9 de março de 2007
Jornalismo-fofoca na Folha de S. Paulo
A coluna Painel da Folha de quinta-feira (08/03/07) faz, na nota intitulada "Ombudsman", uma leitura deformada do comentário do ex-ministro José Dirceu sobre o PAC da Educação, publicado no blog no dia 6 de março. Zé Dirceu não criticou o ministro Fernando Haddad. Apenas disse que naquela entrevista específica ele ficou restrito às questões da educação básica e, nesse sentido, foi vago.
Zé Dirceu ressaltou: “Não é verdade que me oponho à sua permanência na pasta da Educação. E muito menos verdadeira ainda é a afirmação da nota de que não tenho dado sossego ao ministro. Como cidadão e militante sou um admirador de Fernando Haddad. Uma das maiores revelações de sua geração. O conheço desde da campanha pelo Fora Collor e considero exemplar, criativa e bem sucedida a sua gestão no Ministério da Educação. Basta ver o sucesso do Prouni e a aprovação do Fundeb”.
Como afirma Zé Dirceu em seu blog, o resto é fofoca, intriga política e jornalismo rasteiro e sensacionalista. Realmente, a Folha precisa e muito de um ombudsman...
PÁTRIA MINEIRA
Já na nota intitulada "Pátria Mineira" não se trata de fofoca não. Leia a nota:
"Na inauguração da reforma da centenária praça Rui Barbosa, em Belo Horizonte, o prefeito Fernando Pimentel (PT) discursava quando se dirigiu ao Governador Aécio Neves (PSDB): "Presi...Parou na segunda sílaba e todos caíram na risada".
Afinal, estão rindo do quê?
Nos bastidores da política mineira sabe-se que o prefeito petista alimenta um projeto de aliança com o governador tucano. Aécio presidente, Fernando Pimentel governador. Não foi à toa que por baixo do pano apoiou Aécio Neves para o governo logando no lixo a candidatura de seu partido.
Uma verdadeira traição ao PT. Quem viver verá.
Zé Dirceu ressaltou: “Não é verdade que me oponho à sua permanência na pasta da Educação. E muito menos verdadeira ainda é a afirmação da nota de que não tenho dado sossego ao ministro. Como cidadão e militante sou um admirador de Fernando Haddad. Uma das maiores revelações de sua geração. O conheço desde da campanha pelo Fora Collor e considero exemplar, criativa e bem sucedida a sua gestão no Ministério da Educação. Basta ver o sucesso do Prouni e a aprovação do Fundeb”.
Como afirma Zé Dirceu em seu blog, o resto é fofoca, intriga política e jornalismo rasteiro e sensacionalista. Realmente, a Folha precisa e muito de um ombudsman...
PÁTRIA MINEIRA
Já na nota intitulada "Pátria Mineira" não se trata de fofoca não. Leia a nota:
"Na inauguração da reforma da centenária praça Rui Barbosa, em Belo Horizonte, o prefeito Fernando Pimentel (PT) discursava quando se dirigiu ao Governador Aécio Neves (PSDB): "Presi...Parou na segunda sílaba e todos caíram na risada".
Afinal, estão rindo do quê?
Nos bastidores da política mineira sabe-se que o prefeito petista alimenta um projeto de aliança com o governador tucano. Aécio presidente, Fernando Pimentel governador. Não foi à toa que por baixo do pano apoiou Aécio Neves para o governo logando no lixo a candidatura de seu partido.
Uma verdadeira traição ao PT. Quem viver verá.
Comissão de Direitos Humanos da Bahia retorna ao PT
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia retornou ao PT (07/03/07). O presidente é o deputado estadual Yulo Oiticica, que tem reconhecido trabalho na área, já presidiu a comissão e dela faz parte há oito anos. A Comissão de Direitos Humanos vai se reunir toda quarta-feira, às 10hs.
A atuação do deputado estadual Yulo Oiticica (PT) é marcada pela defesa e promoção dos direitos humanos. Seu mandato tem uma marca: "em defesa da vida". Yulo é autor da Lei que instituiu na Bahia o dia 26 de agosto como o Dia de Combate aos Homicídios e à Impunidade. Ele denunciou nacional e internacionalmente a ação criminosa dos grupos de extermínio e a violência policial que têm vitimado muitos jovens, pobres e negros nos bairros populares de Salvador e do interior da Bahia.
As denuncias feitas por Yulo sobre as violações aos direitos humanos fizeram com que a Bahia recebesse a relatora da ONU para Execuções Sumárias no Brasil em 2003, Asma Jahangir. Um momento marcante na atuação do deputado Yulo foi a entrega de um Dossiê da Violência na Bahia ao Papa João Paulo II em Roma, em 2000.
Yulo tem incentivado a formação de núcleos de direitos humanos no Estado. Participou ativamente da criação do Fórum de Direitos Humanos do município de Santo Antônio de Jesus. Colaborou na criação e fortalecimento do Movimento 11 de Dezembro, fundado pelas famílias e vítimas da explosão da fábrica de Fogos de artifício ocorrida no ano de 1998 no município de Santo Antônio de Jesus (BA), que provocou a morte de 64 (sessenta e quatro) pessoas.
Yulo Oiticica está empenhado na participação da Bahia na elaboração do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos que a Secretaria Nacional de Direitos Humanos está implantando. Seu mandato parlamentar realizou, em 2004, o I Seminário na Bahia de Educação em Direitos Humanos. Atualmente articula a implantação do Programa Nacional de Defensores de Direitos Humanos.
Yulo é membro também do Conselho do PROVITA (Programa de Assistência às Testemunhas e Vítimas de Violência), conselheiro da ong Estado de Paz com sede na Bahia e membro titular do Conselho Estadual de Direitos Humanos.
Yulo Oiticica dignifica o Parlamento.
A atuação do deputado estadual Yulo Oiticica (PT) é marcada pela defesa e promoção dos direitos humanos. Seu mandato tem uma marca: "em defesa da vida". Yulo é autor da Lei que instituiu na Bahia o dia 26 de agosto como o Dia de Combate aos Homicídios e à Impunidade. Ele denunciou nacional e internacionalmente a ação criminosa dos grupos de extermínio e a violência policial que têm vitimado muitos jovens, pobres e negros nos bairros populares de Salvador e do interior da Bahia.
As denuncias feitas por Yulo sobre as violações aos direitos humanos fizeram com que a Bahia recebesse a relatora da ONU para Execuções Sumárias no Brasil em 2003, Asma Jahangir. Um momento marcante na atuação do deputado Yulo foi a entrega de um Dossiê da Violência na Bahia ao Papa João Paulo II em Roma, em 2000.
Yulo tem incentivado a formação de núcleos de direitos humanos no Estado. Participou ativamente da criação do Fórum de Direitos Humanos do município de Santo Antônio de Jesus. Colaborou na criação e fortalecimento do Movimento 11 de Dezembro, fundado pelas famílias e vítimas da explosão da fábrica de Fogos de artifício ocorrida no ano de 1998 no município de Santo Antônio de Jesus (BA), que provocou a morte de 64 (sessenta e quatro) pessoas.
Yulo Oiticica está empenhado na participação da Bahia na elaboração do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos que a Secretaria Nacional de Direitos Humanos está implantando. Seu mandato parlamentar realizou, em 2004, o I Seminário na Bahia de Educação em Direitos Humanos. Atualmente articula a implantação do Programa Nacional de Defensores de Direitos Humanos.
Yulo é membro também do Conselho do PROVITA (Programa de Assistência às Testemunhas e Vítimas de Violência), conselheiro da ong Estado de Paz com sede na Bahia e membro titular do Conselho Estadual de Direitos Humanos.
Yulo Oiticica dignifica o Parlamento.
8 de março de 2007
ACM ESTÁ MORRENDO
O senador ACM acaba de ser transferido para a UTI do InCor do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Foi internado ontem, quarta-feira, 7, para exames depois de apresentar febre decorrente de uma gripe. A notícia é da Folha Online.
Aos 79 anos ACM está morrendo. Com pneumonia, está ingerindo altas doses de antibióticos. Mas, além da pneumonia, os médicos diagnosticaram um agravamento da disfunção renal por conta do quadro respiratório e de seu histórico clínico: idade provecta, doenças pregressas.
O Boletim Médico informa que ACM ainda mantém sua capacidade cognitiva.
O que ele não mantém mais é sua liderança política. Acabou. A matéria da Folha de S. Paulo (05/03/07) é sintomática: “Sem perspectiva de poder, aliados de ACM saem em retirada do PFL”.
Ou seja, os abutres estão em debandada. É por isso que digo: ACM está morrendo.
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O PFL da Bahia vem enfrentando uma debandada desde que perdeu as eleições para o governo do Estado e a prefeitura de Salvador. O principal reflexo do esvaziamento está na bancada da Câmara: cinco pefelistas deixaram a legenda nos últimos dois anos. Todos aliados do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Do início da legislatura até agora, 3 dos 13 deputados eleitos pelo PFL da Bahia trocaram a sigla por partidos aliados ao governo Lula. Jusmari Oliveira, Tonha Magalhães e José Rocha migraram para o PR logo após a posse.
A expectativa é que o número aumente. Comenta-se que o próximo a abandonar o barco será o deputado Cláudio Cajado (PFL-BA). O grupo inclui ainda os deputados José Carlos Araújo e Marcelo Guimarães --que foram para o PR e PMDB, respectivamente-- que deixaram o PFL antes mesmo das eleições.
Em comum, esses deputados têm o fato de serem ligados ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Todos juram que a troca de partido não significa rompimento com o senador, mas de busca de mais espaço político. "Não acredito nessa versão de que há um rompimento com ACM. Sou do grupo dele e sai para poder pegar um partido a mais para o grupo", disse o deputado José Carlos Araújo, o primeiro a fazer as malas do PFL.
Nos bastidores, a versão que mais se alimenta é que o grupo deixou o PFL orientado pelo próprio ACM para garantir espaço no governo federal. A opção da maioria pelo PR seria um sinal disso. A exemplo do PTB no primeiro governo Lula, o partido vem abrigando descontentes na oposição com a promessa de cargos, o que tem chamado a atenção das demais siglas. "Nós ainda teremos que fazer uma CPI para investigar isso", tem afirmado o deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ).
O senador admite a debandada, mas rejeita a tese de que estaria estimulando o troca-troca. Por meio da assessoria, o senador disse que a saída de seus aliados do partido faz com que a bancada baiana perca força no partido e, portanto, não o agrada. Quanto mais parlamentares o PFL baiano perder, pior.
O deputado José Rocha disse que o problema é a falta de oportunidades que o PFL nacional oferece ao grupo. "O partido não está conseguindo conter seus filiados. Eu tenho quatro mandatos e nunca tive espaço no partido, nunca fui convidado para relatar um projeto, presidir uma comissão. São sempre os mesmos, sempre um grupinho e quem não pertence a ele se sente desprestigiado", afirmou.
Rocha é um dos que garante que não houve rompimento com ACM. "Não há nenhuma insatisfação com o senador. O PR é coligado na Bahia com o PFL", afirmou. A falta de oportunidade seria fruto da rivalidade do grupo do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), presidente nacional do partido, com o de ACM.
Para o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), a explicação é simples. "O PFL baiano não tem poder nenhum, não tem a prefeitura nem o governo. A debandada é conseqüência natural da falta de poder do grupo", disse.
Aos 79 anos ACM está morrendo. Com pneumonia, está ingerindo altas doses de antibióticos. Mas, além da pneumonia, os médicos diagnosticaram um agravamento da disfunção renal por conta do quadro respiratório e de seu histórico clínico: idade provecta, doenças pregressas.
O Boletim Médico informa que ACM ainda mantém sua capacidade cognitiva.
O que ele não mantém mais é sua liderança política. Acabou. A matéria da Folha de S. Paulo (05/03/07) é sintomática: “Sem perspectiva de poder, aliados de ACM saem em retirada do PFL”.
Ou seja, os abutres estão em debandada. É por isso que digo: ACM está morrendo.
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O PFL da Bahia vem enfrentando uma debandada desde que perdeu as eleições para o governo do Estado e a prefeitura de Salvador. O principal reflexo do esvaziamento está na bancada da Câmara: cinco pefelistas deixaram a legenda nos últimos dois anos. Todos aliados do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Do início da legislatura até agora, 3 dos 13 deputados eleitos pelo PFL da Bahia trocaram a sigla por partidos aliados ao governo Lula. Jusmari Oliveira, Tonha Magalhães e José Rocha migraram para o PR logo após a posse.
A expectativa é que o número aumente. Comenta-se que o próximo a abandonar o barco será o deputado Cláudio Cajado (PFL-BA). O grupo inclui ainda os deputados José Carlos Araújo e Marcelo Guimarães --que foram para o PR e PMDB, respectivamente-- que deixaram o PFL antes mesmo das eleições.
Em comum, esses deputados têm o fato de serem ligados ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Todos juram que a troca de partido não significa rompimento com o senador, mas de busca de mais espaço político. "Não acredito nessa versão de que há um rompimento com ACM. Sou do grupo dele e sai para poder pegar um partido a mais para o grupo", disse o deputado José Carlos Araújo, o primeiro a fazer as malas do PFL.
Nos bastidores, a versão que mais se alimenta é que o grupo deixou o PFL orientado pelo próprio ACM para garantir espaço no governo federal. A opção da maioria pelo PR seria um sinal disso. A exemplo do PTB no primeiro governo Lula, o partido vem abrigando descontentes na oposição com a promessa de cargos, o que tem chamado a atenção das demais siglas. "Nós ainda teremos que fazer uma CPI para investigar isso", tem afirmado o deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ).
O senador admite a debandada, mas rejeita a tese de que estaria estimulando o troca-troca. Por meio da assessoria, o senador disse que a saída de seus aliados do partido faz com que a bancada baiana perca força no partido e, portanto, não o agrada. Quanto mais parlamentares o PFL baiano perder, pior.
O deputado José Rocha disse que o problema é a falta de oportunidades que o PFL nacional oferece ao grupo. "O partido não está conseguindo conter seus filiados. Eu tenho quatro mandatos e nunca tive espaço no partido, nunca fui convidado para relatar um projeto, presidir uma comissão. São sempre os mesmos, sempre um grupinho e quem não pertence a ele se sente desprestigiado", afirmou.
Rocha é um dos que garante que não houve rompimento com ACM. "Não há nenhuma insatisfação com o senador. O PR é coligado na Bahia com o PFL", afirmou. A falta de oportunidade seria fruto da rivalidade do grupo do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), presidente nacional do partido, com o de ACM.
Para o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), a explicação é simples. "O PFL baiano não tem poder nenhum, não tem a prefeitura nem o governo. A debandada é conseqüência natural da falta de poder do grupo", disse.
Ibsen Pinheiro volta à Câmara para vergonha da mídia
Ibsen Pinheiro retornou hoje (quinta-feira, 8) à Câmara Federal, depois de uma ausência de 13 anos. Em 1994 foi cassado pela CPI que investigou os Anões do Orçamento. A Câmara Federal casou o mandato de Ibsen Pinheiro por pressão da imprensa. Mas, em 2000 o Supremo Tribunal Federal o inocentou de todas as acusações.
Toda a grande imprensa estampava em manchetes panfletárias as acusações infundadas contra Ibsen Pinheiro. Depois que foi inocentado, a grande imprensa registrou a notícia no pé da página. A mais vergonhosa foi a revista Veja. Mas, todos os jornais repetiram as tendenciosas manchetes distribuídas pelas agências de notícia.
Diga ele o que disser, o retorno de Ibsen Pinheiro representa uma porretada na mídia.
Como presidente da Câmara dos Deputados, em 1992, conduziu o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, recentemente empossado como senador de Alagoas pelo PTB.
Gaúcho de São Borja, como Getúlio Vargas e João Goulart, jornalista, advogado e procurador de Justiça aposentado, Ibsen Pinheiro voltou à tribuna e ao cenário político nacional aos 69 anos.
Jornalistas, editores, redatores, diretores, proprietários e acionistas de jornais deviam botar a mão na consciência.
Toda a grande imprensa estampava em manchetes panfletárias as acusações infundadas contra Ibsen Pinheiro. Depois que foi inocentado, a grande imprensa registrou a notícia no pé da página. A mais vergonhosa foi a revista Veja. Mas, todos os jornais repetiram as tendenciosas manchetes distribuídas pelas agências de notícia.
Diga ele o que disser, o retorno de Ibsen Pinheiro representa uma porretada na mídia.
Como presidente da Câmara dos Deputados, em 1992, conduziu o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, recentemente empossado como senador de Alagoas pelo PTB.
Gaúcho de São Borja, como Getúlio Vargas e João Goulart, jornalista, advogado e procurador de Justiça aposentado, Ibsen Pinheiro voltou à tribuna e ao cenário político nacional aos 69 anos.
Jornalistas, editores, redatores, diretores, proprietários e acionistas de jornais deviam botar a mão na consciência.
Delúbio Soares afirma que um dia a verdade será restabelecida
Durante almoço com a família do editor-geral do Diário da Manhã (DM), Batista Custódio, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, diz que a verdade será restabelecida, que trabalhou por uma causa e que ainda é cedo para indicar nomes à sucessão presidencial.
“Tenho paz de consciência porque trabalhei por uma causa, por um projeto. Toda a verdade será restabelecida.”
Delúbio Soares falou à imprensa pela primeira vez em quase dois anos, desde que matou no peito todas as denúncias de que o PT utilizou caixa dois nas campanhas eleitorais de 2002 e 2004.
As poucas declarações do ex-tesoureiro do partido, ainda consciente de que o silêncio é seu maior trunfo, foram dadas à reportagem domingo último (4), durante almoço em família na casa do jornalista Batista Custódio.
À vontade, com a camisa do São Paulo, time do coração, Delúbio chegou à residência do editor-geral do Diário da Manhã por volta das 10 horas e conversou animadamente até as 14 horas.
Falou da infância humilde na pequena Buriti Alegre, região sudoeste do Estado, onde os pais, Antônio Soares de Castro, seu Catonho, de 76 anos, e Jamira Soares, 72, vivem em uma fazenda – a mãe faz queijos e cuida do galinheiro; o pai, de algumas poucas cabeças de gado.
SEM OSTENTAÇÃO DE RIQUEZA
Delúbio vive em São Paulo com a companheira Mônica Valente, ex-secretária de Assuntos Institucionais do PT nacional e ex-secretária de Administração do município de São Paulo na gestão de Martha Suplicy.
Mora em um apartamento cedido pela sogra. Mas visita Buriti Alegre com freqüência. “Venho pelo menos uma vez por mês porque meus pais estão convalescentes”, resume o ex-tesoureiro, que não ostenta sinais de riqueza.
A última aparição pública de Delúbio em Goiânia foi no início dos trabalhos da Câmara Municipal, dia 15 de fevereiro. Sua passagem causou frisson entre vereadores e jornalistas.
Mas o ex-tesoureiro entrou mudo e saiu calado, incessantemente perseguido por microfones e flashes. Pressionado pela família, Delúbio foi dar um abraço no irmão Carlos Soares, que assumia cargo no Legislativo municipal em vaga aberta com a eleição de Humberto Aidar (PT) para a Assembléia Legislativa.
“Foi uma repercussão exagerada”, estranha. “Eu tinha de ir lá senão magoaria meu pai, minha mãe e meu irmão. Para a família era importante”, disse.
Delúbio atualmente vive a expectativa dos desdobramentos da investigação sobre o uso de caixa dois (ele prefere dinheiro não contabilizado) nas campanhas petistas de 2002 e 2004.
Seu nome foi incluído como um dos membros do “núcleo principal” do grupo de 40 petistas e aliados denunciados pelo procurador- geral da República, Antonio Fernando Souza.
A peça de 136 páginas foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 30 de março de 2006 e defende a tese da existência do “mensalão”. O futuro de Delúbio está nas mãos do ministro Joaquim Barbosa.
STF NÃO ACEITOU DENÚNCIA
“A denúncia sequer foi aceita pelo Supremo”, adverte, e lembra que já fez defesa prévia. Além de Delúbio, a denúncia pede o indiciamento de figuras como o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, os publicitários Duda Mendonça e Marcos Valério, o deputado cassado Roberto Jefferson e vários ilustres petistas.
Expulso do PT no dia 22 de outubro de 2005, com 37 votos contra 16 - favoráveis a uma suspensão por três anos -, Delúbio, ao contrário de José Dirceu, prefere não falar em anistia. Também não demonstra mágoa. Tem a certeza de que, ao ser lançado aos abutres, serviu a objetivos maiores na era Lula, entre eles cita a redução das desigualdades sociais.
Demonstra a mesma lealdade canina ao presidente e ao “projeto” que o fizeram assumir sozinho, pessoa física, as negociações sobre os empréstimos do “dinheiro não contabilizado” para saldar dívidas do PT com campanhas e aliados.
Os recursos, à época R$ 40 milhões, foram inseridos nas contas eleitorais em declarações retificadoras entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Delúbio acha prematuro discutir a sucessão presidencial neste momento em que se discute a possibilidade de Lula disputar um terceiro mandato ou de se aprovar a realização de plebiscito para a adoção do parlamentarismo. Recusa-se a citar nomes. Limita-se a informar que no PT há vários.
Para ele, as eleições municipais de 2008 serão fundamentais para as definições e para o momento político nacional. Delúbio sugere que o pleito revelará muito do caminho que o eleitor deverá seguir em 2010 e que o PT deverá formar um exército de prefeitos e vereadores, principalmente no interior, onde as máquinas atuam com menor intensidade.
DE EXECRADO A POR STAR
A euforia causada pela passagem de Delúbio Soares na Câmara de Goiânia no dia 15 de fevereiro revela um aspecto inusitado da vida do ex-tesoureiro do PT. Ele virou celebridade. Ele é parado na rua por pessoas que querem cumprimentá-lo.
Recentemente, passeava pelo Goiânia Shopping quando notou que era seguido por um grupo de quatro adolescentes. Virou-se e perguntou se havia algum problema. Foi surpreendido com um pedido de autógrafo. Concedeu, mas quando lhe sugeriram uma foto juntos achou que já era demais.
Outro episódio aconteceu no jogo entre Itumbiara e Goiás, pela 3ª rodada do Campeonato Goiano, em 17 de fevereiro. Convidado pelo cantor Marrone, foi ao município do extremo sul goiano. Lá, o prefeito José Gomes (PMDB) chamou-o para ir ao gramado dar o pontapé inicial na partida. Hesitou. Mas cedeu, e para seu espanto foi saudado com gritos e aplausos pelos 10 mil torcedores que viram o time do interior vencer por 2 a 1 a forte equipe da Capital.
Apesar das manifestações espontâneas e amigáveis que recebe nas ruas, Delúbio não acha que é hora de se mostrar. Disse ao DM algumas palavras e só depois de muita insistência.
À mesa, na casa do jornalista Batista Custódio, na companhia dos empresários Imara Custódio e Geovane Gonçalves, filha e genro de Batista, da anfitriã Marly Vieira e dos pequenos João do Sonho e Maria do Céu, filhos de Batista, falou de seu modo simples de vida. “Não mudei”, disse, entre uma e outra garfada de mandioca com feijão tropeiro e churrasco comandado pelo irmão de Batista, Previsto Custódio.
PERFIL
Delúbio Soares
Homenagem ao sanfoneiro
A escolha do nome Delúbio guarda uma história curiosa, porém bastante comum no interior do País. Em nada tem a ver com a esdrúxula definição de um conhecido astrólogo brasileiro que vaticinou originar-se do latim e significar dilúvio.
Num arrasta-pé comum no interior goiano na década de 50, o pai, Antônio Soares, gostou muito do sanfoneiro. Perguntou-lhe o nome: – É Danúbio. No meio do barulho, entendeu Delúbio. Algumas semanas depois, às 14 horas do dia 16 de outubro de 1955, nascia o segundo filho, e também era homem.
Seu Antônio, humilde, foi ao cartório e fez questão de homenagear o sanfoneiro.
Delúbio hoje tem uma rotina simples. Para sobreviver, dá aulas particulares de Matemática, no próprio apartamento ou na casa do aluno. Não participa de eventos públicos, restringindo-se ao convívio familiar.
Apreciador de música, aderiu à tecnologia do iPod, transferindo o conteúdo de todos os seus CDs para o aparelhinho. Pescar e cozinhar são outras paixões. Sempre que está em Buriti Alegre pode ser encontrado na beira do rio ou do fogão. Em São Paulo, não perde os jogos do Campeonato Goiano pela DMTV.
Apesar da origem humilde, Delúbio conseguiu formar-se e virou professor de Matemática. É um dos fundadores do PT em Goiás. Iniciou sua militância política na década de 70, no Movimento da Anistia, em Goiânia. Tornou-se sindicalista no antigo Centro dos Professores de Goiás (CPG), depois convertido no Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego).
No CPG foi eleito delegado ao Congresso de Fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983. Foi presidente da CUT no final da década de 80 e conselheiro do FAT indicado pela central no governo Fernando Henrique Cardoso.
Foi tesoureiro das campanhas de Lula em 1989, 1998 e 2002. Em 1994, coordenou a campanha de Luiz Antônio de Carvalho (PT) ao governo de Goiás.
FONTE:
http://www.dm.com.br/impresso.php?id=176007&edicao=7060&edicao=7060
Transcrito do blog POR UM NOVO BRASIL
http://por1novobrasil.blogspot.com/
“Tenho paz de consciência porque trabalhei por uma causa, por um projeto. Toda a verdade será restabelecida.”
Delúbio Soares falou à imprensa pela primeira vez em quase dois anos, desde que matou no peito todas as denúncias de que o PT utilizou caixa dois nas campanhas eleitorais de 2002 e 2004.
As poucas declarações do ex-tesoureiro do partido, ainda consciente de que o silêncio é seu maior trunfo, foram dadas à reportagem domingo último (4), durante almoço em família na casa do jornalista Batista Custódio.
À vontade, com a camisa do São Paulo, time do coração, Delúbio chegou à residência do editor-geral do Diário da Manhã por volta das 10 horas e conversou animadamente até as 14 horas.
Falou da infância humilde na pequena Buriti Alegre, região sudoeste do Estado, onde os pais, Antônio Soares de Castro, seu Catonho, de 76 anos, e Jamira Soares, 72, vivem em uma fazenda – a mãe faz queijos e cuida do galinheiro; o pai, de algumas poucas cabeças de gado.
SEM OSTENTAÇÃO DE RIQUEZA
Delúbio vive em São Paulo com a companheira Mônica Valente, ex-secretária de Assuntos Institucionais do PT nacional e ex-secretária de Administração do município de São Paulo na gestão de Martha Suplicy.
Mora em um apartamento cedido pela sogra. Mas visita Buriti Alegre com freqüência. “Venho pelo menos uma vez por mês porque meus pais estão convalescentes”, resume o ex-tesoureiro, que não ostenta sinais de riqueza.
A última aparição pública de Delúbio em Goiânia foi no início dos trabalhos da Câmara Municipal, dia 15 de fevereiro. Sua passagem causou frisson entre vereadores e jornalistas.
Mas o ex-tesoureiro entrou mudo e saiu calado, incessantemente perseguido por microfones e flashes. Pressionado pela família, Delúbio foi dar um abraço no irmão Carlos Soares, que assumia cargo no Legislativo municipal em vaga aberta com a eleição de Humberto Aidar (PT) para a Assembléia Legislativa.
“Foi uma repercussão exagerada”, estranha. “Eu tinha de ir lá senão magoaria meu pai, minha mãe e meu irmão. Para a família era importante”, disse.
Delúbio atualmente vive a expectativa dos desdobramentos da investigação sobre o uso de caixa dois (ele prefere dinheiro não contabilizado) nas campanhas petistas de 2002 e 2004.
Seu nome foi incluído como um dos membros do “núcleo principal” do grupo de 40 petistas e aliados denunciados pelo procurador- geral da República, Antonio Fernando Souza.
A peça de 136 páginas foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 30 de março de 2006 e defende a tese da existência do “mensalão”. O futuro de Delúbio está nas mãos do ministro Joaquim Barbosa.
STF NÃO ACEITOU DENÚNCIA
“A denúncia sequer foi aceita pelo Supremo”, adverte, e lembra que já fez defesa prévia. Além de Delúbio, a denúncia pede o indiciamento de figuras como o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, os publicitários Duda Mendonça e Marcos Valério, o deputado cassado Roberto Jefferson e vários ilustres petistas.
Expulso do PT no dia 22 de outubro de 2005, com 37 votos contra 16 - favoráveis a uma suspensão por três anos -, Delúbio, ao contrário de José Dirceu, prefere não falar em anistia. Também não demonstra mágoa. Tem a certeza de que, ao ser lançado aos abutres, serviu a objetivos maiores na era Lula, entre eles cita a redução das desigualdades sociais.
Demonstra a mesma lealdade canina ao presidente e ao “projeto” que o fizeram assumir sozinho, pessoa física, as negociações sobre os empréstimos do “dinheiro não contabilizado” para saldar dívidas do PT com campanhas e aliados.
Os recursos, à época R$ 40 milhões, foram inseridos nas contas eleitorais em declarações retificadoras entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Delúbio acha prematuro discutir a sucessão presidencial neste momento em que se discute a possibilidade de Lula disputar um terceiro mandato ou de se aprovar a realização de plebiscito para a adoção do parlamentarismo. Recusa-se a citar nomes. Limita-se a informar que no PT há vários.
Para ele, as eleições municipais de 2008 serão fundamentais para as definições e para o momento político nacional. Delúbio sugere que o pleito revelará muito do caminho que o eleitor deverá seguir em 2010 e que o PT deverá formar um exército de prefeitos e vereadores, principalmente no interior, onde as máquinas atuam com menor intensidade.
DE EXECRADO A POR STAR
A euforia causada pela passagem de Delúbio Soares na Câmara de Goiânia no dia 15 de fevereiro revela um aspecto inusitado da vida do ex-tesoureiro do PT. Ele virou celebridade. Ele é parado na rua por pessoas que querem cumprimentá-lo.
Recentemente, passeava pelo Goiânia Shopping quando notou que era seguido por um grupo de quatro adolescentes. Virou-se e perguntou se havia algum problema. Foi surpreendido com um pedido de autógrafo. Concedeu, mas quando lhe sugeriram uma foto juntos achou que já era demais.
Outro episódio aconteceu no jogo entre Itumbiara e Goiás, pela 3ª rodada do Campeonato Goiano, em 17 de fevereiro. Convidado pelo cantor Marrone, foi ao município do extremo sul goiano. Lá, o prefeito José Gomes (PMDB) chamou-o para ir ao gramado dar o pontapé inicial na partida. Hesitou. Mas cedeu, e para seu espanto foi saudado com gritos e aplausos pelos 10 mil torcedores que viram o time do interior vencer por 2 a 1 a forte equipe da Capital.
Apesar das manifestações espontâneas e amigáveis que recebe nas ruas, Delúbio não acha que é hora de se mostrar. Disse ao DM algumas palavras e só depois de muita insistência.
À mesa, na casa do jornalista Batista Custódio, na companhia dos empresários Imara Custódio e Geovane Gonçalves, filha e genro de Batista, da anfitriã Marly Vieira e dos pequenos João do Sonho e Maria do Céu, filhos de Batista, falou de seu modo simples de vida. “Não mudei”, disse, entre uma e outra garfada de mandioca com feijão tropeiro e churrasco comandado pelo irmão de Batista, Previsto Custódio.
PERFIL
Delúbio Soares
Homenagem ao sanfoneiro
A escolha do nome Delúbio guarda uma história curiosa, porém bastante comum no interior do País. Em nada tem a ver com a esdrúxula definição de um conhecido astrólogo brasileiro que vaticinou originar-se do latim e significar dilúvio.
Num arrasta-pé comum no interior goiano na década de 50, o pai, Antônio Soares, gostou muito do sanfoneiro. Perguntou-lhe o nome: – É Danúbio. No meio do barulho, entendeu Delúbio. Algumas semanas depois, às 14 horas do dia 16 de outubro de 1955, nascia o segundo filho, e também era homem.
Seu Antônio, humilde, foi ao cartório e fez questão de homenagear o sanfoneiro.
Delúbio hoje tem uma rotina simples. Para sobreviver, dá aulas particulares de Matemática, no próprio apartamento ou na casa do aluno. Não participa de eventos públicos, restringindo-se ao convívio familiar.
Apreciador de música, aderiu à tecnologia do iPod, transferindo o conteúdo de todos os seus CDs para o aparelhinho. Pescar e cozinhar são outras paixões. Sempre que está em Buriti Alegre pode ser encontrado na beira do rio ou do fogão. Em São Paulo, não perde os jogos do Campeonato Goiano pela DMTV.
Apesar da origem humilde, Delúbio conseguiu formar-se e virou professor de Matemática. É um dos fundadores do PT em Goiás. Iniciou sua militância política na década de 70, no Movimento da Anistia, em Goiânia. Tornou-se sindicalista no antigo Centro dos Professores de Goiás (CPG), depois convertido no Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego).
No CPG foi eleito delegado ao Congresso de Fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983. Foi presidente da CUT no final da década de 80 e conselheiro do FAT indicado pela central no governo Fernando Henrique Cardoso.
Foi tesoureiro das campanhas de Lula em 1989, 1998 e 2002. Em 1994, coordenou a campanha de Luiz Antônio de Carvalho (PT) ao governo de Goiás.
FONTE:
http://www.dm.com.br/impresso.php?id=176007&edicao=7060&edicao=7060
Transcrito do blog POR UM NOVO BRASIL
http://por1novobrasil.blogspot.com/
Sem credibilidade, EUA criticam direitos humanos no Brasil
O site da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República está em processo de renovação. A nova cara do site pode ser vista no endereço http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/.
A SEDH trata da articulação e implementação das políticas públicas voltadas para a proteção e promoção dos direitos humanos. Mantida em banho-morno no Governo FHC, a SEDH deu um espetacular avanço na área dos direitos humanos.
Basta ler “Por que Direitos Humanos”, da autoria de Nilmário Miranda, ex-ministro da SEDH, para perceber isso. E com Paulo Vannuchi continua a avançar.
Por razões óbvias, da parte de uma Nação que desrespeita acintosamente os direitos humanos com guerras, assassinatos em massa, prisões ilegais e torturas, o Departamento de Estado dos EUA, às vésperas da visita do presidente Bush, bombardeia a política dos direitos humanos do Brasil.
Falta aos EUA credibilidade para criticar impunidade a abusos cometidos pelas forças policiais brasileiras, mesmo que sejam verdadeiros.
O governo brasileiro não reconhece a legitimidade das críticas que constam do relatório sobre direitos humanos do Departamento de Estado norte-americano. "O governo brasileiro reafirma que não reconhece a legitimidade de relatórios elaborados unilateralmente por países, segundo critérios domésticos, muitas vezes de inspiração política", observou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
"Atitudes e avaliações unilaterais sobre tais temas são inaceitáveis, pois contrariam os princípios da universalidade e da não-seletividade dos direitos humanos", apontou o Itamaraty, acrescentando que o Brasil está aberto ao diálogo com todos os mecanismos de direitos humanos do mundo. Ao contrário dos EUA, o Brasil garante amplo acesso a todos os observadores de direitos humanos da ONU, e disse que "anima a todos os países, incluindo os Estados Unidos, a adotar a mesma postura".
Evidentemente, a divulgação do relatório dos EUA visa a constranger o Brasil durante a visita do presidente Bush, que invadiu o Iraque, promove verdadeira carnificina em Bagdá, mantém prisão ilegal com torturas a presos e chega a seqüestrar suspeitos estrangeiros no estrangeiro para submetê-los a torturas odiosas.
BUSH GOME HOME
A SEDH trata da articulação e implementação das políticas públicas voltadas para a proteção e promoção dos direitos humanos. Mantida em banho-morno no Governo FHC, a SEDH deu um espetacular avanço na área dos direitos humanos.
Basta ler “Por que Direitos Humanos”, da autoria de Nilmário Miranda, ex-ministro da SEDH, para perceber isso. E com Paulo Vannuchi continua a avançar.
Por razões óbvias, da parte de uma Nação que desrespeita acintosamente os direitos humanos com guerras, assassinatos em massa, prisões ilegais e torturas, o Departamento de Estado dos EUA, às vésperas da visita do presidente Bush, bombardeia a política dos direitos humanos do Brasil.
Falta aos EUA credibilidade para criticar impunidade a abusos cometidos pelas forças policiais brasileiras, mesmo que sejam verdadeiros.
O governo brasileiro não reconhece a legitimidade das críticas que constam do relatório sobre direitos humanos do Departamento de Estado norte-americano. "O governo brasileiro reafirma que não reconhece a legitimidade de relatórios elaborados unilateralmente por países, segundo critérios domésticos, muitas vezes de inspiração política", observou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
"Atitudes e avaliações unilaterais sobre tais temas são inaceitáveis, pois contrariam os princípios da universalidade e da não-seletividade dos direitos humanos", apontou o Itamaraty, acrescentando que o Brasil está aberto ao diálogo com todos os mecanismos de direitos humanos do mundo. Ao contrário dos EUA, o Brasil garante amplo acesso a todos os observadores de direitos humanos da ONU, e disse que "anima a todos os países, incluindo os Estados Unidos, a adotar a mesma postura".
Evidentemente, a divulgação do relatório dos EUA visa a constranger o Brasil durante a visita do presidente Bush, que invadiu o Iraque, promove verdadeira carnificina em Bagdá, mantém prisão ilegal com torturas a presos e chega a seqüestrar suspeitos estrangeiros no estrangeiro para submetê-los a torturas odiosas.
BUSH GOME HOME
7 de março de 2007
Estranho negócio entre MGI (leia-se Governo Aécio) e Banco Open gera ganho de 600% que foi parar em paraíso fiscal.UAU.
O Governo de Minas, o BDMG e a Cemig são acionistas da empresa que vendeu baixo créditos do Banco Open.
O fato: a Minas Gerais Participações (MGI), empresa subordinada à Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais, vendeu créditos do Banco Open por R$ 1,7 milhões. Sete meses depois, com a liquidação judicial já prevista, os mesmos papéis foram judicialmente valorizados em 12,4 milhões de reais. Deu na Folha de São Paulo do último domingo, dia 04/03, e hoje (06/03) os jornais mineiros já noticiam.
O beneficiário do ganho de mais de 600% em 7 meses, na certa um recorde mundial nesse tipo de coisa, é uma empresa chamada MPL Asset Management, que teria como proprietário Antônio Pinheiro Maciel e estaria registrada em “paraíso fiscal”, apesar da sede ser em Nova York.
Registre-se: a MGI tem como acionista o próprio governo mineiro, o BDMG e a CEMIG. A diretora-presidente da MGI, Isabel Souza, disse ao referido jornal que “optou por vender os créditos que pertenciam à estatal mineira (...), pois a pendência causaria prejuízos à empresa e não haveria sequer previsão nem a data de seu pagamento.”
Das duas uma: ou a justiça está muito ágil e previsível nos últimos tempos ou a presidenta da MGI está muito mal assessorada.
A leitura atenta da citada matéria deixa aberta a seguinte pergunta: a venda de tais créditos, nas condições em que se deu, não seria a tradicional operação-casada?
Aécio Neves tem muito o que explicar!!!
Fonte: site PT de Minas Gerais
http://www.ptmg.org.br/
O fato: a Minas Gerais Participações (MGI), empresa subordinada à Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais, vendeu créditos do Banco Open por R$ 1,7 milhões. Sete meses depois, com a liquidação judicial já prevista, os mesmos papéis foram judicialmente valorizados em 12,4 milhões de reais. Deu na Folha de São Paulo do último domingo, dia 04/03, e hoje (06/03) os jornais mineiros já noticiam.
O beneficiário do ganho de mais de 600% em 7 meses, na certa um recorde mundial nesse tipo de coisa, é uma empresa chamada MPL Asset Management, que teria como proprietário Antônio Pinheiro Maciel e estaria registrada em “paraíso fiscal”, apesar da sede ser em Nova York.
Registre-se: a MGI tem como acionista o próprio governo mineiro, o BDMG e a CEMIG. A diretora-presidente da MGI, Isabel Souza, disse ao referido jornal que “optou por vender os créditos que pertenciam à estatal mineira (...), pois a pendência causaria prejuízos à empresa e não haveria sequer previsão nem a data de seu pagamento.”
Das duas uma: ou a justiça está muito ágil e previsível nos últimos tempos ou a presidenta da MGI está muito mal assessorada.
A leitura atenta da citada matéria deixa aberta a seguinte pergunta: a venda de tais créditos, nas condições em que se deu, não seria a tradicional operação-casada?
Aécio Neves tem muito o que explicar!!!
Fonte: site PT de Minas Gerais
http://www.ptmg.org.br/
Blog Bahia de Fato na lista de Emir Sader. É a glória!
É a glória! Este Blog Bahia de Fato é o único endereço baiano que está incorporado à lista "Para nos informarmos melhor" postada no Blog do sociólogo Emir Sader, editado pela Agência Carta Maior. Até o momento, claro.A lista é construída a partir de indicações. Confira.
Fonte:Agência Carta Maior
Blog Emir Sader 03/03/2007
Para nos informarmos melhor - Lista de endereços
A consulta sobre fontes alternativas de informação recebeu um grande número de respostas, superando os 100 comentários.
Disponibilizamos agora a todos a lista elaborada a partir das sugestões. Esperamos que possa ser útil para todos e que possam reenviá-las para outras listas.
Se puderem, nos informem dos reenvios que consigam fazer, para sabermos que grau de divulgação estamos conseguindo.
Informar-nos melhor é condição de compreendermos melhor a realidade e podermos intervir de forma mais profunda e radical para a construção do outro mundo possível que buscamos.
Indicações dos leitores
SITES
http://www.fazendomedia.com/
http://www.correiocidadania.com.br/
http://www.sinpermiso.info/
http://www.rebelion.org/
http://www.telesurtv.net/
http://www.resistir.info/
http://linhasnomades.zip.net/
http://www.diariogauche.zip.net/
http://www.rsurgente.zip.net/
http://www.adital.org.br/
http://www.imprensamarrom.com.br/
http://www.franklinmartins.com.br/
http://terramagazine.terra.com.br/
http://www.novae.inf.br/
http://viomundo.globo.com/
http://www.lainsignia.org/
http://www.tie-brasil.org/noticias.php
http://www.zerofora.hpg.ig.com.br/
http://www.herramienta.com.ar/
http://www.afyl.org/articulos.html
Centro de Estudos Sociais Laboratório Associado Faculdade de Economia - Universidade de Coimbra - http://www.ces.fe.uc.pt
CUBA Debate - http://www.cubadebate.cu/
Núcleo de Estudos do Futuro - http://www.nef.org.br/
RedMarx - http://www.redmarx.net/
Voltaire.net - http://www.voltairenet.org/pt
GRANMA – português - www.granma.cu/portugues/index.html
Observatório Latino Americano - http://www.ola.cse.ufsc.br/
Alfarrábio - Paulo Bicarato – http://www.alfarrabio.org/
Noam Chomsky - http://www.chomsky.info/
Esquerda NET - http://www.esquerda.net
Agência Bolivariana de Notícias - http://www.abn.info.ve
http://english.aljazeera.net/
http://www.anovademocracia.com.br/
http://www.fpa.org.br/
www.monthlyreview.org/
Marxists Internet Archive - http://www.marxists.org/
Revista Espaço Acadêmico (REA) - http://www.espacoacademico.com.br/
Journal of World-Systems Research - http://jwsr.ucr.edu/index.php
Socialist Register - http://socialistregister.com/
Socialist Worker - http://www.socialistworker.org/
World Socialist Web Site - http://www.wsws.org/
Revista Sem Terra - http://www.mst.org.br/mst/revista.php?ed=32
Jornal Sem Terra - http://www.mst.org.br/mst/jornal.php?ed=33
Revista Crítica Marxista - http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/ http://www.portside.org/
http://www.abcdmaior.com.br/
http://rascunho.ondarpc.com.br/
http://www.cecac.org.br/
http://www.letraselutas.com.br/
http://www.revistadobrasil.net/
http://bahiadefato.blogspot.com/
http://www.novojornal.com.br/
http://www.aporrea.org/
http://www.rits.org.br/
http://www.radiocom.org.br/
www.ansa.it/ansalatinabr
http://www.horadopovo.com.br/
http://www.expressaopopular.com.br/
http://www.vermelho.org.br/
www.diplo.com.br
BLOGS
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/ (Georges Bourdoukan, colunista da Caros Amigos)
http://www.blogdogadelha.blogspot.com/
http://www.blogentrelinhas.blogspot.com/
http://blogdokayser.blogspot.com/
http://blog.contrapauta.com.br/
http://www.blogdoonipresente.blogspot.com/
Bombordo - http://www.verbeat.org/blogs/bombordo
Blog do IBASE - http://www.ibase.br/blog/index.php
http://edu.guim.blog.uol.com.br/
www.mercado-global.blogspot.com
Blog de Antonio Ozaí (REA) - http://antoniozai.blog.uol.com.br/ (OBS: é preciso solicitar a inscrição pelo e-mail antoniozai@gmail.com)
http://fastosenefastos.blogspot.com/
http://blog-do-robson-camara.blogspot.com/
http://www.votolula.blogspot.com/
http://blogdodirceu.blig.ig.com.br/
http://www.naperiferiadoimperio.blogspot.com/
http://blogdomino.blig.ig.com.br/
http://conversa-afiada.ig.com.br/
Postado por Emir Sader às 12:15
Fonte:Agência Carta Maior
Blog Emir Sader 03/03/2007
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Centro de Estudos Sociais Laboratório Associado Faculdade de Economia - Universidade de Coimbra - http://www.ces.fe.uc.pt
CUBA Debate - http://www.cubadebate.cu/
Núcleo de Estudos do Futuro - http://www.nef.org.br/
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Voltaire.net - http://www.voltairenet.org/pt
GRANMA – português - www.granma.cu/portugues/index.html
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Socialist Worker - http://www.socialistworker.org/
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Jornal Sem Terra - http://www.mst.org.br/mst/jornal.php?ed=33
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Postado por Emir Sader às 12:15
E-mail que circula na Internet faz a Rede Globo tremer
Criança Esperança: Você está pagando imposto no lugar da Rede Globo!
Quando a Rede Globo diz que a campanha Criança Esperança não gera lucro é mentira. Todo mês de abril a Rede Globo entrega o seu imposto de renda com o seguinte desconto: doação feita à Unicef no valor de... aqui vem o valor arrecadado no Criança Esperança). Ou seja, a Rede Globo já desconta pelo menos 20 e tantos milhões do imposto de renda graças à ingenuidade dos doadores!
Agora, se você vai colocar no seu imposto de renda que doou 7, 15, 30 reais ou mais pro Criança Esperança, isso não pode. E sabe por quê? Porque Criança Esperança é uma marca e não uma entidade beneficente. Já a doação feita com o seu dinheiro para o Unicef é aceito. E não há crime nenhum.
Aí, você doou à Rede Globo um dinheiro que realmente foi entregue à Unicef, porém, por que descontar na Receita Federal como doação da Rede Globo e não na sua?
Do jeito que somos tungados pelos impostos, bem que tal prática contábil tributária poderia se chamar de agora em diante de Leão Esperança.
Quando a Rede Globo diz que a campanha Criança Esperança não gera lucro é mentira. Todo mês de abril a Rede Globo entrega o seu imposto de renda com o seguinte desconto: doação feita à Unicef no valor de... aqui vem o valor arrecadado no Criança Esperança). Ou seja, a Rede Globo já desconta pelo menos 20 e tantos milhões do imposto de renda graças à ingenuidade dos doadores!
Agora, se você vai colocar no seu imposto de renda que doou 7, 15, 30 reais ou mais pro Criança Esperança, isso não pode. E sabe por quê? Porque Criança Esperança é uma marca e não uma entidade beneficente. Já a doação feita com o seu dinheiro para o Unicef é aceito. E não há crime nenhum.
Aí, você doou à Rede Globo um dinheiro que realmente foi entregue à Unicef, porém, por que descontar na Receita Federal como doação da Rede Globo e não na sua?
Do jeito que somos tungados pelos impostos, bem que tal prática contábil tributária poderia se chamar de agora em diante de Leão Esperança.
6 de março de 2007
Revista Veja destila preconceito contra sergipano, nordestino e cuiabano. Proteste. Cancele sua assinatura.
O Ministério Público Federal em Sergipe entrou com uma ação civil pública contra o jornalista Diogo Mainardi, em função de manifestações preconceituosas e discriminatórias contra os nordestinos, especialmente os sergipanos, e por ofensas morais à cidade e ao povo de Cuiabá (MT).
O jornalista tem uma coluna na revista Veja, da editora Abril, e participa de um programa no canal GNT, da Globosat. De acordo com o MPF, o autor da ação é o procurador da República Paulo Gustavo Guedes Fontes. Ele pede que Mainardi seja condenado a pagar R$ 200 mil por danos morais e que também sejam condenadas as empresas onde trabalha o jornalista ao pagamento da mesma quantia.
Os valores devem ser totalmente revertidos ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, que investe em programas de incentivo aos direitos difusos e coletivos, como a defesa dos consumidores, meio ambiente, patrimônio histórico, entre outros.
De acordo com a ação, na edição da revista Veja de 19 de janeiro de 2005, o jornalista, ao referir-se ao então presidente da Petrobrás José Eduardo Dutra escreveu: “Dutra não tem passado empresarial. Fez carreira como sindicalista da CUT e senador do PT pelo Estado de Sergipe. Não sei o que é pior (...)”.
No programa "Manhattan Connection", veiculado pelo canal GNT, em 9 de março de 2005, onde se comentava sobre o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o jornalista também fez a observação: “Ele não é pragmático. Ele é oportunista. O episódio do Pará agora é muito claro. Quer dizer, uma semana ele concede a exploração de madeira, na semana seguinte ele cria uma reserva florestal grande como Alagoas, Sergipe, sei lá eu... por essas bandas de onde eles vêm. Isso é oportunismo...”.
Para o procurador da República os comentários são carregados de preconceitos contra o povo nordestino e os Estados. “É um sentimento incompatível com os princípios constitucionais e com o espírito da federação”, disse.
Segundo ele, “a liberdade de expressão é princípio basilar da democracia e do Estado de Direito, mas a ordem jurídica lhe impõe limites no sentido de impedir que venha a atentar contra outros direitos igualmente caros à Constituição e às leis”.
Ainda segundo a ação, na edição de Veja de 18 de maio de 2005, Diogo Mainardi afirma: “Minha maior ambição, hoje em dia, é jamais, em hipótese alguma, colocar os pés em Cuiabá”. Para o procurador um texto evidentemente ofensivo aos cidadãos cuiabanos e ao Estado do Mato Grosso.
O procurador da República afirma ainda que o jornalista ultrapassa os limites da liberdade de expressão e fomenta o preconceito e a discriminação contra nordestinos, sergipanos e cuiabanos. Paulo Fontes fundamenta a ação anexando um laudo antropológico elaborado na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e de autoria antropólogo Jorge Bruno Sales Souza. O laudo, entre outras conclusões, afirma que “fica patente a intenção do jornalista Diogo Mainardi de menosprezar as pessoas oriundas da região nordeste do país.”
http://ultimainstancia.uol.com.br/
O jornalista tem uma coluna na revista Veja, da editora Abril, e participa de um programa no canal GNT, da Globosat. De acordo com o MPF, o autor da ação é o procurador da República Paulo Gustavo Guedes Fontes. Ele pede que Mainardi seja condenado a pagar R$ 200 mil por danos morais e que também sejam condenadas as empresas onde trabalha o jornalista ao pagamento da mesma quantia.
Os valores devem ser totalmente revertidos ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, que investe em programas de incentivo aos direitos difusos e coletivos, como a defesa dos consumidores, meio ambiente, patrimônio histórico, entre outros.
De acordo com a ação, na edição da revista Veja de 19 de janeiro de 2005, o jornalista, ao referir-se ao então presidente da Petrobrás José Eduardo Dutra escreveu: “Dutra não tem passado empresarial. Fez carreira como sindicalista da CUT e senador do PT pelo Estado de Sergipe. Não sei o que é pior (...)”.
No programa "Manhattan Connection", veiculado pelo canal GNT, em 9 de março de 2005, onde se comentava sobre o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o jornalista também fez a observação: “Ele não é pragmático. Ele é oportunista. O episódio do Pará agora é muito claro. Quer dizer, uma semana ele concede a exploração de madeira, na semana seguinte ele cria uma reserva florestal grande como Alagoas, Sergipe, sei lá eu... por essas bandas de onde eles vêm. Isso é oportunismo...”.
Para o procurador da República os comentários são carregados de preconceitos contra o povo nordestino e os Estados. “É um sentimento incompatível com os princípios constitucionais e com o espírito da federação”, disse.
Segundo ele, “a liberdade de expressão é princípio basilar da democracia e do Estado de Direito, mas a ordem jurídica lhe impõe limites no sentido de impedir que venha a atentar contra outros direitos igualmente caros à Constituição e às leis”.
Ainda segundo a ação, na edição de Veja de 18 de maio de 2005, Diogo Mainardi afirma: “Minha maior ambição, hoje em dia, é jamais, em hipótese alguma, colocar os pés em Cuiabá”. Para o procurador um texto evidentemente ofensivo aos cidadãos cuiabanos e ao Estado do Mato Grosso.
O procurador da República afirma ainda que o jornalista ultrapassa os limites da liberdade de expressão e fomenta o preconceito e a discriminação contra nordestinos, sergipanos e cuiabanos. Paulo Fontes fundamenta a ação anexando um laudo antropológico elaborado na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e de autoria antropólogo Jorge Bruno Sales Souza. O laudo, entre outras conclusões, afirma que “fica patente a intenção do jornalista Diogo Mainardi de menosprezar as pessoas oriundas da região nordeste do país.”
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Decreto de Lula dá vida legal a populações tradicionais
Tenho o maior respeito pelo ex-deputado Hélio Bicudo, mas, desde que entrou em divergência com o PT, passou a viver uma fase de amargura e a fazer algumas declarações injustas. A última dele foi que Lula fez “muito pouco” pelos direitos humanos. Cheira a azedume. Mais que ninguém, Hélio Bicudo sabe que mudar o Brasil não é só coisa de governo, de um presidente ou de um partido. Tem o sistema, tem a sociedade, tem nossas elites brancas e estúpidas pela frente.
Agora mesmo um Decreto Presidencial acaba de reconhecer a existência formal das populações tradicionais. Quem noticia é o Blog Beatrice, que você pode conferir no endereço http://www.grupobeatrice.blogspot.com/
Com o Decreto 6.040 do presidente Lula, já publicado no Diário Oficial da União, o governo reconhece formalmente, pela primeira vez na história do País, a existência formal de todas as chamadas populações “tradicionais” do Brasil. Hélio Bicudo sabe que isso não é pouco.
Ao longo dos seis artigos do decreto, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNDSPCT), o governo estende um reconhecimento feito parcialmente, na Constituição de 1988, apenas aos indígenas e aos quilombolas.
As negociações que culminaram no decreto tiveram participação direta da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias.
Daqui em diante, todas as políticas públicas, decorrentes da PNPCT, beneficiarão oficialmente o conjunto das populações tradicionais, incluindo ainda faxinais (que plantam mate e criam porcos), comunidade de “fundo de pasto”, geraizeiros (habitantes do sertão), caatingueiros, vazanteiros, pantaneiros, caiçaras (pescadores do mar), ribeirinhos, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco de babaçu, ciganos, quilombolas, povos indígenas, pomeranos, marisqueiros, dentre outras.
Tais políticas serão desenvolvidas pela Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. “Elas terão como objetivo central promover o desenvolvimento sustentável, com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, além de respeito à valorização de identidade daquelas populações, às suas formas de organização e às suas instituições”, sublinhou o diretor de Agroextrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Jorge Zimmermann.
DEFINIÇÃO - Segundo o artigo 3 º do decreto, povos e comunidades tradicionais “são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas geradas e transmitidas pela tradição.
Tais populações - a maior parte sem documentos de identidade, totalmente à margem dos direitos civis - habitam sobre um quarto do território brasileiro, em todas as regiões do País, formando um contingente de cerca de 5 milhões de pessoas, equivalente à população de muitos países europeus. “De forma inédita, o governo brasileiro reconhece o Brasil como um estado pluriétnico; assim, abre possibilidades de gestão mais enriquecedora para o conjunto da sua população”, disse Zimmermann.
AÇÕES - Com base na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, as várias instâncias do governo federal, de forma integrada entre si e com as lideranças das comunidades tradicionais, poderão, juntas, desenvolver planos, projetos e ações destinados a promover a inclusão daquelas populações.
Muitas ações nesse sentido já são desenvolvidas hoje, como, por exemplo, as Reservas Extrativistas (Resex), criadas e geridas pelo Ibama. “Mas, de agora para a frente, aquelas ações poderão ser realizadas de forma ainda mais articulada dentro do governo e, por isso mesmo, ter seus efeitos potencializados. O trabalho buscará sempre o desenvolvimento sustentável, ou seja, o uso equilibrado dos recursos naturais”, enfatiza o diretor.
EIXOS - Segundo Zimmermann, são três as diretrizes centrais da PNPCT. A primeira delas pretende assegurar todos os direitos civis, por meio do reconhecimento legal dos habitantes daqueles habitantes, inclusive com fornecimento de documentos de identificação; a segunda diretriz diz respeito ao reconhecimento explícito do respeito à diversidade étnica, ao direito à educação diferenciada e à prática religiosa específica. A terceira perna do tripé pretende equacionar a regularização fundiária, já que muitas das comunidades tradicionais sofrem com o desrespeito à sua referência geográfica, como é o caso dos quilombolas, que, em muitos casos, foram incorporados pelas cidades, sofrendo achaques da especulação imobiliária.
“Havia uma ausência de marcos legais que garantissem direitos às populações tradicionais.
Agora, porém, com o decreto, temos uma situação em que, com amparo da PNPCT, podemos transformar a realidade daqueles povos positivamente”, diz Zimmermann. Até porque, insiste ele, o País vive um momento em que a especificação profissional e as novas tecnologias roubaram praticamente todos os espaços para a migração das populações tradicionais da zona rural para as cidades. Com o PNPCT, o governo pretende criar condições para que aquelas pessoas encontrem maneira de viver digna em seu próprio meio ambiente.
Uma das primeiras providências, segundo o diretor, será tentar incluir as ações integradas (governo/populações) no Plano Plurianual (PPA), o que possibilitaria estruturar melhor atividades voltadas àquela população, inclusive pela vinculação de dotação orçamentária.
LEIA A ÍNTEGRA DO DECRETO EM
http://www.ambientebrasil.com.br/
Agora mesmo um Decreto Presidencial acaba de reconhecer a existência formal das populações tradicionais. Quem noticia é o Blog Beatrice, que você pode conferir no endereço http://www.grupobeatrice.blogspot.com/
Com o Decreto 6.040 do presidente Lula, já publicado no Diário Oficial da União, o governo reconhece formalmente, pela primeira vez na história do País, a existência formal de todas as chamadas populações “tradicionais” do Brasil. Hélio Bicudo sabe que isso não é pouco.
Ao longo dos seis artigos do decreto, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNDSPCT), o governo estende um reconhecimento feito parcialmente, na Constituição de 1988, apenas aos indígenas e aos quilombolas.
As negociações que culminaram no decreto tiveram participação direta da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias.
Daqui em diante, todas as políticas públicas, decorrentes da PNPCT, beneficiarão oficialmente o conjunto das populações tradicionais, incluindo ainda faxinais (que plantam mate e criam porcos), comunidade de “fundo de pasto”, geraizeiros (habitantes do sertão), caatingueiros, vazanteiros, pantaneiros, caiçaras (pescadores do mar), ribeirinhos, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco de babaçu, ciganos, quilombolas, povos indígenas, pomeranos, marisqueiros, dentre outras.
Tais políticas serão desenvolvidas pela Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. “Elas terão como objetivo central promover o desenvolvimento sustentável, com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, além de respeito à valorização de identidade daquelas populações, às suas formas de organização e às suas instituições”, sublinhou o diretor de Agroextrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Jorge Zimmermann.
DEFINIÇÃO - Segundo o artigo 3 º do decreto, povos e comunidades tradicionais “são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas geradas e transmitidas pela tradição.
Tais populações - a maior parte sem documentos de identidade, totalmente à margem dos direitos civis - habitam sobre um quarto do território brasileiro, em todas as regiões do País, formando um contingente de cerca de 5 milhões de pessoas, equivalente à população de muitos países europeus. “De forma inédita, o governo brasileiro reconhece o Brasil como um estado pluriétnico; assim, abre possibilidades de gestão mais enriquecedora para o conjunto da sua população”, disse Zimmermann.
AÇÕES - Com base na Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, as várias instâncias do governo federal, de forma integrada entre si e com as lideranças das comunidades tradicionais, poderão, juntas, desenvolver planos, projetos e ações destinados a promover a inclusão daquelas populações.
Muitas ações nesse sentido já são desenvolvidas hoje, como, por exemplo, as Reservas Extrativistas (Resex), criadas e geridas pelo Ibama. “Mas, de agora para a frente, aquelas ações poderão ser realizadas de forma ainda mais articulada dentro do governo e, por isso mesmo, ter seus efeitos potencializados. O trabalho buscará sempre o desenvolvimento sustentável, ou seja, o uso equilibrado dos recursos naturais”, enfatiza o diretor.
EIXOS - Segundo Zimmermann, são três as diretrizes centrais da PNPCT. A primeira delas pretende assegurar todos os direitos civis, por meio do reconhecimento legal dos habitantes daqueles habitantes, inclusive com fornecimento de documentos de identificação; a segunda diretriz diz respeito ao reconhecimento explícito do respeito à diversidade étnica, ao direito à educação diferenciada e à prática religiosa específica. A terceira perna do tripé pretende equacionar a regularização fundiária, já que muitas das comunidades tradicionais sofrem com o desrespeito à sua referência geográfica, como é o caso dos quilombolas, que, em muitos casos, foram incorporados pelas cidades, sofrendo achaques da especulação imobiliária.
“Havia uma ausência de marcos legais que garantissem direitos às populações tradicionais.
Agora, porém, com o decreto, temos uma situação em que, com amparo da PNPCT, podemos transformar a realidade daqueles povos positivamente”, diz Zimmermann. Até porque, insiste ele, o País vive um momento em que a especificação profissional e as novas tecnologias roubaram praticamente todos os espaços para a migração das populações tradicionais da zona rural para as cidades. Com o PNPCT, o governo pretende criar condições para que aquelas pessoas encontrem maneira de viver digna em seu próprio meio ambiente.
Uma das primeiras providências, segundo o diretor, será tentar incluir as ações integradas (governo/populações) no Plano Plurianual (PPA), o que possibilitaria estruturar melhor atividades voltadas àquela população, inclusive pela vinculação de dotação orçamentária.
LEIA A ÍNTEGRA DO DECRETO EM
http://www.ambientebrasil.com.br/
5 de março de 2007
Ministério para Walter Pinheiro está mais perto
A Folha de S. Paulo mente muito, mas, considerando ser verdadeira a matéria do Blog do Josias postada segunda-feira, 5, com o título “Lula cogita criar uma nova pasta: portos e aeroportos”, os deputados federais baianos Geddel Vieira Lima (Ministério da Integração Nacional) e Walter Pinheiro (Ministério do Desenvolvimento Agrário) vão ser ministros. A informação vazou depois da reunião mantida pela governador da Bahia, Jaques Wagner, com o presidente Lula, nesta segunda-feira.
O site Congresso em Foco (http://congressoemfoco.ig.com.br/)especializado em notícias do Congresso Nacional também incluiu os dois parlamentares baianos na reforma ministerial, confirmando as informações da Folha de S. Paulo. O site Congresso em Foco afirma ainda que o presidente Lula está procurando um substituto para o ministro da Defesa, Waldir Pires. Até o momento sem sucesso.
O site Congresso em Foco (http://congressoemfoco.ig.com.br/)especializado em notícias do Congresso Nacional também incluiu os dois parlamentares baianos na reforma ministerial, confirmando as informações da Folha de S. Paulo. O site Congresso em Foco afirma ainda que o presidente Lula está procurando um substituto para o ministro da Defesa, Waldir Pires. Até o momento sem sucesso.
Um fascismozinho ordinário
É assim que Michel Foucault e Gilles Deleuze davam nome ao comportamento de certos indivíduos que detêm algum poder na relação com filhos, subordinados, pessoas de nível cultural ou econômico inferior, idosos, etc, e que se aproveitam para praticar pequenas opressões cotidianas na órbita das relações interpessoais.
Esse “fascismozinho ordinário” é muito comum se observar em nosso meio, basta parar e mirar ao redor da gente. Não tem nada a ver com os sistemas fascistas conhecidos, já que ocorrem no reduto do indivíduo, à sua revelia, num plano inconsciente, precisamente naqueles que passam por cima de considerações e princípios dos direitos humanos, do humanismo e da democracia no círculo das relações pessoais.
Mas eu vou além, acho que Foucault e Deleuze poderiam nomear de fascismozinho ordinário àquelas manifestações de uma certa mídia (que cada vez mais perde o discurso).
Me explico: outro dia o programa da rede Globo, Fantástico, apresentou uma entrevista com os pais do menino João Hélio que foi arrastado cruelmente por jovens bandidinhos no Rio de Janeiro. A entrevistadora foi a jornalista Fátima Bernardes (aquela mesmo, a ledora de teleprompter). Achei de um oportunismo odioso. Além da intenção comercial de faturarem nos altos níveis de audiência que um tema desse alcança, a Globo quer vender o "peixe" da diminuição da idade penal e outros quejandos. Simplificação atroz.
Um fascismozinho ordinário, esse. Estão usando a mãe e um pai cortados e recortados de dor para amolecer corações e mentes em favor de uma medida inócua e fascista (esta sim, francamente, sistemicamente, fascista).
No calor da emoção não surgem idéias, surgem emoções embaladas em moralidade vulgar. A idéia da Globo (e certamente continuará batendo na mesma tecla) foi de promover uma segregação generalizada de emoções, confundindo-as com pensamento. A Vênus Platinada quer que os brasileiros secretem pensamentos emocionais da mesma forma que as glândulas sudoríferas secretam suor.
David Hume há muitos séculos já deixou claro que não se pode confundir emoções morais com pensamento, com racionalidade. Mas quem liga hoje para David Hume?
Fonte:
http://diariogauche.zip.net/
Esse “fascismozinho ordinário” é muito comum se observar em nosso meio, basta parar e mirar ao redor da gente. Não tem nada a ver com os sistemas fascistas conhecidos, já que ocorrem no reduto do indivíduo, à sua revelia, num plano inconsciente, precisamente naqueles que passam por cima de considerações e princípios dos direitos humanos, do humanismo e da democracia no círculo das relações pessoais.
Mas eu vou além, acho que Foucault e Deleuze poderiam nomear de fascismozinho ordinário àquelas manifestações de uma certa mídia (que cada vez mais perde o discurso).
Me explico: outro dia o programa da rede Globo, Fantástico, apresentou uma entrevista com os pais do menino João Hélio que foi arrastado cruelmente por jovens bandidinhos no Rio de Janeiro. A entrevistadora foi a jornalista Fátima Bernardes (aquela mesmo, a ledora de teleprompter). Achei de um oportunismo odioso. Além da intenção comercial de faturarem nos altos níveis de audiência que um tema desse alcança, a Globo quer vender o "peixe" da diminuição da idade penal e outros quejandos. Simplificação atroz.
Um fascismozinho ordinário, esse. Estão usando a mãe e um pai cortados e recortados de dor para amolecer corações e mentes em favor de uma medida inócua e fascista (esta sim, francamente, sistemicamente, fascista).
No calor da emoção não surgem idéias, surgem emoções embaladas em moralidade vulgar. A idéia da Globo (e certamente continuará batendo na mesma tecla) foi de promover uma segregação generalizada de emoções, confundindo-as com pensamento. A Vênus Platinada quer que os brasileiros secretem pensamentos emocionais da mesma forma que as glândulas sudoríferas secretam suor.
David Hume há muitos séculos já deixou claro que não se pode confundir emoções morais com pensamento, com racionalidade. Mas quem liga hoje para David Hume?
Fonte:
http://diariogauche.zip.net/