28 de março de 2008
Com muito cinismo, Folha de S. Paulo apóia jogo sujo da revista Veja e da oposição
Com o título “Há tentativa de "escandalizar" o nada” o ex-ministro José Dirceu em seu blog publica uma lúcida interpretação sobre o ataque à ministra Dilma Roussef.
Segue o texto:
Com uma manchete de 1ª página bem ao seu estilo - “Braço direito de Dilma fez dossiê contra família de FHC” - a Folha de S.Paulo inventa hoje (28) que o suposto dossiê, sobre o uso de cartões corporativos pelo ex-presidente, foi montado por ordem da secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.
Não há nenhuma prova, indício ou evidência da existência desse dossiê e muito menos que Erenice tenha determinado a sua elaboração. O que a própria reportagem do jornal diz é que a Casa Civil “está alimentando banco de dados com informações do suprimento de fundos entre 1998 e 2002 e (a Casa Civil) admitiu que a gestão da base de dados é da Secretaria de Administração, e o trabalho envolve áreas de Tecnologia da Informação, Orçamento e Finanças e Logística”.
Logo, não há dossiê e não há culpados ou inocentes. O que há é o apoio da Folha ao jogo da revista Veja e da oposição. Volto a repetir: se a revista e o jornal, ao fazerem coro à oposição, alegam que as informações não são sigilosas e que deviam ser publicadas, qual é o problema de o governo alimentar o SUPRIM com essas informações?
A oposição chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para quebrar o sigilo dessas informações. Qual é o problema se foi a revista “Veja” que publicou e, por isso, deveria ser responsabilizada pela violação legal do sigilo?
Para mim, a ministra Dilma deu à própria FSP, no Recife, a definição perfeita sobre esse pseudo dossiê e o escândalo que a oposição e a mídia fabricaram. Dilma definiu de forma tão precisa que o Folhão transformou em título de parte da reportagem a frase da ministra: “Há tentativa de escandalizar o nada”.
Concluo minha análise com um lembrete, um pequeno detalhe: não há na mídia hoje textos extensos sobre os gastos luxuosos de FHC quando presidente. Já as informações sobre os cartões corporativos do presidente Lula e família foram publicadas, sem nenhum protesto da mídia. Pelo contrário, com uma violenta campanha contra a natureza desses gastos, o que levou um ministro a perguntar: “caviar (das despesas do FHC) pode, tapioca não?”. É muita hipocrisia e cinismo!
Blog do Zé Dirceu
Segue o texto:
Com uma manchete de 1ª página bem ao seu estilo - “Braço direito de Dilma fez dossiê contra família de FHC” - a Folha de S.Paulo inventa hoje (28) que o suposto dossiê, sobre o uso de cartões corporativos pelo ex-presidente, foi montado por ordem da secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.
Não há nenhuma prova, indício ou evidência da existência desse dossiê e muito menos que Erenice tenha determinado a sua elaboração. O que a própria reportagem do jornal diz é que a Casa Civil “está alimentando banco de dados com informações do suprimento de fundos entre 1998 e 2002 e (a Casa Civil) admitiu que a gestão da base de dados é da Secretaria de Administração, e o trabalho envolve áreas de Tecnologia da Informação, Orçamento e Finanças e Logística”.
Logo, não há dossiê e não há culpados ou inocentes. O que há é o apoio da Folha ao jogo da revista Veja e da oposição. Volto a repetir: se a revista e o jornal, ao fazerem coro à oposição, alegam que as informações não são sigilosas e que deviam ser publicadas, qual é o problema de o governo alimentar o SUPRIM com essas informações?
A oposição chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para quebrar o sigilo dessas informações. Qual é o problema se foi a revista “Veja” que publicou e, por isso, deveria ser responsabilizada pela violação legal do sigilo?
Para mim, a ministra Dilma deu à própria FSP, no Recife, a definição perfeita sobre esse pseudo dossiê e o escândalo que a oposição e a mídia fabricaram. Dilma definiu de forma tão precisa que o Folhão transformou em título de parte da reportagem a frase da ministra: “Há tentativa de escandalizar o nada”.
Concluo minha análise com um lembrete, um pequeno detalhe: não há na mídia hoje textos extensos sobre os gastos luxuosos de FHC quando presidente. Já as informações sobre os cartões corporativos do presidente Lula e família foram publicadas, sem nenhum protesto da mídia. Pelo contrário, com uma violenta campanha contra a natureza desses gastos, o que levou um ministro a perguntar: “caviar (das despesas do FHC) pode, tapioca não?”. É muita hipocrisia e cinismo!
Blog do Zé Dirceu