10 de junho de 2008

 

Crítica à revista Metrópole irrita Mário Kertész, o dono

Meu amigo Mário Kertész irritou-se com minhas críticas à revista Metrópole de sua propriedade. Irritou-se tanto que me ofendeu no ar. Disse agora à noite (10 de junho), na Rádio Metrópole, que não escrevi as críticas, que o autor foi o ex-deputado Emiliano José, conhecido professor de comunicação, escritor e jornalista.

Mário Kertész está fazendo confusão. Fui assessor de imprensa do ex-deputado Emiliano José (PT), assim como fui assessor de imprensa dele, Mário Kertész. Nenhum dos dois escreve por mim, ainda mais no blog BAHIA DE FATO. Modéstia à parte, sei escrever muito bem. Posso até assegurar que, muitas vezes, ao longo dos anos, ocorreu o contrário. Por dever de ofício escrevi muitas laudas para eles.

Mário Kertész, voluntária ou involuntariamente, embola o meio-de-campo e afirma no microfone que o jornalista Emiliano José escreveu em meu lugar as críticas à revista Metrópole, bonitinha, mas ordinária em seu jornalismo que dilacera a história da Anistia Política.

Meu amigo Mário Kertész não está acostumado a receber críticas e reage agressivamente. Tenta até distorcer palavras. Citei seu nome porque o jornalista responsável escondeu-se no anonimato. Como ele é o proprietário da revista não havia outro jeito. Nada de pessoal. De fato, ele enriqueceu trabalhando para ACM em plena ditadura militar. Não disse que enriqueceu roubando. Mas ele faz novo jogo de palavras para mostrar "indignação". Também nunca diria que Mário Kertész bebe, consome drogas, que é corno ou viado, como ele mesmo sugeriu em seu programa radiofônico. Mário não é nada disso, pelo amor de Deus, mas se fosse eu diria.

LEIA ABAIXO AS CRÍTICAS QUE FIZ À REVISTA METRÓPOLE

5 de Junho de 2008

Salvador ganha revista bonitinha, mas, ordinária

Mário Kertész, proprietário da Rádio Metrópole, celebrou o primeiro aniversário da revista Metrópole. É uma publicação bonitinha, mas de jornalismo muito ordinário. A edição especial de celebração do primeiro ano da revista tem como manchete de capa uma tentativa de desconstrução da Lei da Anistia. A Anistia é, segundo a manchete de capa, “Limitada, individual e restrita”, em vez de ampla, geral e irrestrita. Seguindo o manual de jornalismo da revista Veja e da Rede Globo, muito em moda, a revista tem uma tese e sai à procura de entrevistas para “comprovar” a tese. Ali Khamel diria que estaria “testando hipótese”.

A reportagem aleijada não é assinada. Ou melhor, é assinada pelo jornalista “Da redação”. Começa por fazer uma comparação intelectualmente desonesta e com informações mentirosas. Para “comprovar” a tese de que a indenização aos anistiados políticos “é só para alguns”, o jornalista Da Redação contrapõe o processo de um ícone da luta comunista, Ana Montenegro (PCB), falecida aos 91 anos, e que não chegou a receber a indenização, com o caso do jornalista, escritor e ex-deputado do PT Emiliano José (PT), que teria recebido sua indenização “rapidamente”.

A revista Metrópole mente repetidas vezes. Emiliano José nunca fez qualquer lobby junto à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Sempre rejeitou a idéia. A revista afirma que ele recebeu “rapidamente” a indenização. Outra deslavada mentira. Desde o dia em que deu entrada ao processo DEZ anos se passaram. O acompanhamento foi feito pela Associação Brasileira dos Anistiados Políticos (ABAP). A revista mente quando “informa” que Emiliano José integra dois conselhos, citando o Conselho da Empresa Gráfica da Bahia e o Conselho Estadual de Cultura. Sugere uma irregularidade. Emiliano José fez parte do Conselho Estadual de Cultura, foi eleito seu presidente, nunca recebeu jeton nenhum e, antes de ser nomeado para o Conselho da EGBA, foi exonerado do Conselho de Cultura, o que é facilmente comprovável.

A reportagem é safada. Chega a afirmar que Emiliano José é “ex-guerrilheiro”. Emiliano José nunca foi “guerrilheiro”. A menção é uma grande palhaçada. Emiliano José foi líder estudantil secundarista em São Paulo, vice-presidente da UBES, trabalhava desde os 15 anos de idade como bancário, primeiro como office-boy, depois como escriturário, entrou na clandestinidade para preservar a vida, e acabou preso em Salvador, onde foi barbaramente torturado e encarcerado por quatro anos. Mas, há uma evidente tentativa da revista de banalizar a justa indenização de Emiliano José. Chama de “salário mensal” a prestação continuada determinada pela Lei da Anistia. Com justiça, Emiliano foi indenizado por ter uma carreira de bancário interrompida e por ter seus direitos violados de maneira bárbara. O autor do texto é muito ignorante ou tem má-fé.

Emiliano José não pode ser colocado em contraposição a processos inconclusos de outras pessoas. Isso é uma indignidade. Fica até parecendo que é culpado por ter sido torturado e preso. A intenção da revista é clara. Mais absurdo ainda é contrapor o caso de Emiliano José ao de Ana Montenegro, uma dirigente profissional do Partido Comunista Brasileiro que se exilou desde o Golpe Militar de 1964, durante 15 anos, foi dirigente da Federação Internacional de Mulheres, retornou com a Anistia e continuou na luta. Ana Montenegro deveria mesmo ser indenizada, com alguns milhões de reais. Aliás, seu genro Renato Pinheiro, casado com Sônia Carmo, filha de Ana Montenegro, é colunista da revista Metrópole e assina artigo na mesma edição. Bastaria ao jornalista “Da Redação” apurar a verdade com os dois. Assim como bastaria consultar o site de Emiliano José para fazer jornalismo. Mas, a intenção era outra. A revista Metrópole segue os passos da decaída revista Veja e da imoralidade que é o jornalismo da Rede Globo.

O irônico de tudo isso é que Mário Kertész, que é dono de uma revista que tenta desmoralizar os que lutaram contra a ditadura, enriqueceu durante a ditadura, como tocador de obra de ACM e depois como prefeito nomeado. Tão ordinária quanto a “reportagem” que tenta desmoralizar a Lei da Anistia é a opinião de Mário Kertész na última página. Ele dá a maior força para o professor Antônio Natalino, aquele que em destempero verbal disse que os baianos têm Q.I. baixo e tocam berimbau por que o instrumento tem uma corda só. Em vez de criticar o desequilibrado professor critica os jovens negros que foram às ruas protestar.

posted by Oldack Miranda/

Comments:
Mário está certo em tudo o que disse, sem tirar nem por. E Natalino também; poderia ele(Natalino) ter ído devegar, tentar mostrar que se não pouco inteligentes, no mínimo preguiçosos são muitos desses alunos, porque a media que tiveram nas provas não o desmentem. Qto aos "negros", é voce que está falando...Mário tem verdadeira bronca dos que tem preconceito racial, qualquer um. Ele nem sabe que estou escrevendo e nem me conhece pessoalmente. Apenas comento alguns de seus posts em seu blog, por sinal, muito bom.
 
E o Mário ainda recomenda aos seus eleitores e ouvintes, o seu blog como uma boa opção de leitura política!!! ELE, sempre soube ser seu amigo. Se há uma coisa que eu não entendo nem aceito é a ingratidão. Mário não merecia isto e mais: A Revista Metrópole òbviamente que não é igual às tantas que estão por aí, ele próprio diz isto. A intenção é esta: dizer o que muitos por falta de coragem ou covardia não dizem. Qto a essas pensões absurdas, a Revista também tem razão. É uma vergonha mesmo!Cada caso absurdo! Desculpe-me, mas acho que Mário merece um pedido de desculpas, por suas palavras tão pesadas. Pense nisso! HP
 
Ouvi no programa de rádio dele, absurdos, até fez as contas do salário de Emiliano, fiquei irada.

Muito boa resposta, Oldack, você sempre afiado, irretocável profissional.

E muito importante, fiel: Você é AMIGO DOS SEUS AMIGOS.

Um grande abraço com admiração.

selenia
 
Me desculpe, mas Mário está completamente errado. Acho que um pseudo-jornalista como ele, apesar de toda uma multidão de bajuladores e adeptos que fazem os mais cegos elogios a este demagogo do rádio baiano, talvez em troca de um espacinho nas entrevistas da rádio, deveria ser criticado mesmo. E, Oldack, francamente, você é amigo do Mário Kertèsz? O cara é de direita, abra o olho!! O cara foi afilhado de ACM, é um dos caras mais astutos e traiçoeiros de toda a história da Bahia, e você ainda diz que a rádio dele é respeitada?

Lembre-se que José Dirceu e José Genoíno também apoiou caras tão "íntegros" quanto Kertèsz, como os "respeitáveis" Marcos Valério e Waldomiro Diniz, e se deram muito mal.

A revista Metrópole, a rádio Metrópole, tudo, tudo, cheira a mutreta, com exceção dos coitados dos profissionais que apenas por uma questão de oportunidade estão lá. Talvez eles sejam honestos. Mas isso não quer dizer que a Rádio Metrópole e seu jornal (ex-revista) sejam honestos no conjunto da obra. Trata-se de uma EMPRESA DESONESTA, nascida de uma LAVAGEM DE DIREITO PÚBLICO - como se cultiva a memória curta neste país - , portanto não é por meia dúzia de radialistas ou repórteres honestos, que apenas ganham o pão numa rádio que os contratou por algum acaso, que fará a Rádio Metrópole uma rádio honesta.

Quanto àqueles que defendem Mário Kertèsz, todos os meus lamentos, todos os meus pêsames, e que se preparem para a avaliação dolorosa do juízo da História, que manda para o limbo do futuro os canalhas e os ingênuos que são badalados hoje em dia.
 
ESSE SENHOR DEVERIA RESPEITAR MAS OS AGENTES DE SAUDE QUEM DEVERIA CAIR NA PORRADA É ELE ACABOU A CIDADE QUANDO FOI PREFEITO RESPEITE NOS SER MARIO FALA BESTEIRA
 
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