2 de abril de 2008

 

Sou fã de Maitê Proença

Não li mas já gostei. Maitê Proença está lançando seu livro “Uma História Inventada”, pela Editora Agir, em São Paulo. Maitê é uma guerreira. Ela disse em entrevista (Folha de S. Paulo, 2 de abril) ser a favor de que pessoas de baixa renda, em vez de espetar agulha de tricô, tenham acesso à saúde pública e acompanhamento psicológico, porque o aborto é sempre um trauma. “As pessoas sabem mais de suas dores do que quem vê de fora”. Para ela, é muito arrogante um juiz do STF dizer o que deve ser feito em um contexto tão íntimo, onde há um médico, uma família sofrendo e alguém implorando para interromper sua dor.

Maitê Proença entende de dor. Aos 12 anos teve a mãe assassinada pelo pai, por adultério. Enfrentou a condenação da família por atuar como testemunha do pai. Aos 16 anos fez aborto. Presenciou a morte de um irmão por problemas com bebida. No auge do sucesso como atriz ouviu do pai, internado com câncer no cérebro, o pedido para desligar os aparelhos. Um dia depois ele se matou. Maitê sabe o que diz.

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