8 de abril de 2008

 

Nassif aperta os formadores de opinião

Com o título “Direto ao ponto”, Luis Nassif em seu blog escreveu:

Já não entendo mais nada. Jogo a toalha nesse exercício insano de entender que o jornalismo é a busca objetiva da notícia.
Em sua coluna de hoje na "Folha", a Eliane Cantanhêde diz o seguinte:

“BRASÍLIA - Quanto mais a imprensa mexe, remexe e junta os "ossinhos de galinha", mais vai surgindo um "dinossauro" dentro da Casa Civil. A estratégia de comunicação do governo tem enorme responsabilidade nisso. Quando surgiu a história do dossiê, Dilma Rousseff e Franklin Martins deveriam ter ido direto ao ponto: existe, está sendo coletado a partir do dia tal, pela equipe tal, abrangendo o período tal. Não é por nada. Só para a necessidade de a CPI pedir os dados ao Planalto.

A gritaria continuaria um pouco, com a imprensa cobrando e condenando o uso da máquina do Estado para constranger adversários políticos. Mas a novela do dossiê, sem novos capítulos, tenderia a perder audiência até porque o governo tem maioria na CPI da Tapioca, e a oposição late, mas não morde.”

Ou seja, assim como a Dora Kramer, ontem, admite que o levantamento nada tem de irregular, e pode ser plenamente justificável. "A gritaria continuaria um pouco" etc. etc.

Ou seja, admite que há um jogo, um embate político e a culpa é da maneira como o governo tratou a questão da informação. Foi um desastre mesmo!

Mas o papel da imprensa, qual é? Valer-se de eventuais problemas de comunicação para transformar um episódio banal em escândalo? No fundo, é como se Eliane dissesse: vocês permitiram que nós batêssemos, problema de vocês.

Não, não. Problema da notícia.

A Veja cria um factóide. O governo não sabe o que a revista tem na mão e tenta responder atirando no escuro. Depois vem a Folha. Quando mostram as cartas, tinham par de dois. Tudo bem, o blefe pegou mais do que o esperado.

Agora, a derrota não foi do governo, foi do jornalismo. Mas quem se importa com essas “antigüidades”, de levantar objetivamente a informação?

Na coluna ao lado, o colunista Marcos Nobre decreta que, em função do "escândalo" acabou a Dilma Rousseff, sem a Dilma acabou o Lula.

Não sei em que mundo esse pessoal vive. Ou que eu vivo, vá se saber.

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