9 de abril de 2008
Revista Istoé adultera foto para proteger José Serra
A revista Istoé (publicação da Editora Três controlada pelo banco Opportunity de Daniel Dantas) desta semana mostra que a campanha eleitoral já começou e de que lado está. Para proteger o PSDB e o governador de São Paulo, José Serra, a publicação, contrariando todas as regras do jornalismo, apagou a inscrição ''Fora Serra'' de uma foto feita durante um protesto do MST e do MAB contra a privatização da Cesp.
O resultado visual inverteu o significado da imagem que traz uma placa de trânsito ''Pare'', como se quem devessem parar fossem os movimentos, e não as privatizações.
A adulteração de uma foto - passível de processo pelo detentor de seus direitos autorais, no caso a Folha de S. Paulo - é plenamente possível com o uso de programa para tratamento de imagens, como o Photoshop, por exemplo, mas é prática condenada no meio jornalístico. O fato escancara o poder de influência camuflada que os meios de comunicação de massa têm para atuar como o que vem sendo chamado de ''Partido da Mídia'' (PM).
A foto adulterada, de autoria do fotógrafo Cristiano Machado, ilustra a matéria '' O MST contra o desenvolvimento'' e mostra integrantes de movimentos sociais bloqueando a rodovia Arlindo Bétio, que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul e Paraná, em protesto contra a privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), no dia 24de março.
A reportagem assinada por Octávio Costa e Sérgio Pardellas criminaliza os movimentos sociais sustentando que ''os sem-terra ameaçam empresas e investimentos que geram empregos e qualidade de vida'', sem mencionar que a Aracruz Celulose, a Monsanto, a Cargill, a Bunge e a Vale - citadas pela matéria como exemplos de empresas prejudicadas - respondem a acusações de destruição do meio ambiente, desrespeito aos direitos de povos tradicionais, como quilombolas e indígenas, e exploração de trabalhadores.
A matéria tenta desautorizar o MST como um ator político que vá além da luta pela reforma agrária. Diz que ''desde 2006, o MST lidera ataques à globalização, ao neoliberalismo e às privatizações - algo que nada tem a ver com a sua luta original''.
NADA É POR ACASO
A editora Três, que publica a revista IstoÉ, é controlada pelo acionista majoritário do banco Opportunity, Daniel Dantas. O banqueiro tem ligações com fundos de pensões, além de uma participação ativa no processo de privatizações de estatais, sobretudo durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2007, Dantas superou a concorrência da Rede Record e comprou 51% das ações da Editora Três, que estava à beira da falência.
O banqueiro tem uma trajetória de proximidade com outros partidos de direita como o DEM, sobretudo com o falecido político baiano Antonio Carlos Magalhães. Também foi sócio do publicitário tucano Nizan Guanaes.
Por diversas vezes, foi alvo de investigações e respondeu a crimes como espionagem e formação de quadrilha. Quando estava à frente da Brasil Telecom, foi acusado de contratar a empresa Kroll para espionar a Telecom Itália.
Compare as duas fotos no site do PT
O resultado visual inverteu o significado da imagem que traz uma placa de trânsito ''Pare'', como se quem devessem parar fossem os movimentos, e não as privatizações.
A adulteração de uma foto - passível de processo pelo detentor de seus direitos autorais, no caso a Folha de S. Paulo - é plenamente possível com o uso de programa para tratamento de imagens, como o Photoshop, por exemplo, mas é prática condenada no meio jornalístico. O fato escancara o poder de influência camuflada que os meios de comunicação de massa têm para atuar como o que vem sendo chamado de ''Partido da Mídia'' (PM).
A foto adulterada, de autoria do fotógrafo Cristiano Machado, ilustra a matéria '' O MST contra o desenvolvimento'' e mostra integrantes de movimentos sociais bloqueando a rodovia Arlindo Bétio, que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul e Paraná, em protesto contra a privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), no dia 24de março.
A reportagem assinada por Octávio Costa e Sérgio Pardellas criminaliza os movimentos sociais sustentando que ''os sem-terra ameaçam empresas e investimentos que geram empregos e qualidade de vida'', sem mencionar que a Aracruz Celulose, a Monsanto, a Cargill, a Bunge e a Vale - citadas pela matéria como exemplos de empresas prejudicadas - respondem a acusações de destruição do meio ambiente, desrespeito aos direitos de povos tradicionais, como quilombolas e indígenas, e exploração de trabalhadores.
A matéria tenta desautorizar o MST como um ator político que vá além da luta pela reforma agrária. Diz que ''desde 2006, o MST lidera ataques à globalização, ao neoliberalismo e às privatizações - algo que nada tem a ver com a sua luta original''.
NADA É POR ACASO
A editora Três, que publica a revista IstoÉ, é controlada pelo acionista majoritário do banco Opportunity, Daniel Dantas. O banqueiro tem ligações com fundos de pensões, além de uma participação ativa no processo de privatizações de estatais, sobretudo durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2007, Dantas superou a concorrência da Rede Record e comprou 51% das ações da Editora Três, que estava à beira da falência.
O banqueiro tem uma trajetória de proximidade com outros partidos de direita como o DEM, sobretudo com o falecido político baiano Antonio Carlos Magalhães. Também foi sócio do publicitário tucano Nizan Guanaes.
Por diversas vezes, foi alvo de investigações e respondeu a crimes como espionagem e formação de quadrilha. Quando estava à frente da Brasil Telecom, foi acusado de contratar a empresa Kroll para espionar a Telecom Itália.
Compare as duas fotos no site do PT