27 de junho de 2008
Bernardo Kucinski critica a mídia com seu texto demolidor
Está no site da Agência Carta Maior. “Mídia e Poder – Por que o governo Lula perdeu a batalha de comunicação”. É um texto demolidor do jornalista e professor Bernardo Kucinski. Leitura obrigatória.
Na Era Lula a mídia deixou de funcionar como mediadora da política, passando a atuar diretamente como um partido de oposição. Todos os grandes veículos passaram a criticar o governo, sistematicamente, em todas as frentes, faça o governo o que fizer ou deixar de fazer.
De modo geral, os jornalistas aderiram a essa sub-cultura de oposição em contraste com o jornalismo clássico que trabalha com fatos. De modo grosseiro distorceram os fatos, mentiram e omitiram construindo uma narrativa sem provas.
Alguns jornalistas tornaram-se agressivos, atacando colegas que se recusaram a aderir à sub-cultura. O auge se deu na cobertura do mensalão.
A principal bandeira do partido da imprensa foi o repúdio à corrupção. Adotaram um “moralismo dirigido”, que se aplicava ao PT e escondia os males do PSDB. Depois, adotaram um “moralismo instrumental”, destinado a destruir o PT e o petismo.
O povo, para eles, era ignorante e não compreendia a ética. Essa sub-cultura tornou-se dominante com a grande ajuda da Rede Globo, sob comando de Ali Kamel.
Os jornalistas da Globo chegaram a criar um “gabinete de crise” com lideranças da oposição como ACM Neto, Paes de Andrade, Ônix Lorenzoni, Heloisa Helena e Fernando Gabeira, que eram diariamente entrevistados.
A ordem era repercutir qualquer coisa com eles, suas falas viravam manchetes, como se fossem fatos. Criaram então a narrativa única e dominante.
A revista Veja produziu 50 capas contra Lula, sendo 18 delas consecutivas. Na Globo Franklin Martins foi marginalizado como ameaça à redação. Jornalistas foram expurgados. Paulo Henrique Amorim perdeu seu espaço no IG, Mino Carta em solidariedade se desligou.
A unanimidade anti-Lula na grande mídia só tem paralelo na unanimidade pró-neoliberalismo. A mídia não aceita governos populares. Até a Radiobrás se deixou envolver.
LEIA NA ÍNTEGRA
Na Era Lula a mídia deixou de funcionar como mediadora da política, passando a atuar diretamente como um partido de oposição. Todos os grandes veículos passaram a criticar o governo, sistematicamente, em todas as frentes, faça o governo o que fizer ou deixar de fazer.
De modo geral, os jornalistas aderiram a essa sub-cultura de oposição em contraste com o jornalismo clássico que trabalha com fatos. De modo grosseiro distorceram os fatos, mentiram e omitiram construindo uma narrativa sem provas.
Alguns jornalistas tornaram-se agressivos, atacando colegas que se recusaram a aderir à sub-cultura. O auge se deu na cobertura do mensalão.
A principal bandeira do partido da imprensa foi o repúdio à corrupção. Adotaram um “moralismo dirigido”, que se aplicava ao PT e escondia os males do PSDB. Depois, adotaram um “moralismo instrumental”, destinado a destruir o PT e o petismo.
O povo, para eles, era ignorante e não compreendia a ética. Essa sub-cultura tornou-se dominante com a grande ajuda da Rede Globo, sob comando de Ali Kamel.
Os jornalistas da Globo chegaram a criar um “gabinete de crise” com lideranças da oposição como ACM Neto, Paes de Andrade, Ônix Lorenzoni, Heloisa Helena e Fernando Gabeira, que eram diariamente entrevistados.
A ordem era repercutir qualquer coisa com eles, suas falas viravam manchetes, como se fossem fatos. Criaram então a narrativa única e dominante.
A revista Veja produziu 50 capas contra Lula, sendo 18 delas consecutivas. Na Globo Franklin Martins foi marginalizado como ameaça à redação. Jornalistas foram expurgados. Paulo Henrique Amorim perdeu seu espaço no IG, Mino Carta em solidariedade se desligou.
A unanimidade anti-Lula na grande mídia só tem paralelo na unanimidade pró-neoliberalismo. A mídia não aceita governos populares. Até a Radiobrás se deixou envolver.
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