29 de maio de 2010

 

Elifas Andreato e as cores da resistência contra a ditadura

Deu em Terra Magazine. O Memorial da Resistência de São Paulo apresenta a exposição de Elifas Andreato - As cores da Resistência - com cerca de 100 trabalhos, entre capas de discos, cartazes de peças teatrais, fotos de jornais e de cenários criados pelo artista nos últimos 45 anos. O foco da exposição é a resistência à ditadura militar. Eu admiro Elifas Andreato. Ele assina a capa do livro "Lamarca, O Capitão da Guerrilha" (Global Editora), da autoria de Emiliano José e Oldack Miranda.

Entre os trabalhos realizados nesse período estão: o cartaz para a peça de teatro Mortos sem sepultura, de Jean Paul-Sartre, e a capa do disco Nervos de Aço, de Paulinho da Viola, além de edições de jornais e revistas conhecidos pela oposição ao regime militar.

Elifas participou ativamente da resistência, ocupando a mesma trincheira onde toda a vanguarda brasileira combatia, junto aos talentos mais expressivos das variadas manifestações do pensamento. "Elifas foi, e continua sendo, um resistente. Resistiu nos anos de chumbo contra a ditadura, e resiste ainda hoje contra a "lógica de mercado", editando e publicando mensalmente, há 11 anos, com enorme sacrifício, o Almanaque Brasil, na defesa da arte, história e cultura brasileiras", afirma o curador da mostra José Carlos Bruno.

Artista gráfico, cenógrafo e jornalista, Elifas Andreato nasceu em Rolândia (PR), em 1946. Na década de 70, colaborou com os semanários Opinião, O Movimento e a revista Argumento. No mesmo período, destacou-se como criador de capas de discos para os mais importantes nomes da MPB. O trabalho de capista continuou durante a década de 80, com destaque para discos de Chico Buarque (Ópera do Malandro, Almanaque e Vida), Vinicius de Moraes e Toquinho (Arca de Noé 1 e 2, Um Pouco de Ilusão), Toquinho (Aquarela, Casa de Brinquedo), João Bosco (Essa é Sua Vida e Bandalhismo), Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.

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