo de classes privilegiadas, ao receber formação profissional em carreira de alta valorização social e financeira - sem pagar um centavo, numa instituição pública mantida com dinheiro dos contribuintes, - seja incapaz de retribuir, de modo decente, para uma justa avaliação institucional.
Além disso, o diretório acadêmico admite ter fomentado boicote à prova, atendendo a uma diretiva de sua entidade nacional. Essa possibilidade me revolta profundamente não só como gestor público, mas sobretudo enquanto cidadão que tem uma história de luta política, no movimento estudantil e nos movimentos da renovação médica e da reforma sanitária.
Todos nós que arriscamos as carreiras (alguns, a vida) atuando clandestinamente para reativar diretórios estudantis declarados proscritos pelo regime militar – e todos aqueles que, geração após geração, mantiveram acesa a chama do movimento estudantil na universidade – nunca imaginamos ver tal situação: agremiações estudantis aparelhadas para boicotar processos avaliativos públicos, contribuindo para depreciar o legado político da universidade brasileira.
Sinto-me frustrado como educador. Sei que não há inocentes. Os sabotadores são pessoas adultas e devem saber os danos que causaram a si próprios e à instituição.
Mas não acredito ser justo identificá-los como os únicos culpados. Também culpados são gestores e docentes, cúmplices de sabotagem da avaliação da universidade pública, que permitem que nossos cursos formem sujeitos que, mesmo tecnicamente competentes, mostram-se individualistas, alienados, arrogantes, capazes do mais vil desapreço para com sua instituição formadora.
Esse episódio atinge todos os estudantes e profissionais formados em escolas médicas públicas. Há uma mácula, indelével, para os que se graduarem em escolas reprovadas em avaliação oficial do MEC. E o que dizer da decepção para muitas gerações que se formaram nessas escolas?
Orgulho-me do meu curso de medicina, ainda no belo prédio do Terreiro de Jesus. Servi 15 anos de minha carreira na Faculdade de Medicina como professor de epidemiologia. Os professores atuais foram, em maioria, colegas e, muitos deles, alunos.
Esses são os motivos que me levam a expor, neste comentário, sentimentos de indignação, repúdio, frustração e vergonha, para além de minhas atribuições como reitor de uma universidade pública de tão rica história e tradição como a UFBA.
NAOMAR DE ALMEIDA FILHO, 55, doutor em epidemiologia, pesquisador do CNPq, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (Universidade Federal da Bahia), é reitor dessa universidade.
10 de junho de 2008
Crítica à revista Metrópole irrita Mário Kertész, o dono
Meu amigo Mário Kertész irritou-se com minhas críticas à revista Metrópole de sua propriedade. Irritou-se tanto que me ofendeu no ar. Disse agora à noite (10 de junho), na Rádio Metrópole, que não escrevi as críticas, que o autor foi o ex-deputado Emiliano José, conhecido professor de comunicação, escritor e jornalista.
Mário Kertész está fazendo confusão. Fui assessor de imprensa do ex-deputado Emiliano José (PT), assim como fui assessor de imprensa dele, Mário Kertész. Nenhum dos dois escreve por mim, ainda mais no blog BAHIA DE FATO. Modéstia à parte, sei escrever muito bem. Posso até assegurar que, muitas vezes, ao longo dos anos, ocorreu o contrário. Por dever de ofício escrevi muitas laudas para eles.
Mário Kertész, voluntária ou involuntariamente, embola o meio-de-campo e afirma no microfone que o jornalista Emiliano José escreveu em meu lugar as críticas à revista Metrópole, bonitinha, mas ordinária em seu jornalismo que dilacera a história da Anistia Política.
Meu amigo Mário Kertész não está acostumado a receber críticas e reage agressivamente. Tenta até distorcer palavras. Citei seu nome porque o jornalista responsável escondeu-se no anonimato. Como ele é o proprietário da revista não havia outro jeito. Nada de pessoal. De fato, ele enriqueceu trabalhando para ACM em plena ditadura militar. Não disse que enriqueceu roubando. Mas ele faz novo jogo de palavras para mostrar "indignação". Também nunca diria que Mário Kertész bebe, consome drogas, que é corno ou viado, como ele mesmo sugeriu em seu programa radiofônico. Mário não é nada disso, pelo amor de Deus, mas se fosse eu diria.
LEIA ABAIXO AS CRÍTICAS QUE FIZ À REVISTA METRÓPOLE
5 de Junho de 2008
Salvador ganha revista bonitinha, mas, ordinária
Mário Kertész, proprietário da Rádio Metrópole, celebrou o primeiro aniversário da revista Metrópole. É uma publicação bonitinha, mas de jornalismo muito ordinário. A edição especial de celebração do primeiro ano da revista tem como manchete de capa uma tentativa de desconstrução da Lei da Anistia. A Anistia é, segundo a manchete de capa, “Limitada, individual e restrita”, em vez de ampla, geral e irrestrita. Seguindo o manual de jornalismo da revista Veja e da Rede Globo, muito em moda, a revista tem uma tese e sai à procura de entrevistas para “comprovar” a tese. Ali Khamel diria que estaria “testando hipótese”.
A reportagem aleijada não é assinada. Ou melhor, é assinada pelo jornalista “Da redação”. Começa por fazer uma comparação intelectualmente desonesta e com informações mentirosas. Para “comprovar” a tese de que a indenização aos anistiados políticos “é só para alguns”, o jornalista Da Redação contrapõe o processo de um ícone da luta comunista, Ana Montenegro (PCB), falecida aos 91 anos, e que não chegou a receber a indenização, com o caso do jornalista, escritor e ex-deputado do PT Emiliano José (PT), que teria recebido sua indenização “rapidamente”.
A revista Metrópole mente repetidas vezes. Emiliano José nunca fez qualquer lobby junto à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Sempre rejeitou a idéia. A revista afirma que ele recebeu “rapidamente” a indenização. Outra deslavada mentira. Desde o dia em que deu entrada ao processo DEZ anos se passaram. O acompanhamento foi feito pela Associação Brasileira dos Anistiados Políticos (ABAP). A revista mente quando “informa” que Emiliano José integra dois conselhos, citando o Conselho da Empresa Gráfica da Bahia e o Conselho Estadual de Cultura. Sugere uma irregularidade. Emiliano José fez parte do Conselho Estadual de Cultura, foi eleito seu presidente, nunca recebeu jeton nenhum e, antes de ser nomeado para o Conselho da EGBA, foi exonerado do Conselho de Cultura, o que é facilmente comprovável.
A reportagem é safada. Chega a afirmar que Emiliano José é “ex-guerrilheiro”. Emiliano José nunca foi “guerrilheiro”. A menção é uma grande palhaçada. Emiliano José foi líder estudantil secundarista em São Paulo, vice-presidente da UBES, trabalhava desde os 15 anos de idade como bancário, primeiro como office-boy, depois como escriturário, entrou na clandestinidade para preservar a vida, e acabou preso em Salvador, onde foi barbaramente torturado e encarcerado por quatro anos. Mas, há uma evidente tentativa da revista de banalizar a justa indenização de Emiliano José. Chama de “salário mensal” a prestação continuada determinada pela Lei da Anistia. Com justiça, Emiliano foi indenizado por ter uma carreira de bancário interrompida e por ter seus direitos violados de maneira bárbara. O autor do texto é muito ignorante ou tem má-fé.
Emiliano José não pode ser colocado em contraposição a processos inconclusos de outras pessoas. Isso é uma indignidade. Fica até parecendo que é culpado por ter sido torturado e preso. A intenção da revista é clara. Mais absurdo ainda é contrapor o caso de Emiliano José ao de Ana Montenegro, uma dirigente profissional do Partido Comunista Brasileiro que se exilou desde o Golpe Militar de 1964, durante 15 anos, foi dirigente da Federação Internacional de Mulheres, retornou com a Anistia e continuou na luta. Ana Montenegro deveria mesmo ser indenizada, com alguns milhões de reais. Aliás, seu genro Renato Pinheiro, casado com Sônia Carmo, filha de Ana Montenegro, é colunista da revista Metrópole e assina artigo na mesma edição. Bastaria ao jornalista “Da Redação” apurar a verdade com os dois. Assim como bastaria consultar o site de Emiliano José para fazer jornalismo. Mas, a intenção era outra. A revista Metrópole segue os passos da decaída revista Veja e da imoralidade que é o jornalismo da Rede Globo.
O irônico de tudo isso é que Mário Kertész, que é dono de uma revista que tenta desmoralizar os que lutaram contra a ditadura, enriqueceu durante a ditadura, como tocador de obra de ACM e depois como prefeito nomeado. Tão ordinária quanto a “reportagem” que tenta desmoralizar a Lei da Anistia é a opinião de Mário Kertész na última página. Ele dá a maior força para o professor Antônio Natalino, aquele que em destempero verbal disse que os baianos têm Q.I. baixo e tocam berimbau por que o instrumento tem uma corda só. Em vez de criticar o desequilibrado professor critica os jovens negros que foram às ruas protestar.
posted by Oldack Miranda/
Mário Kertész está fazendo confusão. Fui assessor de imprensa do ex-deputado Emiliano José (PT), assim como fui assessor de imprensa dele, Mário Kertész. Nenhum dos dois escreve por mim, ainda mais no blog BAHIA DE FATO. Modéstia à parte, sei escrever muito bem. Posso até assegurar que, muitas vezes, ao longo dos anos, ocorreu o contrário. Por dever de ofício escrevi muitas laudas para eles.
Mário Kertész, voluntária ou involuntariamente, embola o meio-de-campo e afirma no microfone que o jornalista Emiliano José escreveu em meu lugar as críticas à revista Metrópole, bonitinha, mas ordinária em seu jornalismo que dilacera a história da Anistia Política.
Meu amigo Mário Kertész não está acostumado a receber críticas e reage agressivamente. Tenta até distorcer palavras. Citei seu nome porque o jornalista responsável escondeu-se no anonimato. Como ele é o proprietário da revista não havia outro jeito. Nada de pessoal. De fato, ele enriqueceu trabalhando para ACM em plena ditadura militar. Não disse que enriqueceu roubando. Mas ele faz novo jogo de palavras para mostrar "indignação". Também nunca diria que Mário Kertész bebe, consome drogas, que é corno ou viado, como ele mesmo sugeriu em seu programa radiofônico. Mário não é nada disso, pelo amor de Deus, mas se fosse eu diria.
LEIA ABAIXO AS CRÍTICAS QUE FIZ À REVISTA METRÓPOLE
5 de Junho de 2008
Salvador ganha revista bonitinha, mas, ordinária
Mário Kertész, proprietário da Rádio Metrópole, celebrou o primeiro aniversário da revista Metrópole. É uma publicação bonitinha, mas de jornalismo muito ordinário. A edição especial de celebração do primeiro ano da revista tem como manchete de capa uma tentativa de desconstrução da Lei da Anistia. A Anistia é, segundo a manchete de capa, “Limitada, individual e restrita”, em vez de ampla, geral e irrestrita. Seguindo o manual de jornalismo da revista Veja e da Rede Globo, muito em moda, a revista tem uma tese e sai à procura de entrevistas para “comprovar” a tese. Ali Khamel diria que estaria “testando hipótese”.
A reportagem aleijada não é assinada. Ou melhor, é assinada pelo jornalista “Da redação”. Começa por fazer uma comparação intelectualmente desonesta e com informações mentirosas. Para “comprovar” a tese de que a indenização aos anistiados políticos “é só para alguns”, o jornalista Da Redação contrapõe o processo de um ícone da luta comunista, Ana Montenegro (PCB), falecida aos 91 anos, e que não chegou a receber a indenização, com o caso do jornalista, escritor e ex-deputado do PT Emiliano José (PT), que teria recebido sua indenização “rapidamente”.
A revista Metrópole mente repetidas vezes. Emiliano José nunca fez qualquer lobby junto à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Sempre rejeitou a idéia. A revista afirma que ele recebeu “rapidamente” a indenização. Outra deslavada mentira. Desde o dia em que deu entrada ao processo DEZ anos se passaram. O acompanhamento foi feito pela Associação Brasileira dos Anistiados Políticos (ABAP). A revista mente quando “informa” que Emiliano José integra dois conselhos, citando o Conselho da Empresa Gráfica da Bahia e o Conselho Estadual de Cultura. Sugere uma irregularidade. Emiliano José fez parte do Conselho Estadual de Cultura, foi eleito seu presidente, nunca recebeu jeton nenhum e, antes de ser nomeado para o Conselho da EGBA, foi exonerado do Conselho de Cultura, o que é facilmente comprovável.
A reportagem é safada. Chega a afirmar que Emiliano José é “ex-guerrilheiro”. Emiliano José nunca foi “guerrilheiro”. A menção é uma grande palhaçada. Emiliano José foi líder estudantil secundarista em São Paulo, vice-presidente da UBES, trabalhava desde os 15 anos de idade como bancário, primeiro como office-boy, depois como escriturário, entrou na clandestinidade para preservar a vida, e acabou preso em Salvador, onde foi barbaramente torturado e encarcerado por quatro anos. Mas, há uma evidente tentativa da revista de banalizar a justa indenização de Emiliano José. Chama de “salário mensal” a prestação continuada determinada pela Lei da Anistia. Com justiça, Emiliano foi indenizado por ter uma carreira de bancário interrompida e por ter seus direitos violados de maneira bárbara. O autor do texto é muito ignorante ou tem má-fé.
Emiliano José não pode ser colocado em contraposição a processos inconclusos de outras pessoas. Isso é uma indignidade. Fica até parecendo que é culpado por ter sido torturado e preso. A intenção da revista é clara. Mais absurdo ainda é contrapor o caso de Emiliano José ao de Ana Montenegro, uma dirigente profissional do Partido Comunista Brasileiro que se exilou desde o Golpe Militar de 1964, durante 15 anos, foi dirigente da Federação Internacional de Mulheres, retornou com a Anistia e continuou na luta. Ana Montenegro deveria mesmo ser indenizada, com alguns milhões de reais. Aliás, seu genro Renato Pinheiro, casado com Sônia Carmo, filha de Ana Montenegro, é colunista da revista Metrópole e assina artigo na mesma edição. Bastaria ao jornalista “Da Redação” apurar a verdade com os dois. Assim como bastaria consultar o site de Emiliano José para fazer jornalismo. Mas, a intenção era outra. A revista Metrópole segue os passos da decaída revista Veja e da imoralidade que é o jornalismo da Rede Globo.
O irônico de tudo isso é que Mário Kertész, que é dono de uma revista que tenta desmoralizar os que lutaram contra a ditadura, enriqueceu durante a ditadura, como tocador de obra de ACM e depois como prefeito nomeado. Tão ordinária quanto a “reportagem” que tenta desmoralizar a Lei da Anistia é a opinião de Mário Kertész na última página. Ele dá a maior força para o professor Antônio Natalino, aquele que em destempero verbal disse que os baianos têm Q.I. baixo e tocam berimbau por que o instrumento tem uma corda só. Em vez de criticar o desequilibrado professor critica os jovens negros que foram às ruas protestar.
posted by Oldack Miranda/
9 de junho de 2008
Márcio Pochmann, do IPEA, em novo livro, defende a "economia da jabuticaba"
Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em seu novo livro chamado “O Emprego no Desenvolvimento da Nação” (Boitempo) propõe o abandono do que chama de economia do bonsai, baseada na condenação do investimento público e na manutenção de um salário mínimo baixo, e a adoção da economia da jabuticaba, brasileira na essência, que combinaria democracia com crescimento econômico sustentado. Ele apresenta uma importante contribuição para a discussão de aspectos fundamentais relacionados à dinâmica do emprego no Brasil.
Partindo de dados alarmantes sobre o aumento do desemprego no Brasil, em 2002, Marcio Pochmann faz uma análise criteriosa da relação entre a falta de trabalho e a adoção de políticas econômicas desfavoráveis ao país.
Em 2000, o Brasil ocupava o terceiro lugar no ranking do desemprego mundial, apesar de contar com a quinta maior população do globo. Na época, apenas 54% dos ocupados brasileiros recebiam salários. Em 1980, dois em cada três trabalhadores recebiam salários e, dentre eles, 70% tinham emprego formal.
Entender os fatores que possibilitaram tais transformações é o principal objetivo de Pochmann. Ele reflete sobre a possibilidade de uma alternativa econômica que leve em conta as características e as necessidades do Brasil e, principalmente, apresente políticas de estímulo ao emprego e melhor divisão de renda.
Márcio Pochmann, doutor em Ciência Econômica pela Unicamp, onde é professor livre-docente, preside desde 2007 o IPEA. É autor do livro “O emprego na globalização”, também pela Boitempo, conforme informações da Agência Carta Maior.
Como presidente do IPEA, Márcio Pochmann foi incumbido pelo presidente Lula de elaborar um plano de desenvolvimento de médio prazo para o Brasil. Em entrevista à Agência Carta Maior ele explicita as premissas que embasam sua visão de futuro, como a necessidade do país melhorar a qualidade das exportações, a importância de de uma política industrial que leve à produção de itens mais elaborados, a geração de postos de trabalho mais qualificados e o imperativo da redução da pobreza e das desigualdades.
LEIA A ENTREVISTA COM POCHMANN
Partindo de dados alarmantes sobre o aumento do desemprego no Brasil, em 2002, Marcio Pochmann faz uma análise criteriosa da relação entre a falta de trabalho e a adoção de políticas econômicas desfavoráveis ao país.
Em 2000, o Brasil ocupava o terceiro lugar no ranking do desemprego mundial, apesar de contar com a quinta maior população do globo. Na época, apenas 54% dos ocupados brasileiros recebiam salários. Em 1980, dois em cada três trabalhadores recebiam salários e, dentre eles, 70% tinham emprego formal.
Entender os fatores que possibilitaram tais transformações é o principal objetivo de Pochmann. Ele reflete sobre a possibilidade de uma alternativa econômica que leve em conta as características e as necessidades do Brasil e, principalmente, apresente políticas de estímulo ao emprego e melhor divisão de renda.
Márcio Pochmann, doutor em Ciência Econômica pela Unicamp, onde é professor livre-docente, preside desde 2007 o IPEA. É autor do livro “O emprego na globalização”, também pela Boitempo, conforme informações da Agência Carta Maior.
Como presidente do IPEA, Márcio Pochmann foi incumbido pelo presidente Lula de elaborar um plano de desenvolvimento de médio prazo para o Brasil. Em entrevista à Agência Carta Maior ele explicita as premissas que embasam sua visão de futuro, como a necessidade do país melhorar a qualidade das exportações, a importância de de uma política industrial que leve à produção de itens mais elaborados, a geração de postos de trabalho mais qualificados e o imperativo da redução da pobreza e das desigualdades.
LEIA A ENTREVISTA COM POCHMANN
Prefeitura de Feira de Santana omite ações do Governo Wagner
José Ronaldo, prefeito de Feira de Santana, ex-PFL agora DEM, está omitindo as ações do governo da Bahia no município. Não é honesto. Jaques Wagner (PT) radicaliza na atitude de não discriminar nenhum município da Bahia, independente da cor partidária.
A Secretaria de Planejamento da prefeitura de Feira de Santana anuncia na imprensa que, finalmente, serão iniciadas as obras das casas que vão beneficiar 300 famílias no bairro da Conceição. Lembra do convênio com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) celebrado nos tempos do governador Paulo Souto etc etc...
Na verdade, o conjunto residencial será construído pelo Governo Wagner (PT), a contrapartida da prefeitura será a pavimentação da avenida Airton Sena, uma obra de rotina em qualquer administração. Ocorreu um atraso, por culpa da própria prefeitura de Feira de Santana. O Banco Mundial exigiu nova licitação, por trapalhadas da prefeitura.
O aviso da manipulação está no blog do deputado federal Colbert Martins, pré-candidato do PMDB à prefeitura de Feira de Santana.
A Secretaria de Planejamento da prefeitura de Feira de Santana anuncia na imprensa que, finalmente, serão iniciadas as obras das casas que vão beneficiar 300 famílias no bairro da Conceição. Lembra do convênio com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) celebrado nos tempos do governador Paulo Souto etc etc...
Na verdade, o conjunto residencial será construído pelo Governo Wagner (PT), a contrapartida da prefeitura será a pavimentação da avenida Airton Sena, uma obra de rotina em qualquer administração. Ocorreu um atraso, por culpa da própria prefeitura de Feira de Santana. O Banco Mundial exigiu nova licitação, por trapalhadas da prefeitura.
O aviso da manipulação está no blog do deputado federal Colbert Martins, pré-candidato do PMDB à prefeitura de Feira de Santana.
PCdoB deve apoiar dobradinha Walter Pinheiro e Lídice da Mata em Salvador
Não há outro caminho pela esquerda. Apenas pela direita e essa não é a tradição do PCdoB. A chapa oficial de esquerda para a prefeitura de Salvador é Walter Pinheiro (PT) prefeito, Lídice da Mata (PSB), vice-prefeita. É uma chapa altamente competitiva e mais ainda com apoio do PCdoB. Resta ao PCdo B apoiar a chapa e governar junto. Não há traição a ninguém como esperneiam algumas lideranças. De outro modo não haveria saída. Se Walter Pinheiro tivesse escolhido Olívia Santana (importante referência na Bahia) como vice, Lídice da Mata julgaria uma traição? Ora, só há dois lugares na chapa, para prefeito e vice-prefeito. Sem o PCdoB a chapa de esquerda não tem chance. Saindo Olívia Santana solitária seria um belo serviço do PCdoB à direita de Salvador.
O deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB) é o que mais esperneia. Chega a afirmar que não aceita "anexação" à chapa Walter Pinheiro/Lídice da Mata. Seu argumento também contém uma impossibilidade lógica. Diz que o PCdoB foi surpreendido enquanto mantinha conversações com o PT. Ora, o contrário também seria verdadeiro. O PSB poderia afirmar que foi surpreendido se o acordo fosse outro. É que há três importantes partidos (PT, PSB e PCdoB) e apenas dois cargos na chapa. Resta ao PV também se manifestar em apoio à chapa PT/PSB e se propor a governar Salvador. A experiência com João Henrique não foi muito boa não.
O mais racional a fazer é retomar as negociações para fechar acordos político-eleitorais em outros municípios e acertar compromissos.
O deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB) é o que mais esperneia. Chega a afirmar que não aceita "anexação" à chapa Walter Pinheiro/Lídice da Mata. Seu argumento também contém uma impossibilidade lógica. Diz que o PCdoB foi surpreendido enquanto mantinha conversações com o PT. Ora, o contrário também seria verdadeiro. O PSB poderia afirmar que foi surpreendido se o acordo fosse outro. É que há três importantes partidos (PT, PSB e PCdoB) e apenas dois cargos na chapa. Resta ao PV também se manifestar em apoio à chapa PT/PSB e se propor a governar Salvador. A experiência com João Henrique não foi muito boa não.
O mais racional a fazer é retomar as negociações para fechar acordos político-eleitorais em outros municípios e acertar compromissos.
Setorial de Cultura do PT da Bahia lamenta saída de Paulo Costa Lima da Fundação Gregório de Mattos
O Setorial de Cultura do PT da Bahia inaugurou seu blog. Agora, sob coordenação de Fátima Froes, militantes e periferia podem acompanhar a agenda de debates. Um exemplo é a movimentação em torno da elaboração de um Programa de Cultura para Salvador. O núcleo já se reuniu com o candidato do PT, Walter Pinheiro. Os trabalhos terão como base os textos de eleições passadas, documentos e resoluções do Ministério da Cultura e o relatório da Iª Conferência Estadual de Cultura. As reuniões ocorrem na sede estadual do PT e são abertas.
Conforme informa o blog do Setorial de Cultura do PT da Bahia, nesta terça-feira (10 de junho), às 19h, na sede estadual, em Nazaré, acontece uma reunião para debater a participação dos petistas na I Conferência de Comunicação Social do Estado da Bahia, lançada pelo governador Jaques Wagner e que está programada para os dias 14,15 e 16 de agosto próximo.
Ainda no blog, a coordenadora Fátima Froes lamenta a saída de Paulo Costa Lima da direção da Fundação Gregório de Mattos. O professor realizou uma boa gestão, duas conferências municipáis de cultura, um trabalho de re-significação da cultura em Salvador, a inclusão dos movimentos sociais. Com Paulo Costa Lima a cidade reagiu à inércia da administração anterior, de Antônio Imbassahy, naquela época militante do PFL carlista, e tornou público o que era público. destaque para o programa Mestres Populares da Cultura e para o modelo do Conselho Municipal de Cultura.
Segundo Fátima Froes, "a gestão do professor Paulo Costa Lima conseguiu abrir espaço para as vozes existentes, para as manifestações e possibilitou que elas se re-colocassem dentro dessa nova cidade. Transformou idéias em projetos, caminhou com os indicativos dados e, soube escutar. Mas a gestão municipal (leia-se João Henrique Carneiro) não compreendeu. Comercializou um projeto de participação popular, de construção coletiva. Cultura se transformou em mercadoria amesquinhada. Último empurrão para o abismo que já vinha sendo construído".
CLIQUE NO SETORIAL DE CULTURA DO PT DA BAHIA
Conforme informa o blog do Setorial de Cultura do PT da Bahia, nesta terça-feira (10 de junho), às 19h, na sede estadual, em Nazaré, acontece uma reunião para debater a participação dos petistas na I Conferência de Comunicação Social do Estado da Bahia, lançada pelo governador Jaques Wagner e que está programada para os dias 14,15 e 16 de agosto próximo.
Ainda no blog, a coordenadora Fátima Froes lamenta a saída de Paulo Costa Lima da direção da Fundação Gregório de Mattos. O professor realizou uma boa gestão, duas conferências municipáis de cultura, um trabalho de re-significação da cultura em Salvador, a inclusão dos movimentos sociais. Com Paulo Costa Lima a cidade reagiu à inércia da administração anterior, de Antônio Imbassahy, naquela época militante do PFL carlista, e tornou público o que era público. destaque para o programa Mestres Populares da Cultura e para o modelo do Conselho Municipal de Cultura.
Segundo Fátima Froes, "a gestão do professor Paulo Costa Lima conseguiu abrir espaço para as vozes existentes, para as manifestações e possibilitou que elas se re-colocassem dentro dessa nova cidade. Transformou idéias em projetos, caminhou com os indicativos dados e, soube escutar. Mas a gestão municipal (leia-se João Henrique Carneiro) não compreendeu. Comercializou um projeto de participação popular, de construção coletiva. Cultura se transformou em mercadoria amesquinhada. Último empurrão para o abismo que já vinha sendo construído".
CLIQUE NO SETORIAL DE CULTURA DO PT DA BAHIA
8 de junho de 2008
Bahia oferece concerto para público infanto-juvenil com entrada franca
Quarta-feira (11/06) meu neto João Pedro, de seis anos, vai ao Teatro Castro Alves, às 16h. Dentro da série Concertos Didáticos, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) e a garotada do Neojibá (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) vão interpretar a obra “Concerto dos Animais”, de Camille Saint-Saëns, com regência de Eduardo Torres, narração de Cida Oliveira, iluminação de Fábio Espírito Santo e cenário de Lorena Sanches. Os solos são dos pianistas Aline Novais e Manoel Rocha. Assim, a meninada da Bahia circula pela música de concerto de maneira prazerosa. Tudo isso é coisa do maestro titular e diretor da Osba, Ricardo Castro, e do secretário de Cultura da Bahia, Márcio Meirelles.
A peça Carnaval dos Animais, escrita na Áustria em 1886, tornou-se a mais célebre obra de Camille Saint-Saëns. Apesar de sua aparente inocência, a fantasia representa uma crítica mordaz ao cenário musical de Paris no final do século XIX e é repleta de paródias e referências a outros compositores. São 14 peças. Cada andamento e cada instrumento focam um animal: o rosnar do leão nas cordas e no piano, o elefante no contrabaixo, o canguru nos pianos saltitantes, o cuco no clarinete e o cisne no violoncelo, ensina Ricardo Castro.
O Concerto dos Animais é coisa pra criança e gente grande.
A peça Carnaval dos Animais, escrita na Áustria em 1886, tornou-se a mais célebre obra de Camille Saint-Saëns. Apesar de sua aparente inocência, a fantasia representa uma crítica mordaz ao cenário musical de Paris no final do século XIX e é repleta de paródias e referências a outros compositores. São 14 peças. Cada andamento e cada instrumento focam um animal: o rosnar do leão nas cordas e no piano, o elefante no contrabaixo, o canguru nos pianos saltitantes, o cuco no clarinete e o cisne no violoncelo, ensina Ricardo Castro.
O Concerto dos Animais é coisa pra criança e gente grande.